Espaço de atividade literária pública e memória cronista

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Artigo no Semanário de Felgueiras, a propósito de próximo livro...


Na nossa habitual colaboração a um dos meios de difusão felgueirense, como é o jornal Semanário de Felgueiras, regular periódico ao serviço público entre nós, colocamos à sensibilidade felgueirista mais um artigo de temática local. 

Então numa ideia de tentar alicerçar algo mais do conceito de comunidade, desta vez aproveitamos para, de relance, ligarmos dois assuntos que parecendo distantes têm contudo relacionamento, além de no seguimento dessa embalagem intercalarmos no texto uma deixa para informação sobre a proximidade da edição de mais um livro nosso, de assunto relacionado com Felgueiras. Por quanto um livro pode representar um documento histórico, tendo papel deveras importante junto à sociedade, porque a memória é essencial na formação cultural da identidade individual e coletiva.

Nessa convicção, como de costume, damos conta do mesmo neste espaço, a quem por motivo algum não tenha acesso à edição impressa do referido semanário da imprensa local. Embora desta feita também não só...

Assim sendo, desse escrito, para devidos efeitos, colocamos aqui o texto da respetiva coluna, do artigo publicado no Semanário de Felgueiras, da edição de 6 de Dezembro. Não sendo possível, por ora, juntar imagem de recorte do jornal por não termos ainda recebido o nosso exemplar, à falta de distribuição de correio localmente, nesta sexta-feira - derivado ainda a efeitos dos atrasos provocados pelas greves contra a privatização dos CTT, possivelmente.

Como tal, do mesmo, disponibilizamos apenas o texto, conforme o original que enviamos para a redação do SF:

Relação da Casa das Torres com um Monumento do Monte da Santa…

Um livro, no seu consumo celebrativo, pode encerrar um mundo de revelações e sobretudo memórias, de algo ou alguém. Como poderá até desvendar algumas curiosidades, tal a que assola o interesse provocado no título deste artigo. Numa junção de alcances, até à justa captação do devido preito ao desiderato em apreço.

Com esse intuito, no sentido de intenção extensiva, procurando homenagear um dos felgueirenses salientes na memória coletiva, está prestes a ser publicado mais um trabalho escrito para edição bibliográfica: a biografia do autor da Casa das Torres de Felgueiras, Luís Gonçalves. Numa publicação de material que finalmente ficará em livro, do que colhemos e escrevemos aquando da inauguração da remodelação do edifício em causa.

Ora, nesse pequeno volume, cuja apresentação ao público se aproxima, além de quanto terá a ver com o mote dedicado ao “Amanuense-Engenheiro da Casa das Torres”, haverá temas relacionados, ao correr da história. Daí o relacionamento do mesmo artista com um monumento integrante do ex-líbris concelhio Monte de Santa Quitéria.

Então, sabe-se que a meio da segunda década do século XX, sensivelmente, como se narra na obra referida, o sr. Luís Gonçalves (de Matos) teve autoria projetista e responsabilidade no acompanhamento à edificação do então palacete conhecido depois como Casa das Torres. Mas poucos saberão que já anteriormente tivera sua chancela noutras obras de relevo, como se procura dar conta, também, no mesmo livro.

Com efeito, antes ainda, perante a admiração com que era tido, havia entretanto Luís Gonçalves sido encarregado de fazer o projeto para o conjunto monumental, do pilar e seu enquadramento, do monumento dedicado a Nossa Senhora Maria Imaculada, então a colocar no monte de Santa Quitéria. Tendo durante muitos anos restado um desenho desse monumento na casa do patriarca da família Gonçalves (da Longra), que ainda foi visto pelos atuais descendentes, Sousas e Gonçalves. Ora esse monumento foi decidido edificar por iniciativa dos alunos (segundo a versão oficial) do Colégio de Meninos de Santa Quitéria, no seguimento do cinquentenário da definição do Dogma da Imaculada Conceição, em 1904, celebrado no colégio e vizinho santuário local com grande luzimento. Tendo logo em 1905 sido lançada a 1ª pedra, no quinquagésimo aniversário da bênção e entrada no santuário da imagem de Nª Senhora das Graças. Então, encomendada a imagem da Nª Senhora a um escultor (cujo nome desconhecemos), depressa Luís Gonçalves apresentou o desenho da coluna, mais gradeamento envolvente, e foi dado corpo ao monumento, que acabou por ser inaugurado a 10 de Junho de 1906. Sendo na época o aspeto conforme o desenho que se junta no livro - segundo consta em ”Vida, Martírio e Milagres da Preclaríssima Virgem e Mártir Santa Quitéria”, editado em 1909 pelo Padre Henrique Machado, e do qual houve posteriormente uma 2ª edição em 1947.

Nota bene: 
Afinal... Segundo informação recebida posteriormente (já em pleno domingo, ou seja antes porém da chegada do jornal a nossa casa), soubemos que este artigo não chegou a ser publicado na edição de sexta-feira entretanto passada, por falta de espaço (derivado a publicidade surgida à última hora).
Fica assim para publicação na próxima sexta, na edição de papel do SF.
Contudo, não valerá já a pena retirar o texto daqui, de permeio, beneficiados com isso como ficaram os habituais leitores deste espaço.

ARMANDO PINTO

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Homenagem felgueirense ao poeta e publicista Artur Garibaldi


Perfez esta semana 100 anos desde o nascimento de A. Garibáldi – como era a assinatura artística do poeta Artur Garibaldi, homem público que se radicou em Felgueiras, onde foi diretor d’ O Jornal de Felgueiras, primeiro, e depois fundador, diretor e proprietário do também periódico Gazeta de Felgueiras.

Segundo tem sido noticiado publicamente, uma merecida homenagem em sua memória acontece sexta-feira, dia 29 de Novembro, na Casa das Artes de Felgueiras, às 21, 00 horas, mediante realização dum sarau de poesia, em sessão evocativa.

Nesta ocasião, recordamos esse homem de letras, natural de Braga mas que viveu e morreu em Felgueiras, através duma visão do frontispício interior dum pequeno livro em que o poeta em apreço nos dedicou autógrafo recordatório e por meio de recorte dum artigo do Jornal da Lixa, de há muitos anos já, por referir algo relacionado, como se pode ler ainda...



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Armando Pinto

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Caleidoscópio


No sentido da visão de imagens variadas, como é um caleidoscópio, no âmbito cronológico, do tempo que passou já, relevamos desta feita uma retrovisão ótica sobre um tema há muito referido num texto do autor, há alguns anos já, colocado num blogue dum amigo. Em vista de puxar pelo sentimento que cada vez mais se tem perdido, que é o de cantar heroicamente a nossa terra, através da veia poética de pessoas dotadas, como já houve, felizmente, e ainda vai havendo, com gente natural destas paragens felgueirenses.

Então, recorde-se o que escrevemos no antigo blogue "Vila da Longra", entretanto desativado - pois tem estado inativo - com a devida vénia ao mesmo espaço gerido por pessoa amiga, no qual colaboramos de quando em vez. Focando agora atenções, por esta vez e via, no tema constante do link


AP

sábado, 9 de novembro de 2013

Polémicas escandalosas noticiadas no SF...


Recortes da edição do Semanário de Felgueiras de 08 de Novembro corrente e ano de 2013, este (colocado aqui acima), em coluna da "Página 2" ... e, em baixo, referente a notícia alusiva à POLÉMICA DO MOMENTO, relatada na página 4 do mesmo jornal felgueirense.



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A.P.

Artigo de atualidade no Semanário de Felgueiras...


Em mais uma abordagem relacionada com a atualidade, escrevemos desta vez, em nossa regular colaboração no jornal Semanário de Felgueiras, um artigo de temática relacionada com a recente reorganização territorial e consequente agregação de freguesias.

De cujas eleições resultaram situações que já estão a vir ao de cima, como deu conta o SF na edição do mesmo número desta sexta-feira passada presente, em notícia e comentário que transcrevemos no post a seguir (acima deste). Dando mais razão, noutros contornos, ao que explanamos neste artigo, que transpomos para aqui conforme ficou impresso na respetiva coluna, à página 10 da edição impressa do SF de 08 de Novembro:


(CLICAR sobre o recorte digitalizado, para ampliar)


… E de seguida, para devidos efeitos, aqui está o texto datilografado, para leitura mais acessível:

Agregação desagregada...

Outrora, por estes dias de inícios de Outono e à entrada de Novembro, havia um ambiente próprio da quadra dos Santos, na generalização à evocação dos Fieis Defuntos e azáfama de convívios à roda de magustos. Isto num mero exemplo de coisas simples e quase banais, que tomam proporções temporais. Agora, a bem dizer, nenhum rasto de costumes antigos e muito menos de restos de conversas inacabadas pairam no ar.

Até pedaços de tradição se está a consentir que nos destruam. Aos poucos vamos perdendo identidade e já ninguém refila. Só falta decretarem que deixe de se chamar Portugal a este país que sabemos ser o nosso, mas já não sentimos como tal, mais parecendo um Portugal sem portugueses, não só sem alguns feriados e dias santificados, de quase apenas almas levadas do diabo. Então se as próprias freguesias estão a desaparecer e os concelhos não leva muito que passem a género de comunidades agregadas intermunicipais…?!

Diz o povo que os políticos estão a dar cabo de tudo. E a realidade é essa. Sabendo-se que no caso da reorganização territorial, a nível do que nos diz mais respeito, houve culpa da Câmara Municipal e Juntas de
Freguesias que não tomaram posições devidas, assim como das outras forças políticas que não fizeram força nenhuma, já que ninguém com responsabilidades representativas teve coragem de vincar posição e mostrar decisão, todos deixando que em Lisboa decidissem no papel, sem conhecimento das realidades. E chegou-se ao cúmulo em que está o panorama organizativo, até sem o povo ainda se aperceber de toda a dimensão, algo que só com o tempo se irá demonstrar verdadeiramente.

Numa visão de arqueologia intelectual e rigor moral, recorde-se que o país real fora conhecendo mutações várias, conforme as circunstâncias, ao longo dos séculos. Numa sucinta descrição do território nacional, pode dizer-se, sobre a malha político-administrativa de outros tempos, que as províncias foram nascendo por via do fundo cultural das gentes ao longo do território e não devido a aspetos burocráticos. Assim, em 1816 eram seis as províncias, e em 1832 passaram a ser oito. Em 1836 ficaram a ser 11 as províncias existentes. No que concerne aos concelhos existentes em Portugal o número mais elevado foi de 800 durante séculos e, em 1836, passaram a ser 351. Recentemente eram 308 (ou 309, se juntarmos Olivença, que se encontra historicamente sob indevida administração espanhola desde 1801). E as freguesias eram em número que nem vale a pena agora precisar ao certo, já… Isto antes da reforma Administrativa de 2012, decretada com a “Tróica” do FMI, Fundo Monetário da CEE, sob a falsa desculpa da crise económica que se abateu sobre grande parte dos países e levou a acordos para ajudas e consequentes poupanças exigidas aos países menos desenvolvidos da Comunidade Europeia.

Entretanto, passou Felgueiras por diversas fases de constituição de seu território, consoante as alterações administrativas, sabendo-se dos factos históricos noticiosos da existência de antigos Julgados e Concelhos em parcelas depois incluídas na totalidade posterior, passando pela antiga constituição de um próprio concelho do mesmo nome mas de menor tamanho, como ainda inclusão noutro concelho, de permeio, até à
fixação em 33 freguesias englobadas com a reforma administrativa acontecida no período liberal. Tendo sido muitos anos volvidos que, em 1998, houve separação de uma para a criação do concelho de Vizela.

Agora foi a razia que se vê e sente, levando a que a grande maioria se comece a desinteressar por tudo, não se revendo já em quase nada. Tal diz uma estafada frase antiga, hoje a vir ao cimo da realidade, que um povo sem memória não tem passado, e na verdade estamos a perder tudo quanto nossos antepassados criaram e nos legaram. O que lavará a deixar-se de dar para qualquer peditório…

ARMANDO PINTO

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Figuras Ilustres Felgueirenses


Numa perspetiva histórica e abordagem apreciativa, costuma-se dizer que uma terra também se avalia pelos grandes homens que teve e tem, olhando-se aos seus filhos que fizeram algo especial pela terra natal ou que por sua vida e obra honraram o torrão que os viu nascer.

Também Felgueiras se tem de orgulhar de Felgueirenses que foram salientes. Dos quais, aqui e agora, colocamos, em galeria, imagens das fisionomias conhecidas de alguns Felgueirenses  ilustres, entre os  que ficaram e estão na História de Felgueiras.


Armando Pinto

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sábado, 2 de novembro de 2013

Imagens na clépsidra do tempo


Nestes tempos de recomposição comunitária, em que praticamente estamos sem mapa, navegando no obscuro, sem saber que ventos virão para o novo rumo coletivo, ainda nos restam os princípios, os fundamentos do relacionamento conterrâneo.

Ora, qual clepsidra a marcar o tempo, em analogia com esse antigo relógio de água, à espécie de ampulheta, recuamos cronologicamente a tempos de outrora, gotejando momentos dignos de recordação na memória coletiva.

Assim, desta vez, evocamos uma homenagem prestada por gentes nortenhas e particularmente Felgueirenses de Rande, a um português de alta estirpe, nos confins do mapa mundi. Trazendo à recordação uma homenagem acontecida em terra de Vera Cruz lá pelos idos dos finais dos anos vintes, do século XX. Tratando-se de um ato tributado ao aviador portuense Sarmento de Beires numa casa de portugueses em pleno Brasil, num momento de exaltação nacional. Tendo acontecido isso em casa da família Sousa Teixeira, na mansão que tinha no Brasil o senhor Luís Teixeira (e extensivamente seus filhos Aparício, Artur, Carlos, etc.) da Casa da Quinta, da freguesia de Rande e do concelho de Felgueiras. Vendo-se na captação do instantâneo fotográfico o homenageado ao centro da mesa, e entre os convivas, além das pessoas de família, também o então Capitão Sarmento Pimentel (da Casa da Torre, também de Rande-Felgueiras) ao tempo radicado no Brasil como exilado político...

...Cuja fisionomia, para assinalarmos melhor a presença do mesmo Capitão João Sarmento Pimentel, colocamos em separado, após ampliação parcial.
   
Armando Pinto

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