A 18 de março de 1590 nasceu Manuel de Faria e Sousa, nascido
em território do atual concelho de Felgueiras, mais propriamente em Pombeiro,
que em tempos idos teve estatuto de Couto, desde o tempo de D. Teresa, mãe do rei
fundador da Nação Portuguesa.
Esse então fidalgo D. Manuel Faria e Sousa foi ao tempo de
sua existência um ilustre historiador e poeta português, falecido em 1649. Havendo
durante muito tempo sido considerado em menor apreço, com respeito atinente aos
valores da Pátria, por ter sido afeto ao “estrangeiro” reinado Filipino, em
cuja Corte espanhola viveu, durante a perda da independência de Portugal.
Entretanto, era tido como um dos homens mais eruditos de seu
século, gozando de alta reputação literária em seu tempo. Sendo grande
autoridade e conhecedor profundo de Camões. Apesar de escrever quase tudo em
castelhano, escreveu parte de sua obra em relação a temas de Portugal. Isso porque
durante a maior parte de sua vida o território de Portugal fez parte do Reino
de Espanha, e a língua do castelhano estava muito mais estendida na Europa do
que a portuguesa. Em ideia de assim dar a conhecer as façanhas dos portugueses,
e inclusive o grande trabalho de “seu poeta Camões”, entendendo que era a
melhor solução. Suas obras, junto como sua própria poesia, gira quase em torno
dos descobrimentos portugueses e da figura de Camões. A ele se deve o primeiro
estudo que descreve a vida e obra do poeta d’ “Os Lusíadas”.
Foi já em finais do século XX dado seu nome à Escola
Preparatória de Felgueiras. E extensivamente, a rua em que está instalada a
mesma recebeu mais tarde também seu nome.
Evocando sua figura e em alusão ao tema, recorda-se algo
mais sobre o mesmo, através de literatura distribuída precisamente pela referida
Escola Preparatória (vulgarmente conhecida por “Ciclo”) de Felgueiras, do tempo
em que os filhos do autor foram alunos desse estabelecimento de ensino
felgueirense. Reportando à época da comemoração do 4º centenário de seu nascimento,
em 1992.
Armando Pinto
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