Espaço de atividade literária pública e memória cronista

sábado, 30 de setembro de 2023

Cardeal do Norte, D. Américo Aguiar – antigo Padre da Diocese do Porto que esteve ligado às obras da igreja paroquial de Rande em 2007 – recebeu o anel e barrete cardinalícios este sábado

O antigo Padre da Diocese do Porto, ligado à transformação das instalações da igreja dos Clérigos, no Porto (e então quando ainda apenas Padre também esteve ligado às obras da igreja paroquial de Rande em 2007), depois Bispo-Auxiliar de Lisboa e agora já nomeado Bispo de Setúbal, D. Américo Aguiar, tornou-se este sábado Cardeal, sendo o 47.º cardeal português da História. Havendo sido, na manhã deste sábado, 30 de setembro, investido cardeal pelo Papa Francisco, no consistório, na Praça de São Pedro, na Cidade do Vaticano.

Américo Aguiar, recebeu o anel e barrete cardinalícios, assim como a bula de criação, tendo-lhe sido atribuído o título da Igreja de Santo António de Pádua na Via Merulana, em Roma (pois a cada cardeal é também atribuída a titularidade de uma igreja de Roma, como sinal de participação na preocupação pastoral do Papa na cidade).

Foram titulares desta Igreja o antigo cardeal-patriarca de Lisboa D. António Ribeiro (1928-1998) e o cardeal brasileiro D. Claudio Hummes (1934-2022), que inspirou o Papa a escolher o nome de Francisco, ao dizer-lhe "não te esqueças dos pobres".

A nível da área felgueirense (de Felgueiras como concelho do Distrito do Porto e Vigararia da Diocese Portucalense), no caso particular da Paróquia de S. Tiago de Rande, ele ficou ligado às obras de transfiguração da igreja paroquial de Rande, enquanto ainda sacerdote. Américo Aguiar esteve no local, em 2007, quando foram retiradas as escadas do púlpito, transformado em simples mísula de pedra e fechada a porta lateral do lado do Evangelho. Por iniciativa da Paroquial Comissão Fabriqueira que permaneceu nesse período. Tendo o então Padre Américo Aguiar, como representante diocesano, tido ligação de interferência nas transformações aí operadas, quanto ao fecho de uma porta lateral da capela-mor, a referida do lado da leitura do Evangelho, sob ideia que não era adequada por, segundo se disse que ele afiançara, não ser costume haver portas de ambos os lados das igrejas (quando não faltam exemplos na diocese, pelo menos, a começar pela própria Sé Catedral do Porto).

Obras essas permanecidas na memória coletiva, como antes ficou nos anos setentas o desaparecimento do gradeamento da comunhão, à entrada do altar-mor, e a destruição do altar de Nª Sª de Fátima, que havia sido edificado com uma campanha de angariação popular através de vendas de ovos e venda de artigos de ex-votos. Tal como mais recentemente, já em 2012, o desaparecimento da tela elevatória com pintura da Eucaristia, que protegia o trono do altar-mor. 

Armando Pinto

((( Clicar sobre a imagem )))