Espaço de atividade literária pública e memória cronista

sábado, 24 de junho de 2023

A Longra prestes a fazer 20 anos de Vila...

  

Estando-se já na última semana de junho, em finais da quadra dos santos populares, incluindo a festividade felgueirense do São Pedro, chega a ocasião da comemoração da elevação da Longra a vila, no princípio de julho. Completando-se no dia 1 de julho de 2023 já 20 anos da elevação da antiga povoação da Longra ao estatuto oficial de vila.

Estando-se assim no período da chegada dessa data comemorativa e lembrando tudo o que se viveu há 20 anos, com esperanças que se diluíram entretanto com a passagem do tempo, perante o esquecimento a que sistematicamente a Longra tem sido votada, autenticamente esquecida do poder municipal, comparativamente com o que ao longo dos anos tem sido feito noutros lados...  relembra-se aqui o facto da Longra também ser vila há já 20 anos. Conforme está a perfazer o aniversário da vila da Longra, na passagem do 20.º aniversário da respetiva aprovação nacional.

Ora, porque não é só em tempo de eleições que a Longra merece ser lembrada, continua-se aqui a assinalar a preceito o facto e seu contexto, quanto à memória histórica.

Assim sendo, na pertinência da ocasião avivam-se memórias por meio de algumas das diversas recordações da passagem da Longra a vila.


As imagens dispensam comentários escritos, bastando o que transportam na essência de sua significância.

= Panorâmica da vila da Longra no tempo da sua elevação... (embora em imagem datada de 2005, mas captada m 2003, ainda sem o Edifício Vila da Longra, por exemplo.) 

Recorde-se que a embaixada da população da Longra que foi a Lisboa nesse dia, em excursão organizada pela Junta de Freguesia de Rande e com convidados de representantes de outras freguesias e da região, incluindo alguns elementos da comunicação social do concelho e agentes culturais, foi na expetativa de ser concretizada essa aspiração, a ver o que ia acontecer. Mas não havia certezas na ida, apenas na ocasião da aprovação se conseguiu respirar fundo, de satisfação. Sendo por isso que o livro depois publicado, escrito à pressa em escassos dias, foi pequeno em número de páginas, além de ser também assim perante a letra miúda para encurtar a paginação e por conseguinte a despesa, visto ter sido obra do autor, a expensas próprias.  


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Olhando com olhos da recordação, evoca-se assim o facto, através de imagem do respetivo diploma oficial, que está guardado na Câmara Municipal de Felgueiras e do qual constará cópia na Junta de freguesia correspondente à atual união de freguesias da área. Complementando essa imagem com algumas fotos de tempos de outrora e outras da época da criação da vila.

Intercalando com essas memórias visuais, juntam-se relatos diversos de cunho pessoal sobre o aniversário da Vila da Longra.

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Pois então  na aproximação da passagem de 20 anos sobre o acontecimento histórico da aprovação nacional da elevação da Longra a vila, na terça-feira 1 de julho de 2003, recordamos o livro que na ocasião foi escrito e publicado "em contra-relógio" pelo autor deste blogue, sob título “Elevação da Longra a Vila” (tendo-o ido buscar à tipografia ao final do dia em que foi colocado ao público, na festa da comemoração na noite dessa sexta-feira seguinte). 

Facto inesquecível. Cuja ocorrência, de tudo e sobretudo da elevação a vila, ficou então em livro, logo apresentado publicamente no imediato dia 4, em festa comemorativa…


Tudo isso e isto porque faz assim a 1 de julho 20 anos que a Longra passou a vila.


Passavam poucos minutos das 18 horas da terça-feira 1 de Julho de 2003, cerca das 18,13 quando o presidente da Assembleia da República começou a ler a parte que interessava à Longra, da lei respetiva, até que por volta das 18 Horas e 18 minutos referiu que ia ser votada e de seguida proclamou: A povoação da Longra, do distrito do Porto, é elevada a vila!... 

Estávamos lá nós, também, nessa célebre ocasião. Fomos então de imediato entrevistados pelo amigo Pedro Alves, que fazia a reportagem em direto para a Rádio Felgueiras…

Do dia, entre tantas e tantas recordações, ficou-nos ainda o original da letra duma das cantigas entoadas durante o percurso, e que acabou em nossas mãos através de oferta derivada à celebração que projetamos para o inicio do fim de semana imediato, com a realização duma festa celebrativa na Casa do Povo.

Nesse dia, durante as horas antecedentes, no decurso da viagem sobretudo, começou a germinar cá dentro a ideia de fazer um livro a registar tão importante ocasião. E dias depois, na sessão solene realizada na noite de sexta-feira seguinte, foi apresentado ao público esse referido pequeno livro a historiar tal obtenção... Em cujas páginas está tudo descrito, narrando tantas vivências proporcionadas. 


Neste tempo de crise social e de valores, sente-se o ambiente algo acabrunhado, perante antigas aspirações e perspetivas. Mesmo assim a Longra é sempre Longra, e será a Longra de todos nós os que nos sentimos afeiçoados a esta terra. A atual vila da Longra. 

Pelas 18 horas e um quarto, sensivelmente, como foi costume até há poucos anos, no Largo da Longra costumavam rebentar bombas-foguetes em número correspondente aos anos da efeméride. Assinalando a comemoração da elevação da Longra a vila, quando naquela célebre terça-feira, de há 20 anos, foi declarada a aprovação da lei que criou a vila na Assembleia da República.


Posto isto, são disso algumas das recordações que se guardam e se mostram aqui, tais como a foto de pose de conjunto em frente à Assembleia da República de quem esteve lá nesse dia, mais alguns documentos alusivos...



Algo que depois foi sendo festejado.

= Uma imagem da concentração da corrida de cicloturismo englobada no programa do 1º aniversário da vila da Longra, em 2004 =

Ora, assim sendo, a Longra merece felicidades! 

Armando Pinto
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sexta-feira, 23 de junho de 2023

Artigo no SF sobre temas culturais: Capítulo 8 da Hemeroteca de Felgueiras - por Mário Pereira

Na linha de anteriores partilhas dos artigos da área cultural no Semanário de Felgueiras e expansão às crónicas do amigo sr. Mário Pereira, eis mais uma das suas publicações em modo de hemeroteca sobre temas de antigas existências de teor felgueirense – conforme a respetiva coluna inserta na página de Opinião, publicada na edição do SF de 16 de junho.

Armando Pinto

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sexta-feira, 16 de junho de 2023

Artigo no SF: Felgueiras Nosso Torrão Doce

 

Mais uma vez, a ideia pessoal de Felgueirismo rende uma homenagem de sentido coletivo a Felgueiras-concelho, desta feita na pertinência da proximidade do Dia de Felgueiras, como é afinal o dia do Feriado Municipal. Em cuja sinceridade de tal afetividade que deve nortear o bairrismo sadio, no apreço conjunto, fica subjacente uma imagem de estilo do concelho de Felgueiras. Incluindo, além de características, qualidades e capacidades, também personagens conterrâneos e aspetos proeminentes. Contando que num artigo de jornal, para não alongar o texto, devido ao espaço normal destinado para o efeito, se tem de condensar algo, resumindo dentro do possível, pois que dos Filhos Ilustres de Felgueiras muitos há mais, felizmente. Podendo ser também lembrados, por exemplo, artistas como o mestre de iluminuras Lucas Teixeira, beneméritos como Agostinho Ribeiro e os Fonseca Moreira, mestres musicais como o Padre Luís Rodrigues, Presidentes de Câmara históricos como o Conselheiro Dr. António Barbosa Mendonça e o Dr. João Brandão, etc. Entre Filhos de Felgueiras de naturalidade felgueirense. Ficando os que foram enumerados de passagem como sinónimos de toda a alma felgariana. Enquanto em tal género de preito de homenagem imaterial fica o conceito de como se pode ver e sentir Felgueiras, na denominação ampla de Torrão Doce. Como é expresso na publicação impressa então no Semanário de Felgueiras Jornal, na página 6 da respetiva edição de 16 de junho.

Armando Pinto

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sexta-feira, 2 de junho de 2023

Reportagem (pessoal) no Semanário de Felgueiras, dando notícia da apresentação do livro “Airães”

Por iniciativa pessoal e por haver estado presente, a título pessoal, também, no passado domingo na sessão pública de apresentação do livro intitulado “Airães”, da autoria de duas pessoas amigas como são a Profª D. Emília e seu filho Vitor Vasconcelos, foi enviado para o Semanário de Felgueiras Jornal uma reportagenzinha escrita aqui pelo autor deste blogue e que, por conseguinte, foi publicada na edição normal do mesmo jornal, em seu número desta sexta-feira, dia 2 de junho. Referindo estes pormenores para aludir somente que, sendo colaborador do mesmo jornal há muitos anos, em modo amador naturalmente, mesmo no sentido original da palavra, apenas costumo enviar para o SF crónicas de opinião sobre temas e factos mais ou menos históricos ou historiadores. Não sendo repórter, no termo exato, de modo que o envio pessoal de notícias, como desta vez, apenas acontece em casos de conhecimentos de facto, conforme neste caso em que estive presente. Mas tendo procedido assim com muito gosto, obviamente.

Como tal, e no costume de registo de escritos pessoais, aqui no blogue, anota-se mais esta ocorrência, por entre fastos dignos de realce.

Armando Pinto

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quinta-feira, 1 de junho de 2023

Na baila do Dia da Criança: lembrança do antigo Rancho Infantil da Longra

 

Na oportunidade do dia, sendo 1 de junho Dia Mundial da Criança, vem a calhar uma rememoração duma das antigas existências mais ternas que aconteceram em tempos idos na área da Longra, nos inícios da década dos anos 60 do século XX – o Rancho Folclórico Infantil da Longra. Grupo de crianças, esse, criado como secção infantil do ao tempo existente Rancho adulto, o Rancho Folclórico da Longra, popularmente conhecido como Rancho das Quatro Barrocas ou Rancho das Padeiras, fundado pelo senhor António Ferreira e gerido por suas filhas Mena e Luísa, com ajuda de seu irmão César, mais alguns elementos duma Direção criada posteriormente à fundação. Ora, como tal, na baila do Dia da Criança, é pertinente esta lembrança desse primeiro Rancho Infantil da Longra, cujo historial está registado no livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”, publicado em 1997, recorde-se.

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Com efeito, foi nos já longínquos tempos de inícios dos românticos anos sessentas, em pleno século XX, quando pelo mundo ecoavam melodias dos princípios do rock anglo-americano, como os Beatles começavam a ser moda, ao passo que em Portugal era voga a música Yé-yé e as canções festivaleiras de António Calvário, Madalena Iglésias, Simone, Artur Garcia e mais, que, enquanto isso, na televisão portuguesa Pedro Homem de Melo fazia com que o folclore português fosse preservado e por Felgueiras surgissem primeiros arremedos de Ranchos Folclóricos. 

Então, após a existência de alguns ranchos antigos, pelos anos trinta e quarenta (como está historiado no livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras), deu-se volvidos tempos o aparecimento de grupos episódicos formados para idas ao cortejo das flores da festa concelhia do São Pedro e mesmo para as respetivas festas paroquiais, até à efémera existência do Rancho da Marfel, por exemplo. E a partir daí começaram a aparecer alguns grupos já chamados de Ranchos Folclóricos nalgumas povoações e freguesias. Tendo na Longra começado o Rancho das Quatro-Barrocas ou das Padeiras, como era conhecido, cujo inico derivou da continuidade das danças de roda acotiadas pelas tardes domingueiras no cruzamento das quatro-barrocas e mais a sério entretanto ensaiado para a inauguração do nicho das Alminhas da Longra, naquele local de confluência, benzido pelo Padre João Ferreira da Silva a 1 de Novembro de 1961, na vinda das cerimónias do “Dia de Todos os Santos e Fiéis Defuntos”. 

Depois de organizado tal grupo de gente adulta, fundado o Rancho por ideia do sr. António Ferreira, do lugar das Côrtes Novas e ensaiado por sua filha Mena, com ensaios a decorrer junto à casa da mesma família e daí resultando o nome popularizado do grupo, esse mesmo Rancho teve atuação de relevo na festa do S. João do lugar das Quatro-barrocas da Longra em 1962, havendo para a ocasião sido então organizado também um grupo de crianças, nascendo assim o Rancho Infantil da Longra. O primeiro Rancho Infantil da Longra. Cuja estreia ocorreu então também na popular Festa do São João das Quatro-barrocas da Longra e depois, no fim de semana imediato, teve atuação de luxo na Casa do Outeiro, em homenagem à D. Tininha, como era popularmente conhecida a D. Celestina Xavier.


Desses agrupamentos de tempos idos juntam-se correspondentes fotografias coevas, com maior ênfase para o Rancho Infantil, em apreço, acrescido de junção de imagens (duas em uma) do Ranho inicial dos adultos desse tempo.


Passaram já muitos anos entretanto decorridos, desde essa existência arrebatadora entre os passatempos que a criançada da Longra teve nesses idílicos tempos dos anos sessentas. Como passados poucos anos, ainda antes do fim dessa década de sessenta, os referidos grupos desapareceram. Até que um dos elementos que fez parte desse Rancho Infantil fundou em 1994, junto com a esposa, o sucessor Rancho Infantil da Casa do Povo da Longra. O resto faz parte das memórias de quem viveu e se recorda de tais acontecimentos, entre caminhos da história local!

Armando Pinto

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