Não é necessário puxar aos sentidos quanto se sente, na generalidade das pessoas, quando se revive através de alguma coisa nossos tempos de outrora, nomeadamente eras da infância e dias de feliz vivência infantil. Outros tempos que todos lembramos, premiando mais as boas lembranças.
Ora, entre isso tudo que povoa nosso imaginário memorial,
estão alguns objetos que possam ter perdurado ao longo dos tempos ou que de
quando em vez surgem diante dos olhos, por outras vias.
Assim sendo, um destes dias surgiu aqui ao autor, por entre comunicações
diversas, uma mensagem comercial de venda de imagens a recriar antigas figuras
que se vendiam em feiras e lojas. Aparecendo então a pequena imagem do Padre
Cruz que em tempos, que há muito já lá vão, se via em prateleiras de lojas e
tascas, bem como em decoração de móveis das casas normais. Tendo, na dita mensagem,
como legenda de representação, que o «Padre Francisco Cruz foi um dos
sacerdotes portugueses mais populares do seu tempo. Falecido com fama de santo,
em 1948, o seu processo de beatificação foi entregue à Santa Sé em 1965. A vida
de padre Cruz decorreu numa fase em que a fome e a miséria aumentavam
gradualmente. A religião era acusada de "adormecer" o povo. Enquanto
a maior parte dos padres negava a sua própria fé, o padre Cruz enfrentava
corajosamente os inimigos da Igreja. Percorria todo o país, incansável na sua
luta. E em todo o lado era ouvido.»
Pois então, isso faz trazer às lembranças o facto de também aqui
o autor ter tido em criança uma imagem de barro do Padre Cruz. Porém não uma imagem
qualquer, mas uma revestida a veludo, perfeita (como se dizia então). E com uma
perfeição de feições e acabamento que agora se não vê já… Comparando ao ver as imagens agora
apresentadas.
O caso deu ideia de trazer ao registo memorial deste espaço
algo disso, com a visualização dessa pequena mas interessante e estimada
imagem, guardada desde a infância e entretanto colocada ente os bibelôs e
objetos de arte popular representativos, adornando e completando o espaço das estantes
de guarida a livros e tudo o mais, no escritório e ateliê doméstico.
Armando Pinto
((( Clicar sobre a imagem )))
Adorei essa ideia, rica de intenções, já que esses objetos trazem sim as recordações de tempos idos e que, como se vê em seu depoimento, difíceis de serem recriados na mesma forma, com os mesmos sentimentos, como o manto de veludo do Padre Cruz!Abraço
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