Espaço de atividade literária pública e memória cronista

domingo, 17 de julho de 2022

O Escapulário de Nossa Senhora do Carmo… que é o Escapulário de terna e eterna lembrança de minha avó Júlia!

Estando-se em tempo muito quente de fim-de-semana “verãozeiro”, agora em 2022, esta canícula ambiental transporta memória de outros tempos, quando o verão era mesmo verão. Quando no meu tempo de estudante se chagava à época das férias grandes. Vindo entre muitas e boas lembranças a romaria que acontecia na casa da Mata, quinta conventual dos Padres Carmelitas, na estrada nacional da Longra para Caíde, após passagem da ponte e reta da Sorte da Pedreira, já na fronteira e dentro de S. Cristóvão de Lordelo. Sendo então muito atrativos os festejos cerimoniais dos frades dessa Ordem religiosa de capas brancas sobre hábito castanho. Ficando-me para sempre na cabeça a emoção de minha mãe, em cujo rosto eu via lágrimas brilharem à passagem da procissão.  Bem como, na peugada de toda essa ligação, a minha avozinha Júlia, paralisada na cama havia anos, então, tinha consigo um escapulário de Nossa Senhora do Carmo, que recebera, não sei já como, dessa mesma Ordem (talvez do Padre Casimiro ou do Padre  António, deduzo eu, que na época eram figuras carismáticas em suas andanças pela Longra). Pois, depois que minha avozinha Júlia faleceu, em 1969, a minha avó paterna Júlia de Jesus Pinto que recordo também num conto do meu livro “Sorrisos de Pensamento” (publicado e esgotado em 2001), fiquei com diversos pertences seus entre minhas ternas relíquias, simples mas de estimação. Tendo ainda e para sempre o seu escapulário. Algo que não explico, apenas sinto.

Armando Pinto

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