Espaço de atividade literária pública e memória cronista

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quarta-feira, 4 de abril de 2018

Algo sobre a Imprensa felgueirense


Ao jeito de homenagem a mais um jornal desaparecido do meio informativo e cultural do concelho de Felgueiras, bem como de aplauso aos que ainda se vão mantendo, dá-se vez neste espaço de memorização à partilha de alguns dados relacionados com a existência de jornais por terras de Felgueiras.


Tendo deixado de ser publicado recentemente O Jornal da Lixa – que se despediu dos leitores por ocasião do passado Natal, em 2017 – fica agora apenas o Semanário de Felgueiras e o Expresso de Felgueiras a dar novidades escritas e a pugnar pela informação e ação cultural, atinentes à memória coletiva. O Semanário de Felgueiras a chegar às caixas de correio dos assinantes e às mãos de restantes leitores três vezes por mês, ou seja em três semanas de cada mês, com uma semana de interregno e descanso; enquanto o Expresso de Felgueiras vai publicando na Internet notícias de vez em quando e em edição de papel chega aos leitores mensalmente (pelo menos, segundo os respetivos números que têm sido vistos pelo autor destas linhas). Quais andorinhas a levar a primavera da atualização noticiosa e narrativa aos interessados em saber sempre mais.


Em vista disso, recordamos agora um artigo com que em 2003 ficou descrita a história da imprensa jornalística felgueirense (na revista comemorativa do 13º aniversário do Semanário de Felgueiras) …


Assim sendo, passados anos, agora que o SF vai nos seus 27 anos de vida, recorde-se como era o panorama dos jornais em Felgueiras aquando da comemoração dos 13 Anos do Semanário.


Posto isto, dá ainda para recuar à visualização dum catálogo elaborado aquando de recente exposição apresentada na Biblioteca Municipal de Felgueiras, agora com algumas anotações pessoais de atualização e complemento, mais outras imagens de acrescento – em nome do interesse coletivo.


Armando Pinto

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quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Curiosidades da Imprensa Felgueirense: Veneração à Beata-Santa Alexandrina de Balazar


A quem se dedica, quando possível, ao folhear de  páginas capazes de memorizar factos de interesse, relacionados com estudo da história local e memória coletiva, por vezes surgem notícias que de imediato despertam a nossa atenção, mesmo que à primeira vista podendo parecer não muito pertinentes  à possibilidade de mais conhecimentos atinentes ao motivo de pesquisa.

Um destes dias, numa busca por páginas de jornais antigos de Felgueiras, deparou-se-nos uma curiosa notícia, relacionada com excursões realizadas nos inícios da década de cinquenta, do século XX, a partir de Felgueiras, e com destino a Balazar - perante a fama de santidade então já chegada a estas nossas paragens, da Serva de Deus Alexandrina de Balazar, termo da Póvoa de Varzim. Contudo, atendendo à época, e por nestas terras de Felgueiras ainda estar a começar a saber-se de tal realidade, por essa época, a notícia era dada com curiosa circunstância, como transcrevemos – deixando fluir a descrição coeva, que apenas transcrevemos em escrita atualizada, do recorte que acima colocamos. Tratando-se duma pequena nota noticiosa, do Jornal de Felgueiras de 11 de Julho de 1953 (sensivelmente um ano antes de nascer aqui o autor destas linhas de agora), dando então nota, naquele tempo, de deslocações excursionistas efetuadas através da empresa de camionagem Cabanelas, como é sabido de origem felgueirense e ao tempo instalada em Felgueiras, a dizer assim:

«Uma mulher que não se alimenta
Referiram os jornais o caso de uma mulher que não se alimenta, segundo dizem e mora em Balazar, na Póvoa de Varzim.
Por ordem do médico assistente, não poderá receber visitas.
Num indeterminado dia, encontravam-se próximo de sua habitação cerca de 80 camionetes com pessoas que a queriam visitar, segundo nos informou um indivíduo nosso conterrâneo.
A Viação Cabanelas já ali se deslocou por 4 vezes com passageiros. Muita gente pede-lhe graças.»

Ora, Alexandrina Maria da Costa, ainda viva por essa ocasião, sabendo-se que faleceu depois em 1955, e entretanto com auréola reconhecida pelo povo das mais variadas partes do país e do mundo, era entretanto considerada santa: «Além de ter sido uma reconhecida mística católica com fama de santidade, foi ainda declarada beata pelo Papa João Paulo II a 25 de Abril de 2004».

Armando Pinto


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