Espaço de atividade literária pública e memória cronista

sábado, 2 de novembro de 2013

Imagens na clépsidra do tempo


Nestes tempos de recomposição comunitária, em que praticamente estamos sem mapa, navegando no obscuro, sem saber que ventos virão para o novo rumo coletivo, ainda nos restam os princípios, os fundamentos do relacionamento conterrâneo.

Ora, qual clepsidra a marcar o tempo, em analogia com esse antigo relógio de água, à espécie de ampulheta, recuamos cronologicamente a tempos de outrora, gotejando momentos dignos de recordação na memória coletiva.

Assim, desta vez, evocamos uma homenagem prestada por gentes nortenhas e particularmente Felgueirenses de Rande, a um português de alta estirpe, nos confins do mapa mundi. Trazendo à recordação uma homenagem acontecida em terra de Vera Cruz lá pelos idos dos finais dos anos vintes, do século XX. Tratando-se de um ato tributado ao aviador portuense Sarmento de Beires numa casa de portugueses em pleno Brasil, num momento de exaltação nacional. Tendo acontecido isso em casa da família Sousa Teixeira, na mansão que tinha no Brasil o senhor Luís Teixeira (e extensivamente seus filhos Aparício, Artur, Carlos, etc.) da Casa da Quinta, da freguesia de Rande e do concelho de Felgueiras. Vendo-se na captação do instantâneo fotográfico o homenageado ao centro da mesa, e entre os convivas, além das pessoas de família, também o então Capitão Sarmento Pimentel (da Casa da Torre, também de Rande-Felgueiras) ao tempo radicado no Brasil como exilado político...

...Cuja fisionomia, para assinalarmos melhor a presença do mesmo Capitão João Sarmento Pimentel, colocamos em separado, após ampliação parcial.
   
Armando Pinto

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