Tudo passa, tudo passará, como diz uma velha cantiga, mas
não passa o verdadeiro sentimento do que faz que a vida ainda tenha sentido.
Podendo dizer-se que felizes serão os que têm raízes, pois sem princípios de
seiva de estirpe morre a natureza da vida. Podendo esses princípios originais
brotarem de pés diversificados, incluindo no caso telúrico a afeição ao que
identifica e representa uma coletividade, no caso da terra natal ou afetiva. Tal
o que se passou em tempos com a existência do antigo Futebol Clube da Longra, derivado
de anteriores experiências e concretizado em 1969, cuja duração teve pilhas
humanas até aos finais dos anos 90, mais precisamente por volta de 1997.
Obviamente que hoje em dia será mais difícil a reedição
dessa e outras antigas existências, nomeadamente porque devido à infeliz
criação da incompreensível união de freguesias houve generalizada perda de
interesse por assuntos coletivos e praticamente deixou de haver apelos de
sentimentos bairristas. Ficando assim a memória, para quem tem memória, ao menos.
De modo que havendo memorização poderá um dia, quem sabe, ressuscitar o antigo
apego ao que é da própria terra.
Como tal, como lembrança pessoal, ao correr dos olhos pelas “coisas”
de estimação, recorda-se algo que relaciona os sentidos com o antigo Futebol
Clube da Longra, desde a flâmula que, em jeito de pequeno galhardete, representava
o clubismo local, mais uma camisola ainda guardada do clube e um diploma que
remete memórias a uma organização da coletividade, dum sábado com asas de vento…
Armando Pinto
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