Novembro começa com a envolvência do Dia de Todos os Santos,
a que se junta a solenidade dos Fieis Defuntos. Sendo quadra anual de profundo
impacto pela saudade que emana no sentido e semblante de tudo o que se associa,
e também como ocasião de juntar famílias e conhecidos em torno do motivo de
homenagear a memória de entes queridos já falecidos. Tendo, como tal, há já 24
anos, estado então na presença ambiental da comunidade local a proximidade da
apresentação do livro da história da região. O livro “Memorial Histórico de Rande
e Alfozes de Felgueiras”, inicialmente planeado para ser colocado nas mãos do
público precisamente por ocasião dos Santos, para as pessoas normalmente ausentes
da terra poderem assim também estar presentes nessa data em que muita gente vem
até ao chão sagrado de seus maiores… mas, por a editora não ter conseguido
entregar o livro a tempo, teve de ser adiado cerca de três semanas. Tendo assim
ocorrido a sessão de lançamento do livro no dia 21 de novembro de 1997.
Faz assim este ano 24 anos e para o próximo ano decorre a soma das
chamadas bodas de prata, da publicação desse livro. Conta essa que naturalmente
não é de totalidade da obra literária pessoal, nem do percurso de publicista, como autor de
textos publicados – visto muito antes ter tido já um artigo publicado em 1967, com cerca de
13 anos, na revista Jardim Seráfico dos Capuchinhos de Gondomar, e ter começado
a ser colaborador de imprensa em 1974 no jornal O Porto; antecedendo diversa
produção dispersa em episódica colaboração por várias publicações e a mais
regular colaboração no Notícias de Felgueiras desde 1985 até 1995 e no Semanário
de Felgueiras a partir de 1996. Bem como em livros pequenos começara anteriormente em co-autorias e autoria de livros oficiais de eventos e instituições. Mas um
livro mesmo livro, por assim dizer, e logo o livro que foi esperado muitos
anos, depois de muitos anos também a fazer, esse foi o Memorial Histórico, em novembro
de 1997. E desde isso e daí já passaram 24 anos, pela conta deste ano de 2021.
Costuma-se dizer que dos Santos ao Natal é ou bom chover ou bem nevar. E quantos outonos e invernos já se passaram assim, com essa obra literária guardada nos arcanos da memória coletiva, por mais dias com factos diversos que tenham decorrido.
Armando Pinto
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