Espaço de atividade literária pública e memória cronista

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Curiosidades e Recordações relativas à Indústria Longrina


Na continuidade a um remexer no fundo da arca de lembranças sobre coisas da Longra, no caso, revemos desta feita um antigo catálogo da  Mit / Metalúrgica da Longra, de 1945, ainda do tempo da fábrica velha do Largo da Longra. Sem necessidade de muitas mais palavras de apresentação, aqui, legendada que fica facilmente na explicação que se nota pelas imagens que partilhamos agora (da capa e, como amostra, mais duas de suas 84 páginas).


Armando Pinto


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terça-feira, 8 de setembro de 2015

Caracterização Industrial da Longra: A propósito dum catálogo da IMO


Na sequência das diversas curiosidades relacionadas com a mística da Longra – e numa continuação ao artigo anteriormente postado – sendo o nome da antiga povoação e atual vila muito relacionado com a indústria metalúrgica criada e desenvolvida na mesma Longra, como é conhecida pelo país através da fama granjeada pelos antigos “Móveis Longra” da “Metalúrgica da Longra” (firma emblemática que originou diversos rebentos, como já historiamos no livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”), damos continuidade à publicação neste blogue de aspetos relativos com essa característica Longrina. Desta vez através de um catálogo promocional que teve certo impacto.


Com efeito, em princípios do século XXI, a IMO editou um catálogo sobre a sua cama hospitalar, de cuidados continuados, mais diverso material de enfermaria e afins, numa brochura ilustrada. Catálogo esse que chamou a atenção por ter como figura de chamariz publicitário um antigo futebolista muito conhecido, mas entretanto retirado – o famoso guarda-redes Tibi. Sim, o “Tibi do Porto”, como era e ficou mais conhecido, além de sempre recordado pelos relatos radiofónicos do Amaro.

Tibi havia terminado a sua carreira desportiva há anos, já, contudo a sua aura permanece pelos tempos adiante e, como tal, esse catálogo saltou à vista, mesmo que a fisionomia de Tibi já fosse algo diferente do guarda-redes de cabelo farto que se vira em tempos a defender a baliza do F C Porto.

Assim sendo, essa foi uma publicação interessante e, afinal, histórica também. Que aqui e agora recordamos (ilustrando com imagens da capa e, como simples amostra, de duas das suas diversas páginas). Algo que deste modo registamos à posteridade.


Armando Pinto


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sábado, 5 de setembro de 2015

Características industriais da Longra: A propósito de mais um exemplo empresarial – e do rosto jovem da Codizo.


É sabido, pelo conhecimento histórico, que a Longra tem sido ao longo dos anos um importante alfobre de empresas industriais, podendo dizer-se ser a terra-mãe da indústria metalúrgica e importante centro de iniciativa empresarial, comportando significativas indústrias de calçado, também. Desde longas eras, dos tempos dos mestre de fabrico de calçado artesanal, ferrarias, serralharias, etc. – conforme está devidamente historiado no livro (por bons motivos, volumoso) “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”, escrito durante longos tempos e publicado em 1997, como se sabe.

Américo Martins, Luís de Sousa Gonçalves, Aurélio Pacheco, Fernando Machado, Artur Pedro Ferreira, entre outros, foram e são nomes marcantes na história da indústria "made in Longra". Mas novas gerações estão aí a surgir no horizonte.

Ora, por tudo o que merece atenção e apreço quanto diz respeito à nossa região, e para lá de outras curiosidades, entre as que já foram referidas neste blogue, de acrescento a outros escritos do autor, merece agora relance rememorando uma caixa jornalística há anos tratada no Jornal de Notícias. Num testemunho de como a história deve sempre fixar rostos pessoais que fazem algo de relevante. Perante a realidade que a economia faz mover a vida e a sua direção toma rumos consoantes as pessoas.

Assim, como marcação histórica, atendendo á gestão que a partir do meio da primeira década deste século passou a ser impresso a uma das fábricas de implantação Longrina, recorde-se o que publicou o diário nacional Jornal de Notícias no caderno Empresas, em sua edição de 08 de Novembro de 2007:



Armando Pinto

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quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Parque de Lazer da Longra


Imagens do parque de lazer, constituído por pequeno recinto desportivo e zona de convívio, com mesas e bancos de pedra para merendeiros, existente na área urbana central da vila da Longra, entre o lugar das Cortes Novas e campos da Misarela, perto da Casa do Povo e zona da Arrancada (junto à margem do rio que passa ao lado da quinta da Casa de Rande).


Fotos captadas em 02 de Setembro de 2015, após colocação de terra de saibro, espalhada em intervenção de melhoramento atual.

Armando Pinto

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quarta-feira, 2 de setembro de 2015

ATM da Longra – na efeméride dos 30 anos de Multibanco em Portugal…


Nesta data, ao segundo dia de Setembro, faz trinta anos que existe Caixa Multibanco em Portugal. Realidade que (como é normal em Portugal, onde o resto do país costuma ser paisagem…) teve início em Lisboa, através da primeira caixa de levantamento automático de dinheiro – que teve lugar no largo do Rossio, local denominado pelo nome do poeta assim chamado, mas mais conhecido pelo local onde Fernando Pessoa passava muito tempo ( e por isso ali tem a famosa estátua dele sentado), à porta do café que usualmente frequentava.

Após isso, começou por haver inicialmente menos duma dezena de caixas dessas. Sistema desde logo chamado ”ATM” e que hoje em dia se espalha por cerca de treze mil de tais unidades, mais conhecidas por “multibanco”. 

Por aqueles tempos demorou aquilo a chegar ao resto do país. Recordamo-nos ainda da renitência com que as gentes de Felgueiras ficaram de pé atrás quando apareceram as primeiras caixas no centro urbano felgueirense. Enquanto para se levantar dinheiro de contas próprias era necessário ir pessoalmente aos bancos e esperar longo tempo por atendimento. Passados uns anos, de alongado período, cá chegou finalmente à baixa... Pois na Longra, onde os bancos parece que não querem ganhar clientes e tardam em se instalar, então isso só foi possível, e apenas como caixa multibanco, sem qualquer dependência ou balcão, pouco tempo antes da elevação a vila.

Assim, porque não apareceu qualquer outra possibilidade, a instalação duma Caixa Multibanco na Longra só foi possível por iniciativa e parceria entre a Junta de Freguesia de Rande, presidida por Pedro Ribeiro, e a Associação Casa do Povo da Longra, liderada por Armando Pinto, num processo iniciado em 2002 e concluído em princípios de 2003.

Antes, qualquer pessoa tinha que se deslocar a Felgueiras, propositadamente para o efeito, como ainda é de memória não muito distante.

A propósito, recorde-se que no livro “Elevação da Longra a Vila”, no capítulo  “Algumas datas e factos memoriais  da Longra”, ficou registado: - «- Abertura da primeira Caixa Multibanco na Longra, nas instalações da Casa do Povo, a 7 de Março de 2003. Nesse dia  publicava-nos o SF  um artigo de fundo  intitulado “Futura Vila da Longra” – tema que serviu de mote de alegoria  principal ao Corso  Carnavalesco da Longra, dias antes.»

Ora, a Caixa Multibanco desde 2003 existente na Longra é a única da região, servindo a todas as pessoas desta área e a quem passa…

Como curiosidade, refira-se que ATM quer dizer (pela sigla inicial, do inglês) “ Automated Teller Machine”. Isto é, um terminal bancário ou remote banking, também por vezes referenciado por caixa eletrónica, caixa multibanco e caixa automática.

 Moral da História: Não se deve deixar esquecer o desenrolar histórico, para se poder apreciar os valores ainda existentes.

Armando Pinto

domingo, 30 de agosto de 2015

Mais uma recordação relativa à Longra…


Com a mesma retaguarda memorial de outras (anteriores) postagens aqui remembradas, eis uma imagem de um outro artefacto com história: 

- Um “Molde” de bobinagem, dos que foram da lavra operária de Joaquim Pinto (“Prémio da Associação Industrial Portuense - 1959”, recorde-se), com que o autor da sirene da "Metalúrgica da Longra" fazia as bobines de fios para os motores e máquinas eléctricas da indústria da Longra e arredores. No caso, o molde que guardamos, e se vê na foto, era próprio para os consertos (que necessitassem de bobinadelas) da soldadura da "Ferfor" e serviu ainda para o miolo da carcaça da sirene também da “Ferfor” da Serrinha, da autoria do mesmo.

Armando Pinto

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sábado, 22 de agosto de 2015

Mais recordações da Longra...


Eis um tinteiro antigo, dos tempos de escrita à pena, mas também para recarregar as canetas de tinta permanente, que foi do escritório da fábrica da Longra, dos inícios de sua laboração no Largo da Longra.

Como é da história memorial da região, a indústria metalúrgica da Longra começara precisamente no Largo, no princípio dos anos de 1920, estando as instalações fabris, no célebre barracão, ao correr da estrada até à carvalha da Longra. E no extremo do Largo estava a parte dos escritórios, na casa de pedra ainda ali existente, embora em estado há muito a necessitar de recuperação.  

Pois este tinteiro, que possuímos como recordação paterna, patente na secretária do atual escritório doméstico, foi oferecido a meu pai pelo "patrão" sr. Américo Martins, aquando da mudança de instalaões da Metalúrgica para a reta da Arrancada e consequente instalação de toda a parte electrica e criação da sirene da fábrica...
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Armando Pinto