Qual estremeção no corpo e no ambiente em que estávamos, foi
sentido um ligeiro tremor de terra ao início da tarde desta quinta-feira 7 de
dezembro, aqui no concelho de Felgueiras, na zona interior do distrito do
Porto, num sismo que foi notado também a norte do país, mais sensivelmente nas áreas
de Entre Douro e Minho e Trás-os-Montes e Alto Douro, passava pouco do meio dia.
= Longra de outros tempos...
Conforme notícias de seguida chegadas pelas vias da
comunicação informática, esse abalo terrestre registou-se às 12:53 h, segundo o
Instituto Português do Mar e da Atmosfera, através dum sismo com 3,6 de
magnitude na escala de Richter. Segundo o mesmo Instituto, o epicentro localizou-se a cerca de 8 km a Norte-Noroeste de Mesão
Frio. Mas com extensão à circunferência da zona Norte acima do rio Douro,
incluindo esta região felgueirense das nascentes do seu afluente rio Sousa.
Não parece ter havido registo de danos provocados por este
sismo, apenas a normal interrogação popular a procurar confirmar alguma
ocorrência da atividade sísmica. Como no caso de Felgueiras e particularmente
da Longra, onde estávamos e estamos.
Mas quem não soubesse, até pensaria que o centro da vila da Longra teria tido efeitos do abalo, tal o que se vê... ainda.
Mas quem não soubesse, até pensaria que o centro da vila da Longra teria tido efeitos do abalo, tal o que se vê... ainda.
O sismo foi sentido também pelo autor destas linhas
escritas, por sinal estando então à mesa em pleno almoço caseiro, ouvindo algo estranho, sem contudo dar para parar
de comer. Aliás nem chegando a ser sentido por pessoas que se encontravam na
rua, ou seja no exterior das casas, como soubemos por constatação posterior,
sendo mais notado por quem se encontrava em casa e sobretudo em sítios mais
altos das habitações.
Não deu o caso, felizmente, para perder o apetite, mas estando
na Longra, mal saindo à rua, como todos os dias dos tempos recentes, dá para
perder algum interesse na coisa pública pelo que se vê e sente desde as obras
incompletas iniciadas ainda antes do Natal de 2016, começadas e mal pensadas pelos
responsáveis da anterior execução municipal, e sem ainda terem sido devidamente
remediadas na atual situação. Mantendo-se a divisória da Longra de cima e
Longra de baixo, como inexplicavelmente foi antes implantado conforme certos
sabores de conveniências particulares, na inconveniência coletiva. Enquanto na
parte obrada continuam por resolver as situações junto a algumas entradas de
casas e estabelecimentos, e à falta dos prometidos estacionamentos
(aparcamentos para automóveis), os passeios continuam ocupados por viaturas que
estacionam onde calha, impedindo assim a passagem de peões e, para cúmulo, obrigando
a descer à via pública, tendo de andar na estrada, pessoas com cadeiras de
rodas, e até carrinhos de bebés. Tendo entretanto se dado já alguns acidentes
com quedas de gente, incluindo crianças…
Observação:
– Os reparos sobre o estado em que (não) estão as
obras de requalificação da parte de cima da rua principal da Longra e do
próprio Largo da Longra, no centro urbano, não são um mero exercício de crítica,
atendendo às condicionantes que têm sido apontadas publicamente do que a nova
administração municipal parece ter herdado.
Entendendo que há regras, mediante o que ficou estabelecido anteriormente, etc.
e tal. Mas na continuação de alguns trabalhos entretanto executados, poderia já
ter havido correção de certas situações, do que se via e vê à vista desarmada
estar mal. Especialmente por já ter sido feita a pintura das linhas das estradas,
a dar ideia de trabalho terminado, quando falta algo mais, incluindo o piso da
própria estrada continuar com diversas irregularidades bem visíveis. Sendo sobretudo,
esta chamada de atenção, um modo de procurar não deixar cair no esquecimento
que no plano das obras havia mais, conforme esteve “escarrapachado” num painel
durante tempos exposto na rotunda da Longra (e aliás veio também publicado no
Boletim Municipal + Felgueiras), pois as obras anunciadas de regeneração urbana
seriam até pelo menos à curva junto à ponte, na parte sul da Longra, no sentido
Longra-Lousada da estrada 207...
Obviamente confiamos que, com tempo e melhor estudo, tudo
terá um final feliz. Mesmo na confiança trazida pela serenidade com que o novo
presidente da Câmara Municipal tem tomado notas das realidades. Mas há anseios
naturais a clamar por isso, no bem que também esta região merece ante o ocorrido
durante tanto tempo passado.
Armando Pinto
PS: As fotos correspondem ao período mais acérrimo das obras
que estiveram em curso até à campanha eleitoral, além de duas de fundo
histórico que fazem parte do arquivo do autor e incluíram o conteúdo do livro “Memorial
Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”.
((( Clicar sobre as imagens, para ampliar )))
Li hoje o seu blog no grupo sou felgueirense na curiosidade do post do tremor de terra e das obras da Longra e aproveito para lhe dar meus parabens igualmente pelo artigo dos cogumelos porque nem fazia ideia de tantos nomes para os mesmos.
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