Já está no alto do poste do Largo da Longra, tal como se vê,
colocado no seu sítio tradicional, a figura do espantalho a figurar o Entrudo.
Posto como é tradicional no poste do candeeiro central, como de costume, em
posição cimeira. Anunciando a quem passa a realização próxima do Carnaval da
Longra.
Está pois em cima o costumeiro boneco figurão que no dia de
Carnaval, depois do Corso Carnavalesco percorrer durante a tarde do próprio dia
as vias principais da vila da Longra, irá ter à noite o sempre interessante
velório, seguindo depois no típico féretro como figura do enterro do Entrudo,
para por fim ser queimado, como manda a tradição. Sendo que essas tradições já
vêm de tempos remotos, do costume de no Carnaval se queimar as coisas velhas e
que importa deixar para trás, é assim anunciado, também através desse “boneco
do Entrudo”, mais uma realização do Carnaval da Longra, no próximo dia 13 de
fevereiro.
Com efeito já se encontra no alto do poste central do Largo
da Longra o tradicional boneco carnavalesco, a anunciar a chegada do Entrudo,
quanto à realização próxima do carnaval da Longra. Na linha do Corso Carnavalesco
da Longra, que em modo organizado vem desde o ano de 1997, como está historiado
no livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”, a dar sequência
ao antigo costume de correr o Entrudo, através de figurantes espontâneos e
conjunto de mascarados que durante o dia percorriam a localidade, antigamente… Além
de nalguns anos, desses tempos recuados, até ser aproveitado, como era, as
festas de viúvos, quando calhava de andarem a ser feitas por esses tempos, para
juntar o tradicional enterro e o testamento de viúvos. Entre diversas características
dos costumes de antanho.
Trata-se dum “macaco”, como por aqui o povo normalmente
chama, feito de trapos e vestido com roupas velhas, que costuma ser posto no
centro de confluência da região. Em sinal, afinal, como é, ao género de
manifestação no calendário, de apresentação popular respetiva.
Esse boneco figurado, depois, irá então ser o “defunto” queimado no fim de tudo, no encerramento do funeral do Entrudo e após ser lido o tradicional testamento, sendo então cremado “o dito cujo” na noite de Carnaval.
Em vista dessa sensação engraçada, colocamos aqui e agora a sua visualização, em panorâmicas de ângulos diversos, para registo óbvio; e, ao mesmo tempo, para que (a quem não conhece ou não tenha possibilidades momentâneas de ver) possa haver ideia de tal essência, algo singular. Como tal, do aspeto do figurão do Entrudo da Longra deste ano de 2024 se dá nota visual, através de imagens do Largo da Longra assim enfeitado
com esse simbólico adereço.
Observação: As imagens mostram o local em ambiente muito
calmo, sem passagem de carros, por ter havido cuidado de fazer a devida
captação fotográfica em momentos sem movimento automóvel e em hora de pouco
tráfego de transeuntes, para nada impedir a visão do aspeto atual.
Armando Pinto
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