Espaço de atividade literária pública e memória cronista

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Lembrança de publicações temporárias felgueirenses…


Circulando ainda num percurso por publicações de índole autárquica e assuntos concelhios, da nossa terra felgariana, no seguimento do anterior post, lembramos algo de antigas edições eleitorais, desta vez através duma revista distribuída publicamente em 1993, com vista às eleições das Autárquicas / 93, para o mandato iniciado em 1994. Da qual, registando algumas páginas, apenas como exemplos, trazemos à tona do pensamento coletivo alguns aspetos já com teias... de “coisas” apontadas a um futuro ainda por cumprir, tal como do que já esteve projetado e do que ainda se não realizou, entretanto. Bastando rever algumas linhas dessa escrita formal, inserta numa revista intitulada “Continuar Felgueiras”, que nos veio parar às mãos no distante ano de 1993 e guardamos por certos motivos, simplesmente como um entre munícipes felgueirenses... dos que se interessam pela Coisa Pública!




Armando Pinto 

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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Recordando: Imagens do Concelho de Felgueiras em 1982…


A terra que nos toca, neste caso o concelho natal, é algo como região mítica, na amplitude do que sentimos naturalmente. Sem necessidade de aumentar o “zoom” dos sentidos, nem tão pouco porque esta nossa Felgueiras tenha uma vistosa posição, em manchetes e noticiário marcante, mas pela história que marca a caminhada comum dos felgueirenses, quer no sentido da individualidade, como no de comunidade. 

Ora, pelos olhos dessa história comum se pode recordar algo da evolução através das imagens que existem. Como é o caso de uma coleção de fotos, preservadas em brochura editada em Dezembro de 1982, a registar algumas fases do crescimento ambiental então em voga, por meio do chamado poder local autárquico. De cujas páginas se recorda algumas panorâmicas do estado social desse tempo, dando conta de obras em curso ou concluídas no mandato autárquico de 1980 a 1982 (sendo os exercícios das autarquias locais de 3 anos, à época), quando surgiam ainda algumas dotações e se rasgavam horizontes muito diversos dos que agora se vão verificando no estado político nacional… 

Veja-se as imagens, de diversos pontos do concelho, que falam por si.





© Armando Pinto 

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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Conto dum Destino – Deixando falar palavras escritas, em artigo no SF…


Seja permitido, desta feita, que deixemos falar algo íntimo, pela escrita, expressando celebração personalizada. Na extensão da vida, como dizia Bob Dylan numa célebre canção, cuja resposta flutua no vento. Em sentido emblemático de percurso do caminho existencial, tal como aludia esse canto referido ("Blowin' ind the wind": Soprando ao vento), tornado hino adotado pela juventude dos anos 60's, a pontos de ter merecido diversas traduções e adaptações, inclusive em cânticos litúrgicos. Na interrogação do que deve um homem andar até conseguir viver algo especial, como quanto tempo tem de passar antes de poder dignamente repousar de bem com a vida. Transportando para aqui num contexto de paz e harmonia. E aí, lá vem a resposta a flutuar no vento, sim, vindo na leveza dum sopro de vento, voando até pousar... e se poder contemplar.


Ora então, na força que pode ter a simbologia das palavras, em alimentação humanizante das relações afetivas, damos especial ênfase pessoal ao afeto sentido através duma maneira narrativa, para deixar voar sentimentos ao sabor da escrita. Que foi e é o que fizemos, desta vez, pela transmissão em forma de conto. Como passamos à prática, pela via descritiva, qual oportunidade de mais uma contribuição publicista na colaboração ao periódico mais regular de Felgueiras. 

Desse artigo, transmitido em forma de conto, deixamos aqui também mensagem, dando nota da respetiva coluna publicada na edição do jornal Semanário de Felgueiras desta sexta-feira, 26 de Outubro, à página 12..


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Do mesmo, para mais fácil leitura, acrescentamos transcrição do texto original: 

Conto dum Destino 

Cada um de nós tem seu abrigo, onde nos resguardamos, qual recanto em nosso íntimo, como gruta de lugar de encontro e deleite. Onde e com quem expandimos o que anda cá dentro, dando largas ao que é connosco. 

Assim, no meio disso tudo, há sempre alguém que nos toca e nos faz perceber melhor a vida, do que fomos e somos. 

Ora… Estando agora na pele de avô, penso sempre no meu neto. Como parte de mim mesmo. Um neto muito desejado. Penso que há muito o ansiava, parecia que há muito o esperava. Recebido depois num aperto bem aconchegante, enleando-o nos meus braços, enquanto ele mal conseguiu mexer-se já era todo de braços estendidos ao avô. Um rosto de criança puro e lindo, coroado num bonito cabelo, como ouro sobre azul. E em seus traços um destino: quanto quero a este meu menino! 

No primeiro momento que o vi diante dos olhos, foi como um dia risonho e belo que vemos ao amanhecer, de felicidade. Virando o meu mundo. Tudo voltou a ter novidade e interesse. 

Dotado de maneiras cativantes, muito inteligente e de grande memória (então não se esquece de nada, mesmo daqui destes ares nortenhos que só sente espaçadamente!), até bem falador e então sempre com o avô na boca e demais sentidos, expressando-se com desenvoltura, é tudo o que gostaríamos de ter sido e queremos que ele seja pela vida fora, com sucesso. Revelando desde muito pequeno sua personalidade vincada, sem deixar as coisas pela metade. Quanto lembra o caso de ele, ao meu colo, estar a chamar a atenção ao gato do vizinho dum andar de cima, olhando para a varanda cimeira desde o terraço do nosso apartamento da Longra. Ele que gosta de animais e de fazer festas a cães e gatos, quando pode e eles estão pela conta. Embora a sua maior atenção, nestes tempos de criança até aos dois anos e pico, seja de querer ver as portas articuladas das garagens a subir e descer, pelo fascínio do movimento, puxando o avô pela mão sempre que pode assistir a uma dessas aberturas, “ábrir”, como proclama no seu falar. 

Pois de uma das vezes em que procurava chamar o tal gato, numa das primeiras experiências para deixar a chupeta, a avó tinha experimentado dizer que atirou a chupeta ao gatito e ele ficara com ela. Muito na sua boa disposição, o Gonçalo não acusou logo o toque e foi continuando a tentar conversar, à sua maneira, chamando o gatinho com falas mansas e sons labiais apropriados. Só que, passado algum tempo, vendo que lá de cima não vinha nada e muito menos a chupeta, não esteve com meias medidas e, em vez de sussurrar por gatinho (qual gatinho qual quê, qual carapuça?!), passou a outro tom já, para se fazer ouvir, chamando fortemente, decidido e já sem meias medidas: Ó gátooo…! (Como quem diz, olha a ver se queres…! E o certo é que, entre sorrisos graciosos, pela piada da reação, a chupeta voltou a aparecer.) Olha se não…?!

© Armando Pinto

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O grande industrial sr. Américo Martins, em momentos comemorativos da MIT / Metalúrgica da Longra


Quando pensamos na terra Mátria, como se considera o torrão natal, sendo a verdadeira Pátria a terra que nos viu nascer, crescer e multiplicar na vida, num contexto de apologia sobre temas do rincão afetivo, com propriedade se pode pensar num abrigo, por associação. Ao jeito imaginário duma caverna abençoada, de lugar de ligação e união. Qual sítio onde nos sentimos bem e em casa, como é afinal, sendo localidade onde vivemos e gostamos de estar. 

Nesse prisma, continuemos com propósitos de elevação da nossa terra, através de evocações tendentes a puxar a brasa da memória coletiva. 

Assim, porque num dos recentes posts aqui colocados lembramos a figura que foi o sr. Américo Teixeira Martins, acrescentamos desta feita mais itens à memorização de sua obra, por meio de recordações refletidas em duas publicações referentes à vida da Mit / Metalúrgica da Longra: Através de visualizações dum exemplar de celebre livro-catálogo editado em 1945, do qual respigamos uma página interior alusiva à comemoração dos 25 anos da Mit; e do livro publicado aquando da homenagem feita em 1958 ao mesmo fundador da Mit /Metalúrgica da Longra, L.da. De cuja festa juntamos imagens (ao início e final deste artigo) - Reportando, em cima, uma panorâmica do exterior, à chegada dos convidados e pessoas assistentes, mais, já no interior, algo do aspeto da sala onde decorreu o repasto; e, em baixo, fases do momento protocolar de discursos e aspetos de algumas das mesas, repletas de funcionários da empresa...





© Armando Pinto 

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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Nossa Pátria - Crónica no Semanário de Felgueiras


Mais um texto, em nova etapa à continuidade da colaboração no Semanário de Felgueiras, desta vez com um artigo de alcance mais dilatado à temática nacional, na relação com a Felgaridade sempre presente no idealismo dos escritos de nossa lavra. 

Assim, aqui fica recorte do artigo incluído na página 10 da edição impressa do SF desta sexta-feira, dia 19 de Outubro, sob título “Nossa Pátria”:

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© Armando Pinto

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Carvalha da Padaria da Longra


Como é do conhecimento geral, entre a população que vislumbra o que rodeia o ambiente, há imagens retidas nas memórias que são deveras características do que é identificado com o meio em que se insere uma comunidade. Tal o caso local, aqui para nós que andamos e gostamos de estar por aqui, pela zona sul do concelho de Felgueiras, de, entre diversas particularidades, haver a existência na Longra daquela árvore muito antiga conhecida por Carvalha da Padaria. Uma réstia de outros tempos, depois que foi derrubada em 1982 a árvore central da Longra, como era o célebre espécime de cedro, mais conhecido por pinheiro do Largo da Longra. 

A essa velhinha árvore se associam diversas curiosidades, na boca do povo e da tradição. Da qual nem seria necessário dar muito enfoque, por ainda ser bem de nosso tempo e andarmos sempre com ela nos olhos, passando sob suas ramagens e vendo suas landes e posteriores folhas caducas caírem. Porém a imponência e vetustez dessa árvore não deixam indiferente o olhar interessado. 

Em vista disso, como lembrança dessa árvore mais que centenária, guardamos à posteridade uma imagem das que publicamos no livro da História da região, o Memorial Histórico, que aqui anexamos.


Ora, é sabido que esse exemplar da natureza, a carvalha da Longra, representa autêntica recordação para muitas gerações, atendendo a ser uma árvore muito antiga, cuja memória se perde na penumbra dos tempos. No livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras” fizemos-lhe diversas referências, chamando agora até aqui, para este efeito, a visão duma página (que se anexa)...


...Assim como no início deste artigo colocamos, como imagem de abertura (ao cimo), uma visualização interessante, reportando a captação fotográfica feita por volta do ano de 1947, já então considerada essa árvore muito velha na tradição popular, quando ainda estava de pé o barracão da antiga fábrica MIT (a que o povo depois chamava fábrica velha, quando se deu a transferência para a nova Mit / Metalúrgica da Longra).


Pois recentemente a mesma árvore mudou de visual, após ser podada, numa poda vasta levada a cabo pela primeira vez - para que possa manter-se de pé por muitos anos, sem perturbar nada nem ninguém, de modo a não representar qualquer perigo público. Porque dias antes, ao chegar os primeiros efeitos do Outono, havia caído um dos seus grossos ramos, por sinal um grande “cano”, ruidosamente tombado com aparato numa noite, sem grandes danos felizmente. Mas para evitar que eventuais outros “braços” se partissem, podendo cair sobre algo ou alguém, em boa hora foi procedido ao desbaste das respetivas ramificações pendentes sobre as vias públicas. Estando agora, então, com novo aspeto, pronta a mesma árvore para fortalecer e renovar.


Foi em Setembro – como também diz uma conhecida canção, da chegada do Outono. E a Carvalha da Padaria da Longra está como se registou em captação fotográfica atual, aqui e agora. Qual ilustração acrescida às demais sugestivas imagens fixadas. 

© Armando Pinto 

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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Memorizações Felgueirenses


Na linha do trilho de preservação e transmissão que aqui se tem procurado fixar e comunicar, damos sequência à transmissão dalgumas particularidades mais, de modo a procurar elevar a valorização de factos e casos felgueirenses. 

Nesse intuito, continuamos enquanto a memória permitir, de modo a que não esqueça e ainda se passe a conhecer algo mais do que merece memorização no âmbito concelhio. 

A tal nível de possível interesse, aportamos aqui algumas imagens curiosas. Começando (na foto de cima), por uma formação do Corpo dos Bombeiros de Felgueiras, numa raridade fotográfica fixada diante da igreja do santuário de Santa Quitéria, em tempos que lá vão há muito... Em cujo conjunto reconhece o autor a figura do sr. Antoninho Gonçalves, da Longra, que foi condutor dos Bombeiros e eletricista da Câmara Municipal (do lado esquerdo da foto, na fila da frente).

Seguidamente, noutra  visualização, junta-se (em plano mais em baixo), uma foto do fundador da Mit e sucessora Metalúrgica da Longra, sr. Américo Martins.

Isto simplesmente em breves exemplos possíveis de fazer vislumbrar memórias de personagens e instituições de cariz felgueirense.


© Armando Pinto 

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