Armando Pinto
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Pois, como se costuma dizer, palavras leva-as o vento, mas o
que é escrito perdura. Foi e é assim que por meio do que ficou escrito e publicado,
está perpetuado, de modo a saber-se, da antiga existência dum clube pioneiro na
prática desportiva de atletismo em Felgueiras, o Real Clube dos Carvalhinhos,
fundado em 1978. Tendo em 1979 sido publicado um pequeno livro, em género de revista, a talhe comemorativo de
seu 1º aniversário. No qual está registado ter tido primeira Direção eleita com Fernando Meireles a presidente, Abílio Pedro Teixeira vice-presidente, Armando
Moreira no Conselho Técnico, na Assembleia Geral Agostinho Rocha, no Conselho
Fiscal Fernando Ventura, mais uma longa lista de dirigentes vogais, tesoureiro,
secretário, etc.
Dessa publicação, além da capa (cujo rosto encima este
artigo de lembrança), ilustra-se a recordação com imagens de simples amostra de
algumas das suas muitas páginas. Com a curiosidade de na nesma revista constarem poemas de dois elementos do antigo CCRL (Centro Cultural e Recreativo da Longra).
Armando Pinto
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Com efeito, decorreu no passado sábado, dia 19 de junho, uma jornada
cultural interessante sobre o Penedo das Pegadas de S. Gonçalo, um exemplar do
património chegado à atualidade provindo de eras remotas, no concelho de
Felgueiras.
Tal realização teve início durante a tarde com uma
conferência proferida pelo Dr. Renato Henriques (da Universidade do Minho) e do
Dr. José Ribeiro (do Gabinete de Arqueologia da Câmara Municipal de
Felgueiras), numa sessão que teve lugar nas instalações da Villa Romana de
Sendim. À noite, em Varziela (no respetivo sítio, também de fronteira entre Sernande
e Varziela, hoje um campo de vinha, de transformação de antiga mata), foi
concretizada uma visita noturna ao local próprio do penedo, o único sítio com
arte rupestre do concelho, o Penedo de S. Gonçalo ou Penedo das Pegadinhas de
S. Gonçalo como também é conhecido popularmente. Sendo motivo para o facto um
cerimonial que teve lugar apropriado, culminado com uma queimada galega, num ritual
comemorativo de tradição antiga a anunciar a chegada do solstício de verão (comemorado
a 21 de junho).
Esta atividade, no âmbito da “II edição do Ciclo de
Conferências de Arqueologia em Terras de Sousa e Tâmega” realizado em
Felgueiras, teve assim também acréscimo de convívio popular e extensivo ato de reconhecimento
do "Penedo de S. Gonçalo", como exemplar único de arte
rupestre do concelho de Felgueiras, até há pouco tempo ainda quase desconhecido
da maioria das pessoas (salvo de quem leu crónicas escritas sobre o facto já
anteriormente).
Sob iluminação de focos bem colocados para o momento, enquanto os assistentes se associavam ao ato munidos com luminárias artesanais, em cenário composto também por druídas ali presentes, houve inicial apresentação do que representa a figuração milenar impregnada no penedo, em desenvolvida explanação bem conduzida pelo arqueólogo Dr. José Ribeiro.
Seguindo-se o cerimonial de ancestral tradição, como era uso em sítios do género. Através dos figurantes druídas, representados à maneira de avoengos antepassados de tais cerimónias místicas.
Terminando tudo em ameno convívio, sob o mote da ligação histórico-artística da sinalética de arte rupestre, à mistura com as lendas das andanças de tradição popular, em modo de elucidação e reconhecimento do interesse público daquele ancestral monumento rústico, que além de preservado há que ser devidamente classificado, como testemunho oficial da presença de antigos povos na região.
Costuma-se dizer que nem só de pão vive o homem. E como
também se diz, quem diz homem diz mulher, igualmente. Porque como antigamente
se dizia, havia mulheres que diziam não saber como havia homens que gostavam de
vinho, mas também bebiam… Ora, pois… Se nem só de pão se vive, também o vinho
ajuda a viver. Talvez por isso o vinho sempre foi uma marca identificativa, com
marca própria em diversos casos. Servindo mesmo as suas castas e tudo o mais
como características regionais, tal como extensiva e inclusivamente as regiões
se podem identificar por marcas de seus vinhos.
Assim, muito naturalmente sendo o concelho de Felgueiras uma
zona genuína do vinho verde, as marcas de vinho verde tornaram-se
identificativas da terra de sua produção. Podendo através duma coleção de
algumas marcas ficarem associadas certas identificações históricas. Como no
caso duma coleção particular em que estão guardadas algumas garrafas de marcas
que existiram e já desapareceram, assim como outras ainda existentes,
devidamente engarrafadas e preservadas apenas como recordações históricas,
precisamente. Cujos rótulos e mais aspetos identificativos servem de explicação,
como tal, à vista.
Armando Pinto
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Nem só os livros grandes nem os grandes livros merecerão
atenções de apreço e serão dignos de preservação, quanto a volumes impressos de
caracteres memorandos. Também os pequenos, como no caso de alguns livrinhos que
são motes ao que, desta vez, se regista através de algumas imagens de pequenas
publicações, com muito material a contar memórias da memória comum da região
felgueirense e não só. Tal o que os títulos ilustram do que seu interior
encerra. Desde documentação oficial, passando por antigos romances de cordel
dos hábitos antigos populares, até mais recentes brochuras alusivas a eventos e
instituições. De tudo um pouco como amostra, de literatura de arquivo pessoal.
Coisas com história de histórias de muitas vidas.
Armando Pinto
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É uma boa notícia. Pese haver sempre algo de opinião momentaneamente contrária dos tradicionalmente chamados do Restelo, felizmente Felgueiras vai voltar a estar no mapa nacional e a andar nas parangonas da expressão portuguesa, ao ser mais uma vez um dos pontos do itinerário da tão popular Volta a Portugal em bicicleta, a maior prova do desporto português que passa em muitas terras durante o verão e integra o imaginário Luso desde longas eras.
Ora o ciclismo é um desporto que desde tempos imemoriais faz parte da memória coletiva felgueirense, documentalmente até a partir que em finais da década dos anos 1920 teve provas oficiais com o nome do concelho associado, como ocorreu com a corrida Porto-Felgueiras-Porto em 1928, além de já ter ciclistas naturais do concelho nesses tempos remotos, conforme foi o caso do Adalberto Jorge Soares, nome famoso do ciclismo português desde os anos 1927/28 a 1937, por exemplo. Bem como nos anos 1950, teve circuitos oficiais dentro do programa da Feira de Maio, tendo ficado para a história os circuitos de 1950 e 1951 que fizeram parte do calendário oficial do ciclismo, com disputa da Taça Câmara Municipal de Felgueiras e Taça do Maio em Felgueiras. Mais tendo havido os ciclistas felgueirenses que participaram na Volta a Portugal, Artur Coelho, Joaquim Costa, Albino Mendes e Miguel Magalhães, cujos nomes e currículos estão impressos no livro “Ciclistas de Felgueiras”. Tal qual no mesmo estão anotadas algumas das passagens da Volta Portuguesa em tempos remotos por Felgueiras e as diversas vezes que a partir dos anos 80 Felgueiras teve partidas e chegadas de etapas da mesma Volta. Livro esse que, apesar de num caso até ter faltado certa palavra duma prometida compra institucional de determinado número de exemplares… esgotou e está esgotado, felizmente. Tudo isso além de outros antigos ciclistas que correram em provas e circuitos regionais, quer alguns naturais do concelho, como outros de concelhos vizinhos que por cá andaram. Acrescendo ainda o facto de ser em Felgueiras atualmente a sede da forte equipa W52-FC Porto, do grande empresário felgueirense Adriano Quintanilha, talvez o felgueirense mais apreciado e conhecido a nível nacional nos dias que correm.
Todo um trajeto de retaguarda que justifica bem a boa ação da gerência atual da Câmara Municipal de Felgueiras, com o apoio à realização dessa jornada desportivo-social já com tradições em Felgueiras, também
Deixando de lado as tradicionais condicionantes locais, na linha felgueirense da voz popular costumar reconhecer que em Felgueiras quando não se faz devia-se fazer, mas quando se faz ou acontece não devia ser… eis então que felizmente volta a ser: com a Volta a Portugal de 2021 a ser ponto de partida de uma etapa da corrida Grandíssima Portuguesa do ciclismo competitivo oficial. Como se fica a saber através da edição do jornal desportivo nacional O Jogo, cuja coluna se regista, pela boa novidade que transmite:
Armando Pinto
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Um dia destes apareceu-me diante dos olhos uma indicação de
ter sido ainda em inícios da década dos anos 1970 o aparecimento do sistema de
computadores no clube desportivo que me entusiasma. Vindo-me então à memória
algo que estava varrido no sótão cerebral, pois embora tenha lido tal coisa
nesses tempos, por sinal no jornal em que passado uns meses passei a colaborar
durante anos, efetivamente na ocasião isso entrou-me por um lado das vistas e
saiu por outro da cabeça, de tal modo que durante uns anos mais isso de
computadores não fez parte sequer do meu imaginário. Até que, devido a
necessidade profissional, volvidos anos, tive de me atualizar nesse mundo e
depois passei a gostar de tudo mais que acresce da rede social facebook, blogosfera, etc. e tal. A
ponto de entretanto até ter escrito livros em texto dedilhado em teclado de computador,
com tratamento computorizado, já com outras possibilidades diferentes de trabalhos
antigos datilografados em máquina de escrever mecânica. Sendo agradável através
do facebook, por exemplo, ter encontrado pessoas de antigas amizades, retomando
assim felizmente conhecimentos de outrora. Ao mesmo tempo que durante o confinamento,
da pandemia Covid, sem sair de casa me fui mantendo atualizado do mundo que me rodeia
fora de casa. Tal qual no meu escritório doméstico vejo o filme da vida pela
leitura possibilitada por meios informáticos. Mas também continuando a fazer
alguma coisa pela vida, especialmente por motivos da vida que nos interessa. E,
assim sendo, cá vamos andando e sorrindo, para nós e outros como nós. Assim.
Armando Pinto
Um destes dias fui surpreendido (referindo na primeira pessoa
aqui o autor destas considerações de memorização coletiva) com o aparecimento
dum funcionário de limpeza pública, em serviço municipal, a proceder a uma varredela
junto aos passeios das bermas da rua integrante da estrada principal que atravessa
o centro da vila da Longra.
Pode parecer mentira a quem não é da região, mas a vila da
Longra, no concelho de Felgueiras, distrito do Porto e Norte de Portugal, apesar
de ter sido elevada oficialmente a vila em 2003, ainda não tinha benefício oficial
de serviço de varredores de limpeza pública, como sempre aconteceu nas cidades
de Felgueiras e Lixa e há muitíssimos anos acontecia na vila de Barrosas. Tendo
passado pela Câmara Municipal de Felgueiras e pelas Junta de Freguesia de Rande
e sucessora Junta da União de Freguesias de Pedreira, Rande e Sernande, ou seja
da área da vila, sucessivas gerências de Autarcas responsáveis, enquanto as
estradas e arruamentos estiveram sempre num desprezo total, com tudo cheio de
ervas e detritos, sem qualquer tipo de limpeza, salvo apenas em períodos de
aproximação de festejos e tempos de eleições. Embora por vezes aparecesse um
carro com aspirador automático, a levantar poeira à pressa, para enganar alguém, praticamente. Até que agora, finalmente, parece ter começado a haver uma
alteração com esse serviço que, segundo aparece, ainda não é muito regular, mas
apenas em dois dias por semana, em que as ruas do centro da vila são varridas: às
terças-feiras de um lado da estrada e às sextas-feiras do outro lado. Pode parecer como na guerra de 1908 do Raúl Solnado, em que as balas eram usadas à vez por ambos os lados... mas é a verdade. Pelo menos
segundo o que dá para ver (por não se poder ir sempre na voz popular, como se costuma referir, do que se ouve), visto não ter aparecido ainda a
público qualquer informação oficial. Ficando-se entretanto e para já sem saber
se a ação é por conta da Câmara Municipal ou da Junta da união das freguesias. Embora
seja um princípio, que se saúda e regista – como coisa começada agora em Junho
de 2021.
Armando Pinto
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Um destes dias, ao consultar documentação antiga de foro pessoal, revisitei coisas que tenho de meus pais, de estimação e sentidas recordações. E enquanto relembrava que minha mãe nasceu em Junho de há 106 anos, revi uma certidão de casamento de meus pais, casados há 81 anos. Por acaso numa data que fixei bem, muito mais tarde, porque num final de tarde, do ano em que estava em estudos de revisões para fazer a 4ª classe (e como tal eu e meus colegas íamos para casa da nossa professora fora do horário escolar), fui surpreendido ao chegar a casa por ver a mesa posta com comida melhorada para a ceia… como se chamava mais ao jantar por esses tempos. Sendo que então faziam 25 anos de casados.
Ora, além do caso pessoal, acresce algo de interesse comunitário.
Porque a dita certidão contém a assinatura dum senhor que era ao tempo um funcionário
muito simpático do Registo Civil, na então vila de Felgueiras. Como se pode ver,
pela imagem digitalizada do referido documento, que faz recordar esse senhor
Martins do Registo de Felgueiras – por sinal avô de alguém que agora faz bem parte
da História de Felgueiras.
Armando Pinto
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Estando na atualidade ainda a boa nova do FC Felgueiras ter
conseguido alcançar sua marcação de presença na próxima Divisão 3 Nacional,
após a conquista do apuramento obtido no passado sábado, histórico dia 29 de
maio, vem a calhar uma homenagem mais, agora através da recordação de algumas
publicações que vincaram memórias do futebol felgueirense.
Ora, além do livro historiador publicado em 2007, e de
diversas páginas de jornais locais e nacionais com reportagens de jornadas memoráveis,
mais alguns cadernos-suplementos jornalísticos sobre o histórico F.C. de Felgueiras, como neste espaço
de memorizações já tem sido lembrado, noutras oportunidades anteriores, desta
vez vem acima das recordações os antigos boletins publicados como meios de
informação do clube.
Tal foi, do que tenho guardado (embora podendo eventualmente ter havido
algo mais, mas isto foi do que tive conhecimento e como tal consegui obter e
preservar), o caso do boletim “O FELGUEIRAS - Órgão Oficial do Futebol Clube
Felgueiras”, publicado em 4 números de edições datadas de Abril, Junho, Julho e
Agosto/Setembro de 1987, mais o “Informativo Nº 1 Época 93/94”. Dos quais
relembramos os respetivos rostos, na imagem aqui partilhada.
Armando Pinto
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Completa-se hoje, nesta data de 3 de junho de 2021, a conta de 32
anos de existência legal da Rádio Felgueiras. Estando assim a RF de parabéns, como
por aqui envio, com meu sentido grato de ouvinte e uma vez por outra também visitante
entrevistado (não muitas por não gostar de falar publicamente em direto, como
os meus amigos sabem há muito). E como tal endereço, por este meio, o meu obrigado a todos os
que de alguma forma já me entraram pelos ouvidos e ajudaram à manutenção mental há mais de 32 anos, contando os anos do tempo experimental sem legalização. De
cuja era ficaram os seus boletins publicados, e guardados, como aqui se recordam.
Parabéns RF.
Mesmo que os jornais sejam essencialmente para dar notícias
e registar factos fazedores de história, por vezes os mesmos também podem ser
notícia. Como no caso do Semanário de Felgueiras, na passagem de mais um aniversário
de sua aparição pública em 1990, então no primeiro dia de junho de há 31 anos.
Nesta fase de agora em que se comemora essa longevidade, de
mais a mais como único jornal periódico que se mantém no concelho de Felgueiras,
ainda publicado em páginas de papel impresso, vem a talhe uma retrospetiva
quanto às primeiras vistas que recaíram sobre a Longra nas páginas desse jornal
concelhio. Tendo o SF aparecido num tempo em que existiam então os jornais Notícias
de Felgueiras, o Gazeta de Felgueiras e o Jornal da Lixa, além de ainda estar de
fresco a recente suspensão d’ O Jornal de Felgueiras, e em breve irem aparecer mais, ao tempo, como foi o exemplo d’ O Sovela, entre outros. Sendo que assim, entretanto,
a Longra ainda ia aparecendo nalgumas passagens de alguns desses jornais.
Então, além de notícias sobre futebol e reportando ao FC da
Longra ainda em 1990, conforme já foram recordadas recentemente noutro artigo respeitante
ao tema, eis as primeiras notas e notícias publicadas no Semanário de
Felgueiras nos primeiros tempos do mesmo jornal – desde uma achega numa rubrica
existente ainda em 1990 e passando pelas notícias divulgadas a partir de 1993,
nesses tempos iniciais.
Armando Pinto
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