Espaço de atividade literária pública e memória cronista

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Abalo sísmico na região felgueirense e particularmente na Longra…


Qual estremeção no corpo e no ambiente em que estávamos, foi sentido um ligeiro tremor de terra ao início da tarde desta quinta-feira 7 de dezembro, aqui no concelho de Felgueiras, na zona interior do distrito do Porto, num sismo que foi notado também a norte do país, mais sensivelmente nas áreas de Entre Douro e Minho e Trás-os-Montes e Alto Douro, passava pouco do meio dia.

= Longra de outros tempos...

Conforme notícias de seguida chegadas pelas vias da comunicação informática, esse abalo terrestre registou-se às 12:53 h, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, através dum sismo com 3,6 de magnitude na escala de Richter. Segundo o mesmo Instituto, o epicentro localizou-se a cerca de 8 km a Norte-Noroeste de Mesão Frio. Mas com extensão à circunferência da zona Norte acima do rio Douro, incluindo esta região felgueirense das nascentes do seu afluente rio Sousa.

Não parece ter havido registo de danos provocados por este sismo, apenas a normal interrogação popular a procurar confirmar alguma ocorrência da atividade sísmica. Como no caso de Felgueiras e particularmente da Longra, onde estávamos e estamos.

Mas quem não soubesse, até pensaria que o centro da vila da Longra teria tido efeitos do abalo, tal o que se vê... ainda.

O sismo foi sentido também pelo autor destas linhas escritas, por sinal estando então à mesa em pleno almoço caseiro, ouvindo algo estranho, sem contudo dar para parar de comer. Aliás nem chegando a ser sentido por pessoas que se encontravam na rua, ou seja no exterior das casas, como soubemos por constatação posterior, sendo mais notado por quem se encontrava em casa e sobretudo em sítios mais altos das habitações.


Não deu o caso, felizmente, para perder o apetite, mas estando na Longra, mal saindo à rua, como todos os dias dos tempos recentes, dá para perder algum interesse na coisa pública pelo que se vê e sente desde as obras incompletas iniciadas ainda antes do Natal de 2016, começadas e mal pensadas pelos responsáveis da anterior execução municipal, e sem ainda terem sido devidamente remediadas na atual situação. Mantendo-se a divisória da Longra de cima e Longra de baixo, como inexplicavelmente foi antes implantado conforme certos sabores de conveniências particulares, na inconveniência coletiva. Enquanto na parte obrada continuam por resolver as situações junto a algumas entradas de casas e estabelecimentos, e à falta dos prometidos estacionamentos (aparcamentos para automóveis), os passeios continuam ocupados por viaturas que estacionam onde calha, impedindo assim a passagem de peões e, para cúmulo, obrigando a descer à via pública, tendo de andar na estrada, pessoas com cadeiras de rodas, e até carrinhos de bebés. Tendo entretanto se dado já alguns acidentes com quedas de gente, incluindo crianças…


Observação: 

– Os reparos sobre o estado em que (não) estão as obras de requalificação da parte de cima da rua principal da Longra e do próprio Largo da Longra, no centro urbano, não são um mero exercício de crítica, atendendo às condicionantes que têm sido apontadas publicamente do que a nova administração municipal parece ter herdado. Entendendo que há regras, mediante o que ficou estabelecido anteriormente, etc. e tal. Mas na continuação de alguns trabalhos entretanto executados, poderia já ter havido correção de certas situações, do que se via e vê à vista desarmada estar mal. Especialmente por já ter sido feita a pintura das linhas das estradas, a dar ideia de trabalho terminado, quando falta algo mais, incluindo o piso da própria estrada continuar com diversas irregularidades bem visíveis. Sendo sobretudo, esta chamada de atenção, um modo de procurar não deixar cair no esquecimento que no plano das obras havia mais, conforme esteve “escarrapachado” num painel durante tempos exposto na rotunda da Longra (e aliás veio também publicado no Boletim Municipal + Felgueiras), pois as obras anunciadas de regeneração urbana seriam até pelo menos à curva junto à ponte, na parte sul da Longra, no sentido Longra-Lousada da estrada 207...

Obviamente confiamos que, com tempo e melhor estudo, tudo terá um final feliz. Mesmo na confiança trazida pela serenidade com que o novo presidente da Câmara Municipal tem tomado notas das realidades. Mas há anseios naturais a clamar por isso, no bem que também esta região merece ante o ocorrido durante tanto tempo passado.

Armando Pinto

PS: As fotos correspondem ao período mais acérrimo das obras que estiveram em curso até à campanha eleitoral, além de duas de fundo histórico que fazem parte do arquivo do autor e incluíram o conteúdo do livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”.

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