Espaço de atividade literária pública e memória cronista

domingo, 15 de janeiro de 2023

35 anos de saudade - in memoriam de Matilde da Costa, minha Mãe!

 

Matilde da Costa

(27/06/1915 – 15/01/1988)

Já foi há 35 anos, na sexta-feira de meio do primeiro mês de 1988, o falecimento de minha Mãe, mas ela continua bem presente em espírito no nosso coração e em nossos pensamentos e momentos.

Faz agora 35 anos, em 2023.

Falecida a 15 de janeiro de 1988, às 2 horas da noite do início desse dia, no Hospital de Felgueiras e pouco depois trazida para casa, onde ficou pela última vez seu corpo até ao dia seguinte.


O tempo voa, correndo depressa depois de vivido, como de outro modo voa o pensamento, no sentido de pairar e transportar a recordação, trazendo imagens e sensações. Voando nas asas do pensamento, desta vez, a saudade de minha mãe, até pousar aqui em mim, e nestas letras que escrevo em sua memória, num voo de afeto, passados trinta e cinco anos de seu falecimento. Mais parecendo que foi ainda há pouco, e ao mesmo tempo uma eternidade.

Foi a 15 de Janeiro de 1988, há trinta e cinco anos, cuja ocasião não mais esquece e continua presente em tudo o que permanece dessa data e desses dias. Fazendo ainda pousar no ramo de minha memória o voo da lembrança, desde os tempos em que comecei a andar agarrado a ela, mais a tê-la sempre comigo, tanto sua presença esteve a meu lado no ensinamento das primeiras orações, me levou à escola quando eu ainda nem fazia ideia de como teria interesse saber ler e escrever, quão estava em meu aperto de peito quando menino ainda saí de casa bem cedo e tive de deixar atrás a minha terra para ir estudar longe, como teve um dia feliz no meu casamento, esteve junto a mim logo após o nascimento de meus filhos. De jeito que recordo minha Mãezinha agora – tendo ainda comigo sua imagem na retina dos olhos e coração. Incluindo, entre outros casos, também recordações físicas, como o catecismo de sua Comunhão Solene, de cujo frontispício interior junto imagem, nesta rememoração evocativa. Lembrando-a agora e sempre, porque gosto e gostarei sempre muito dela!

Nascida a 27 de junho de 1915, em Janarde-Rande, em cuja freguesia casou com meu pai na igreja paroquial de S. Tiago de Rande em maio de 1940, residindo depois sempre na então povoação da Longra, faleceu pelas 2 horas da noite de 15 de janeiro e na igreja paroquial de S. Tiago de Rande em que foi batizada e casou veio a ter as cerimónias de despedida, com missa de corpo presente e encomendação, no dia 16. Ficando por fim sepultada no Cemitério Paroquial de Rande, mas continuando bem presente no íntimo de quantos a amamos.

Até sempre!

Armando Pinto

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