Está há muito enraizada na tradição popular certa veneração sagrada por uma menina falecida há cento e poucos anos, tida como santa pelo povo, na região sul do concelho de Felgueiras, pelo menos – a chamada Menina de Rande, Guilhermina Mendonça.
Apesar dessa afeição pela sua aura santificada, têm faltado, entretanto, iniciativas tendentes ao devido processo de andamento eclesial, à mingua de interesse de pessoas da hierarquia da Igreja ou ao menos com poder nesse âmbito, dentro da Diocese do Porto e particularmente na Vigariaria de Felgueiras e paróquias a que pertence a área geográfica da personagem e seus devotos, em apreço.
Assim, não foram ainda reconhecidas as virtudes heróicas de Maria Guilhermina de Barbosa Mendonça, Serva de Deus nascida em 1889 na Casa de Rande, da freguesia e paróquia do mesmo nome, no concelho de Felgueiras e distrito do Porto, onde também faleceu em 1912 e se encontra em jazigo-capela de família, no cemitério paroquial de S. Tiago de Rande.
A sua biografia, como primeira tentativa de ser feita “alguma coisa” pelo devido reconhecimento, encontra-se entre as páginas do nosso livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”, às páginas 281 até à 289 desse volume historiador da região, publicado em 1997.
Mais tarde, no ano do centenário de sua morte, em 2012, foi a passagem para a Casa do Pai assinalada particularmente com uma iniciativa louvável e que, como tal, noticiamos na imprensa regional, através do jornal de publicação mais regular e maior expansão local, o Semanário de Felgueiras; primeiro com um artigo em sua edição de 27 de Julho de 2012 e depois por uma nota noticiosa no respetivo número de 12 de Outubro de 2012 – de que se junta aqui imagem em recorte digitalizado:
Em virtude de tudo o que está subjacente e na envolvência dessa aura de santidade que merece reconhecimento, porque o que publicamos no livro historiador da região não está já à mão da maioria das pessoas, esgotada que está a edição também há muito tempo (e de permeio houve pessoas que na ocasião não chegaram a adquirir o livro), inserimos aqui e agora imagens das páginas correspondentes, para assim não esmorecer a fé que anda em nossas almas, no sentimento comunitário. Entreabrindo assim um caminho ao rumo que deve tomar um caso destes, digno de glorificação.
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* Desses mesmos motivos, também, já demos anteriormente conta neste nosso blogue, como por exemplo, num dos artigos em
ARMANDO PINTO