Espaço de atividade literária pública e memória cronista

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Sessão evocativa dedicada ao ilustre felgueirense Francisco Sarmento Pimentel


Perante apreciável moldura humana e numa sessão interessante, decorreu na noite de terça-feira, 30 de Julho, uma homenagem ao felgueirense Francisco Sarmento Pimentel. Com lugar num ídilico ambiente integrante da Casa da Torre, em Rande-Felgueiras, onde nasceu o heróico aviador de façanha pioneira como foi a travessia aérea de Portugal até à Índia então portuguesa, realizada em 1930.


O acontecimento, através dum colóquio evocativo sobre o personagem em apreço, incidindo na preservação memorial daquele aviador felgueirense, foi materializado numa organização da Câmara Municipal de Felgueiras, em parceria com a Junta de Freguesia de Rande e a família do homenageado, na pessoa dos atuais proprietários do solar que é a casa-mãe da família Sarmento Pimentel.


Nesse sentido, composta a mesa da sessão, com as entidades responsáveis, e com Gonçalo Magalhães a dirigir as iniciais apresentações, na presença de convidados e muitos assistentes que compunham o aprazível espaço, foram as honras da casa feitas por D. Teresa Sarmento Pimentel, que primeiro usou da palavra abrindo o ato. Seguiu-se uma intervenção de seu irmão, Dr. João Pedro Sarmento Pimentel, numa muito bem conseguida apresentação de antecedentes históricos, como enquadramento, até ao motivo da homenagem, perfazendo uma outra viagem de apreço, pelo tempo que soube percorrer, através de oratória esclarecida e por meio de exibição de apresentação visual em ecrã apropriado, ao género de powerpoint, abarcando conhecimentos sobre o homenageado seu tio-avô, cuja alocução prendeu as atenções.


Depois, como durante a palestra já haviam sido referenciados diversos pontos da biografia do homenageado, segundo o que está no livro Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras, de Armando Pinto, como foi referido por diversos participantes, o colóquio foi enriquecido com uma explanação duma historiadora natural de Goa, Dr.ª Maria de Lourdes Bravo, a qual dissertou num ponto de vista da chegada à Índia da travessia aérea efetuada pelo piloto-aviador Francisco Pimentel e seu companheiro Moreira Cardoso, segundo estudos e pesquisas que fez sobre a façanha dos dois aeronautas que ligaram pelo ar Portugal e a India.


A sessão teve encerramento com um agradecimento geral do presidente da Junta de Rande, Pedro Ribeiro, e uma dissertação deveras sentida pelo presidente da Câmara Municipal, Dr. Inácio Ribeiro, que aludiu os diversos aspetos respeitantes à homenagem e extensivas afetividades associadas. 

Como fundo ambiental dum sarau bem preenchido, houve vários momentos musicais e de declamação de poesias alusivas ao tema.

Armando Pinto 
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A propósito, havia anteriores referências que fizemos a Francisco Sarmento Pimentel e sua 1ª Viagem Aérea de Portugal à Índia, na blogosfera, num dos nossos espaços da Internet (antigo blogue "Lôngara"), em artigos sib títulos

- Octogenário da 1ª Travessia Aérea Portugal-Índia
e

- Ligação Filatélica in Longra-Felgueiras

que entretanto foram elimiminados do espaço informático da internet, por violação cibernautica (de gente sem escrúpulos que não sendo capaz der fazer pela escrita escorreita algo de jeito, tentam estragar o que outros fazem...)!

A. P. 

terça-feira, 30 de julho de 2013

Colóquio de Homenagem a Francisco Sarmento Pimentel


Esta terça-feira, dia 30, pelas 21 horas, vai decorrer uma homenagem a um ilustre Felgueirense, na Casa da Torre. Em Rande - Felgueiras: Colóquio evocativo sobre Francisco Sarmento Pimentel, autor da 1ª Travessia Aérea Portugal-Índia (homenagem com uma representação de Goa).

Com efeito, segundo nota divulgada, «a Câmara Municipal de Felgueiras, em parceria com a Junta de Freguesia de Rande, está a promover um colóquio sobre Francisco Sarmento Pimentel piloto-aviador, natural da freguesia de Rande. A iniciativa realiza-se na casa onde nasceu Sarmento Pimentel.


Com este colóquio a autarquia pretende dar continuidade ao projeto de reconhecimento de valores municipais e de reflexão sobre a importância dos elementos históricos, patrimoniais e culturais do concelho, por considerar serem de grande importância para a divulgação do concelho.

Sarmento Pimentel foi autor da proeza da travessia aérea entre Portugal-India, a 1 de Novembro de 1930 e, acompanhado pelo capitão Moreira Cardoso, tripulou o avião batizado com o nome de Marão.

No colóquio estará uma Indiana, natural de Goa, que fez estudos e pesquisas sobre a chegada dos dois pilotos à India, concretamente a Goa e Diu, Dr.ª Maria de Lourdes Bravo.

O colóquio será enriquecido com vários momentos musicais e de declamação de poesia.»


Como ilustração da atividade pública deste heroico conterrâneo, de quem o autor foi amigo e do qual publicamos extensa biografia curricular no livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”, publicado em 1997, juntamos algumas imagens alusivas, quer da participação no Raid da Amadora a Goa, mais conhecido por Travessia de Lisboa-Portugal até à Índia Portuguesa, assim como de sua última estada na Casa da Torre e em visita ao museu do Ar, junto à vitrine dedicada à viagem pioneira do avião Marão. E na pertinência também outras do autor, mais tarde, junto à mesma vitrine, em visita pessoal ao Museu do Ar de Alverca.


A propósito, havia anteriores referências que fizemos na blogosfera, num dos nossos espaços da Internet (antigo blogue "Lôngara"), em artigos sib títulos

- Octogenário da 1ª Travessia Aérea Portugal-Índia
e
- Ligação Filatélica in Longra-Felgueiras

que entretanto foram elimiminados do espaço informático da internet, por violação cibernautica (de gente sem escrúpulos que, não sendo capaz der fazer pela escrita escorreita algo de jeito, tentam estragar o que outros fazem...)!



Armando Pinto
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segunda-feira, 29 de julho de 2013

Felgueiras nos "Nacionais" de Futebol: Definições e composições da Divisão Nacional de Seniores 2013/2014



O novo Campeonato Nacional de Seniores, que na nova orgânica do futebol português substitui a antiga 2ª Divisão Nacional B de modo mais alargado, foi sorteado nesta segunda-feira. Campeonato este para o qual o “F C Felgueiras 1932” se apurou, depois de ter subido de divisão, cumulativamente com o título de Campeão da 3ª Divisão Nacional-Série B. Assim como o Lixa, apesar de ter disputado a Divisão de Honra Distrital, pois beneficiou do alargamento instituído e subiu automaticamente, sem ter chegado a ir à 3ª Divisão que lhe caberia disputar.


Esta competição, portanto, entrará em vigor na próxima época de 2013/14 para substituir as II e III Divisões e as Distritais. Vão entrar nesta competição 80 clubes, resultante das três despromoções da Segunda Liga, 39 permanências da II Divisão, 19 ascensões da III Divisão e 19 das Distritais.

Nesta nova Divisão de Seniores, além do Felgueiras e Lixa, damos destaque à presença do Boavista, ao qual calhou para esta época a Série C, no ano em que tem em vista o regresso à I Liga, enquanto o V. Guimarães B, despromovido esta época, faz companhia às duas turmas do concelho de Felgueiras, na Série B. 

Os axadrezados, recorde-se, foram reintegrados por decisão da Assembleia Geral da Liga, depois de o Conselho de Justiça ter anulado a sentença que os condenou à descida no âmbito do «Apito final». A sua integração na Liga em 2014/15 está dependente de cumprirem os requisitos. 

O novo Campeonato Nacional de Séniores começa por ser disputado por uma primeira fase com oito séries, a duas voltas, de 10 equipas. Passam para a fase seguinte 16 clubes, os dois primeiros de cada grupo, que serão depois repartidos em dois grupos, de oito equipas cada, também a duas voltas. Os vencedores de cada um desses grupos são promovidos à II Liga, enquanto a terceira vaga será disputada num "play-off" entre os segundos classificados. 

Além do alargamento da Liga principal para 18 clubes, a AG de Junho da Liga decidiu ainda alargar a II Liga em 2014/15 para 24 equipas. 

A série dos Felgueirenses será assim constituída: 

Série B 
- Varzim Sport Clube,
- V. Guimarães B,
-  F C Felgueiras - 1932.
- Grupo Desportivo Joane,
- F C Famalicão,
- A D Oliveirense,
- F C Lixa,
- G.D. Ribeirão - Soccer Champions,
- F C Vizela,
- FC Tirsense. 

= Plantel do F C Felgueiras 1932 no dia da apresentação da atual formação - então ainda sem alguns dos novos reforços entretanto já adquiridos. =
( Clicar sobre a imagem, para ampliar )

As outras séries do Campeonato Nacional de Seniores, serão assim formadas:

Série A- Sport Clube Valenciano, S C Vianense, Santa Maria Futebol Clube, Vilaverdense F C, Associação Desportiva de Fafe, Juventude Pedras Salgadas, A D Os Limianos, S C Mirandela, Grupo Desportivo Bragança e A D Ninense. 

Série C - Amarante FC, AD Camacha, FC Perafita, UD Sousense, Gondomar S C, S C Freamunde, Vila Flor S C, S C Coimbrões, Boavista FC, SAD; e S C Salgueiros 08. 

Série D - Lusitano F C (Vildemoínhos), Lusitânia F C (Lourosa), S C Bustelo, Clube Desportivo Cinfães, S C S. João Vêr, Anadia F C, AD Grijó, CD Estarreja, FC Cesarense e S C Espinho. 

Série E - AD Nogueirense, Clube Desportivo Carapinheirense, Sport Benfica de Castelo Branco, Sertanense F C, G D Sourense, A D Manteigas, F C Pampilhosa, Naval Fut, SAD; G D Tourizense e G D Águias Moradal. 

Série F- S C Lourinhanense, A D Portomosense, S C União Torreense, Futebol SAD; UD Leiria, Atlético Clube Alcanenense, Clube Atlético Riachense, C D Mafra, Caldas S C, A D Carregado e Centro Desportivo Fátima. 

Série G - Casa Pia A C, Clube Futebol Benfica, Grupo Sportivo Loures, Sport União Sintrense, S C Ideal O Elvas, Clube Alentejano Desportos, Sociedade União 1.º Dezembro, S C Praiense, Clube Oriental Lisboa e Clube Operário Desportivo, Açores. 

Série H - Grupo União Sport, C D Recreativo Quarteirense, Louletano Desportos Clube, C F Esperança de Lagos, F C Ferreiras, F C Barreirense, Moura Atl C, C D Almodôvar, C D Cova Piedade e C D Pinhalnovense. 
~~ * ~~

Entretanto, soube-se já também que o FC Felgueiras ficou isento da 1ª eliminatória da Taça de Portugal, outra competição nacional em que o grupo azul-grená felgueirense está incluído.

Bem como foi igualmente já  estabelecido  o respetivo calendário dos jogos da primeira fase do Nacional de Seniores, a ser disputado pela seguinte ordem:

1ª jornada (25/08/2013): Varzim SC vs FC Felgueiras
2ª jornada (08/09/2013): FC Felgueiras vs F Tirsense
3ª jornada (15/09/2013): FC Felgueiras vs FC Famalicão
4ª jornada (29/09/2013): FC Lixa vs FC Felgueiras
5ª jornada (06/10/2013): FC Felgueiras vs FC Vizela
6ª jornada (13/10/2013): Vitória SC (B) vs FC Felgueiras
7ª jornada (27/10/2013): FC Felgueiras vs GD Joane
8ª jornada (03/11/2013): AD Oliveirense vs FC Felgueiras
9ª jornada (17/11/2013): FC Felgueiras vs GD Ribeirão.

Armando Pinto


sexta-feira, 26 de julho de 2013

Em dia dos Avós: Homenagem de saudade e evocação a meus Avós!



Armando Pinto

Mais um Artigo de Colaboração no SF: Trilhos das Margens do Sousa - I Parte



De um texto que escrevemos, em colaboração com recente organização local, tal como explicamos no início do artigo, damos nota desta vez do roteiro alusivo à Caminhada inserida nas comemoração do 10º aniversário da Vila da Longra.

Como o conteúdo era mais extenso que o costume, para o espaço do jornal, foi o mesmo texto dividido em duas partes, para ter continuação depois na próxima edição.

Eis entãio aqui, a coluna respetiva da publicação do Semanário de Felgueiras, à sua págima 12 desta sexta-feira dia 26. 


(Clicar sobre o recorte digitalizado)

Armando Pinto

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Na proximidade do DIA DOS AVÓS...

... (Foto no respetivo SITE):

Olá. Conhecem esta cara, de quem está com cara de avô feliz? Se gostarem da foto, votem por favor, pois esta foto está em concurso para votação que decorrerá até ao próximo dia 26, dia dos avós!
Votem então, com like (Gosto) -  na foto 1 - em 



Obrigado.
Armando Pinto

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Crónica de “SEASON” no SF…


Numa abordagem relacionada com a atualidade, escrevemos desta vez, em nossa regular colaboração no jornal Semanário de Felgueiras, um artigo de temática sazonal, quanto à estação festivaleira do ambiente local. Estando no texto o que realmente é, como se sabe, a pontos de já haver conhecimento de ter merecido leituras de análise – tal o facto de se ter até notado, entretanto, algumas feições de amuos por algumas verdades… 

Eis a referida crónica, na respetiva coluna da página 12 da edição impressa do SF de 19 de Julho:

(Clicar sobre o recorte digitalizado, para ampliar) 

… E de seguida, para devidos efeitos, aqui está o texto datilografado, também para leitura mais acessível:

Festivais Folclóricos 

Quando chega o tempo de sol radioso e ambiente alegre, das férias e de festas, o que acontece mais no Verão, por toda a região de Felgueiras e não só, a época quente é também aproveitada para realizações de festivais de folclore. 

Esses saraus, quais encontros de grupos de dança e cantares regionais, resultam num corolário festivo no auge da temporada, ao jeito de mostras do trabalho levado a cabo ao longo do ano por esses agrupamentos de reposição etnográfica, os Ranchos Folclóricos. Manifestações que, como acontecimentos relativamente recentes, servem porém mais de espetáculo e convívio, não tendo a pretensão de caracterizar em demasia antigas folganças, pois que surgiram apenas em meados do século XX, por volta dos anos cinquenta tenuemente e mais vincadamente na década de sessenta, sensivelmente. Sendo antes produto da evolução dos tempos, porque o próprio folclore revivalista também pouco tem a ver, quer se queira ou não, com o que antigamente acontecia. Sendo que a essência do que os Ranchos representam é uma recriação dos usos e costumes populares que chegaram pela transmissão provinda de tempos arquiavós, em épocas que o mundo das pessoas girava quase só em torno de sua visão local. Enquanto os próprios mancebos, que nunca haviam saído da própria terra, ao terem de ir para a tropa se lhes metia na cabeça todo um mundo desconhecido - a pontos, por exemplo, de nesses tempos, em que até havia um quartel não muito longe assim, em Penafiel, os rapazes se despediam a dizer: “Adeus Portugal, que vou pra Penafiel”… 

Ora, embora o folclore popularizado seja genericamente recuperação de características da música e danças populares de antanho, tem que se ter em conta que hoje em dia integra sobretudo o cariz de apresentação pública, através de números coreográficos, longe do espírito do passatempo simples de ajunto de pessoas de tempos passados, em que servia de folia, por meio de danças nas eiras, nas encruzilhadas ou largos comunitários e adros. Agora é em palco que acontece, e nem pode ser de outro modo para todos verem, tratando-se de espetáculo para assistências... 

De permeio há também natural sensibilidade, sabendo que tem de haver uma ligação realista, de caráter logístico. Para que haja memória e tudo seja contemplado. Não se entendendo que um Festival que já teve diversas edições com Ranchos estrangeiros, como agrupamentos espanhóis, por exemplo também, seja considerado depois, num ano mais presente, considerado 1º Internacional… A não ser que ainda haja por aí quem não saiba que Portugal vai para Norte só até à fronteira com a Galiza e depois é já solo estrangeiro, senão é como antes: Adeus Portugal, que vamos pra Penafiel… 

De qualquer forma, os elementos representados, na generalidade, refletem trabalho aplicado sobre a recuperação do estudo da cultura da alma do povo, numa prática etnológica aproximada de reprodução de antigos padrões tradicionais, das gentes dos aglomerados locais, afins à população comum, tendo subjacente quanto possível recolha dessa manifestação remota compartilhada pela gente de territórios definidos, nas suas ligações por laços pessoais de herança cultural. Querendo tudo isto, qual rapsódia, imprimir e exprimir preservação antropológica da rusticidade da terra, numa forma cultural mediática de expressão popular, englobando significado de povo e sua cultura como a própria palavra quer dizer - sendo o termo folclore o aportuguesamento dos vocábulos saxónicos folk (povo) e lore (tradição), aliás composição aproveitada já no século XIX pelo arqueólogo inglês Thoms, em substituição da expressão “antiguidades populares” usada anteriormente em monografias da especialidade. 

Graças ao trabalho de reconstituição empreendido pelos Ranchos, tem sobrevivido a memória coletiva das raízes etno-populares, em todo este vasto campo de características genuínas da personalidade, no sentido identificativo, de usos e costumes ancestrais dos nossos antepassados. 

Armando Pinto