Em mais um artigo no Semanário de Felgueiras, a
habitual crónica no mesmo periódico concelhio versando assuntos felgueirenses
desta vez traz à liça a publicação do mais recente livro referente a algo de
Felgueiras.
Desse artigo, como de costume, registamos o tema com transposição de imagem da respetiva coluna saída a público na edição do SF de 15 de fevereiro corrente e anotação do texto por extenso:
Livro cronista dum sucesso histórico
Há pouco tempo ainda, chegou às mãos do autor um
pequeno livro recentemente publicado, através de cuja oferta houve então
conhecimento pessoal dessa edição algo interessante. Tratando-se dum livrinho
narrador dum acontecimento ligado à história felgueirense e particularmente a
um dos momentos marcantes do desporto concelhio, por via do histórico FC
Felgueiras.
Sob título de "Futebol Clube de
Felgueiras-1991/1992 Crónica de um sucesso inesperado", a publicação
regista cronológica e memorialmente a época em que ocorreu o único título
nacional futebolístico obtido pelo “Felgueiras”, numa iniciativa de preservar à
vista coletiva esse feito do clube de futebol mais representativo do concelho.
Como que numa salvaguarda de enquadramento à perpetuação dum facto que merece
ser sempre lembrado, como tantos outros aliás, dos que vão passando ao olvido
pela falta de suportes historiadores, em quaisquer aspetos de história local.
Entre testemunhos verídicos e narrativas documentais, quais crónicas lavradas
em seguimento real, quer por via de estudo como de acompanhamento à luz da
tradição antiga e atual, e não cenas encomendadas a pessoas de fora que
transcrevam apontamentos generalizados.
Ostentando no frontispício aquele título e extensivo
sub-título, a capa é ilustrada com o emblema histórico do clube, na versão
contemporânea do atual FC Felgueiras 1932, e na contra-capa uma imagem do
mítico estádio Dr. Machado de Matos com a legenda de “Mais que um clube… A
Nossa terra”.
O caso merece relevo, além do que fica subjacente,
sobretudo por ser de iniciativa particular, por meio de publicação levada a
cabo pelo presidente da Direção do clube desse tempo (embora sem conter nome de
autor ou coordenador), de molde a possibilitar mais um elemento de prova e
consulta graciosa sobre um dos temas que fazem parte da memória coletiva.
Ajudando a complementar o que está escrito no anterior e até agora único livro
sobre a história geral do futebol de Felgueiras, cujo teor naturalmente não foi
possível ser alargado, ao tempo, em vista de ter sido a expensas restritas.
O futebol de Felgueiras está historicamente ligado
pela ação dirigente duns Verdial Moura (Abílio), Dr. Machado de Matos, Carlos
Castro, Adriano Sampaio Castro, Joaquim Carvalho, Padre Hernâni, Belmiro da
Vitoreira, Armindo Carvalho, Paulino, Adriano Quintanilha, José Luís Martins,
Álvaro Costa, Júlio Faria, Fernando Sampaio, Fernando Martins, Eduardo
Teixeira, Pedro Martins, Reinaldo Teixeira, entre outros, até ao Dr. Leonel
Costa. Num percurso que teve em 1992 um bom ponto de referência em tal
conquista. Da qual trata com efeito esse pequeno mas aliciante livro sobre a
época do título do FC Felgueiras como Campeão Nacional da II Divisão Nacional
B, na sequência do anterior da II Divisão B-Zona Norte. Livrinho que se deparou
agora ao autor destas linhas e que, segundo soubemos, fora já distribuído num
recente convívio de pessoas ligadas à vida do clube azul-grená, mas do qual não
houvera de permeio qualquer notícia pública. Agradecendo, no caso pessoal, a
gentileza de quem o fez vir até diante de nossos olhos, em modo de ficar nas
estantes da biblioteca doméstica, como estudioso e entusiasta de tudo o que
eleve e faça memória do que é ser felgueirense e conserve a perenidade do ego
felgueirista.
Louve-se a concretização dessa realização, pois se
mais assim houvesse, caso existissem idênticas edições de mais quadrantes da
vida concelhia e por via de outros campos da realidade felgueirense, haveria
maior e melhor comparticipação na transmissão ao que une tudo o que edifica Felgueiras,
a completar a soma colecionável da identidade felgariana.
Felgueiras fica assim mais considerada, à posteridade.
Como em tudo se deve honrar Felgueiras, que Felgueiras nos contempla.
ARMANDO PINTO
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