Foi a 9 de Janeiro de 2009, numa manhã fria e surpreendente - já passaram quatro anos - quando caiu o mais recente nevão a cobrir de branco a Longra... nesta área de Felgueiras e zona interior nortenha de Sousa e Tâmega. Prolongando-se pelo mesmo dia, uma sexta-feira, tal atração de flocos brancos surgidos do ar, vulgo farrapos, quais folhas esvoaçantes, que desde o alto celeste vieram em catadupa cobrir o solo e toda a natureza, transformando o ambiente assim colorido por um espesso manto de neve, de “folerca” - como por esta zona se costuma dizer popularmente (em corruptela popularucha de folheca).
Tal cenário até nos fez recordar poeticamente o poema "Balada da neve", de Augusto Gil...
«Fui ver. A neve caía
Tal cenário até nos fez recordar poeticamente o poema "Balada da neve", de Augusto Gil...
«Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do
céu,
branca e leve, branca
e fria…
Há quanto tempo a não
via!
E que saudades, Deus
meu!
Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do
linho.
Passa gente e, quando
passa,
os passos imprime e
traça
na brancura do
caminho…»
... Habituados à geada invernosa, nas áreas baixas da área, nesta zona ribeirinha do rio Sousa, todos os sentidos tiveram então, dessa vez, uma camada de neve a compor o panorama ambiental. Num facto pouco habitual, como só acontece com grandes intervalos de tempo, de permeio, mediando de muitos em muitos anos, normalmente. Tanto que desde aí ainda não voltou a ter repetição, por enquanto.
Recordando esse dia e a visão pouco comum, relembramos aqui o facto através de algumas imagens do álbum pessoal...
© Armando Pinto
Agradeço a sua visita. Foi um prazer ler o poema de Augusto Gil.
ResponderExcluirA neve é das coisas mais bonitas que a Natureza dá para além das flores.
Os meteorologistas dizem que vai arrefecer talvez venha aí mais neve.
Boa noite!