No âmbito do sortilégio da quadra que anda no ar, já, e a
propósito da decoração alusiva que este ano dá outro ar ao centro ajardinado da
cidade de Felgueiras, mais um artigo do autor destas linhas faz parte da mais
recente edição do jornal concelhio Semanário de Felgueiras. Com algo mais a
apontar, como se pode ver por leitura atenta da respetiva coluna, inserta na
página 10 do SF desta sexta-feira, dia 11, antecedente ao Natal de 2015.
Da crónica se junta imagem do recorte correspondente:
Da crónica se junta imagem do recorte correspondente:
((( Clicar sobre o recorte digitalizado, para ampliar )))
... E se anexa o texto datilografado, para melhor acesso à leitura:
Natal à vista…
Com o Natal no horizonte e na
proximidade do cintilante encanto natalício, piscando luzes decorativas
apropriadas à quadra, brilham no alto do firmamento constelações de pessoas e
coisas que nos são queridas, no relacionamento afetivo. Algo que, no aspeto
mais terno, caso do sentimento pessoal, nos traz memórias diletas, enquanto no
plano telúrico, quanto à circunstância local de ligação à terra natal e
afetiva, nos transporta às tradições que fazem parte das recordações e do
próprio imaginário coletivo.
Pode dizer-se que Natal é quando
se quiser, sobretudo no espírito caritativo e misericordioso da bondade
lembrada nestas ocasiões, mas, no encantamento da quadra da festa da família, o
Natal ainda é um profundo sentimento anual, qual mistério natalício da Noite
Feliz da consoada e tudo o mais que, nessa noite e pelo seguinte dia adiante,
faz apetecer estar em família e reviver a ânsia e convicções vindas da
infância. Com um tempo antecedente de expetativa e anseio, que faz do período
natalício uma época especial.
Nas mesas de Natal, para lá dos
pratos tradicionais e iguarias, sentam-se as pessoas à volta de um ambiente
propício, com uma disposição terna. E enquanto as crianças têm no pensamento as
prendas a receber, os adultos por norma não esquecem também os seus brinquedos
de bons velhos tempos, quanto lembram quaisquer pequenas coisas que tiveram. E
então histórias ouvidas aos avós e pais, como também a outras pessoas idosas
que deram encantamentos a sonhos idílicos?!
Ora, na pertinência de este ano
estar mais enfeitado o ambiente citadino de Felgueiras, vendo-se a decoração
natalícia da cidade de Felgueiras com mais luz e cor, estando as ruas da cidade
mais animadas e coloridas, como que encorajando à socialização e procura do
comércio tradicional, vence e convence melhor no presente a sensação de paz que
norteia os bons momentos. Deixando de soar momentaneamente na cabeça a crise
social do século atual, para ecoar melodias da época.
Está visto, pois, que não adianta
medidas de austeridade provocadoras de desânimo e recessão. Como não se entende
que as localidades atualmente estejam quase na penumbra, pela redução de luz
pública, enquanto se não poupa em despesas públicas com gastos com políticas e
políticos, por exemplo. Tal como pouco abona a falta de obras públicas em
terras quase sempre esquecidas, sabendo-se que continua a haver despesas em
intervenções episódicas, além de o que vai sendo feito normalmente ser quase
sempre nos mesmos sítios. Em suma, vale sempre a pena olhar ao bem comum. Ao
menos no espírito franciscano, do tal sentido de bondade, sabendo-se que teve
origem com S. Francisco de Assis a adoração do Salvador na presença
representativa do presépio.
ARMANDO PINTO
Crónica oportuníssima a do meu caro - valioso, amigo A P, como gosto de chamar em jeito de maior próximidade.
ResponderExcluirBoas prespectivas as do escriva. A beleza da cidade. E o contrabalanço das necessidades mais prementes.
Saudações.