Espaço de atividade literária pública e memória cronista

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Artigo no SF de temática subjacente à época...


Como de costume por três vezes ao mês, às sextas-feiras correspondentes, o Semanário de Felgueiras está nas bancas e em casa dos assinantes com novidades. E, como de tantas vezes, desta feita com mais um artigo da colaboração que o autor deste blogue mantém no mesmo periódico concelhio desde 1996 – de período anterior aos vinte anos que este mês se completam, no próximo dia 21, desde a publicação do livro "Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras" (patrocinado pelo mesmo "Semanário", graças ao reconhecimento do Dr. Manuel Faria pelo trabalho do autor no âmbito histórico-cultural felgueirense).

Ora, continuando com a mesma participação neste jornal, aí está mais um artigo de opinião.


Sob motivos do imaginário popular de relação ao tempo comum, incide sobre temas de interesse coletivo a redação escrita com que, esta semana de fim de outubro e princípio de novembro, se procura aflorar alguns motes da realidade felgueirense, na ligação à presença dos contornos nacionais na atual dependência europeia. Sem explanar demasiado, até quase a preceituar apurada atenção da leitura para a intenção da narrativa expositora. Com entremeios de algumas figuras de estilo e o mais que se pode ler, porque o que é doce nunca amargou e todos ansiamos por bom sabor para o que gostamos, de maneira melhor aos sentidos. 

Tal o intuito do artigo, publicado na edição do Semanário de Felgueiras à chegada da primeira  sexta-feira de novembro, conforme se transcreve :

Doçura ou travessura

Pelo meio desta semana de mudança da hora e dos meses da transição do outono, passou a noite do chamado Halloween. Essa noitada importada dos Estados Unidos da América e deveras notada através dos filmes americanos que ao longo de gerações foram chegando à Europa e por extensão ao cantinho português do extremo ibérico. Como até a esta região felgueirense do pão de ló de Margaride e uvas de antigos bardos e ramadas, a salpicar a tela de cores em vislumbres desde o alto de Santa Quitéria, miradouro de Santana, monte da Aparecida, Senhor dos Perdidos e outros pontos altaneiros da região felgariana. Numa natureza alterada pelos desígnios da Europa político-comunitária, chegada a era de profusão das vinhas e frutos da CEE, passados os tempos das castas locais, enquanto a produção caseira vai dando lugar ao que se vê a perder de vista, na toada natural da evolução da vida social. Como meros exemplos do que territorialmente se estende às uniões de freguesias que alteram carateres, mais o caráter do que antes unia e hoje mais separa.

Então, quão está a ficar enraizado nos hábitos, na transformação de antigas tradições para novas habituações, em plena noite da véspera e chegada do Dia de Finados, teve lugar a meio desta semana a senha da noite das bruxas, o já conhecido chavão de “doçura ou travessura”, em brincadeira típica do Halloween, qual celebração de crianças e até adultos que, de casa em casa ou diante de familiares e pessoas amigas, ditam a sentença…

Perante a atualidade, aqui pelo concelho de Felgueiras, embora sem arremedos fantasiados, por não se querer fingir a realidade e muito menos meter medo a quem quer que seja, também o povo felgueirense, antes ainda, logo ao princípio do mês, decidiu solicitar um novo maná, qual pão das almas (como antigamente em certas regiões havia a tradição do pão de Deus e por cá era costume as caveiras de botefas esburacadas a alumiar nas desfolhadas da quadra dos Santos, pela época da lembrança de Todos os Santos, à chegada do dia dos Fieis Defuntos). Estando assim ainda no paladar do povo de Felgueiras a doçura pedida, na esperança de um futuro amplo.

Ora, longe indo os tempos de antigas lendas que davam como escondidas riquezas no chão de terras nortenhas, através de tesouros que os mouros deixaram enterrados na fuga provocada por sua expulsão por sítios da sucessiva Reconquista cristã e no reino portucalense, pela região e nos alvores da nacionalidade, acrescidas algumas curiosidades também soterradas muito mais tarde aquando das invasões francesas, para evitar maiores perdas nos desmandos provocados pelos gauleses napoleónicos, ainda há muita riqueza, porém, no subsolo e acima do chão por estas bandas, nas potencialidades desta região também de mel, onde as abelhas do brasão concelhio têm correspondência no labor da gente que gosta de viver sentindo bem o que é a sensibilidade de ser Felgueirense. Sem que esta terra tivesse ficado com grandes marcas de períodos antecedentes, como a romanização, mas que tenha sinais evidentes da muito posterior cultura da edificação românica, naturalmente distintiva. Bem como noutros aspetos da história local que, mais ou menos conhecida, tem cunho próprio. Em quanto, afinal, se evidência a atenção popular, como se nota no interesse, mais por instinto afetivo que institucional, com que boa parte do povo gosta de ver e saber sobre particularidades da memória coletiva. E agora o futuro está aí, a ganhar na vista da esperança que as lições de outrora sejam tidas em conta no presente. Tal como sem valorização do passado não haverá boa visão do futuro.

ARMANDO PINTO
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terça-feira, 31 de outubro de 2017

Ao Infinito pessoal dos sentidos


Tempo de outono, na época em que até os dias mais pequenos tramam o ambiente anímico, quanto o escurecer mais cedo toca os sinos depressivos, eis que chega ocasião de mais lembrar os ente queridos entretanto desaparecidos, em pleno dia de Todos os Santos e extensiva celebração dos Fieis Defuntos. 

Então, sentindo a falta, mas mantendo-os nos pensamentos e sentimentos, vemo-los em imagens que jamais esqueceremos, recordando aquelas pessoas de que tanto gostamos. E, com saudade, lembro porque quero sempre lembrar!


A. P.  

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Imagens de antigos cromos, calendários e postais de equipas e jogadores do histórico “Felgueiras”


Atualmente a militar no “Campeonato de Portugal Prio”, como é agora chamada a divisão abaixo da Primeira e Segunda Ligas nacionais dos campeonatos da alta competição do futebol português, o FC Felgueiras é um dos clubes com certo nome no panorama futebolístico nacional, atendendo a ter já estado durante uma época na prova maior, na ao tempo 1ª Divisão Nacional. Enquando, tal como até as provas competitivas têm alterado os nomes, também o histórico “Felgueiras” foi mudando, entretanto, tendo passado por ser CAF-Clube Académico de Felgueiras, até depois e por fim ter ficado atualizado com o nome oficial de “Futebol Clube Felgueiras 1932”, em homenagem alusiva ao ano da fundação do clube original com o nome do concelho de Felgueiras.


Na longa história do F C Felgueiras e sucessor F C Felgueiras 1932, de que naturalmente haverá pelo menos fotografias em quadros emoldurados e outros artefactos no espólio museológico do clube, também há algumas gravuras em coleções particulares, como é o caso de imagens de antigos cromos (de coleção incluída na página “Cromos da Minha Infância”), mais calendários de bolso, cartões tipo postal e algumas fotografias impressas, da coleção e arquivo do autor deste blogue. De cujo acervo (além de fotos anteriormente já publicadas) se juntam aqui alguns clichés.



Armando Pinto
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quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Heráldica e Medalhística Felgueirense


Medalhística e exemplares de heráldica local, desde bandeirinhas de vitrine ou secretária, mais medalhas comemorativas e pins, sobre temática felgueirense, entre material recebido por algum reconhecimento ou de assinalar presença em eventos ou acontecimentos, constantes da pequena coleção particular do autor deste blogue.


Armando Pinto
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terça-feira, 24 de outubro de 2017

Adereços de Felgueiras


Alguns adereços de Felgueiras, mais brindes, calendários de bolso e porta-chaves com motivos felgueirenses, entre o que tem sido possível obter e está guardado em pequena coleção particular:


Armando Pinto
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quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Primeiro Rancho Infantil da Longra há 55 anos…


Pois foi nos já longínquos tempos de inícios dos românticos anos sessentas, em pleno século XX, quando pelo mundo ecoavam melodias dos princípios do rock anglo-americano, como os Beatles começavam a ser moda, ao passo que em Portugal era voga a música Yé-yé e as canções festivaleiras de António Calvário, Madalena Iglésias, Simone, Artur Garcia e mais, que, enquanto isso, na televisão portuguesa Pedro Homem de Melo fazia com que o folclore português fosse preservado e por Felgueiras surgissem primeiros arremedos de Ranchos Folclóricos. 

Então, após a existência de alguns ranchos antigos, pelos anos trinta e quarenta (como está historiado no livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras), deu-se volvidos tempos o aparecimento de grupos episódicos formados para idas ao cortejo das flores da festa concelhia do São Pedro e mesmo para as respetivas festas paroquiais, até à efémera existência do Rancho da Marfel, por exemplo. E a partir daí começaram a aparecer alguns grupos já chamados de Ranchos Folclóricos nalgumas povoações e freguesias. Tendo na Longra começado o Rancho das Quatro-Barrocas ou das Padeiras, como era conhecido, cujo inico derivou da continuidade das danças de roda acotiadas pelas tardes domingueiras no cruzamento das quatro-barrocas e mais a sério entretanto ensaiado para a inauguração do nicho das Alminhas da Longra, naquele local de confluência, benzido pelo Padre João Ferreira da Silva a 1 de Novembro de 1961, na vinda das cerimónias do “Dia de Todos os Santos e Fiéis Defuntos”. 

Depois de organizado tal grupo de gente adulta, fundado o Rancho por ideia do sr. António Ferreira, do lugar das Côrtes Novas e ensaiado por sua filha Mena, com ensaios a decorrer junto à casa da mesma família e daí resultando o nome popularizado do grupo, esse mesmo Rancho teve atuação de relevo na festa do S. João das quatro-barrocas da Longra em 1962, havendo para a ocasião sido então organizado também um grupo de crianças, nascendo assim o Rancho Infantil da Longra. O primeiro Rancho Infantil da Longra.


Desses agrupamentos de tempos idos juntam-se correspondentes fotografias coevas, com maior ênfase para o Rancho Infantil, em apreço, acrescido de junção de imagens (duas em uma) do Ranho inicial dos adultos desse tempo.


Passaram já cinquenta e cinco anos, desde essa existência arrebatadora entre os passatempos que a criançada da Longra teve nesses idílicos tempos dos anos sessentas. Como passados poucos anos os referidos grupos desapareceram. Até que um dos elementos que fez parte desse Rancho Infantil fundou em 1994, junto com a esposa, o sucessor Rancho Infantil da Casa do Povo da Longra. O resto faz parte das memórias de quem viveu e se recorda de tais acontecimentos, entre caminhos da história local!

Armando Pinto

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quarta-feira, 18 de outubro de 2017

"Grupo de Facebook"dos Elementos dos inícios do Rancho Infantil e Juvenil da Casa do Povo da Longra


Foi por estes dias criado um espaço nas redes sociais relacionado com a (con)vivência da área da Vila da Longra e arredores, no caso através da rede informática do "Facebook", chamado "Grupo Inicial do Rancho Infantil e Juvenil da Casa do Povo da Longra", com vista ao convívio virtual entre elementos dos princípios e mesmo até primeiros anos do próprio agrupamento histórico. Numa iniciativa tendente à aproximação possível por esse meio, visto a grande maioria ser composta por crianças e jovens de há vinte e tal anos, entretanto tornados homens e mulheres de hoje, havendo de permeio pessoas que não se vêm há muito tempo, bem como outros antigos elementos passam parte do ano em locais distantes, incluindo vivência no estrangeiro; tal como quem vive na área do concelho de Felgueiras poderá nem se encontrar muito, atendendo a que cada um tem sua vida, como é usual dizer-se. 

Assim sendo, com o denominador comum do Rancho da Longra, oficialmente chamado Rancho Infantil e Juvenil da Casa do Povo da Longra, fundado em 5 de Maio de 1994, vão sendo dadas as boas-vindas aos respetivos membros, convidando toda a gente que fez parte dos seus inícios a aderir a esse local de encontro informático, como partilha de memórias e especialmente amizades. Bastando obviamente pedir para serem adicionados (as).


Serão, para o efeito, naturalmente “bem vindas” todas e quaisquer colaborações, através de fotografias ou outras imagens documentais que os membros do grupo possam ter, assim como podem publicar mensagens e testemunhos de recordações comuns, de tudo que queiram partilhar – pois, uma das ideias do local, em que se reúnem pessoas pertencentes em tempos ao mesmo agrupamento, é que, como se costuma dizer, recordar é viver.

Entretanto no Grupo (na correspondente página do grupo no Facebook) já há algo para ver e (re)viver!

Armando Pinto
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