Um destes dias veio ter às mãos do autor deste blogue um
jornal do vizinho concelho de Lousada. Tendo, ao deitar os olhos à capa, de
imediato havido atenção de nosso olhar para uma foto, tratando-se de pessoa
conhecida, por sinal da nossa região e residente de Lousada há muitos anos.
Despertando então a curiosidade para o texto referente ao tema.
Com efeito o caso reporta-se ao que foi recentemente
publicado no jornal “O Louzadense”, pelos vistos um periódico ainda novo mas de
feições clássicas, que segundo se nota dá apreço a memorizar aspetos relativos
à memória do concelho do Torrão, como em tempos idos era popularmente conhecida
a terra de Lousada. Em cuja linha redatorial, é dada no jornal devida relevância
a figuras conhecidas e tidas por “Grandes Lousadenses” da atualidade, na
esteira de “Louzadenses” memorandos. Sendo no nº 3 deste referido quinzenário,
edição de 23 de Maio, dado lugar de destaque a um personagem oriundo de
Felgueiras e entretanto radicado em Lousada. Tal o facto de ser ali dado a
rememorar o facto de Lousada ter em seu seio Adriano Sampaio,
como fundador da seção concelhia do PSD lousadense e figura pública com obra na
vida sociável da mesma área da vila do Senhor dos Aflitos.
Adriano Sampaio nasceu na freguesia de Sernande e viveu sua
adolescência na freguesia de Rande, freguesias vizinhas e paróquias anexas, do
concelho de Felgueiras. Tendo residido na casa paroquial de S. Tiago de Rande,
como sacristão do pároco de Rande, Padre João Ferreira da Silva. Em adulto,
pelos contornos da vida, acabou por casar em Lousada e ficou para sempre a
residir na vila abençoada pelo Bispo D. António Castro Meireles, como está de mão
levantada em estátua alusiva, a saudar quem está ou passa por ali.
Já era ele uma pessoa respeitada na vila de Lousada quando o autor destas linhas por ali andou a estudar. Lembrando-me bem de o ver então, andando eu de livros debaixo do braço com amigos, ao tempo de frequência no Externato Eça de Queirós.
Já era ele uma pessoa respeitada na vila de Lousada quando o autor destas linhas por ali andou a estudar. Lembrando-me bem de o ver então, andando eu de livros debaixo do braço com amigos, ao tempo de frequência no Externato Eça de Queirós.
Tempos em que o histórico colégio era deveras familiar no
ambiente da terra através de figuras carismáticas, como o "Contínuo" Senhor
Sousa, a secretária sempre prestável (senhora muito simpática, da qual me estava já a falhar o nome, mas
recordando seu sorriso me vem à ideia como era tratada carinhosamente) a Chiquinha, os professores como o tão apreciado Padre Meireles de História, o Padre Campos do Português, Padre Mota de Francês, Padre Jorge de Inglês, Professora Orísia de Ciências, etc. etc. Andando o
tão afável sr. Sousa de cigarro de mortalha sempre na boca, além de ser
conhecido nas suas andanças de bicicleta a atravessar a vila no itinerário
profissional. Lembrando que comíamos barato na casa de pasto do sr. Freitas, típica mistura de tasco e restaurantezinho antigo, por trás dos Bombeiros. Ao passo que no centro da mesma vila comprávamos o jornal na loja de
papelaria da Geninha, enquanto esperávamos a camioneta de carreira em frente à
loja do Rega, rindo-nos com a sua useira conversa de engalhar os clientes.
Recordo-me de então falar sobre o meu conterrâneo
felgueirense com companheiros (sendo do curso liceal de bons amigos como Zé
Vieira, mais tarde advogado de renome e dirigente apreciado dos Bombeiros; tal
como também o Jorge Magalhães, volvidos anos tornado Presidente da Câmara de
Lousada; Zé Alberto; o Teles de Santa Margarida, o Costa de Silvares, o Sousa do Unhão, Reis, Graça, Raquel, Maria José, Goreti, entre outros).
Isso na ideia de conhecer o senhor Adriano Sampaio dos tempos em que viveu na minha região felgueirense. E sobretudo orgulhando-me de saber que era também um conhecido portista dos meios lousadenses. Pois o caso da política aconteceria alguns anos depois, já eu andara pelo Colégio de Vila Meã e ficara de permeio à espera de incorporação no serviço militar, até ter acontecido o 25 de Abril, etc. e tal…
Ora, veio agora tudo isso à lembrança, a propósito de ver no
jornal O Louzadense longa entrevista com Adriano Sampaio, em duas das profusas
páginas desse jornal, de cujo material para aqui se transporta algumas partes mais
relevantes ao interesse geral.
Armando Pinto
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