Em plena metade primeira da década dos românticos anos 60
estavam em voga os conjuntos típicos musicais, especialmente acotiados no Norte
de Portugal. Cuja música, além de ouvida na rádio, nas horas em que o povo comum
podia ouvir as emissões de tais programas, de modo particular entrava nos ouvidos pela música lançada
pelo ar nos arrais das romarias, através de alta sonoridade saída dos “autofalantes”
(no dizer costumeiro, ao tempo, de altifalantes). Havendo alguns desses grupos
musicais mais conhecidos, entre os quais o Conjunto Maria Albertina. Do qual,
estando na moda uma cantiga que caía bem no gosto das pessoas normais, foi essa cantiga, a então conhecida e intitulada “Avé Maria do Coração", que serviu
de fundo musical à cantiga popularizada no tempo da subida de Divisão do Futebol
Clube de Felgueiras, em 1965. Quando “o Felgueiras” subiu pela primeira vez,
ascendendo da 3ª à 2ª Divisão Distrital, no culminar da época de 1964/1965.
Dessa cantiga, assim composta em arranjo local, foram então
postos à venda panfletos, com a letra e indicação da música, em volta da foto
da equipa azul-grená do Felgueiras. Em folhas grandes vendidas nas manhãs das
segundas-feiras na feira de Felgueiras, do tempo do histórico e murado campo da
Feira, recorde-se.
«Ó meu Felgueiras do meu coração / conseguiste entrar na 2ª
Divisão / Ó meu Felgueiras jogaste prá frente / acabaste com o pio / a muita
gente…»! Assim era o refrão dessa
cantiga, com letra cantada na música popularizada da famosa canção do Conjunto
Maria Albertina.
Lembra-se assim a cantiga original, para se rever como era
a música que deu jeito para entoação da letra felgueirista. Sendo a ilustração
do disco, do referido conjunto, complementada com imagens da época, como por exemplo a deixar ver a
estátua do “Porto” ainda nos jardins do Palácio de Cristal, onde esteve muito
tempo essa peça de estatuária do emblemático guerreiro Porto… na cidade do Porto.
Armando Pinto
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