Ainda faz parte das memórias comuns as passagens pela região da Longra de uma carrinha que de vez em quando vinha e parava para fazer exames gratuitos de rastreio à população, em camioneta do Estado, como se dizia. Dentro da qual havia máquina de radiografia onde se fazia o exame, através de pequenos Raios X (Rx) ao peito, para diagnóstico rápido sobre o tórax, para prevenção quanto a possíveis doenças relacionadas com tuberculose. Derivado a antigas sequelas dessa doença, havendo então tal género de profilaxia por meio desse meio de diagnóstico móvel. Pois com a evolução e irradicação da maioria dos casos da doença, houve cuidados adjacentes, como no caso da campanha de vacinação e de permeio esses exames rádio-fotográficos a crianças das escolas e trabalhadores adultos, sobretudo. Tendo durante o tempo de escola também eu ido a essas carrinhas, como todos os colegas, conforme eramos enviados a mando das professoras, quando algum dessses espécies de furgões parava junto à Casa do Povo da Longra, o local tradicional de todas as ações preventivas e curativas nesses tempos. Ocorrência que se prolongou no tempo e, do que ressalta nas lembranças, durou até aos anos setentas. Como já mais tarde fui em adulto, como tanta gente. Sendo que o último caso desses que me lembro de ter visto, assistido e até também participado, mais uma vez, foi em 1976, precisamente no mesmo mês em que entrei no meu emprego, ao tempo na Secretaria da Casa do Povo e Posto Clínico da Longra. Onde dessa vez parou a dita camioneta de Rx passageiro, como de costume junto ao edifício dessa mesma instituição. De cuja prova guardei a pequena película do mini-Rx, que aqui recordo. Com o resultado de "Normal" estampado, como relatório, no pequeno envelope da "chapa", como também se dizia. Algo que assim dá para partilhar mais um caso de memórias comuns de tempos idos, da memória coletiva da região.
Armando Pinto
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