Através duma captação fotográfica dum quadro familiar de
finais da década dos anos 40, mais aproximadamente por volta de 1947, vê-se como
fundo de cenário as antigas instalações da MIT, fábrica originária da sociedade
Martins & Irmãos Teixeiras, no Largo da Longra. Com o chamado barracão junto
à carvalha da Padaria e seguinte edifício onde funcionava o escritório e sede
social, no prédio em pedra da casa do mirante (assim conhecida por ter em cima
um compartimento saliente em águas-furtadas, anexo entre o telhado popularmente apelidado de mirante,
por ser ponto de mira…). Fábrica essa que à época já tinha associado também o
nome de Metalúrgica da Longra, em associação de Américo Martins e José Xavier
do Outeiro, inclusive com cantina que funcionava na casa do “patrão” Américo
Martins, que já era também sócio maioritário e depois ficou a ser único, durante
anos. Até que, após passagem para a Arrancada da Longra, onde ficou desde 1950 a
popularmente chamada “fábrica nova”, a Metalúrgica a partir daí teve fase de expansão, desde
a criação da sua famosa sirene que se ouvia a longas distâncias, até à nacional e internacional fama do
nome de seus mobiliários metálico-cirúrgicos e de escritório mais de design social
e urbano.
A foto reporta-se, então, a uma época sensivelmente de 1947,
atendendo à idade das crianças e da senhora da fotografia. Tratando-se de minha
saudosa avozinha Júlia de Jesus Pinto e de meus dois irmãos mais velhos. Em fotografia
assim “tirada” junto de nossa casa, com a carvalha grande e a fábrica por trás, vendo-se
também um dos antigos mecos de pedra que beiravam o início do caminho (naquele tempo e hoje estrada municipal) de
ligação ao rio Sousa, pela Leira em direção da igreja de Rande.
(Desta foto em tempos foi recortada a parte da “velha
fábrica”, num artigo deste blogue, do qual depois foi retirada uma imagem que
consta do livro editado em 2015 pela Câmara Municipal de Felgueiras sob título “Felgueiras:
500 anos de concelho”, à página 150, embora sem referência ao autor do blogue e
respetiva publicação, mas apenas ao endereço informático do blogue. Tendo a
mesma imagem, depois, com devido enquadramento e explicação, sido colocada pelo
autor no livro “Luís Sousa Gonçalves, o Senhor Sousa da IMO”, publicado em
2019.)
Armando Pinto
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