Espaço de atividade literária pública e memória cronista

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Recordação do antigo Colégio da Longra…


Sabemos de onde vimos, mas não sabemos para onde vamos. Que seja o futuro a marcar-nos o caminho, sem perder de vista o que foi o rumo antepassado. Sem passado não haveria presente, nem futuro. E quem não souber valorizar a memória do que é comum, de todos, desde os antepassados até aos vindouros, não saberá apreciar o futuro… por falta de memória remota, não por doença mas mal cerebral de certo tipo de esquecimento, qual envelhecimento de perder esperanças no porvir.


Neste cantinho da região Sousã, onde corre mansamente o rio Sousa nas suas veredas quase iniciais, já houve muitos factos dignos de perdurar na memória coletiva. Como aliás está historiado.

Um dos muitos e diversos casos foi a existência do conhecido Colégio da Longra, o oficialmente chamado Colégio de Rande, que existiu nas primeiras décadas do século XX. 

Dessa unidade escolar, de regime interno e externo, já se registou referência alusiva no livro da história da região, assim como noutras publicações que de permeio escrevemos. Contudo, como nunca é demais referir o que de bom aconteceu já, entretanto, prestamos mais uma visão, sobre sua memória.

Para avivar o que resta, recordamos aqui um livro relativo ao referido estabelecimento de ensino, que era distribuído, ao tempo, pelos alunos e familiares. Do qual se publica aqui a capa e a primeira página, como amostra recordatória.


© Armando Pinto 

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sexta-feira, 6 de julho de 2012

Presente... de Aniversário


Vimos de um tempo, segundo valorizamos, em que o saber, os modos de fazer, os costumes, tudo o que tem a ver com tradição e valores do espírito, se transmitiam de geração em geração. O passado, qual candeia que seguia à frente dos caminhantes em noites de breu, iluminava o presente e apelava a um avançar na manutenção da mesma direção. Ao invés do que por vezes vai acontecendo, quando avançar já tem mais de inovar. Num futuro que, de qualquer maneira, formata o presente, à medida da evolução do caminho da vida.


Continuando no nosso quotidiano, quanto possível arreigado aos valores eternos, vai-se mantendo um caminho de dar valor ao que tem valor. E de gostar do que realmente é de gostar.


Num desses dias e momentos, disto que se deduz em tal íntima narrativa, damos connosco a rebobinar imagens marcantes, ao calhar dum dia de aniversário, do que ficou na retina de dias de anos, ao longo dos anos. De como sempre gostamos de fazer anos, no sentido de nos sentirmos a contar para alguma coisa em tal dia… Especialmente ainda naqueles tempos em que víamos os outros, os que tinham já mais uns bons anos de andanças, num plano diferente, com uma idade que então víamos muito longe do alcance…


Hoje, como diz o outro, já não é bem a mesma coisa. Muitos desses familiares, amigos e conhecidos, dos que nos antecederam, já foram partindo para o Além, lá para onde é ou será. Querendo dizer que a vida se renova, enquanto os jovens de antes começam agora a ficar no plano etário dos antecessores. Presentemente já temos outros ramos, da árvore da vida, com rebentos a fortificar. Hoje tenho já o meu neto, um ser muito desejado, ao qual se entrelaçam braços sempre estendidos e prontos a mais um abraço, num destino amado. E vemos a vida na continuidade, desejando sempre fazer anos para, agora com esse outro motivo, o ver crescer e nos continuar.


Volta-se assim mais um lanço da ampulheta existencial, na contagem do tempo, passado que é mais um ano nesta caminhada medida por um relógio visual. Servindo este arrazoado prosaico para reter algumas imagens das que, noutra medida, ficam a simbolizar algumas das amizades entretanto ganhas e mantidas, por aqui.


Guardamos assim algumas curiosas gravuras, como são os arranjos gráficos que nos foram oferecidos, neste dia de aniversário: alguns de simbologia afetiva, outros de diretrizes bem definidas; enquanto outros até dispõem bem, fazendo sorrir, no dia do aniversário. Como a querer que se conte muitos momentos que tais, com saúde e toda a felicidade do mundo. Bem como ramos floridos, simbolizando a pureza duma afetividade, no cheiro que exala a vivência simples, mas verdadeira. Porque a vida é para ser vivida, como em floração, voltada à luz.


Armando Pinto





06 - 07 - 2012...

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Livro (de 2003) sobre a “Elevação da Longra a Vila”


Na passagem de nove anos sobre o acontecimento histórico da aprovação nacional da elevação da antiga povoação da Longra à categoria de vila, recordamos o livro que na ocasião escrevemos e publicamos, sob título “Elevação da Longra a Vila”. 

Facto inesquecível, aquele, ocorrido a 1 de Julho de 2003. Cuja ocorrência ficou então em livro, logo apresentado publicamente no imediato dia 4, em festa comemorativa…


Atendendo a esse pequeno livro depressa ter esgotado, numa tiragem algo limitada devido a ter sido escrito em corrida contra o tempo - e como tal foi apresentado dias depois da elevação, na festa levada a cabo na sexta-feira imediata, ao início do fim de semana seguinte, portanto – repõe-se aqui e agora uma singela visão da respetiva edição. E, procurando corresponder a pedido particular, apresentamos em digitalização para possibilitar (re)impressão, a quem não teve possibilidade de aquisição, bem como oportunidade de leitura em moldes clássicos, através de formato em papel, mas deseje também possuir esse documento, afinal - apresentado também há nove anos, como se recorda em visualização acima

Associando-nos assim a mais um aniversário, que assinalamos à nossa maneira, eis as páginas do livro em questão de apreço:


























Armando Pinto 

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 Podendo recorrer-se ainda a aumento do zoom ===


sexta-feira, 29 de junho de 2012

Artigo no S. F. sobre Festa Concelhia de Felgueiras e Aniversário da Longra…


Reprodução do espaço habitual de colaboração no jornal Semanário de Felgueiras, da nossa crónica regular ao mesmo órgão de imprensa regional, desta vez na sua edição desta sexta-feira dia 29 de Junho (cuja distribuição pública já teve lugar ontem, quinta-feira, devido ao feriado municipal deste dia 29).


(Clicar sobre a digitalização, para ampliar)

Do mesmo trabalho, também como vem sendo normal, transcreve-se o original texto datilografado, para melhor leitura neste meio informático. 

S. Pedro e Aniversário da Longra… no horizonte. 

As memórias são uma forma eloquente de exaltar a vida. Máxima possível de ser vincada quando se conjuga possibilidade de assinalar determinados motivos que farão memórias no futuro. Como se vislumbra, entre nós, na área territorial de Felgueiras, diante da proximidade de algumas datas festivas e extensivas motivações. Levando a que se associe o chamado S. Pedro de Felgueiras e o aniversário da Longra, em forma de exaltação da vida local. 

Ora, Felgueiras passa estes dias por mais algumas datas significativas, quer no presente com as festividades do S. Pedro, enquanto festa municipal, bem como com a próxima passagem de mais um aniversário da vila da Longra, uma área urbana do concelho sistematicamente esquecida das grandes realizações urbanísticas e intervenções oficiais que deixem marca. 

Efetivamente ocorre por estes dias o programa da festa do concelho, antiquíssima romaria cuja memória remonta ao tempo da existência local duma primitiva ermida, dedicada ao santo considerado pedra angular da Igreja. Cuja essência, além de diversos números anunciados no cartaz, se continuará a manter na expressiva manifestação coletiva que tem sido patente através do cortejo das flores, tão tradicional ponto alto e dos momentos mais apreciados pelos felgueirenses e visitantes que acorrem a Felgueiras na ocasião, em demanda do local próprio da festa, ao monte de Santa Quitéria. 

 Pois, a importância destas festas sempre foi deveras tida em conta na identidade comum, pelas instâncias oficiais concelhias e naturalmente pelo povo felgueirense. A pontos de continuar com um rol de números que abarcam diversos dias, desde o antecedente dia 27, quando se inicia um vasto leque de realizações públicas em que estará presente arte e cultura popular, prolongando-se por sucessivos dias, até ao domingo 1 de Julho, coincidindo assim com o dia próprio do aniversário da Longra como vila. Dia que naturalmente deverá merecer algo marcante, na interligação das diversas vias promotoras que estão a levar a cabo tais organizações, em casos similares, nas terras de Felgueiras. 

Chegado aí, à falta de conhecimento público atempado sobre o que vai acontecer, para assinalar o 9º aniversário da vila da Longra (não havendo nada anunciado, até ao momento em que escrevemos, ao início desta semana em curso), não nos poderemos alongar muito em considerações relativas. Sabendo-se unicamente, e bastará, que tal como foi referido na comunicação social quanto à comemoração do aniversário da Lixa e nos restantes próximos eventos, serão as representações locais a promover atividades comemorativas, permitindo uma junção entre autarquia e forças vivas na realização tendente à respetiva celebração. O que deverá querer dizer, igualmente, que tal como ali, também a Longra deverá receber obras que venham a deixar uma marca deste tempo, desde a tal escola que continua a faltar, até mais qualquer coisa do muito que tarda em ser feito. Para que igualmente se possa assinalar. Enquanto por ora tende que seja devidamente mostrado, na prática. De nada servindo haver intenções, se não houver evidências. Como diria um filósofo que queria envelhecer amando alguém que lhe era querido, mas não queria morrer sem lho dizer e demonstrar…! 

Armando Pinto

terça-feira, 26 de junho de 2012

Passatempos de férias… com história!

 

Estando-se em pleno tempo estival, com o calor a apertar, embora num ambiente de veraneio algo irregular, esta época faz relembrar algumas ocorrências reportadas ao caso, em eras já passadas e fazendo parte de memórias algo diluídas. 

 

 

Assim, entre diversos exemplos possíveis, recordamos desta vez o que ficou duma iniciativa ligada às atividades paralelas da existência do antigo F. C. Longra, clube de futebol local que também se voltava para outros campos, tal o verificado com a ocupação de tempos livres para as crianças da área da Longra. Numa campanha decorrida durante algum tempo, de 1990 a 1992, como evocamos aqui, aproveitando o autor destas linhas para uma justa homenagem a um amigo que então se salientou, sendo de toda a justiça referir o trabalho do monitor e animador Guilherme Ribeiro, comandante das hostes, das crianças desse tempo, hoje homens e mulheres formados nesses trilhos Longrinos…


 


 Para ilustração, deixamos entremeadas algumas páginas com descrições que ficaram impressas no livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras” (publicado em 1997) e num outro mais tarde intitulado “Grupo de Teatro da Casa do Povo da Longra – Sete Anos Na Arte de Talma Associativa” (publicado em 2003), tal como também fotos que fazem parte do álbum particular de família, por nesses grupos estarem incluídos filhos, sobrinhos e amigos pessoais do autor.

 


© Armando Pinto 


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