Foi esta sexta-feira, dia 2 de fevereiro, inaugurado em Felgueiras
o espaço de exposições “Passado, Presente e Futuro”, no edifício renovado e
transfigurado da antiga Escola Primária da Cari – como era mais conhecida, embora
também referenciada por Escola Adães Bermudes, em atenção ao patrono dessas edificações
(nos inícios do século XX). Em termos técnicos, enquanto funcionou nos seus
últimos anos, chamada oficialmente Escola Primária-Sede n.º 1 de Margaride.
Estive presente, com muito gosto. Sendo a entrada livre. Mas
nem que não fosse, pois não poderia perder uma oportunidade assim, de algo que
não é muito costume em Felgueiras.
O espaço, apelidado de exposição, é um espaço verdadeiramente museológico, podendo mesmo dizer-se que é um museu, embora não o sendo propriamente por ser mais à base de imagens e não tanto de objetos reais. Contando que também tem boas amostras de adereços e objetos físicos. De cuja visualização no dia da abertura, posso dizer que gostei, embora notasse algumas faltas (como, por exemplo, em não ter referências a felgueirenses autores de grandes feitos, como o aviador Francisco Sarmento Pimentel, autor da primeira travessia aérea Portugal-Índia; mais historiadores pioneiros, como o Dr. Eduardo Freitas e Manuel Sampaio; bem como felgueirenses salientes por dotes especiais, como o mestre de iluminuras “Frei” Lucas Teixeira; quão, assim, como muito bem estão antigos “reclames” –como eram chamados outrora por cá os anúncios – de antigas casas comerciais da então vila de Felgueiras, também seria de colocar cabeçalhos, por exemplo, dos jornais históricos de Felgueiras, que registaram e imprimem, no tempo as memórias comunitárias dos últimos séculos e avivaram remotas lembranças da memória coletiva; tal qual algo sobre o folclore local, como um traje típico da região, e inclusive algumas alfaias antigas). Contudo, como há promessa, conforme foi dito publicamente, que vai ter acrescentos, será obra aprovada. Enquanto, do que vi, gostei e louvo.
Dessa realização, em próxima crónica será aqui registada uma
reportagem de apreciação mais desenvolvida. Ficando, para já, a noção que era
algo que faltava e preenche uma necessidade identificativa, capaz de projetar
boa impressão a quem nos visita, e poderá fazer os naturais sentirem mais o sentimento de ser
felgueirense. Bem como, quando mais completado o espaço for, melhor será e
ficará no ego felgariano.
Armando Pinto
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