06 DE JULHO DE 2024
Armando Pinto
Histórias da Nossa Família
– nos meus 70 anos!
(Capa - 2 fotos)
(verso da capa – foto)
(nova página – foto)
= Edição particular do autor, com tiragem restrita de 10
exemplares.
Livro de oferta
aniversária familiar.
(foto)
= 2024 =
(foto)
À minha Família, esposa, filhos e netos:
- Dedico e ofereço este livro, na ocasião comemorativa dos
meus 70 anos, a 6 de julho de 2024.
Armando
(Início)
Histórias da Nossa Família
= Nos meus 70 anos !
(foto)
Por trás de cada um há uma história e histórias sucessivas,
de ligação familiar. Quer no sentido mais geral, como essencialmente no caso
particular. O poeta Fernando Pessoa escreveu um dia que a Pátria é a língua
portuguesa. Ora a Pátria, nação em que nascemos, revendo-nos nos seus e nossos
símbolos nacionais, tem em conjunto representatividade na conjugação figurativa
da sensibilidade identitária, falando nós por assim dizer a mesma língua, bem
como tendo um passado histórico de unidade coletiva. E tal como o sentido
pátrio configura a identidade e ligação umbilical terrena, como nação ou lugar
com que nos identificamos, também sintetiza a família a que pertencemos. Quão
somos portugueses de nacionalidade e pessoalmente da nossa família. Tal qual no
caso particular de família há o natural elo a todo um passado que teve
influência e fez resultar a realidade chegada a nossos dias, no brotar da
natureza saída das raízes de outrora.
Vem assim ao caso correspondente uma cogitação sobre a
existência familiar, perante histórias que deram razão de ser à nossa família.
Como ficou famosa filosoficamente a questão do ser ou não ser, transpondo-se ao
tema, nas nossas histórias, quão felizmente acabou por ser, foi e é – eis a
questão.
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Concedendo-nos a vida instantes mais marcantes no tempo,
especiais foram alguns e muitos, afinal: - Quando, jovem ainda, senti a certeza
que tinha namorada, por exemplo, num efeito que volvidos anos levou a ter
sentido bem que tinha um filho e anos depois uma filha, bem como sucessivamente
fui tendo meus netos. Como na verdade fui mais do que antes pensava ir ser e
agora sinto que valeu a pena tudo, enquanto sinto o coração a bater por todos
os meus, pela minha família, pela minha vida. Estando meus sonhos em todos.
Desejando que vençam na corrida da vida. Numa existência em que eu afinal tive
participação a dar o sinal do começo. Porque a nossa vida teve o percurso que
foi possível e ainda bem que teve.
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Se tivesse sido diferente em quaisquer dos passos no passado
acontecido, não seríamos nós os que agora somos família, assim como somos. Por
isso lembrei-me de fazer um exercício de memória escrita, sobre isso. Recuando
a outros tempos. Tal como em criança ao ouvir no rádio da oficina da bobinagem
de meu pai certas músicas, essas melodias me entravam pelos ouvidos e iam
ficando na gravação da cabeça. Coisas que ouvia no rádio de meu pai, mas também
noutros lados, porque à época na Longra havia um rádio em qualquer loja ou nos
vários estabelecimentos existentes e espalhados, para se ouvir notícias,
relatos de futebol e de hóquei, radionovelas e cantigas, pois com música, saída
desses aparelhos, o tempo passava melhor. Então soava-me bem aos ouvidos certas
melodias, ainda que só pela música, e quando em línguas estrangeiras mesmo sem
entender nada. Ora, passado muito tempo, quando calha de ouvir alguma dessas
músicas, de tempos antigos, a recordação me transporta a tempos de menino.
Assim como na nossa história, composta de várias histórias, ficaram resquícios
que dão para gravar a nossa unidade familiar.
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Em pequeno, não sei por quê, lembro-me de minha mãe dizer
que eu dizia querer ir ser padre. Lembro-me sim de com outros amigos que
andavam por minha casa, ter havido dias em que organizava umas procissões, com
umas gaiolas de pássaros a fazer de andores, e tendo uns paus entre os arames e
com aquilo aos ombros andávamos por onde calhasse da casa. Como mais tarde, já
rapazinho de escola, calhou ter feito uma procissão pública, mas essa mais por
a minha tua Mília e seu homem, meu tio Zé (da Costa Moreira), me terem levado a
isso, como aliás conto numa das historiazinhas do meu livro “Sorrisos de
Pensamento”. E o certo é que com isso enraizado na cabeça acabei por ir parar
ao Seminário. Porque no ano em que fiz a minha Comunhão Solene, em 1964, como
ao tempo havia em género de preparação uma semana de missões populares, e então
veio fazer as pregações um frade dos Capuchinhos, esse padre pregador
franciscano acabou por entusiasmar alguns jovens, tendo um desses ido logo para
o Seminário, o meu primo Rosário, porque já tinha concluído a 4ª Classe da
Escola Primária, nesse ano, enquanto outro desistiu antes de ir; e passado um
ano, quando fiz a 4ª Classe fui eu, também. Tal qual como um ano depois, de
mim, foi o Fernando, meu irmão.
Fui então ao Seminário fazer um estágio de avaliação no
verão e, admitido, entrei em setembro de 1965. No dia seguinte ao Porto ter
ganho ao Benfica por 2-0, nas Antas, tendo ouvido o relato do jogo sentado
junto à cama da minha avozinha Júlia, no rádio da sua mesinha de cabeceira.
Havendo eu entretanto deixado a Cruzada das Crianças de
Rande, onde andávamos durante a catequese, e passado a incorporar a Liga
Eucarística dos Homens.
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Então depois, no Seminário, em Gondomar, andei uns anos
ainda, poucos mas demasiados. Embora em Gondomar nem conseguisse ter visto
jogos do Felgueiras, quando o Futebol Clube de Felgueiras lá foi jogar, com o
Gondomar Sport Clube, andando os dois clubes de futebol nesse tempo na 2.ª
Divisão Distrital, porque não me foi permitido sair lá da quinta murada do
Seminário, onde era um dos muitos estudantes internos desse Seminário Seráfico
dos Capuchinhos. Acabando daí a tempos por sair, de vez, depois de ainda ter
passado pelo Seminário da mesma Ordem no Porto, no Amial, onde ainda consegui
por vezes escapar-me para ir às Antas ver jogos do FC Porto. Entre situações
que não vêm ao caso, ou até virão porque tudo ajudou a ter saído e passar a
estudar como externo, no ensino liceal, inicialmente no Externato de Lousada e
depois no Colégio de Vila Meã, até ter conseguido concluir o Curso Geral dos
Liceus. Ou seja, com isto dizendo: Se tivesse continuado no Seminário e
eventualmente seguisse a carreira canónica, enfim se tivesse sido padre ou
frade, simplesmente, não teria mais tarde casado e tido filhos, em suma
constituído família, a nossa família.
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No Seminário era tudo em modo de tropa, até na comida que
era muito má, com regras rígidas, horários, programação, estando-se lá dentro
entre os muros da quinta onde tudo se passava fora do mundo. Salvando-se o
ensino, que era bom. Juntando ainda de fraco gosto a realidade da maioria dos
padres de lá serem adeptos dos clubes desportivos de Lisboa, num contágio que
iam passando a muitos dos estudantes sem noções de quase nada, dizendo-se que
eram dos que pensavam que o futebol se jogava de chancas. Com tais ocorrências,
pode dizer-se ainda que o gosto pelo desporto acabou por ter certas
interferências no que adveio, afinal, pelos resultados verificados, no decurso
da vida resultante. Porque tudo tem um norte na bússola da vida.
Ora, com o que estava habituado dentro do ambiente de
seminarista, quando passei a ser estudante externo foi um choque. Nada que se
parecesse com o antes, passou a ser o depois. Mesmo na convivência e sobretudo
ambientação. Mas depressa fui acertando o passo e continuei. Enquanto a guerra
dos livros de estudo foi indo, dentro do possível. Sempre gostando muito de
algumas disciplinas, como História, Português, Geografia, ah e Desenho, mas
detestando matemática e línguas estrangeiras. E depois ainda fiquei uns tempos
largos à espera de emprego, por se ter intrometido a idade militar, como se
dizia de ir para a tropa.
Entremeando por tudo isso, outro facto teve preponderância:
o caso de, ao correr de 1973, haver passado a ter namorada e termos ambos
gostado um do outro.
Entretanto, em 1974 aconteceu o 25 de abril, movimento
militar dos Capitães de Abril, que fez o histórico golpe de Estado que acabou
com a ditadura do Estado Novo de Salazar e Caetano, mais seus apaniguados. Que
veio a fazer com que acabasse a guerra colonial nas antigas colónias
ultramarinas da África portuguesa (que durava desde 1961). Se não tivesse
acontecido o 25 de Abril, então, eu teria por certo ido para a tropa e depois
como militar seguiria para lá, para a Guerra Colonial na África dita
portuguesa, mobilizado para combater e sabe-se lá se regressaria…
Com efeito, o 25 de abril de 1974 ficou na lembrança pessoal
e coletiva. E teve repercussão futura. Estando ainda na retina da memória, por
toda a envolvência associada.
O dia 25 de Abril em 1974 nasceu de sol aberto no concelho
de Felgueiras, assim como pelo resto do País, conforme se viu pela televisão.
Estava uma manhã radiosa quando comecei a perceber que alguma coisa se passava
por Lisboa, pelas notícias entretanto chegadas. Mas cá na região de Felgueiras,
por quanto me lembro, nada de especial sobressaía. Era um dia normal. Daí que
só dias depois tenha havido algo diferente, com uma manifestação pública, de
apoio ao Movimento das Forças Armadas. A primeira manifestação pública e livre
de que há memória em Felgueiras.
Quando se deu o 25 de abril, a meio dessa semana de tempo
primaveril, mesmo, fui apanhado de surpresa quando, ao chegar ao café da Longra
pela manhã, ouvi que havia uma revolução. Eu nesse tempo estava à espera de ir
para a tropa. Havia em janeiro anterior ido à inspeção e tendo ficado apurado
para o serviço militar, fiquei em espera de incorporação para o exército, ou
seja de ser chamado, como se dizia. E, por via disso, com o curso dos liceus
mas em idade militar, estava sem conseguir emprego, pensando que mais mês,
menos mês, lá iria para um quartel e depois para a guerra. Mas, afinal, com o
25 de abril já não fui… e, depois, após oficialização de passagem à reserva, já
consegui emprego.
Ora, voltando atrás, no dia, propriamente, no 25 de abril de
1974, como nos emissores de rádio e televisão só davam músicas de marchas
militares, ao início da tarde fui até à então vila de Felgueiras, para no Café
Albano (Jardim) ouvir quem saberia melhor qualquer coisa, pois ali se
costumavam juntar alguns senhores em tertúlias que até metiam assuntos
políticos. Alguns dos quais entretanto, como também não sabiam ainda grande
coisa, foram até ao monte de Santa Quitéria para lá no alto captarem melhor
algo de emissoras estrangeiras. Depois disso tudo, ao chegar a casa mais para o
final da tarde, já ouvi alguns comunicados radiofónicos do MFA e pela noite
dentro chegou a ocasião de ver na televisão a comissão da Junta de Salvação
Nacional. No dia seguinte os jornais esgotaram e por isso apenas pude ler no
café o diário que lá estava, na sexta-feira; e no sábado seguinte devorei as
páginas do jornal nas reportagens sobre o 25 de abril, mais a mais porque já
eram referidos os irmãos João e Francisco Sarmento Pimentel, da casa da Torre,
como exilados políticos que em breve regressariam a Portugal. Dias depois ainda
dei uma vista de olhos por um dos jornais de Felgueiras, mas sem conseguir
ficar com ele. O resto é História.
Nesse sábado seguinte ao 25 de abril, ou seja no dia 27, fui
até Felgueiras com a minha namorada, sendo que ao tempo as manhãs dos sábados
eram ocasiões de muita gente ir passear à vila, como se dizia, aproveitando
para fazer compras e conviver. E então, pelas conversas com quem nos deparamos,
apercebi-me que pouca gente ainda estava ciente do que tinha verdadeiramente
acontecido, fruto de ninguém até então saber nada de política, por assim dizer.
Daí que, entretanto, valeu o resultado de conversas entre algumas tertúlias de
gente sociável e estudantes, sobretudo, para depois ter havido uma crescente
ideia da manifestação que acabou por ir para a rua, dias depois. Ora, tendo o
dia 25 de Abril de 1974 sido na última quinta-feira do mês, depois na
terça-feira seguinte, dia 30, houve então a histórica manifestação em
Felgueiras, na véspera do então já proclamado oficialmente feriado nacional do
Dia do Trabalhador, que veio a ser o efusivo 1.º de Maio em Portugal. Sendo da
manifestação a memória que perdura mais. Além das memórias pessoais,
naturalmente.
Seguiram-se tempos de entusiasmo pelas situações
político-partidárias e todo o manifesto mediático que adveio, incluindo
momentos engraçados e entusiásticos, até começar a sentir-se a noção mais terra
a terra da política e resultar certo desinteresse, na sensação da realidade.
De permeio, resolvida a situação social, com a entrada no
primeiro e único emprego profissional que tive, tudo mais foi evoluindo, com a
experiência adquirida no percurso vivenciado. Culminando no que se vive,
presentemente e enquanto pulsar o sentimento e a vida.
*****
Chegado este dia, de perfazer 70 anos de vida, passa-se a
escrito e a imagens permanentes algo relacionado. Neste dia que quando era
criança e jovenzinho muito gostava de passar e agora gosto de modo diferente,
já mais por saber que ainda posso contar com afeto acrescido. Desde que me
lembro e sinto. Sendo o dia de fazer anos mesmo um dia especial, como sei, em
que a minha mãe muito gostava de me ver contente, tanto que, era eu de tenra
idade e tal festejo não era ainda muito usual em gente comum, ela me festejou
os anos com bolo e velas na primeira vez que tal aconteceu em nossa casa, no
meu 6.º aniversário. Coisa que, passados já tantos anos, depois disso até
agora, ainda tenho nos olhos da minha recordação terna lembrança desses tempos.
Como pela vida adiante e sempre tenho ainda comigo, revendo os seus olhos nos
meus. Quão, nos sentidos da vista, tenho do seu colo, comigo e com meu pai ao
nosso lado…
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Não havia então máquina fotográfica em mãos de ninguém da
família, há algumas décadas, sendo por isso raras as fotografias existentes da
nossa prole pelos idos anos cinquentas e até mais, ainda à entrada dos idílicos
tempos de sessenta… Porém captei na retina da memória e não mais me esquece da
primeira vez, que me lembro, nessa tal ocasião, de me ter sido festejado o
aniversário natalício, com festa de anos simples mas bonita, quando fiz seis
anitos. Algo que à época não era até muito acotiado e que em nossa casa também
não tinha acontecido entretanto, apesar de antes haver cinco filhos mais
velhos, e a seguir a mim ainda um mais novo. Saltando-me à vista, como que
vendo ainda, toda a alegria da minha mãe quando, na tarde desse dia, num quente
início desse Estio, me pegou pela mão e me fez a surpresa de irmos buscar um
bolo feito por pessoas amigas (na Casa da Quinta, onde fomos e passamos a tarde
enquanto lá o bolo era feito, entremeado com muita conversa entre as meninas,
como lhes chamávamos, da casa, amigas de meus pais, que como tal ofereceram a
confeção do bolo). Onde foram colocadas seis velas, pequeninas, e de cor azul
como eu disse logo que queria. Doce aparato que à noite foi um encanto aos meus
sentidos, em roda familiar. Como sempre foi depois, na sucessão dos anos, até
passar a ter a minha esposa e filhos e agora os netos. Tendo sempre também os
meus pais presentes em mim, com o sorriso de minha mãe a dizer-me que valeu a
pena ser heroína naquele longínquo dia de inícios de Julho, já lá vão uns anos
bons. Tendo à minha volta, na roda familiar, quem de mim gosta e de quem eu
tanto gosto, no gosto doce do amor.
Marcado está pois esse tempo, vindo isso tudo de um tempo,
segundo valorizamos, em que o saber, os modos de fazer, os costumes, tudo o que
tem a ver com tradição e valores do espírito, se transmitiam de geração em
geração. O passado, qual candeia que seguia à frente dos caminhantes em noites
de breu, iluminava o presente e apelava a um avançar na manutenção da mesma
direção. Ao invés do que por vezes vai acontecendo, quando avançar já tem mais
de inovar. Num futuro que, de qualquer maneira, formata o presente, à medida da
evolução do caminho da vida.
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Um ano houve, passados alguns, cuja ocasião ficou também
marcada, quão foi em 1965 o caso do aniversário ter sido festejado no dia
seguinte à prova oral do exame da 4ª Classe; depois de anteriormente ter
decorrido no dia 1 a aprova escrita. Havendo na véspera ido fazer esse exame
final, tendo então ficado aprovado e assim concluído o ensino escolar primário.
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Minha família em 1969. Tinha eu (em 1º plano, à esquerda),
então 15 anos.
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( 2 fotos ao início da página)
Ao invés de comemorações usuais, em casa, durante anos à
mesa com pais e irmãos, normalmente a seguir ao jantar, também houve alguns
aniversários comemorados em modo diverso, conforme no dia de perfazer 21 anos
foi com a então ainda e sempre namorada, num piquenique no parque florestal de
Vizela, junto com as também ainda futuras cunhadas e cunhados, então todos
solteiros. Como mais tarde, quando casados, passou a ser em nossa casa e com
familiares, em anos para recordar.
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Como era eu normalmente que “tirava” as fotografias, fazendo
de fotógrafo da casa, como os filhos eram ainda crianças e então nem pegavam na
máquina fotográfica, por esses tempos nas fotos que foram sendo captadas
obviamente eu não fiquei nas imagens, além que as próprias máquinas eram
pequenas e algo fraquitas. Mas de qualquer forma foram ficando registados os
momentos possíveis.
(2 fotos)
Muito mais tarde, já como avô, também um aniversário
marcante foi em 2013 quando durante o dia do 59.º aniversário fomos ao Porto
fazer de manhã uma visita ao estádio do Dragão, no “tour” oficial que de tarde
teve continuação com percurso turístico pela cidade. Existia apenas ainda o
primeiro neto, Gonçalo, e desse dia ficou a assinalar o facto, ente tudo mais,
uma foto de família dentro do estádio e em pleno relvado do Dragão.
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Anos depois, entre os diversos passeios de família que se
costumam fazer no dia do aniversário em apreço, foi deveras interessante e
marcante a ida à Casa de Camilo, a antiga habitação de Camilo Castelo Branco, o
meu escritor predileto. Ainda se estava dentro do período de cautelas derivadas
à pandemia Covid, daí que se usavam as máscaras, como ficou nas imagens
fotografadas, da respetiva recordação.
Porém, como em tudo na vida, também houve aniversários
comemorados de modo diferente, conforme lembra quando o aniversário foi
comemorado em casa do Fernando, em Alfândega da Fé, para onde fomos logo pela
manhã desse sábado propositadamente, de modo a festejar com ele esses meus anos
de 2019, devido ao seu estado de saúde, cuja doença que o mirrava levaria pouco
tempo depois ao seu falecimento. Mas assim passei ainda com ele o meu último
aniversário com ele vivo.
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Então, depois disso, nesse mesmo dia viemos ainda festejar
“os anos” também em casa, ao fim do dia, assinalando também em nossa casa o
apagar das velas, em modo mais consentâneo à imaginação dos netos.
Estavam ao tempo ainda presentes apenas 3 netos, como antes
estiveram um e dois, conforme foi sendo acrescentada a família, até estarem os
quatro netos, em volta do avô e família. Nesses dias de festejar o dia do
nascimento, afinal, do começo da família.
Com exceções pontuais, tem sido felizmente tal facto dias de
família. Tendo entre os casos diferentes também se intrometido a pandemia do
Coronavírus, levando a que em 2020 não tivesse sido possível juntar a família
pelas restrições sociais que vigoraram nesse tempo “Covid” de uso de máscaras
de proteção na cara e confinamento. Mas logo que foi possível uma aberta, houve
retoma e cá estamos.
(foto)
Enquanto isso tudo e entretanto os anos decorreram e foram
passando, assinalados anualmente a apagar as velas, como mais popularmente se
diz, soprando nas chamas das velas sobre o bolo de cada aniversário. Em sopros
de vida. Como por estas recordações fica a cintilar nas velas acesas da
ocasião, que se dão a soprar a todos por esta via. E sopram em uníssono através
da descrição escrita e extensiva sequência das imagens cronológicas, de
alusivos momentos familiares.
(foto)
~~~ ***** ~~~
Como as imagens valem por muitas palavras, continua a
narrativa seguidamente em modo visual. Quais sopros em fotografias!
(sequência de 28 fotos)
2024
Armando Pinto
(foto)
Bibliografia DO AUTOR
Obras publicadas:
- Livro (volume monográfico) «Memorial Histórico de Rande e
Alfozes de Felgueiras»; publicado em Novembro de 1997. Edição patrocinada pelo
Semanário de Felgueiras.
- Livro «Associação Casa do Povo da Longra – 60 Anos ao
Serviço do Povo» (alusivo ao respetivo sexagenário, contendo a História da
instituição – Abril de 1999).
- Livro (de contos realistas) «Sorrisos de Pensamento» –
Colectânea de Lembranças Dispersas; publicado em Outubro de 2001. Edição do
autor.
- Livro (alusivo da) «Elevação da Longra a Vila» - Julho de
2003. Edição do autor.
- Livro (cronista do) «Monumento do Nicho Nas Mais-Valias de
Rande» – Dezembro de 2003 (oferecido à Comissão Fabriqueira paroquial,
destinando receita a reverter para obras na igreja). Edição do autor.
- Livro «Padre Luís Rodrigues: Uma Vida de Prece Melodiosa»
– Na passagem de 25 anos de seu falecimento; publicado em Novembro de 2004.
Edição do autor.
- Livro «S. Jorge de Várzea-História e Devoção», publicado
em Abril de 2006. Edição da Paróquia de Várzea.
- Livro «Futebol de Felgueiras – Nas Fintas do Tempo» (sobre
Relance Histórico do F. C. Felgueiras e Panorâmica Memorial do Futebol
Concelhio, mais Primeiros Passos e Êxitos do Clube Académico de Felgueiras) –
pub. Setembro de 2007. Edição do autor.
- Livro “Destino de Menino” – dedicado ao 1º neto – Dezembro
de 2012, em edição restrita do autor, numerada e autenticada pessoalmente.
- Livro “Luís Gonçalves: Amanuense – Engenheiro da Casa das
Torres”, patrocinado pela fábrica IMO da Longra – biografia de homenagem ao
Arquiteto do palacete das Torres, de Felgueiras – Janeiro de 2014.
- Livro “História de Coração” – dedicado ao 2º neto –
Novembro de 2015, em edição restrita do autor, numerada e autenticada
pessoalmente.
- Livro “Torrente Escrita – em Contagem Pessoal”, ao género
autobiográfico – Dezembro de 2016 – edição restrita do autor, numerada e
autenticada pessoalmente (apenas para partilha familiar).
- Livro “História dum Brinquedo que não se pode estragar”,
dedicado ao 3º neto – em Fevereiro de 2019, edição restrita do autor, numerada
e autenticada pessoalmente.
- Livro “Luís de Sousa Gonçalves O SENHOR SOUSA DA IMO” –
Patrocinado pelo IESF-Instituto de Estudos Superiores de Fafe – biografia de
homenagem ao fundador da Fábrica IMO da Longra – Novembro de 2019.
- Livro “Ciclistas de Felgueiras” – sobre os homens do
ciclismo português naturais de Felgueiras que andaram na Volta a Portugal e
provas importantes – publicado pela editora Bubock Publishing S.L. Janeiro de
2020.
- Livro “Um tal Covid na história familiar… num sorriso de
vida”, dedicado ao 4.º neto, em Dezembro de 2022, edição restrita do autor,
numerada e autenticada pessoalmente.
- Livro “50 ANOS DE NAMORO! – Primavera / Verão de 1973 a
2023”, dedicado à esposa, em edição restrita apenas para a família. Abril de
2023.
- Livro “Tomás Gonçalo: Em passeio no tempo afetivo”, dedicado
ao sobrinho especial Tomás… em edição restrita também para distribuição
familiar. Abril de 2024.
(Mais este,
“Histórias da Nossa Família”, de Julho de 2024. Além da autoria de anteriores
livros oficiais alusivos a realizações de eventos locais, entretanto também
publicados.)
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(contra-capa – 2 fotos)
Boa tarde srº Armando Pinto
ResponderExcluirSabendo que fez 70 anos e por o acompanhar no que escreve na Weeb blogosfera, nos jornais, sobretudo nos livros, quero transmitir-lhe agradecimento admirador. O Armando Pinto é um tratado. Não inventa, é simplesmente o que é, único e genuíno. Seja do que for que escreve, sobre a Longra e Rande, Felgueiras, Futebol Clube do Porto e sua família e amigos, pessoas que admira e heróis do desporto ou da sua terra, histórias locais, usos e costumes, é sempre alguém que nunca quer enganar com aquilo que não é, por sempre preferir ser próprio, verdadeiro. Um grande escritor e historiador.
A. Medeiros