Não é novidade nenhuma que Felgueiras sempre teve gente de
valor e que vai tendo ilustres felgueirenses nos mais variados campos da
sociedade e também das artes. Cujos talentos por vezes são quase desconhecidos
entre seus conterrâneos e quase nem reconhecidos a nível do concelho natal.
Entre variadas situações. Felizmente conhecidos noutros lados algumas vezes,
também.
Ora um destes dias teve lugar num jornal de Guimarães uma
crónica sobre um felgueirense que é artista plástico. Embora isso nem seja de
admirar também visto ele residir em Guimarães há uns quantos anos, já. Porém
sendo natural do concelho de Felgueiras, apraz aqui registar o facto, para que
por cá se saiba melhor de mais um felgueirense de valor, este que anda nas
telas da cidade vizinha de Guimarães. Tratando-se do artista Naia, como é o
pseudónimo artístico de António Magalhães, natural e durante anos residente na
freguesia da Pedreira, concelho de Felgueiras.
Pois o amigo Magalhães da Pedreira é o artista que aqui
merece apreço e sobre o qual apraz dar um reconhecimento mais vasto. Para
quem não associar de imediato o nome com a cara, para não dizer a letra com a
careta, o melhor jeito de o apresentar é identifica-lo como é, com um apropriado
cartão-de-visita familiar: - É filho dos históricos professores da Pedreira, da
professora D. Joaquina (Dias de Sousa Ribeiro) e do professor Luciano (António
Mendes de Magalhães), que foram rostos conhecidos e admirados na área da Longra
e arredores, enquanto na Pedreira eram estimados pelo povo de modo particular,
atendendo à ligação existente, havendo ensinado as primeiras letras e seguintes
palavras e números a sucessivas gerações. Sendo o filho de nome completo
António Manuel Ribeiro Magalhães, mais conhecido por António Magalhães, o
pintor artístico Naia.
Então o Magalhães, que em tempos que há muito lá vão, quando
era ainda estudante e vivia na Pedreira, andava muito pela Longra em
convivência com amigos de livros estudantis (entre os quais o autor destas
linhas) sensivelmente da mesma idade e também da mesma condição de andarem à
boleia e atrás de caras bonitas, agora e desde há muito vive em Guimarães e é
artista de nome feito no mundo das artes plásticas.
Assim sendo é com muito gosto que aqui se dá à estampa o
facto de mais uma vez o Magalhães ter tido honras de parangonas, desta feita
referindo seu engenho artístico em tudo o que assina como Naia. Tal o caso de
ter sido nomeado na coluna “Pessoas & Causas” do jornal O Comércio de
Guimarães, em sua edição da semana do meio de outubro, a propósito de sua exposição
mais recente – “Histórias pintadas com porta à Berta”. Como agora ele está então lá exposto.
Armando Pinto
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