Para efeitos vários os livros são o suporte mais clássico de
leitura informativa, seja de feição estudiosa ou lúdica, sobremaneira pela caraterística
de guardarem à posteridade seu conteúdo impresso de forma ordenada, bem como se
tornarem úteis pela arrumação e comodidade que proporcionam esses feixes de
conhecimentos. Quais documentos que possibilitam manancial de consulta
permanente e garantem que os correspondentes acervos neles contidos perdurem,
desde que bem tratados e conservados, sempre acessíveis à disposição geral. Sem
necessidade de recurso a meios não disponíveis à generalidade das pessoas, além
de nem sempre ou mesmo não estarem ao alcance da mão em qualquer sítio ou
circunstância, como acontece com os discos rígidos de computador, mais
derivados apoios e até os chamados CD’s de informática (discos compactos de
leitura por computador), como ainda outros processos posteriores, embora no
caso apenas pela obrigatoriedade de suporte de apetrechos informáticos, que não
noutras qualidades.
Interessando essas vantagens dos livros, passa-se ao
tratamento devido. À imagem de um compartimento dedicado ao património
literário local no fator bibliográfico, vamos então procurar registar e
inventariar livros existentes, entre os que temos conhecimento, como trabalhos
de índole histórica Felgueirense.
Com este fito, dá-se vez aos livros de temática historiadora
e exemplares significativos de existências valorizáveis, sem se pretender, nem
havia essa hipótese, de remontar a eras muito antigas do papel encapado em que
chegaram notícias alusivas às terras de Felgueiras e suas particularidades.
Fora os escritos documentais de cariz local e alguns trechos
constantes de títulos nobiliárquicos e cartas régias, com algo próprio destes
sítios, não há informes públicos de quaisquer livros referenciais, sobre
temática local, anteriores ao raiar do século XIX e de identidade concelhia
então nem houve mesmo nada até ao século XX. Apenas em aspetos genéricos ou de género coletânea de tempos idos.
Assim, tendo presente vetustas páginas de alguns monges e outros
historiadores cujas caligrafias são probas de passos traçando crónicas de
épocas remotas, chegam diante dos olhos parcelas históricas remontando ao
período visigótico, dos “nomine parochialia” dos confins de eras suevas e
visigóticas. (Reportando ao mesmo tema, a obra monográfica “Paróquias Suevas e
Dioceses Visigóticas”, dada à estampa em Arouca no mês de Dezembro de 1997, por
A. Almeida Fernandes, alude toponímia genitiva de villas integrantes das
paróquias suévicas, no que respeita à diocese de Bracara e no tocante a
Felgueiras, apresenta muitos dados da sua etimologia germânica).
Retomando perspectivas de historiografia a expressar linhas
de ligação a Felgueiras, tem de fazer-se grande salto no tempo. Passando além
de material que, entretanto, ficou já impresso em volumes
monográfico-historiadores, sobre o mais que está escrito em Nobiliários, Diplomas
e Cartas (Diplomate et Chartae), no Portugaliae Monumenta Historica, de
Herculano, mais forais, tombos e memoriais. Até nos determos, em alusão fugaz,
em três exemplos documentais preponderantes: passando pela “Corografia
Portugueza” do Padre Carvalho da Costa, com data de 1706 estampada, a qual no
seu tomo primeiro relata síntese de itens dos antigos concelhos de Unhão e
Felgueiras, mais o Couto de Pombeiro; seguindo depois o “Portugal Antigo e
Moderno", de 1876, com notas resumidas em vários volumes sobre as terras de
Portugal, por Pinho Leal; e uma década volvida o mais atractivo “Minho
Pittoresco”, publicado em 1886 por José Augusto Vieira, em cujo I volume está
descrita curiosa panorâmica coeva do concelho de Felgueiras completo. De cariz
mais vasto, entre diversos exemplos de matérias abrangentes à região do Entre
Douro e Minho, também Francisco Craesbeeck lançou algumas dicas, embora em
volumes manuscritos elaborados em 1726, como D. Jerónimo Contador de Argote, em
1734, teve algumas referências nas suas Memórias para a História Eclesiástica
de Braga (a que então pertenciam as paróquias da zona de Felgueiras) e José
Leite Vasconcelos, com seu trabalho “Archeologo Portuguez”, fez leves menções
da região de Felgueiras, tendo ainda o Dr. Leite de Vasconcelos referido
Felgueiras noutro seu trabalho intitulado “Etnografia Portugueza” sobre a
existência da “pegada de S. Gonçalo”.
No plano de obras enciclopédicas de raiz corográfica aparece
também Felgueiras, alé de se destacar no género nomeadamente Pinho Leal com o seu já referido “Portugal Antigo e Moderno” (em cujos volumes constam também as
freguesias de Felgueiras com referências sumariadas através de notícias
recolhidas), houve outras publicações similares posteriores, ao jeito de compilação
resumida desses e outros informes, pecando no entanto por muitas imprecisões,
como acontece com o “Dicionário Corográfico de Portugal” (e mais tarde no “Dicionário
Histórico de Portugal”, e até livros como um intitulado “À Descoberta de
Portugal”, contando ainda que ali se registem dados locais esquemáticos e
descrições ligeiras).
Nos entretantos, conforme aludimos no “Memorial Histórico”, quanto ao
panorama pela região, sabe-se apenas que antigamente era corrente o uso de
pequenos opúsculos de distribuição restrita, entre os quais alguns livretos
particulares em que ficaram imprimidos grandes dons de estilística literária.
Do que ficou impresso à posteridade em prosa histórica, além
de manuscritos dos frades do Mosteiro de Pombeiro, foi registado em letra de
forma em 1803 o «Pombeiro Ilustrado», do Padre Nascimento Silveira, ao que
sucedeu em 1879 «O Monte Pombeiro de Felgueiras enobrecido pelo martírio da
Virgem Santa Quitéria Bracarense», como em 1885 o trabalho «Vida de Santa
Quitéria e Monte Pombeiro enobrecido», pelo Padre Joaquim Álvares de Moura.
De permeio ficara narração do original rasgamento da estrada
para o monte de Santa Quitéria, pelo Padre Casimiro José Vieira , em seu livro
“Apontamentos para a História da Revolução do Minho em 1846 ou da Maria da
Fonte”, obra editada em 1883. Onde ficou testemunho do ambiente de Felgueiras
por aqueles idos tempos. (Refira-se, contudo, que em reedições modernas, como
uma de 1981, entre exemplos de que há conhecimento, foram abusivamente suprimidas
partes, nomeadamente do que não se reportava à dita revolta e naturalmente
descrições de sua vivência em Felgueiras.)
Depois, em 1902 houve edição pública de um «Relatório e
Parecer do Conselho Fiscal da Mesa da Misericórdia da Vila de Felgueiras» e
1903 teve publicação um livreto da «Reforma dos Estatutos da Confraria do
Santíssimo Sacramento ereta na parochial de Santa Eulália de Margaride concelho
de Felgueiras». Seguidamente, em 1904 foram impressos os primeiros “Estatutos e
Regulamento da Associação de Bombeiros Voluntários de Felgueiras” (conforme
aprovação do Governo Civil do Porto a 24 de Novembro de 1898 e regulamentação
interna de 15 de Janeiro de 1899). Já em 1909 teve luz o livro «Vida, Martírio
e Milagres da Preclaríssima Virgem e Mártir Santa Quitéria-Glórias e Maravilhas
do Monte Pombeiro», pelo Padre Henrique Machado (obra que teve 2ª edição em
1947). Naquele mesmo ano, saiu com data impressa de 1909 um «Relatório/Colégio
de Santa Quitéria Felgueiras», que reflete à posteridade notas de referência
informativa da sua existência.
Desses tempos também foram do conhecimento público diversos
trabalhos, sucessivamente publicados nos jornais locais, sem contudo alguns
terem ficado guardados em livro, tais como tantas dissertações de cunho histórico
e sabor literário do Conselheiro Dr. António Mendonça n’ A Semana de
Felgueiras. E mais tarde ensaios jornalísticos de Manuel Sampaio com o
«Românico no concelho de Felgueiras», a «Heráldica no concelho de Felgueiras» e
«Homens Ilustres de Felgueiras», embora estes estudos saídos em primeiro lugar
n’O Jornal de Felgueiras, hajam depois sido editados em livros de reduzida
tiragem e consequente distribuição.
Por 1914 dentro teve surgimento um álbum-fotográfico
documental do Caminho de Ferro de Penafiel à Lixa e Entre-os-Rios, que passou
intramuros concelhios pela então povoação da Longra, na ainda vila de
Felgueiras e na ao tempo também povoação da Lixa – livro intitulado «Companhia
Auxiliar de Construcções Ferro-Viárias». No mesmo ano, teve publicação também,
da mesma então chamada Companhia do Caminho de Ferro de Penafiel à Lixa, o
«Relatório (da Direcção e Parecer do Conselho Fiscal), Exercício de 1913», onde
ficou alusão ao desenvolvimento desse projeto e respectiva ligação Felgueirense
a esse sonho. Depois, houve igualmente conhecimento de que, mais tarde, na
década de vinte do mesmo século XX, foi editada (sem data) uma brochura "Colégio de Rande", de
regulamento e primeiros dados históricos referentes ao estabelecimento de
ensino popularmente conhecido como Colégio da Longra (embora oficialmente
chamado “de Rande”).
Ao género de romance histórico, em 1927 o Dr. António
Cerqueira Magro publicou “Fonte de Juvêncio” – romance e história/notas sobre a
vida, o túmulo, a ascendência e descendência de Egas Moniz. Relativamente a
esse tema, em acrescento, o Dr. Fernando Cerqueira Magro escreveu, em 1931,
numa separata do jornal O Povo da Lixa, o trabalho “Egas Moniz: notas sobre a
sua descendência e naturalidade-Adenda ao livro Fonte de Juvêncio/Cerqueira
Magro".
Mais tarde, em 1933, foi incluída numa publicação de
Homenagem a Martins Sarmento, publicada em Guimarães, uma separata sob título
«O Castro de Sendim, Felgueiras», por R. de Serpa Pinto. No mesmo ano, teve
impressão a publicação do “Associação Pró-Longra / Relatório e Contas da
Comissão Organizadora / 1º Exercício findo em 30 de Novembro de 1932”, referente
ao mandato inicial, de 1928/32, da histórica coletividade (que esteve na origem
da sucessora Casa do Povo da Longra).
Dentro do género oficial, anos depois, tiveram publicação em
1937 os “Estatutos da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da
Lixa”.
Noutro género, algo da espécie de crónicas de viagem, houve
num livro de Viagens em Portugal, de 1938, escrito por um famoso autor
brasileiro, Afrânio Peixoto, em cujo volume foi incluído um texto desse
escritor da região da Baía, a falar (descrever) sobre a sobre a comida
portuguesa e naturalmente referindo doçaria tradicional de Felgueiras.
Depois, de âmbito religioso e autoria do Reitor do Santuário concelhio,
teve edição em 1941 um «Manual da Associação de S. José: Estabelecida em Santa
Quitéria (Felgueiras)», numa compilação do Padre Henrique Machado. E, como
monografia municipal, teve vez em 1942 uma «Homenagem do Concelho de Felgueiras
ao Presidente da Câmara Dr. Major Miguel Bacelar».
Volvidos tempos, em 1946 saiu do prelo um livro de caso
envolvendo defesa da integridade concelhia, intitulado «Entre Felgueiras e
Amarante», da autoria de Manuel Bragança. E em 1955 foi dada à estampa “A
Comarca de Felgueiras”, do mesmo Manuel Bragança.
Ainda durante a década de quarenta (conforme se referiu na
literatura de âmbito nacional), tratou o Dr. Pedro Vitorino, em trabalho
publicado no “Douro Litoral”, Boletim da Junta de Etnografia e História da
Província do Douro Litoral, sobre matéria referente às igrejas românicas de
Felgueiras e, ao jeito de aviso e apelo, escreveu lapidar estudo sobre “Duas
Igrejas Românicas”, aludindo ao caso do abandono e parcial destruição da velha
igreja de S. Cristóvão de Lordelo, Felgueiras, em 1940. Na mesma famosa
publicação igualmente ficou labor do Dr. Armando de Matos, também arqueólogo,
que por esses tempos dissertou sobre diversos motivos de Felgueiras, entre os
quais são de destacar “Os laterais dos túmulos de Pombeiro” e “Algumas
inscrições medievais do Douro Litoral”, em 1947; e sobre a “Igreja Românica de
Lordelo”, de Felgueiras, em 1949. Entretanto, em 1947, inserido também no
Boletim “Douro Litoral”, foi publicado um trabalho do Dr. José da Silva com
título “Santa Quitéria em Terras de Felgueiras”.
De permeio, por conter diversificada informação relativamente
a Felgueiras, de material constante de enciclopédias, houve valioso contributo
do Dr. Lopes de Oliveira, Lisboeta que esteve radicado em Fafe, através da sua
colaboração à Grande Enciclopédia Luso-Brasileira, editada de 1935 a 1960 (com
posteriores aditamentos em anos seguintes). Cuja lavra informativa foi
valorizada, neste aspeto, com dados fornecidos sobre as freguesias e algumas
personalidades do concelho de Felgueiras – os quais por vezes têm servido para
preencher determinadas publicações locais. Embora nessa e outras enciclopédias
(como a Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura, de 1963-1995), em que material
desse foi incluído, não apareçam ainda alguns Nomes Felgueirenses salientes,
aos quais continua por ora a faltar a justa reabilitação de incompreensíveis
esquecimentos de outrora, segundo normas antigas. Ocorrência inclusive a
manter-se teimosamente até ao nível do próprio concelho natal, como que em
manutenção do anterior estado de omissão, coisa que se já não entende atualmente...
embora por defeito, talvez, do facto de, na maioria dos casos, se tratar de
transcrições textuais anteriores. Algo que tem de se frisar, enquanto não for
reposto o merecido reconhecimento inter pares.
Entretanto, embora escrito nos princípios do século XX, tendo
o autor falecido em 1926, só em 1960 foi publicado a título póstumo o livro
histórico-monográfico «Felgerias Rubeas», do Dr. Eduardo Freitas, editado numa
iniciativa de familiares, mais precisamente de suas netas, para que saísse a
público esse material até então inédito. Livro que volvidos anos teve 2ª edição
em 1985, através do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal (liderada pelo Dr.
Machado de Matos, sendo Vereador da Cultura Júlio Faria).
Inédito ficou, entretanto, estudo intitulado “Achegas Para
Uma Monografia de Felgueiras”, da autoria do Padre Carlos Alves Vieira,
trabalho esse feito na década de cinquenta a rogo da Câmara desse tempo. Tal projetado
livro infelizmente não chegou a ser publicado, ficando a aguardar publicação
guardado no cofre do município, mas foi consultado por autores diversos que lhe
citam passagens em textos publicados, entre os quais o Padre Casimiro da Mata
nas suas crónicas publicadas no jornal Notícias de Felgueiras em inícios da
década de sessenta, como por outros mais tarde – de cuja existência posterior,
desse tratado volumoso em escrita dactilografada, porém, se ouve que agora se
lhe passou a desconhecer o paradeiro nos últimos tempos, pelo menos (contando a
época em que se anotam estes apontamentos, em inícios do século XXI).
Por essa época ainda, numa edição de coleção Cidades e Vilas
de Portugal, surgiu em 1956 uma brochura intitulada "Felgueiras", por J.
Correia.
Mais tarde, teve publicação, em separata de Actas do IV
Colóquio Portuense de Arqueologia, uma “Notícia sobre uma igreja românica do
noroeste-S. Mamede de Vila Verde (Felgueiras)”, resultante de conferência
proferida em 1966 por Jorge Henrique Pais da Silva.
Anos depois, em 1970 teve publicação uma separata de O Tempo
(contendo indicação tipográfica de Penafiel) com destacável intitulado
«Princesa do Douro: Felgueiras», por António Gomes de Sousa.
Voltando a edições efetuadas dentro de portas, já em 1983 -
embora escrito em 1972 - foi publicado pequeno livro do Padre Pinho Nunes,
intitulado «Santa Quitéria», do qual surgiu em 1991 uma nova edição
acrescentada. Também naquele ano de 1983 foi editado livro estreito e de
formato pequeno, de material muito resumido e sem referências a todas as
freguesias do concelho, chamado «Monumentos e Obras de Arte de Felgueiras», do
Dr. José de Barros (da Rocha Carneiro).
Também impresso em 1983, ficou folheto
de «Compromisso da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Felgueiras». No
ano de 1989 apareceu à liça uma brochura intitulada «Pombeiro-Uma terra para
quem Deus foi pródiga», da lavra de Fernanda Figueiredo, Irene Araújo, Albina
Sampaio e Odete Nunes, da Escola da Trofa (Pombeiro).
E, no mesmo ano, através
do Pelouro Municipal da Cultura (do qual era vereador o Professor José Campos)
apareceu com edição camarária a monografia «Felgueiras de Ontem e de Hoje», do
Prof. Maurício Antonino Fernandes, autor também do livro «Pombeiro e o seu
Fundador D. Gomes Aciegas», publicado em 1991 (sendo Vereadora da Cultura a
Dr.ª Fátima Felgueiras).
Em 1990 foi lançado livro de inventariação referente ao
«Arquivo Municipal de Felgueiras», trabalho dirigido pelo Dr. Fernando de Sousa
em colaboração com Elvira Castanheira, Jorge Alves e Paulo Gouveia.
O período de 1992 viu ser editado livro-álbum fotográfico de
recolha visual de alguns moinhos de água espalhados pelo concelho, denominado
«Moinhos do apaziguamento-Moinhos de Felgueiras», com fotos de Hernâni Ribeiro
e Joaquim Teixeira, de Felgueiras, mais texto preliminar de Fernando DaCosta,
jornalista de comunicação social de Lisboa e escritor, numa edição da Área de
Extensão Educativa de Felgueiras. E no mesmo ano teve existência um livro de
feição distrital, com lema «Porto, do Nome Portugal», incluindo capítulo
referente a Felgueiras, como aos outros concelhos do distrito portuense.
Um ano volvido, foi lançado em Felgueiras, numa 2ª edição
acrescentada, com patrocínio das Câmaras de Penafiel, Lousada e Felgueiras, o
livro «O Caminho de Ferro de Penafiel à Lixa e Entre-os-Rios», do penafidelense
Coelho Ferreira, contendo partes de interesse à memória da passagem do comboio
do Vale do Sousa por terras de Felgueiras. Obra que em 2000 teve 3.ª edição
corrigida (ficando planeada posteriormente outra de complemento, visto faltarem passagens referentes às estações da Longra e Felgueiras nessa obra, conforme foi referido pelo mesmo autor desse livro na sessão comemorativa do centenário da passagem do comboio na Longra, em maio de 2014 - mas acrescento esse que não apareceu até agora). Ainda de 1993, houve publicação duma brochura sobre «Leonardo
Coimbra: vida e obra, exposição bibliográfica», da Biblioteca Municipal de
Felgueiras, sob coordenação da Drª Maria José Queirós Lopes.
Em 1994 foi dado à estampa, guardando algumas Biografias e
Notas de Antepassados Felgueirenses, o “Finitos Infinitos da Felgerias Rubeas”,
de Clemente Quintela Teixeira, com patrocínio da C.M.F. Do mesmo autor, no
mesmo ano foi publicado livro intitulado “Lixa-Dispersos para uma Monografia”.
Do qual, em toque pessoal, houve ainda um trabalho, editado a legar algumas
imagens da vida da então vila de Felgueiras, através de livro intitulado “Fragrâncias
do Meu Tempo Moço-Subsídios Avulsos para a História do Café Belém-Anos 60 e
70”.
Em 1995, como banda desenhada, apareceu "A Jóia do Vale", de
José Ruy, relativo à história “aos quadradinhos” do Mosteiro de Pombeiro. No
mesmo ano, embora de âmbito nacional e temático, foi publicado "Vultos da
Filatelia", de Paulo Sá Machado, contendo biografias de dois Felgueirenses
salientes nessa matéria. E, ainda, nesse mesmo ano, em separata da Revista de
História, em seu volume XIII, foi editada brochura sobre "O órgão do mosteiro
beneditino de Pombeiro: Felgueiras", por Frei Geraldo Dias.
De publicação também na forma de livro, em Julho de 1995
houve primeira experiência editorial da autoria do autor destas notas, através
de singela publicação encadernada ostentando título da “I Mostra Filatélica e
Exposição Museológico-Postal e Documental da Casa do Povo da Longra”
(comemorativa do centenário de Francisco Sarmento Pimentel e do octogenário da
Estação de Correio da Longra). Pequeno livro esse, de artesanal feitura,
dedicado ao evento, cujos textos foram redigidos a apresentar essa realização e
resumindo o perfil biográfico do homenageado junto a breve história do correio
local.
Em Março de 1996, numa continuação da coleção, com
patrocínio da Junta de Freguesia de Rande, foi editado livro também pequeno sob
o tema "Freguesia de Rande (S. Tiago) e Povoação da Longra", ao género de
mini-colectânea de textos (em resumos históricos de diferenciados temas) também
da mesma lavra do autor destas linhas, num dos quais com a colaboração de D.
Cândida Sousa, havendo por entre os mesmos alguns poemas de Artur Barros e um
apontamento do basquetebol da Metalúrgica da Longra por António Dâmaso.
Nesse mesmo ano de 1996 foi publicado livro denominado
"Felgueiras, Tradição com Futuro", pela editora “Anégia”, com textos da equipa
editorial e fontes bibliográficas de alguns investigadores Felgueirenses (sendo
a bibliografia natural de Felgueiras respeitante a trabalhos de Frei Bento
Ascensão, Fr. António Meireles, Fr. Nascimento Silveira, Padre Henrique
Machado, Dr. Eduardo Freitas, Dr. José de Barros Carneiro, Prof. Maurício
Fernandes, Manuel Bragança, Armando Pinto, Carlos Coelho, Dr. José Amadeu
Coelho, Dr. José da Silva e Ernestina Oliveira/ Raúl Moreira/ Sónia Amaro).
Ainda no ano de 1996, embora em texto policopiado, houve
impressão duma dissertação de mestrado em geografia regional (apresentado na
Faculdade de Letras de Coimbra), sob título "Concelho de Felgueiras: Sistema
produtivo local/o caso da indústria de Calçado", por Maria Cristina F. R.
Santos.
Em Maio de 1997 foi também publicado mais um pequeno livro
oficial, este intitulado na matriz dedicada à realização do “1º Festival
Nacional de Folclore-Longra/97”, comemorativo do 3º aniversário do Rancho
Infantil e Juvenil da Casa do Povo da Longra. Com textos do autor signatário,
nessa publicação ficou registado o historial do Rancho aniversariante, bem como
uma apresentação dos Ranchos participantes no certame, mais narração de resumo
histórico da existência da Casa do Povo local e galeria Diretiva da mesma
instituição.
No mesmo mês do ano 97 houve edição de mais um pequeno livro
de banda desenhada, este da Escola da Ribeirinha-Penacova, sob o título
".Nicolau Coelho-Fidalgo e Navegador Felgueirense". Na mesma senda, quase de
seguida, apareceu também em desenhos legendados "Nicolau Coelho, Um Capitão dos
Descobrimentos", de José Ruy. A meio do mesmo ano foi apresentado ao público
"Pedras de Armas e Brasões Tumulares do Concelho de Felgueiras", de Artur
Vaz-Osório da Nóbrega.
Finalmente em Novembro de 1997 surgiu ao público, com
patrocínio do jornal “Semanário de Felgueiras”, o nosso "Memorial Histórico de
Rande e Alfozes de Felgueiras", cuja apresentação ocorreu a 21 de Novembro de
finais desse ano. Trabalho a que dedicamos uma boa parte da vida, apenas por
amor à terra natal, freguesia e concelho (ao qual a CMF, em tempo de vereação
da cultura de Fátima Felgueiras, negou apoio). Tratando-se, por fim, de
materialização de sonho que nos fez sentir realizado parcialmente, por todo o
empenho colocado nesse trabalho de pesquisa e entusiasmo, pois que seria
frustrante continuar a ter inédito tal estudo, no sentido de forçado
esquecimento e desconhecimento público do seu conteúdo, como da preservação
memorial da inerente História. E, finalmente, emergiu um bem estar compensado
ante as contrariedades superadas... Por ora, havendo quem diga que um homem
para se realizar tem de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro, o
autor que já fez isso tudo e, felizmente, algo mais, apenas se não sente
totalmente realizado porque deseja ainda mais, agora... que o lindo rincão que
serviu de berço e acolhe diariamente, sinta de uma vez por todas o progresso e
qualidade de vida que tem faltado.
Posto isto, voltando ao rumo difusor desta recolha, será de
acrescentar que no princípio do mês de Setembro de 1998 foi publicado, pelo
mesmo autor destas linhas, mais um livro oficial de realizações locais, no caso
alusivo ao “2º Festival de Folclore do Rancho Infantil e Juvenil da Casa do
Povo da Longra”, tal qual o título da edição apresentando a realização festiva
e os Ranchos envolvidos nesse certame, dando também espaço de realce ao
imaginário popular das freguesias incluídas na ação social da própria
Associação CPL, das quais são oriundos os elementos do Rancho da casa, com
relevo no conteúdo de fundo a Lendas e Narrações histórico-tradicionais da
região sul do concelho de Felgueiras.
Em Novembro de 1998 aconteceu o lançamento de livro
referente à história dos Bombeiros de Felgueiras, por ocasião do seu
centenário, volume ilustrado “Bombeiros Voluntários de Felgueiras-1898/1998-100
anos de história” com coordenação e textos de Francisco Ribeiro.
Na continuidade dos tempos, surgiram novas publicações
relativas a eventos em que o autor das mesmas e deste arrazoado teve
envolvimento. Publicações que se acrescentam naturalmente: “Associação Casa do
Povo da Longra - 60 Anos ao Serviço do Povo”, em Abril de 1999; e livro oficial
do “3º Festival de Folclore da Longra - Memória etnográfica do sul Felgueirense
e afinidades concelhias”, com este título chegado às mãos do público no dia do
próprio Festival/99, em Julho seguinte.
De cariz diferente, houve, por iniciativa da Câmara
Municipal de Paredes, a “Colectânea de Textos de Autores do Vale do Sousa”, no
âmbito da realização Encontr’Artes - encontro anual de artistas da região, que
ao longo dos sucessivos certames foi acompanhado de edições literárias, através
das quais foram sendo englobados publicistas Felgueirenses que se costumam
manifestar pela escrita. Publicação essa que anualmente foi repetindo as doses,
numa continuidade que integrava sempre colaboração felgueirense, até 2004 a que
correspondeu a X Colectânea. Em cujas páginas ficaram alguns textos sobre
história local, pelo autor desta resenha também.
Em Julho de 2000, numa feição pouco comum, surgiu ao público
um livro alusivo a uma festa tradicional, tratando-se no caso de “Evocações da
Festa Paroquial de S. Tiago de Rande”, em registos do autor destas linhas
correspondendo a pedido da Comissão da Festa respetiva desse ano. E no mesmo
mês houve nova edição alusiva ao certame folclórico da Longra, no caso o “4º
Festival de Folclore da Casa do Povo da Longra-Celebração Folclórica do Sul
Felgueirense”, também do próprio autor.
Quase de imediato, com o quente Julho em marcha foi
apresentado livro de José António Soares da Silva, sob patrocínio da Câmara
Municipal de Felgueiras (sendo Vereador da Cultura o Dr. António Pereira),
intitulado “Felgueiras-rostos do tempo”, tipo álbum foto-ilustrado a registar
gravuras de postais antigos, acompanhados com transcrições de pequenos trechos
escritos por diversos autores, relativos a velhas fisionomias de Felgueiras.
De função alusiva a tradicional festividade, embora em
moldes mais ambiciosos que exemplos anteriores, surgiu em Setembro de 2000 uma
publicação de conteúdo historiador sob título “Lixa Cidade de Ontem e
Hoje-Nossa Senhora das Vitórias/2000” - livro editado pela Comissão da Festa
das Vitórias e dedicado à mística Lixense dentro do contexto concelhio
Felgueirense, com textos de Carlos Coelho, Pedro Alves e Armando Pinto,
incluindo também algumas notas de Elisabete Lopes, Liseta, Joana Gonçalves e Hélder
Quintela, além de pequenas transcrições de textos do Prof. Maurício Fernandes.
Em Maio de 2001, na linha de anteriores publicações
dedicadas pelo autor a eventos locais, foi publicado pequeno livro intitulado
“Rancho da Casa do Povo da Longra - Sete Anos Depois... Em Idade de Razões”,
alusivo ao 7.º aniversário e seguinte 5.º Festival do mesmo Rancho – contendo
historial do grupo aniversariante na forma de crónica contista.
Entretanto, surgiu em Outubro de 2001 o livro “Sorrisos de
Pensamento”, de contos realistas dedicados à memória coletiva, como Colectânea
de Lembranças Dispersas do autor destes registos, numa espécie de ilustração
descritiva a parcelas antes cronicadas.
Chegado 2002 foi publicado um livro intitulado “Monte de
Santa Quitéria / Felgueiras”, com o nome da terra em subtítulo, da autoria do
Padre Carlos Moura (numa obra atualizada à época, com fotografias
contemporâneas e gravuras antigas de livro anterior do Padre Henrique Machado,
contendo especiais informações do local, do culto, organizações sediadas no
Monte da Santa e da Ordem de S. Vicente de Paulo). Logo depois, em Junho de
2002, teve lugar mais um livro oficial do anual certame folclórico Longrino, no
caso o “6.º Festival do Rancho da Casa do Povo da Longra-Desfile de Oito Anos
de Vida”, com a habitual chancela. Depois, no mesmo ano de 2002, houve uma
brochura intitulada "Leonardo Coimbra, 1883-1936: político, educador,
filósofo", pela Drª Dulce Freitas, numa edição da Câmara Municipal de
Felgueiras.
Até que, em Fevereiro de 2003, sem indicação do nome de
autor ou autores, surgiu livro comemorativo das “Bodas de Ouro de Ministério
Paroquial do Padre Joaquim Oliveira”, com mensagens e testemunhos alusivos à
mesma efeméride celebrada em Varziela. Meses passados, já em Junho, apareceu
mais uma das únicas edições literárias relativas a eventos folclóricos
concelhios, o livro oficial do “7.º Festival de Folclore do Rancho da Casa do
Povo da Longra – Danças Mil em Nove Anos de Folclore”, conforme o título com
que se achou dever sintetizar o evento. Como em Julho seguinte houve rápida
edição a registar a aprovação da Vila da Longra na Assembleia da República,
facto assinalado escassos dias depois com o livro “Elevação da Longra a Vila”
(que valeu, mais tarde, apreciação no Jornal Literário “Poetas &
Trovadores”, com sede em Guimarães, no seu número de Julho/Setembro-2003, onde
o autor foi considerado «monógrafo, por excelência, do concelho de Felgueiras»
– o que, ainda que sendo relativo, naturalmente, se regista pela apreciação).
Seguiu-se em Outubro, do mesmo ano de 2003, uma edição de registo impresso
sobre existência do labor cénico Longrino, com o livro “Grupo de Teatro da Casa
do Povo da Longra-Sete Anos na Arte de Talma Associativa”, da lavra escrita do
autor destas notas, também. Para, mantendo o ritmo, em Dezembro imediato ter
havido vez para livro sobre “Monumento do Nicho nas Mais-Valias de Rande”,
igualmente do autor destes apontamentos.
Meses depois, em Abril já de 2004, houve edição de livro
dedicado ao Felgueirense Padre Luís de Sousa Rodrigues, sob título “Do
Evangelho para a Vida”, contendo reflexões sobre homilias do mesmo Padre Luís,
através de registos escritos por António Manuel Casimiro e José António Pereira
(livro que em 2006 teve 2ª edição, acompanhada de um CD com gravação da voz do
antigo Reitor da Lapa do Porto). Entretanto, em Junho de 2004, pela mesma
iniciativa e autoria destas linhas, foi engrossado o acervo histórico-literário
impresso com “8.º Festival da Associação Casa do Povo da Longra – Alcance duma
década etno-partilhada”. E, em Novembro do mesmo ano de 2004, o autor escreveu
e publicou o livro “Padre Luís Rodrigues: Uma Vida de Prece Melodiosa”, no
encerramento das comemorações da passagem de 25 anos da morte daquele
Felgueirense e célebre compositor musical.
Ainda no mesmo ano de 2004, em publicação incluída em
revista da especialidade, foi publicado um estudo intitulado “Novos dados sobre
o tesouro do Monte do Senhor dos Perdidos (Penacova, Felgueiras)”, por Rui
Centeno e Mendes Pinto, na Portugália - Nova Série (vol. XXV), do Departamento
de Ciências Étnicas do Património da Faculdade de Letras da Universidade do
Porto.
Chegado 2005 foi a vez de, pela mesma via de autoria, ficar
registado o “9.º Festival da Associação Casa do Povo da Longra-Comunhão de
Tradição Associativa”. Depois disso, presente 2006, houve publicação de “S.
Jorge de Várzea-História e Devoção”, por Armando Pinto também, livro editado
pela respetiva Paróquia no âmbito da I Feira do Livro de Várzea e Festa dos 23
de Abril/2006. Como poucos meses depois, no início de Junho, por ocasião da
comemoração de 25 anos de existência da Cercifel (Cooperativa de Ensino para
Reabilitação de Crianças Inadaptadas de Felgueiras), instituição de
Solidariedade Social, teve publicação um alusivo livro intitulado “Memorial
Histórico/Cercifel”, sem autoria expressa. E, ainda em Junho desse mesmo ano,
surgiu, como que por encanto, um livro de feição e dedicatória especial, da
lavra da Irmã Vitória Pinto, dedicado ao cinquentenário do Postulado na Ordem
Vicentina da sua irmã de sangue e de Companhia religiosa, intitulado “Irmã
Maria Esperança da Purificação Pinto-50 anos como Filha da Caridade”, onde
ficaram registados lindos textos e versos de afeição e dedicação, a par com
referências à ligação da homenageada a Felgueiras, à casa da comunidade das
Filhas de Caridade em Santa Quitéria e sobretudo ao convento da Misericórdia do
Unhão.
Em 2007 teve vez o primeiro e por ora único livro
historiador do fenómeno desportivo em Felgueiras, dedicado ao desporto-rei, com
o livro “Futebol de Felgueiras-Nas Fintas do Tempo (1932-2007)”, de Armando
Pinto. A historiar resumidamente (para não encarecer o custo de publicação,
sendo livro de iniciativa pessoal) o historial do antigo e histórico Futebol
Clube de Felgueiras e o primeiro ano do sucessor CAF-Clube Académico de
Felgueiras – em tempos iniciais, portanto, antes da mudança ao atual FC
Felgueiras 1932.
Passados tempos, ao expirar de 2008, teve luz um estudo
sobre o percurso de um literato famoso por terras de Felgueiras, através do
livro “Viajar com… António Nobre”, da autoria de António José Queirós, que
inclui ligações desse conhecido poeta à Lixa e refere o antigo Cabanelas, de
Felgueiras...
Em aspeto coletivo, e particularmente de alcance distrital,
em 2009 apareceu um volume intitulado "As freguesias do Distrito do Porto
nas Memórias Paroquiais de 1758", pelo Prof. Dr. José Viriato Capela, como
quinto volume da Coleção "Portugal nas Memórias Paroquias de 1758" –
incluindo as paróquias de Felgueiras nessa recolha, sabendo-se que as mesmas
Memórias Paroquiais constituem o resultado do inquérito enviado naqueles idos
tempos a todos os párocos do país pelo padre Luís Cardoso, que contou com o
apoio pombalino para a sua implementação (matéria que, em parte, quanto ao rio
Sousa e sobre a freguesia de Rande, já havia sido tratada no livro “Memorial
Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”, publicado em 1997).
Depois, entre 2010 até 2011, com a publicação de monografias
sobre as igrejas românicas da região felgueirense, houve uma coleção publicada pela
Câmara Municipal de Felgueiras, em acordo firmado com a Faculdade de Letras da
Universidade do Porto, através de livros assinados por Maria Leonor Botelho, os
quais ficaram sob títulos de “Santa Maria de Airães”, “São Mamede de Vila Verde”,
“Salvador de Unhão”, "São Vicente de Sousa”, “Santa Maria de Pombeiro” e “Arqueologia
Santa Maria de Pombeiro”. Após isso, em 2014 a Câmara voltou a patrocinar outro
livro de docentes da mesma universidade, sendo então publicado em 2014 “Felgueiras
A terra e seu foral no cinzel da história”, de Pedro Vilas Boas Tavares e Maria
Cristina Cunha; assim como em 2015 “Felgueiras: 500 anos de concelho”, obra de
coordenação de Pedro Vilas Boas Tavares, natural do Porto mas com raízes
familiares no concelho de Felgueiras.
De permeio saiu a público em 2014 um livro dedicado ao
santuário de Santa Quitéria, sob título “Do Monte Pombeiro ao Monte de Santa
Quitéria”, da autoria de Carlos Ferreira. Como no mesmo ano também um livro
sobre uma casa histórica de Felgueiras e seu arquiteto, o livro “Luís
Gonçalves: Amanuense-Engenheiro da Casa das Torres”, da autoria de Armando
Pinto, e patrocinado pela fábrica IMO, da Longra.
Mais tarde, no ano de 2017 foi ainda publicado, em edição
do Município de Felgueiras, o livro “Presidentes de Câmara e Eleitos do
Concelho de Felgueiras (1834-2017)”, de introdução e coordenação de Pedro Vilas
Boas Tavares. Bem como sobre o ex-libris concelhio de Santa Quitéria foi já em
2018 reeditado o livro “Monte de Santa Quitéria / Felgueiras (2ª edição)”, do Padre Carlos Moura.
Enquanto isso, e além disso, tem estado à espera há anos
um projetado livro pensado para ter título de “Remembranças Felgueirenses» (inclusive
com capa elaborada, com desenho das letras de lavra do célebre iluminurista
Lucas Teixeira), em feixe de recolhas complementares de Recordações e Curiosidades
concelhias, da memória coletiva. Conjunto de crónicas cuja compilação está
então guardada há tempos (leia-se anos), mas tem sido sucessivamente adiada a
sua publicação por falta de apoios e possibilidade de edição.
Esta é por ora, até 2017/18 portanto, a estante Felgueirista
possível de ser vistoriada, dentro do que é do conhecimento pessoal em que foi
tentada enumeração, por assim dizer, da coleção dos livros de Felgueiras, quais
repositórios das memórias da nossa terra e sua gente. Na grande maioria dos
casos em obras possíveis apenas pelo querer dos próprios autores, quantas vezes
até incompreendidos, para não dizer outra coisa. O tempo, como mestre da vida,
acabará por trazer à superfície azeite do qual brotará luz que iluminará as
trevas dos tempos. E, apesar de tudo, a própria memória, passado tempo, fixará
mais a perpetuação para todo o sempre.
Faltarão estudos de especialidade, para melhor complemento,
como por exemplo a história mais completa sobre a época pós-concelho completo,
desde que em 1855 Felgueiras passou a ser concelho íntegro com as 33 freguesias
que deram maior amplitude e oficialização administrativa. Algo que bem pode ser
conhecido através das notícias dos diversos jornais que foram existindo, já com
o concelho completo. Como pelas “Actas” da Câmara e Juntas de Freguesias. Tal
como estudos aprofundados sobre instituições e individualidades, lembrando
benfeitores de coletividades e organizações, mais felgueirenses salientes em diversificados campos da vida local e nacional. Quão pode e deve haver memória de naturais
do concelho que estiveram e salientaram nas intervenções e lutas que ajudaram
às alterações verificadas no país, mais nas grandes guerras mundiais e na
guerra ultramarina, entre bravos soldados que deram contribuição felgueirense
em fastos nobres da Grei. Por entre diversificados temas do rol de evidências
conterrâneas ao longo dos tempos.
É então este, do que há escrito e impresso, o fio à meada
desenvencilhada das letras históricas do concelho de Felgueiras, que marcaram
épocas impressas em volumes ou pequenas e médias publicações enfeixadas. Tudo o
que existe, se bem que não seja assim tão pouco mas a precisar de mais, a expor
textos de impressões, opiniões e expressões felgueirenses, sobressaindo o que
fica a contar a História de Felgueiras e dos Felgueirenses, até à atualidade.
ARMANDO PINTO
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Bom dia. Interessam-me as questões da nobreza da zona das Astúrias, em Espanha, e interessa-me a figura de Analso Guiçois, suposto fundador da igreja de Borba de Godim. Tudo o que consegui encontrar na internet é que haveria um documento de Afonso Enríquez de 1136, confirmado por Afonso II em 1218 e por Afonso III em 1270, reconhecendo os direitos sobre a referida igreja a um certo Mem Soares, descendente de Analso. Tenho muito interesse em acessar qualquer publicação que contenha a transcrição desse documento e agradeceria qualquer informação a respeito.
ResponderExcluirUma saudação cordial:
Jesús González
Bom dia. Interessam-me as questões da nobreza da zona das Astúrias, em Espanha, e interessa-me a figura de Analso Guiçois, suposto fundador da igreja de Borba de Godim. Tudo o que consegui encontrar na internet é que haveria um documento de Afonso Enríquez de 1136, confirmado por Afonso II em 1218 e Afonso III em 1270, reconhecendo os direitos sobre a referida igreja a um certo Mem Soares, descendente de Também. Tenho muito interesse em acessar qualquer publicação que contenha a transcrição desse documento e agradeceria qualquer informação a respeito.
ResponderExcluirAtenciosamente