Espaço de atividade literária pública e memória cronista

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Boletins locais


Ao voltar-se a página de mais um ano passado, há sempre um balancete que balança nas contas individuais e coletivas, ao nível da vivência e convivência; e mais ainda num balanço alargado de temporadas e épocas, quanto à história e memória coletiva.

Neste sentido e diante dessa harmonia, enquanto nas cabeças ainda repicam sinos de afetividade natalícia e nos semblantes já se vislumbram comemorações de fim de ano, assim, no contar das badaladas do relógio do tempo também se podem recordar páginas que ficaram a marcar épocas, nos anais das recordações abrangentes.


Desse modo relembramos a existência de antigos boletins que noutros tempos fizeram furor na região da vila da Longra e a coleção do ainda existente e resistente boletim que é importante órgão da Paróquia de Rande.

As imagens ajudam a rememorar algo disso, sem necessidade de rótulos ou legendas.


Armando Pinto


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quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Boas Festas! Feliz Natal!


Para todos os amigos que seguem este espaço e a todos os leitores que gostam do blogue, formula o autor sinceros votos de Feliz Natal e Boas Festas, desejando que consigamos os nossos anseios, como por aqui tentamos pugnar, além de conviver e partilhar, dentro do que nos for possível.


ARMANDO PINTO

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Com votos de Feliz Natal : artigo de “Espírito Natalício” no SF !


Como diz o título, foi e é com esse sentido que escrevemos mais um artigo para o Semanário de Felgueiras, a calhar na época de Natal, conforme consta da edição nº 1187 agora nas bancas para o público, já, e nas caixas de correio dos assinantes, antes do Natal.

Na linha das partilhas habituais neste espaço, em ocasiões destas, colocamos recorte da respetiva coluna e transcrevemos para aqui o texto original:

Espirito Natalício

Ao virar do tempo, na diferença ambiental, entra em cena a saída de fumo das chaminés, na ascensão provocada pelo calor das lareiras. Elevando também o ar aquecido dos afetos, nomeadamente associando as chaminés com os sonhos das crianças, da chegada das prendas natalícias através das mesmas chaminés. Qual outro fumo, das espirais de incenso das igrejas, onde se beija o Menino Jesus, entre cânticos ao fascínio do presépio.
Ora, no Natal vem naturalmente à ideia o encantamento da idade infantil, sendo associado criança com lembrança. Quase desejando nunca se ter crescido, então, para manter os sonhos de infância. E enrola-se o fumo das lembranças na convivência da quadra.

Porém a realidade agora é outra, num tempo em que os valores de antigamente se têm diluído e se foram perdendo. Com algumas sombras da crise contemporânea a não explicar tudo, embora mostrando efeitos.

Descendo pelas chaminés dos lares as prendas natalícias do imaginário próprio, qual sortilégio desta quadra, também escorrega alguma negritude do escurecido panorama dos dias que correm, com a depressão que se sente nalguns setores da vida e mudanças operadas por alterações político-sociais. Apesar disso, a época de Natal vem ainda amenizar ao menos por instantes o horizonte. Como se vê felizmente na amplitude das iluminações natalícias e presépios grandes e pequenos que se vêm nas vias públicas que receberam luzes e outros adereços, com realce para o atual embelezamento do jardim central da cidade de Felgueiras e brilho ainda noutras ruas e árvores decorativas nalgumas rotundas, pelo concelho. Descontando sítios onde o quadro piorou, pois há locais também importantes que estão sem nada – como nos estamos a lembrar, por exemplo, do centro natural da vila da Longra, onde pela primeira vez em muitos anos (pelo menos desde finais do século XX, dando de barato) não há este ano qualquer peça alusiva desta vez, por simples que fosse, na confluência do chamado Largo da Longra.

Ainda assim, perante a existência ou ausência de sinais demonstrativos, o sentimento natalício sente-se mais no calor da intimidade, de onde sobe pela chaminé a evaporação da graça que traz o Natal. Havendo alegria possível na diferença que este tempo provoca, afinal. Os odores fumegantes, o cheiro e sabor da tradição transportam um bem estar mais sereno, sendo de harmonia o Natal, com os olhos no presépio familiar e coletivo que deve identificar a unidade conterrânea, no caso.

Visto assim, como compôs em cântico o mestre de música sacra Padre Luís Rodrigues, por sinal felgueirense:

“Vamos ao presépio, 
 vamos a Belém:
 louvar o Menino 
 que salvar-nos vem”!


ARMANDO PINTO

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terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Recordação aniversária da estreia do Rancho Infantil e Juvenil da Casa do Povo da Longra


Todos os dias são bons e todas as datas propícias para se recordar algo. Como vem agora ao caso, vindo a talhe uma evocação da estreia pública do Rancho então ainda chamado só infantil, como foi inicialmente, da Casa do Povo da Longra. (Havendo mais tarde tido evolução para Juvenil, também - como está historiado no livro "Memorial" da história da região e nos diversos livros oficiais do próprio Festival de Folclore do mesmo Rancho.)

Calha assim recordar-se a apresentação pública do mesmo agrupamento Longrino, cuja fundação acontecera no anterior mês de Maio e teve estreia, no salão de espetáculos da sua sede, na festa de Natal da Casa do Povo, em plena tarde de sábado antecedente ao Natal de 1994. Tendo essa festa natalícia prendido volumosa assistência na sala então repleta de adultos e crianças durante toda a tarde e até escurecer a noite, já, à espera  da entrada do Rancho que então era visto pela primeira vez aos olhos do público.


Dessa estreia recordam-se fisionomias desse tempo e pose conjunta, mais instantâneo da entrada em palco, na ocasião, através das fotografias aqui anexas.


Armando Pinto

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domingo, 20 de dezembro de 2015

Boletim Paroquial de S. Tiago de Rande / 2015 – Ano 11 – nº 11


Já está em casa, nas caixas de correio e / ou em mãos das pessoas de Rande, o Boletim Paroquial relativo à anuidade de 2015 da Paróquia de S. Tiago de Rande. Distribuído que foi durante este fim de semana antecedente ao Natal.

Passou assim este meio de comunicação local a ficar na posse e diante dos olhos dos paroquianos desta freguesia do concelho de Felgueiras, no que concerne à parte paroquial.

Para que o mesmo periódico anual possa também ser do conhecimento de pessoas que vivem longe, tal neste período estejam ausentes, dá-se conhecimento deste número atual, por este meio - colocando-se aqui a reprodução das respetivas páginas impressas…



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… e, de modo a facilitar a leitura neste suporte da internet, publicamos também o original texto que escrevemos, para o efeito.

Paróquia de S. Tiago de Rande
Boletim Informativo do Conselho Económico – Ano 11 – N.º 11 – Dezembro de 2015

Apresentação

Mais um ano é passado, numa etapa mais da vivência que temos a felicidade de poder comparticipar. Num tempo em que os valores da vida ganham contornos marcantes, na cultura existencial. Em cuja ordem se insere a mensagem que anualmente traz este nosso boletim paroquial, já de forte tradição como comunicação coletiva.

Mantendo-se os pressupostos da caminhada que temos vindo a compartilhar, abre-se nova página, dum ano para outro, ao virar do boletim anterior para este, na sequência do que tem sido partilhado ao longo da publicação dos sucessivos boletins paroquiais. Como quem passa uma porta para uma nova visão. Tal como se abriu este ano a porta santa de início ao período jubilar em curso, no começo do Ano Santo que vivemos agora, dedicado à Misericórdia.

Como disse o Bispo do Porto, D. António Francisco dos Santos, na abertura solene da porta jubilar diocesana, «através desta Porta Santa irradia diariamente a Alegria do Evangelho, que o Papa Francisco nos convida a levar ao coração de todos, para que sejamos: “Misericordiosos como o Pai” (lema do Jubileu da Misericórdia)».

Enquanto isso, entre nós, é ainda tempo de balanço, ao expirar do ano civil. Havendo passado mais uma etapa cronológica na nossa caminhada terrena. Neste período em que estamos a viver a celebração do Natal, qual comemoração da vinda d’Aquele que nos proporciona alegria vital. Prestes a chegar, por ora, a época das Janeiras e canto dos Reis, da costumada visita duma representação paroquial a cantar votos de Boas Festas de casa em casa dos paroquianos, na linha dos bons costumes que dos nossos antepassados já vem.

Assim sendo, voltamos por este meio também à presença de toda a comunidade, através da concretização deste meio de comunicação que nos une. Na ideia de fortalecimento coletivo. Porque uma mensagem escrita perdura mais que uma simples transmissão oral. Tal como (fazendo-se um género de parêntese, ao tema) refletiu um dia José Luis Borges, escritor em tempos laureado com o Nobel da literatura, dizendo que sempre imaginara o paraíso como sendo uma espécie de livraria. Pelo conhecimento que provocará (deduzimos nós)  e sobretudo pelo que encerra.

Ora, tal como tem sido norma, entre o acolhimento devido ao espírito natalício, damos assim mais razão ao sentido paroquial, na convivência escrita com a comunidade paroquial por este meio, vindo irmanados até junto de todos os paroquianos, novamente, por via deste boletim – no habitual sentido informativo e de apelo comunitário. 


 Ano Santo da Misericórdia

Na sequência da referência supra citada de abertura da porta santa, será de reter que para o período final deste ano de 2015 e durante grande parte de 2016, o Papa Francisco convocou um Jubileu Extraordinário, com ênfase na Misericórdia, destinado a decorrer de 8 de Dezembro de 2015 até 20 de Novembro de 2016. A convocação foi feita por meio da Bula Misericordiae Vultus. Então, no dia 8 de Dezembro foi aberta a Porta Santa na Basílica de São Pedro, no Vaticano; e seguidamente houve abertura simbólica de portas principais em basílicas de todas as dioceses e em igrejas consideradas jubilares de cada diocese e vigararias. Sendo o templo do santuário de Santa Quitéria e a igreja matriz de Margaride, no nosso caso, as igrejas de Felgueiras reconhecidas nessa categoria diocesana.

O Papa Francisco decidiu proclamar este “jubileu extraordinário”, centrado na “misericórdia de Deus”, como  Ano Santo da Misericórdia, para ser vivido «à luz da palavra do Senhor: ‘Sede misericordiosos como o Pai’ e isto especialmente para os confessores” – conforme as próprias palavras do Santo Padre. Cuja iniciativa nasceu da sua intenção de tornar “mais evidente” a missão da Igreja de ser “testemunha da misericórdia”.

O Papa defende assim que “ninguém pode ser excluído da misericórdia de Deus” e que a Igreja “é a casa que acolhe todos e não recusa ninguém”. “As suas portas estão escancaradas para que todos os que são tocados pela graça possam encontrar a certeza do perdão. Quanto maior é o pecado, maior deve ser o amor que a Igreja manifesta aos que se convertem”.

Este é o 29.º jubileu na história da Igreja Católica, um Ano Santo extraordinário, começado na solenidade da Imaculada Conceição, para se alongar até novembro de 2016, ao domingo de Jesus Cristo Rei do Universo, “rosto vivo da misericórdia do Pai”, explicou o Papa. “É um caminho que começa com uma conversão espiritual e temos de seguir por este caminho”.

A porta identificativa do Ano Santo, sendo naturalmente simbólica, representa uma passagem de redenção. Pois Jesus é evangelicamente a porta da via da salvação. Nesse prisma, quem passar uma porta santa nas devidas condições, durante o Jubileu, receberá graças de indulgências plenárias.

No percurso da tradição católica, o Jubileu é ano em que a Igreja  exorta os fieis à reconciliação por meio da penitência, oração, dos sacramentos, da peregrinação e obras de misericórdia.

Actividades principais decorridas na Paróquia:

Durante o ano corrente, agora quase a chegar ao fim, foram levadas a cabo diversas realizações que fazem parte da vida pastoral e vivência paroquial, desde as celebrações de Natal e campanha dos Cantares de Reis; festas dos idosos, da Conferência Vicentina; Via-sacra inter-paroquial;  Compasso Pascal; Procissão de velas do Mês de Maria (no dia comemorativo do aniversário do Nicho de Rande); Festa Paroquial de S. Tiago; Passeio de Convívio; Magusto e Convívio Paroquial; atividades da Catequese; trabalho dos grupos de Jovens, Acólitos e Leitores, etc. até ao Presépio na igreja (este ano construído por elementos do grupo de acólitos).

Entre essas realizações, além de outras que têm sido destacadas em anos anteriores, realçamos aqui algumas por diversos atributos acrescidos, como:

Campanha dos cantares de Janeiras e Reis, durante as primeiras semanas de Janeiro, pelas casas dos paroquianos. Com a particularidade de neste ano de 2015 ter havido receção na sede da Junta de Freguesia. Tendo finalizado mais uma vez em salutar convívio final da união do grupo de cantores e tocadores partipantes. 

- Ida dos Acólitos a Fátima, em 1 de Maio.
- Compromisso e Renovação dos Acólitos no Dia do Corpo de Deus, com a bênção do seu Patrono Beato Francisco Marto.
- Caminhada solidária, englobando Rande, Sernande e Idães (numa interessante iniciativa conjunta destas paróquias atualmente com o mesmo pároco comum), que resultou numa romagem até ao alto do monte de São Bento das Pêras (Vizela), onde foi celebrada missa campal para os presentes, na tarde desse domingo 12 de Julho.
- Festa Paroquial, no fim de semana do dia litúrgico de S. Tiago, com a tradicional missa de festa  e procissão, no próprio dia 25 de Julho.
- Passeio interparoquial, com paroquianos e amigos de S. Tiago de Rande, S. João de Sernande e Santa Maria de Idães, novamente de parceria com a Junta da União das freguesias, mais animação dos grupos da Casa do Povo da Longra. Excursão essa cujo itinerário teve destino até ao santuário de Nossa Senhora de Vagos (Aveiro). Onde, no seu recinto frondoso, houve lugar a convivência inicial através de missa campal e seguintes momentos de lazer, sem esquecer obviamente a refeição do farnel de cada família, em partilha e convívio pela tarde adiante. De referir que o produto do ofertório realizado durante a celebração da missa foi entregue ao santuário, como oferta reconhecida pelo acolhimento recebido.
- Festas da formação de catequese global, desde o Acolhimento ao Crisma.
- Magusto de Convívio Paroquial – a 22 de Novembro. Mais uma vez incluído em mega-almoço, realizado sob ampla tenda montada no adro fronteiro à igreja, contando com assinalável participação de paroquianos e amigos, além da presença dos senhores Presidentes da Câmara de Felgueiras e da Junta da união de freguesias respetivas.
- Mais as festividades das campanhas da Quaresma, da venda de bolos, feirinhas, convívios de grupos (sendo de realçar o convívio da catequese que este ano teve lugar em Sernande), a campanha do Advento, etc.

Obras e ações realizadas:

- Trabalhos regulares de limpeza e conservação de espaços da comunidade, entre o que pertence à igreja e sítios adjacentes. Atendendo a ser ocorrências que normalmente se não vêm, mas se vão fazendo e com gosto decorrente.     
- Restauro de todas as portas da igreja paroquial (principal, lateral, da sacristia e do coro).

Plano de Obras e realizações futuras:

- Colocação duma vedação apropriada para delimitação do terreno do campo do passal.
- Projeto de arquitetura, em esboço de futuras obras, para o que for viável fazer nas ruínas, junto à casa da residência paroquial. Ou seja, estudo para possíveis obras de recuperação e adaptação das paredes que restam de antiga construção, ao lado do adro e residência (normalmente conhecidas por ruínas). Para antever, planear e decidir como será melhor fazer-se, quanto às necessidade e mediante as possibilidades.
- Finalização da legalização de todo o património existente na paróquia de Rande, de forma a que tudo fique devidamente escriturado e registado, desde a igreja, residência, mais anexos e terrenos – agora que já há mais elementos correspondentes, para o efeito.

Próxima Campanha do Cantar de Janeiras e Reis: Dezembro / Janeiro, segundo calendário e itinerário anunciados oportunamente (em aviso lido no fim da missa e edital público afixado no quadro-expositor do adro).

Conclusão:

Perante a exposição colocada aqui publicamente, diante da consciência da comunidade, torna-se evidente que devemos continuar sempre interessados e unidos pelo mesmo objetivo e equilíbrio comum, em prol da nossa paróquia.

Por isso, contamos com correspondente resposta, naturalmente através de colaborante contributo. 

Vivemos na época presente a tão terna quadra natalícia, na celebração da vinda de Jesus para ser Deus connosco. Propiciando motivação de abertura à vida, numa plenitude que lembra devermos assumir-nos como fiéis responsáveis. Quão é o espírito natalício, em que se enquadram as causas comunitárias, quanto será a satisfação de quem participa neste bem comum.

*

Entretanto, para já aproxima-se a tradicional visita aos vossos domicílios, a propósito da campanha dos Cantares de Reis.

Desde já se relembra que o envelope que acompanha a distribuição deste boletim, para o efeito, será recolhido aquando da visita para o tradicional canto das Janeiras e Reis. No qual poderão fazer a entrega do vosso donativo apropriado.

Na linha dos bons antecedentes, como tem resultado bem o fruto destas comunicações, continua o lema:  “Cantar os Reis” é um sinal popular da vivência natalícia, na sua natureza cristã, rejubilando com o nascimento de Quem que veio para estar entre nós.

Deste modo, em suma, contamos com o vosso donativo generoso, como Bem-haja da nossa visita.
Desejamos a todos um Santo Natal, bem aconchegado no regaço familiar; e um Feliz Ano de 2016, em plenitude de dons e bênçãos de Deus Menino e do nosso S. Tiago Maior.

O Conselho Económico Paroquial.

(Assinatura do Pároco, P.e Manuel Joaquim C. Ferreira)


Armando Pinto

domingo, 13 de dezembro de 2015

Ophiussa (nome antigo da região que veio a chamar-se Portugal) - A terra das Serpentes...




Pois é... ou melhor, foi. A região antiga que veio a ser Portugal, em tempos remotos foi terra de povos identificados por Serpes, e, entre outros sucessores, também pelos Draganos. Tal como narramos no início da descrição do livro "Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras", publicado em 1997. No qual, quase logo no início, na parte das origens e antecedentes, referimos a antiga existência de Ofiussa.

Como ilustração comprovativa, recordamos agora o caso, com um filme explicativo que consta presentemente dos arquivos do You Tube, na Internet - conforme se pode visionar, acima, clicando na seta central.

Armando Pinto

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Crónica Natalícia, no Semanário de Felgueiras


No âmbito do sortilégio da quadra que anda no ar, já, e a propósito da decoração alusiva que este ano dá outro ar ao centro ajardinado da cidade de Felgueiras, mais um artigo do autor destas linhas faz parte da mais recente edição do jornal concelhio Semanário de Felgueiras. Com algo mais a apontar, como se pode ver por leitura atenta da respetiva coluna, inserta na página 10 do SF desta sexta-feira, dia 11, antecedente ao Natal de 2015.

Da crónica se junta imagem do recorte correspondente:

((( Clicar sobre o recorte digitalizado, para ampliar )))

... E se anexa o texto datilografado, para melhor acesso à leitura:

Natal à vista…

Com o Natal no horizonte e na proximidade do cintilante encanto natalício, piscando luzes decorativas apropriadas à quadra, brilham no alto do firmamento constelações de pessoas e coisas que nos são queridas, no relacionamento afetivo. Algo que, no aspeto mais terno, caso do sentimento pessoal, nos traz memórias diletas, enquanto no plano telúrico, quanto à circunstância local de ligação à terra natal e afetiva, nos transporta às tradições que fazem parte das recordações e do próprio imaginário coletivo.

Pode dizer-se que Natal é quando se quiser, sobretudo no espírito caritativo e misericordioso da bondade lembrada nestas ocasiões, mas, no encantamento da quadra da festa da família, o Natal ainda é um profundo sentimento anual, qual mistério natalício da Noite Feliz da consoada e tudo o mais que, nessa noite e pelo seguinte dia adiante, faz apetecer estar em família e reviver a ânsia e convicções vindas da infância. Com um tempo antecedente de expetativa e anseio, que faz do período natalício uma época especial.

Nas mesas de Natal, para lá dos pratos tradicionais e iguarias, sentam-se as pessoas à volta de um ambiente propício, com uma disposição terna. E enquanto as crianças têm no pensamento as prendas a receber, os adultos por norma não esquecem também os seus brinquedos de bons velhos tempos, quanto lembram quaisquer pequenas coisas que tiveram. E então histórias ouvidas aos avós e pais, como também a outras pessoas idosas que deram encantamentos a sonhos idílicos?!

Ora, na pertinência de este ano estar mais enfeitado o ambiente citadino de Felgueiras, vendo-se a decoração natalícia da cidade de Felgueiras com mais luz e cor, estando as ruas da cidade mais animadas e coloridas, como que encorajando à socialização e procura do comércio tradicional, vence e convence melhor no presente a sensação de paz que norteia os bons momentos. Deixando de soar momentaneamente na cabeça a crise social do século atual, para ecoar melodias da época.

Está visto, pois, que não adianta medidas de austeridade provocadoras de desânimo e recessão. Como não se entende que as localidades atualmente estejam quase na penumbra, pela redução de luz pública, enquanto se não poupa em despesas públicas com gastos com políticas e políticos, por exemplo. Tal como pouco abona a falta de obras públicas em terras quase sempre esquecidas, sabendo-se que continua a haver despesas em intervenções episódicas, além de o que vai sendo feito normalmente ser quase sempre nos mesmos sítios. Em suma, vale sempre a pena olhar ao bem comum. Ao menos no espírito franciscano, do tal sentido de bondade, sabendo-se que teve origem com S. Francisco de Assis a adoração do Salvador na presença representativa do presépio.

ARMANDO PINTO

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Presépio Caseiro...


Já se ouvem cantos no céu,
São os Anjos a rezar;
Rezemos também com eles
De mãos postas a cantar.

Assim expressa um cântico litúrgico, por sinal da autoria do felgueirense Padre Luís Rodrigues, natural de Rande e que se elevou no sacerdócio desde o altar da igreja da Lapa, no Porto, onde foi reitor e empreendedor de grande  apostolado pela palavra e pela música.


Continua a mensagem, nesse canto de apoteose cerimonial natalícia, de final da missa da noite e do raiar da manhã de Natal, a dizer mais... na composição do “Padre Luís da Lapa”. Condizendo no simbolismo do templo que tornou local de música litúrgica, sabendo-se que Lapa é sítio de natividade, por execelência…

Vamos ao presépio,
Vamos a Belém:
Louvar o Menino
Que salvar-nos vem.
(…)

Como que ecoando aos ouvidos esse rumo harmonioso, na antevisão da estrela de Natal, já paira nos pensamentos o encanto natalício, através de símbolos e tradições que nos lembram o fascínio pela quadra da chamada festa da família. Havendo normalmente nas casas tradicionais alguma “coisa” própria da época, como por exemplo o presépio tradicional e a acompanhante árvore decorativa.


Assim já está o presépio habitual do autor destas linhas, feito na natural edificação caseira. Como ao longo dos anos sempre foi, antes para os filhos e agora para os netos, especialmente, para o Natal de família. 

…Vamos ao presépio,
vamos a Belém:
louvar o Menino
que salvar-nos vem.


Armando Pinto

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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Curiosidades históricas sobre Rande… e dos Padres Vicentinos na região circunvizinha.


É sabido que a Ordem Vicentina dos Padres Lazaristas, da Congregação da Missão, desde longas eras que se instalou na região do Entre Douro e Minho, além naturalmente de outras zonas. Mas, antes ainda de se ter fixado em território do concelho de Felgueiras, esteve em Fareja, freguesia próxima mas já de outro concelho. Onde moraram os frades dessa Ordem, entre o século XVIII, pelo menos, até ao XIX (à extinção das Ordens religiosas com o ministro monarquico Aguiar). Como consta no arquivo de Braga, relacionado com antigos registos da Casa de Sarmento, de Guimarães, concelho a que antigamente pertenceu Fareja. E… aí está a curiosidade: Na Casa do Senhor do Bonfim da Congregação da Missão havia títulos e direitos pertencentes à igreja de S. Tiago de Rande.

Segundo dados que estiveram no arquivo do Convento de Santa Maria de Belém, depois incorporado no vimaranense Arquivo Municipal Alfredo Pimenta, do qual parte respeitante ao caso em apreço consta no Arquivo Distrital de Braga (conforme “Inventário do Fundo Monástico Conventual”, de António de Sousa Araújo), eis o que a informação oficial do Arquivo Alfredo Pimenta regista sobre a Casa do Senhor do Bonfim da Congregação da Missão:

 «A Casa do Senhor do Bonfim da Congregação da Missão

situa-se na freguesia de São Martinho de Fareja, actualmente concelho de Fafe. O seu fundador foi o padre José Simões que por escritura de 3 de Maio de 1752 doou todos os seus bens aos religiosos da missão. Nesse mesmo mês os Lazaristas, hoje conhecidos por Vicentinos, já estavam lá instalados. O alvará régio foi concedido em Maio de 1752, e em Novembro de 1783 os padres da casa da missão, obtiveram, por bula papal, todos os títulos e direitos pertencentes à igreja de S. Tiago de Rande. A sua extinção deu-se em 1834.»

Armando Pinto

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Reportagem SF - Empresário da Longra, da área de restauração, distinguido pela AEF


Conforme notícia publicada na recente edição do jornal Semanário de Felgueiras, em seu número de sexta-feira dia 4, um empresário Longrino esteve entre os empresários felgueirenses distinguidos na gala da AEF – Associação Empresarial de Felgueiras. Havendo então sido atribuído ao sr. Armando Teixeira Ferreira, do restaurante Quinta da Juventude, um dos galardões da referida associação concelhia, na entrega anual dos Prémios Rubeans, de reconhecimento associativo a agentes económicos.


Armando Pinto

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