Espaço de atividade literária pública e memória cronista

terça-feira, 19 de março de 2013

Homenagem em Dia do Pai... ao meu Pai !

 

Hoje é Dia do Pai.

Tradicionalmente este evento em Portugal é comemorado no dia 19 de Março. Celebra-se no dia de São José, santo popular da Igreja católica e pai de Jesus na terra, como esposo de Maria, mãe de Jesus Cristo. A celebração desta data é comum a diversos países, variando contudo de uns para outros, sabendo-se que, além de Portugal, também celebram o Dia do Pai em 19 de Março, pelo menos, a Espanha, Itália, Andorra, Angola, Bolívia, Honduras e Liechstenstein. 

Sendo o autor também já pai e avô… não esqueço meu pai. Recordando, a propósito, aqui e agora, sua fisionomia em diversas fases da vida, desde jovem até uma época em que nossa vida não chegara ainda ao tempo dos pensamentos profundos e tudo parecia ir durar sempre. Tal a ideia das ilustrações expostas, em cuja rememoração subjacente dedicamos agora as faces dum género de cartão alusivo, com que encimamos o texto e aqui continuamos esta especial missiva.

 

Naturalmente a dedicação desta data está associada com o dia litúrgico atribuído no calendário católico a S. José. Mas haverá outras justificações para a origem do Dia do Pai, havendo nalgumas enciclopédias uma referente aos Estados Unidos, mas curiosamente muito mais tardia que a tradição há muito enraizada em Portugal; o que quer dizer que, afinal, neste como em muitos outros casos manda a tradição, que tem muita força. E já S. João Crisóstomo dizia que onde houver tradição se não busque outras provas…


Importa então, para o caso, em dia de S. José e do Pai, que esta data é dedicada a homenagear os pais, pois, como diz o povo, falando em nome de todos e de cada um: não há pai pró meu pai…! E pai só há um…!!! 

O autor destas linhas já perdeu fisicamente o pai há alguns anos. Mas enquanto ele viveu, nos seus quase noventa anos de vida, foi sempre o meu herói. 

   

Numa singela mas sentida homenagem a meu pai, lembrando como ele gostava de ver as fotografias antigas e documentos que eu conseguia descobrir e divisar, aqui arranjo maneira de mostrar uma - acima - como recordação, do local da “fábrica nova”, a Metalúrgica, na Arrancada da Longra (sabendo-se que a "velha" era a inicial, respetiva, do largo da Longra), onde ele inventou e construiu a sirene que era ouvida a grandes distâncias e, sendo coisa rara à época e mais com aquela potência, sempre foi tida como referência da Metalúrgica da Longra… numa das suas facetas que lhe valeram, a Joaquim Pinto, meu pai, o Prémio da Associação Industrial Portuense. 

Enquanto isto ainda permanece na retina, por fim, votamos ao além uma deposição dum texto, qual ramo florido lançado aos ares da saudade, através do qual relembramos algo que em nossa meninice nos sensibilizou na leitura do livro de ensino primário. Sempre com nosso pai no sentido… Como ele sabia e continuará a saber, nos insondáveis mistérios da eternidade!

   

»»»»» Clicar sobre as digitalizações, para ampliar «««««

Armando Pinto 


                               Obs. : Conf. também 
(clicando sobre o link)


A.P.