Estando-se nesta era de inícios da década dos anos 20 do século XXI em plena pandemia do Coronavírus/Covid-19, neste ano de 2021 não será possível haver Carnaval, devido ao malfadado vírus que impõe confinamento social, na esperança de poder erradicar-se essa peste.
Assim sendo, resta assinalar-se a quadra da melhor forma
possível. E, além de se poder mesmo assim vincar a data na própria terça-feira
com o tradicional cozido à portuguesa bem recheado de carnes e acessórios de
chouriços-mouros, salpicão, batatas e hortaliças, mais sobremesa do serrabulho doce tão
típico da região, há também que recordar antigas folganças, na tradição local.
Vindo à lembrança o já tradicional Carnaval da Longra, que nos primeiros tempos
tinha o corso carnavalesco no Domingo Gordo, enquanto havia cortejo na cidade
de Felgueiras na terça-feira seguinte, e depois se impôs mesmo com a realização
do desfile alegórico no próprio dia de Carnaval na Longra, onde passou a haver
o Corso Carnavalesco mais importante da região felgueirense, em moldes
organizados. Incluindo concurso de trajes e grupos de caretas, ao final das tarde, e à noite o velório, enterro e queima do Entrudo.
Como tal, lembrando antigas realizações do mesmo, apraz aqui
e agora recordar, através de fotografias e duma reportagem jornalística (In
Semanário de Felgueiras, em 1998), algo dos princípios do mesmo Carnaval da
Longra. Sem mais explicações, que as imagens falam por si.
Nota Bene: Correspondendo a algumas questões surgidas em
mensagens privadas, há a notar o seguinte: - É verdade, conforme é do conhecimento
aliás das pessoas da terra e outras com conhecimento de causa, que na região da
Longra-Felgueiras sempre os mascarados de Carnaval foram e são chamados de
CARETAS (com a, na vogal final, “caretas”). O nome ou termo “Caretos” é
usual na região do Nordeste Transmontano e tornou-se mais conhecido
recentemente por via das reportagens televisivas sobre as tradições carnavalescas
de algumas aldeias típicas de Trás-os-Montes. Se realmente consta nalgum estudo
sobre o interior do Douro Litoral, essa confusão, isso pode ser derivado a certos trabalhos
cujos autores confiaram em informadores menos esclarecidos e sem conhecimentos
da realidade no terreno.
Armando Pinto
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