Ainda temos na cabeça imagens da Semana Santa e seguida apoteótica Páscoa, aqui pelas nossas bandas, recuando anos, a tempos que há muito lá vão. Mas mais
recuado ainda é ver a Páscoa como ficou registada numa revista de Lisboa no
início do século XX.
Assim, deitando olhos e demais sentidos ao que ficou impresso
na revista Ilustração Portuguesa de Março de 1904, ganha-se uma noção
cronológica. Podendo ter-se ideia de como ao tempo era vista esta quadra no
imaginário de quem escrevia desde Lisboa, colocando o alto Minho como paradigma
da Páscoa de aldeia.
Ora como esses eram tempos em que até no folclore ficou
cantado no tradicional vira minhoto “Meninas, vamos ao vira / Ai, que o vira é coisa
boa! /Eu já vi dançar o vira / Ai, às meninas de Lisboa… Havia essa ligação de
contrastes. Podendo assim pensar-se que, no caso, quem diz alto Minho dirá
Entre Minho e Douro e toda esta região verdejante de afinidades.
Ficam então aqui alguns recortes elucidativos, mais a crónica inteira de duas págunas, sobre a Semana
Santa e Páscoa de inícios do século vinte (com alusões de origens mais antigas), conforme ficou na Ilustração
Portuguesa.
Armando Pinto
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