Porque uma comunidade e sua identidade também se fazem de
simbologia e respeito, foi numa ideia de complemento identificativo que, desta feita,
explanamos algumas considerações na habitual crónica de colaboração no Semanário
de Felgueiras.
Desse artigo, para constar, aqui reproduzimos a respetiva
coluna, saída a público na edição do SF desta semana. E seguidamente deixamos o
texto legível, quanto ao que nos apraz transmitir através das linhas que têm visibilidade
pública na página 12 do mesmo número do jornal de Felgueiras deste dia.
Galardões de Reconhecimento Municipal
Na roda do ano passa por estes dias a quadra dos Santos
Populares, saltando a fogueira do tempo atual. E chega também a época da
tradicional Festa do nosso Concelho, com o Dia de Felgueiras, como é o Feriado
Municipal ainda com significado, afinal.
Ora, as festas de concelho e feriados municipais, por vezes,
são ocasião propícia para um avivar do sentimento coletivo e fazer ressaltar a
identidade conterrânea, como acontece em concelhos onde nesses dias são
atribuídas distinções e galardões de apreço a quem merecer reconhecimento. Tal
o caso de atribuição e colocação de medalhas atribuídas, por exemplo. Algo que
em Felgueiras já ocorreu esporadicamente, no dia, embora as mais das vezes tenha
decorrido noutras alturas.
Lembra tal caso o facto de em Felgueiras também haver medalhas
atribuídas. Em oficial distinção, que confere a um felgueirense de apreço o
título de “Cidadão Honorário de Felgueiras”, sendo conferidas por decisão
unânime do executivo municipal, baseada no Regulamento das Distinções
Honoríficas. Segundo proposta em que assenta tal decisão do executivo,
atendendo a que há cidadãos que, pelo seu esforço, dedicação e doação às causas
que abraçaram, não podem ser esquecidos pela comunidade que os viu nascer, sob
pena dessa mesma comunidade vir a ser considerada insensível e ingrata para
quem devotou toda uma vida ao serviço de causas felgueirenses. Além de
instituições com relevantes serviços públicos prestados ou com
representatividade concelhia evidente.
Extravasando a distinção-mor, que é a Medalha de Ouro, há
ainda Medalhas de Mérito Municipal (sem especificar o metal, ou seja a
distinção, que assim deve ser na categoria bronze) e a Medalha de Prata de
Mérito Municipal.
No rol de medalhas de ouro felgueirenses, alguns casos
fizeram história, como quando, a meio dos anos oitenta, do século XX, foi
atribuída a medalha superior, com a categoria de mérito municipal, a um
Ministro do Equipamento Social que havia feito promessas que não chegou a
concretizar, e por isso o próprio não aceitou tal honraria, depois. Como ainda
na década seguinte o mesmo aconteceu para com um outro Ministro do Equipamento
Social, de cuja ação Felgueiras não sentiu benefícios à posteriori. Assim como
outros casos, de que a história um dia se encarregará de fazer análise devida.
Intercalando com esses factos, é digno de registo que também
houve medalhas de ouro justas, como as que foram atribuídas ao Dr. José Maria
Machado de Matos, ainda quando Presidente da Comissão Administrativa da CMF; à
Associação Humanitária dos B. V. da Lixa, pelo seu 100° Aniversário, em 1989;
ao Futebol Clube de Felgueiras, pela subida à 2.a Divisão de Honra do Futebol;
a D. Armindo Lopes Coelho, Bispo do Porto; à Cooperativa Agrícola de
Felgueiras, pelo 50° Aniversário da Fundação, em 2007; à Associação da Banda de
Música da Lixa, pelo 200° Aniversário da sua Fundação, também em 2007; ao
Externato de S. Vicente de Paulo (Santa Quitéria); à Santa Casa da Misericórdia
do Unhão; à Santa Casa da Misericórdia de Felgueiras; à Associação Humanitária
dos B.V. de Felgueiras; e Associação da Banda de Música de Felgueiras, por
Serviços prestados ao concelho; à Fábrica de Pão‐de‐ló de Margaride, por
Promoção do Concelho; D. João Miranda Teixeira, Bispo Emérito e antigo Auxiliar
do Porto; Padre Rodrigo da Costa Ferreira, antigo pároco da sede do concelho; à
Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Felgueiras do Instituto Politécnico
do Porto, pela Promoção da formação, estudo e investigação; bem como à
Associação de Municípios do Vale do Sousa, por Promoção do desenvolvimento
económico, social e ambiental / Proteção e promoção do património histórico,
cultural e turístico da região do Vale do Sousa, entre mais. Contando tudo, por
haver uma faculdade chamada memória.
ARMANDO PINTO
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