Espaço de atividade literária pública e memória cronista

terça-feira, 19 de março de 2024

O meu Advento do 25 de Abril… há 50 anos: lembranças da ida à Inspeção Militar em Janeiro de 1974

 

No âmbito dos 50 anos do 25 DE ABRIL, relembra o toque de caixa da memória, ao som da alvorada das lembranças, a inspeção militar ocorrida meses antes, pouco depois do Natal, mais precisamente a 10 de janeiro de 1974, em Vila Real  para onde fomos, eu e os colegas da mesma idade de Rande e outras freguesias do concelho de Felgueiras… E, porque com o 25 de abril, passados meses, já não fomos para a tropa nem para a guerra (colonial), felizmente… ficou depois aposto na Cédula Militar (vulgo "Caderneta") a passagem à “Reserva territorial”. Bons tempos, trazidos então com o 25 de abril, em 1974.


Armando Pinto

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quinta-feira, 14 de março de 2024

A propósito da “camisola poveira” ter agora registo nacional de produções artesanais tradicionais… Lembrança do senhor Luís da Póvoa, amigo “Poveirinho pela graça de Deus”!

 

Anda na comunicação social a notícia que a “Camisola Poveira” fica a ter certificado especial, na defesa de sua marca oriunda da Póvoa de Varzim:

«𝗔 𝗽𝗼𝗽𝘂𝗹𝗮𝗿𝗰𝗮𝗺𝗶𝘀𝗼𝗹𝗮 𝗽𝗼𝘃𝗲𝗶𝗿𝗮𝗽𝗮𝘀𝘀𝗮 𝗮 𝗶𝗻𝘁𝗲𝗴𝗿𝗮𝗿 𝗿𝗲𝗴𝗶𝘀𝘁𝗼 𝗻𝗮𝗰𝗶𝗼𝗻𝗮𝗹 𝗱𝗲 𝗽𝗿𝗼𝗱𝘂𝗰̧𝗼̃𝗲𝘀 𝗮𝗿𝘁𝗲𝘀𝗮𝗻𝗮𝗶𝘀 𝘁𝗿𝗮𝗱𝗶𝗰𝗶𝗼𝗻𝗮𝗶𝘀

A produção da camisola poveira, peça de vestuário típica da Póvoa de Varzim, já está integrada no registo nacional de produções artesanais tradicionais. A sua manufatura fica protegida pela delimitação geográfica da área de produção, que abrange todo o concelho da Póvoa de Varzim, e pela definição das características e técnicas de produção.

Com mais de um século de História, a camisola poveira, originalmente relacionada com a atividade dos pescadores, transformou-se numa peça de traje festivo masculino e num símbolo emblemático da Póvoa e do Norte. A peça é feita em lã natural de ovelha e decorada com bordados a ponto cruz, em preto e vermelho, aludindo ao mar e, sobretudo, à pesca.»

Ora, ao ler a notícia e tomar conhecimento do facto, de imediato vem à lembrança a memória do amigo senhor Luís da Póvoa, como familiarmente era conhecido o sr. Luís Tomás Pinto – grande entusiasta da “Camisola Poveira”, como aliás de tudo que fosse próprio da identidade da sua Póvoa. De modo que o caso é propício para uma homenagem em sua memória. Lembrando o que sobre ele já escrevemos (e se pode rever, clicando) em

http://longrahistorico.blogspot.com/2018/09/homenagem-ao-amigo-sr-luis-da-povoa.html

Armando Pinto

quarta-feira, 13 de março de 2024

Café histórico da Longra – a propósito duma partilha informática…

 

O Café da Longra, como é de seu nome e também normalmente chamado, é um estabelecimento de cafetaria deveras popular, autêntica referência da localidade, agora (desde há uns anos já) também com máquina de registo de jogos oficiais. Formalmente também com o acrescento de “snack-bar” por no seu início ter tido serviço também de refeições diárias e depois ter continuado com serviço de lanches, até há algum tempo. Sendo na atualidade mais do chamado espaço de café e local de registo e venda de jogos da Santa Casa, como se costuma dizer sobre “Euromilhões”, “Totobola”, raspadinhas, etc. Ora na Longra, mais propriamente no centro da vila da Longra, nos dias que correm, além do “Café Longra”, há também a Pizaria, Pastelaria e Café Giramassa”, com serviço de confeção e venda de pizas, francesinhas, pregos em prato e pão, cachorros, etc. além de pasteis e doçaria diversa, mais venda de pão e derivados. Tal como na reta da Arrancada há a Padaria de Pão Quente Santiago”, junto à zona industrial da antiga Metalúrgica da Longra, por exemplo. Quanto a casas de porta aberta diária de cafetaria e extensivas serventias. Vindo desta feita a calhar uma referência ao mais antigo estabelecimento, por via de ter sido referido numa recente referência jornalística.

Com efeito, tendo recentemente havido distribuição pública gratuita de um jornal (o chamado “Felgueiras Magazine”), que teve seu segundo número em formato clássico de papel, ao cabo de alguns meses depois de seu lançamento, e havendo o mesmo sido colocado na Longra no referido “Café da Longra”, para procura grátis, do mesmo houve anúncio por esse facto, como ponto de colocação para busca de quem estivesse interessado. Havendo, a propósito, essa informação sido partilhada pelo autor deste blogue com um post publicado na página pessoal do facebook.

Atendendo a essa publicação ter recebido grande afluência, calha a preceito ser para aqui transposta a foto respetiva e o comentário pessoal de ilustração, como registo de memória, no sentido coletivo desta alusão.

= "Snack-Bar Longra Café Restaurante", conforne estava no "reclame" luminoso original.

- «Café histórico, cujo nome sempre foi este, com pequena diferença, pois inicialmente era "Café Snack-Bar Longra" (não tinha o da...). Como era oficialmente denominado. Tendo no reclame luminoso exterior as indicações de "Snack-Bar / Longra / Café / Restaurante". Abriu episodicamente em finais de 1969 e definitivamente no princípio de 1970. Fundado pelo sr. Manuel António Marinho da Silva, mais conhecido por "senhor Manel da Mobílias", e por sua esposa, a Isaurinha Pacheco. Agora de seu filho Zé (Aurélio José) e esposa, Lúcia.»

Armando Pinto

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sexta-feira, 8 de março de 2024

Na data do Dia da Mulher: Homenagem às mulheres de sempre da região da Longra - Felgueiras!

 

Na pertinência da data do Dia da Mulher, a 8 de Março, dia assim dedicado às mulheres na linha com que foi e está instituído como Dia Internacional da Mulher, aqui se homenageia deste simples modo pessoal as mulheres de sempre da região da Longra (porque este blogue é da Longra, mas abrangendo a vasta região felgueirense) e englobando Rande e Sernande, no caso, como paróquias anexas desde há muitos anos. Vindo ao caso lembrar o facto através de uma imagem de um grupo de jovens mulheres de outrora, com um antigo pároco de Rande e Sernande. Homenagem esta, afinal, que se presta a fazer preito às mulheres da região, inserida na área urbana da Longra, com a recordação da imagem ancestral que se estende de então a antepassadas visavós, avós e mães de muitas gerações atuais da sociedade local, na continuidade dos tempos.  

Assim sendo, como noutros anos aqui se tomou como exemplo diversos casos relacionados com factos históricos de relevo, a enaltecer o papel das mulheres na comunidade local, desta feita relembra-se uma das funções de evidência nesses tempos de nossas avoengas, tomando o todo pela parte, desde antepassadas eras. Servindo de mote o antigo Grupo de Jovens que existiu em Rande, incluindo jovens também de Sernande, no tempo do Padre Alberto Brito. O pároco que posou na fotografia que se dá à estampa: com o Grupo de Jovens raparigas da “Juventude Católica de Rande”, fundado por si. Tendo ele criado a Juventude de grupos de rapazes e raparigas, a JOC (Juventude Operária Católica) e a JAC (Juventude Agrária Católica), depois fundidas na “Juventude”, então já só com moças, raparigas em fase de crescimento adulto, com saliência como Grupo Coral da Paróquia de S. Tiago de Rande.

Padre Alberto, este, que esteve na paróquia de Rande e anexa de Sernande em grande parte da década dos anos trintas, do século XX, mais precisamente de 1932 até 1940. Tendo naturalmente habitado a casa da Residência Paroquial de Rande durante sua paroquialidade deveras frutuosa. Mais tarde, depois que foi substituído por outro pároco, o Padre Gomes, ainda o Grupo da Juventude, referido, continuou algum tempo. E com o passar do tempo outros grupos existiram, como faz parte da história, conforme está historiado no livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”, publicado em 1997. No qual está publicada esta fotografia, incluindo a indicação dos nomes corespondentes. Acrescendo agora esta imagem servir a preceito para homenagear as nossas mulheres de sempre.

= Foto do livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras” =

Armando Pinto

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sábado, 2 de março de 2024

Curiosidade de ligação felgueirense: Dr. Magalhães Lemos e seu busto monumental

 

Relacionado com o eminente cientista de medicina Dr. Magalhães Lemos, Psiquiatra célebre e Felgueirense ilustre, como extensivamente com a edificação do monumento que em sua honra está implantado na sede do concelho de Felgueiras, pode ficar-se a saber mais e melhor através de registos visuais corrspondentes. No caso, por meio de uma fotografia em que aparece o escultor, junto à escultura e ao homenageado; e também uma outra fotografia reportando o ato da inauguração do respetivo monumento, na então vila e hoje cidade de Felgueiras. 

Legendagem: Imagem de registo fotográfico do Doutor Magalhães Lemos, em que este aparece ao lado do seu próprio busto, executado pelo artista António de Azevedo (1889-1968), escultor que pertence à primeira geração de artistas modernistas portugueses. Foto encontrada há alguns anos entre um livro da Biblioteca do Centro Hospitalar Conde de Ferreira, no Porto. Onde ele foi médico de renome: primeiro como médico-ajudante, a partir de 28 de junho de 1883; depois, a 12 de maio de 1892, como médico-adjunto; e mais tarde, em 27 de junho de 1914 como diretor clínico, cargo que exerceu até atingir o limite de idade, aposentando-se em 9 de abril de 1929.

O busto, cujo original se vê na fotografia, depois de executado em moldes apropriados, foi colocado em Felgueiras no Jardim da Praça da República, tendo sido inaugurado a 18 de julho de 1937, já após a morte de Magalhães Lemos (1855-1931). Ao tempo erigido ainda ao cimo do espaço ajardinado, antes da edificação do edifício da Câmara Municipal, que teve inauguração em 1958. Monumento mais tarde mudado com a requalificação do jardim, nos anos da década de 60, passando para o atual local, mais abaixo.

Da implantação do monumento, acresce uma coeva imagem da respetiva inauguração, a 18 de julho de 1937, por fotografia da autoria do fotógrafo Jaime Ferreira (conforme está assinado na própria imagem, de arquivo assinalado do “Escultor António de Azevedo #”).

Armando Pinto

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sexta-feira, 1 de março de 2024

Efeméride pessoal da entrada no meu emprego... em 1976!

Ao chegar o dia 1 de março sempre esta data me trás à memória o dia de minha entrada na vida profissional, o dia 1 de meu emprego. Quando pela primeira vez entrei no lugar de escriturário da secretaria do antigo Posto Clínico da Casa do Povo da Longra. O meu primeiro e único emprego, embora com diversas fases administrativas. Visto esse antigo Posto Clínico estar então adstrito à antiga Central das Casas do Povo em parceria com os Serviços Médico-Sociais do Distrito do Porto, depois ter havido separação e haver ficado como Posto Clínico dos Serviços Médico-Sociais, ainda depois como Unidade de Saúde dos Centros de Saúde de Felgueiras-ARS Norte e seguidamente da ARS Norte-ACES Tâmega e Sousa III. Tendo eu trabalhado nos serviços de saúde da Longra a passar de 38 anos, incluindo umas dezenas de anos como Responsável Administrativo da Unidade de Saúde local, e depois que tive os episódios cardíacos que levaram a pedir mudança de funções, e por fim ao pedido de aposentação antecipada, acabei em Lousada, durante mais uns dois anos, na UAG-Unidade de Apoio Geral dos Centros de Saúde de Lousada, Felgueiras e Paços de Ferreira.

Ora aquele dia 1 de março de 1976, uma segunda-feira de sol aberto, foi pois o início dessa longa caminhada de vida profissional. Curiosamente na véspera de Carnaval, pois logo no dia imediato, a 2 de março, calhou ser o dia de Carnaval desse ano. Daí para diante houve tempos de divertimento, pela convivência que deixou boas recordações, e também preocupações e vontade de bem-fazer… nesse serviço público.

É pois este dia um dia de boas lembranças, sempre assinalado no calendário da memória pessoal.

= Edifício da Casa do Povo da Longra, em panorâmica de 1976. O Posto Clínico ali funcionava em grande parte do rés-do-chão, sendo a secretaria na área da janela que se vislumbra à direita (com a persiana branca - como se costumava fechar, quando estava a dar sol na área das secretárias metálicas, ficando aberta uma janela de trás...). 

Armando Pinto

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quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Lembrança particular do FC Felgueiras 1932 - FC Alverca: Diogo Pinto nos acompanhantes da equipa d’ “o Felgueiras”!

 

No jogo do passado sábado, dia 24, a contar para a fase de subida da Liga 3 Nacional, o encontro entre o F C Felgueiras 1932 e o F C Alverca teve uma particularidade: À entrada das equipas em campo, no acompanhamento com crianças das Escolinhas do FC Felgueiras, entre os meninos equipados e alinhados para o efeito, esteve o meu neto Diogo Pinto. Que assim pela primeira vez, no primeiro ano que está na Escolinha de futebol felgueirenses, o Diogo foi um dos acompanhantes das equipas, e como tal entrou no relvado do estádio pela mão de um dos jogadores, no caso mesmo um dos futebolistas da equipa principal do FC Felgueiras.

O jogo, depois, nem foi ao nosso gosto, naturalmente, havendo terminado empatado, mas ficou essa sensação agradável de o Diogo lá ter estado no início do jogo, em pleno relvado do mítico Estádio Doutor Machado de Matos – como da ocasião ficam algumas fotografias a registar o facto.

Armando Pinto

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