Decorreu na tarde deste sábado de meio de outubro, dia 14,
uma verdadeira jornada de memorização, informação e convívio cultural, através duma
visita guiada ao Cemitério Municipal de Margaride-Felgueiras, em conjunto de pessoas entusiastas de valores históricos; e no fim houve ainda tempo e lugar à apreciação duma alusiva exposição patente na biblioteca municipal, perante a mostra documental que tem ali estado à vista e continuará ainda por mais alguns dias. Realização
decorrente no âmbito do 509.º aniversário da outorga do Foral Manuelino de
Felgueiras.
Então, para assinalar os 509 anos do Foral de D. Manuel I
outorgado a Felgueiras, a 15 de outubro de 1514, a Câmara Municipal promoveu,
no dia 14 de outubro, uma visita ao Cemitério Municipal de Felgueiras, sob mote
“Depois da morte: memória e arte tumular”, orientada pelo doutor Francisco
Queiroz. Com acompanhamento pelos Dr.s Carlos Ferreira, José Ribeiro e Manuela Melo. Mais destaque para a presença do Deputado Nacional sr. António Faria; e naturalmente dos restantes aderentes.
Foi mais uma bela jornada cultural, do que por vezes ainda vai acontecendo de bom por Felgueiras. Embora, como de costume, com aderência de público deveras menor que o desejado, quer por falta de mais informação através de mais meios divulgativos, bem como também por certo desinteresse que estes assuntos ainda vão tendo e mesmo até alguma vergonha que ainda há em aderir a realizações do género. Incluindo, conforme se notou, mesmo faltas de representação municipal ao nível autárquico, quer de Vereação ou Presidência e Assembleia Municipal, quer de Juntas e Assembleias de Freguesia, etc. Sendo contudo de referir que a mostra ainda estará exposta até ao próximo dia 31 deste outubro na Biblioteca Municipal.
Dessa interessante jornada ocorrida assim nessa tarde bem
passada se dá conta, por meio de algumas imagens captadas na ocasião: primeiro
do belo panorama que do alto do início do monte da Santa (Quitéria), junto à
primeira capela e ao cemitério, se vê para o centro da cidade sede do concelho; e depois, já em baixo, na exposição, algumas imagens documentais. Com realce
para o registo do sepultamento de uma figura histórico-emblemática de Felgueiras,
a célebre doceira Leonor Rosa da Silva, pioneira do Pão de Ló de Margaride; como depois para as plantas de "obras a fazer" e relação das obras e materiais de orçamento da reparação da capela do
cemitério de Margaride-Felgueiras, da lavra do “engenheiro"-arquiteto Luíz
Gonçalves, o mesmo sr. Luís Gonçalves da Longra que desenhou o palacete da Casa
das Torres de Felgueiras e está historiado devidamente no livro “Luís Gonçalves:
Amanuense-Engenheiro da Casas das Torres”, publicado em 2014 e da autoria do
autor também destas linhas.
Armando Pinto
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