Espaço de atividade literária pública e memória cronista

sábado, 16 de agosto de 2025

De vez em quando… Curiosidades e recordações Felgueirenses: crachá usado no "Dia de Felgueiras na Expo/98", mais outras lembranças da ocasião…

 

Estando-se em tempo de verão, vem desta vez a calhar ser lembrado um dia de espacial relevo acontecido no verão de 1998, como foi o Dia de Felgueiras na histórica Expo-98, oficialmente considerada Exposição Mundial de Lisboa de 1998. Cujo tema central "Os Oceanos, um Património para o Futuro", celebrava os 500 anos das Descobertas Portuguesas e a relação do país com o mar. Exposição essa de cariz mundial mas que na prática foi um marco na revitalização da zona oriental de Lisboa, transformando-a no atual Parque das Nações.

Ora, nessa mostra de coisas portuguesas ao mundo, diversos municípios procuraram marcar também presença. Entre os quais Felgueiras, que a 23 de julho de 1998 teve o seu oficial DIA DE FELGUEIRAS NA EXPO’98. Havendo então sido convidadas associações e agrupamentos, mais pessoas representativas de instituições, além claro de munícipes com cargos autárquicos. Tendo aqui o autor destas lembranças recebido convite como fundador e responsável do Rancho Infantil e Juvenil da Casa do Povo da Longra, de cuja Associação era também ainda presidente, ao tempo. Todos formando uma embaixada felgueirense que viajou até Lisboa, em autocarros disponibilizados pela Câmara Municipal. Havendo então lá no amplo espaço da Expo havido uma concentração de gente de Felgueiras, num dia agradável pelas experiências proporcionadas de visitas aos pavilhões das diversas nações e como tal se ter podido visionar curiosidades interessantes. Terminando essa jornada num dos pavilhões portugueses, na nave do chamado Pavilhão do Território, em sessão solene iniciada pelas 18, 30 horas com a Banda de Música de Felgueiras a tocar o Hino de Felgueiras e o Hino Nacional em frente ao local da sessão. Seguindo-se o número oficial com membros do Governo Português desse tempo e a presidente, mais vereadores e autarcas de Felgueiras, diante dos munícipes felgueirenses presentes.

Desse dia, além de memórias vividas, guardaram-se algumas recordações físicas, como foi e é o caso do convite, mostrado à entrada (para um carimbo aposto no braço), mais o crachá recebido e usado na ocasião. Algo que permanece entre curiosidades e recordações pessoais-felgueirenses.

Armando Pinto

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quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Reportagem sobre a Peregrinação de Felgueiras – in Semanário de Felgueiras Jornal

A grande Peregrinação de Santa Quitéria, realizada anualmente em agosto, fica mais uma vez reportada na edição do jornal Semanário de Felgueiras, único órgão informativo e historiador que atualmente perpetua em meio e modo clássico de papel os factos e fastos de Felgueiras. Em cuja edição de 14 de agosto de 2025, à página 11, está e fica patente a narrativa dessa manifestação religiosa coletiva.

Armando Pinto

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domingo, 10 de agosto de 2025

Peregrinação Concelhia neste Ano Jubilar ao Monte de Santa Quitéria – em Felgueiras

A tradicional Peregrinação Concelhia Anual de Felgueiras, popularmente conhecida por Peregrinação de Santa Quitéria, por ser em direção ao monte assim conhecido, como também pelo nome da Santa, o histórico Monte das Maravilhas, teve este domingo segundo de agosto mais uma realização. Desta vez dentro do Ano Santo Jubilar de 2025, como Peregrinação Jubilar.  Sendo em Honra de Nossa Senhora do Imaculado Coração. Cujo andor encerra tradicionalmente a procissão, que desde os anos da década de 40, do século XX, culmina a Consagração do Concelho de Felgueiras ao Imaculado Coração de Maria. 

Sendo esta Procissão uma terna manifestação já antiga das gentes de Felgueiras, desde os tempos dos finais da Segunda Grande Guerra Mundial, mais uma vez teve continuidade neste domingo quente de agosto. Este ano tida como jubilar, por ser em Ano Santo Jubilar, (como aconteceu em 2000, em 1975 e 1950, em anos de Jubileu Ordinário; porque existiram entretanto alguns Jubileus Extraordinários, como em 2015 quando o Papa Francisco proclamou o Ano da Misericórdia). Sempre como grande Peregrinação concelhia. Quão se regista por algumas imagens captadas à saída da cidade de Felgueiras, quando a Peregrinação Felgueirense já rumava em direção ao alto do Monte de Santa Quitéria. Para depois terminar na hora de sol sobranceiro na também tradicional missa campal, de confluência dos felgueirenses e muitos fieis dos mais variados locais das redondezas, pelo menos. Dando depois lugar a convívios familiares e de amigos e conhecidos ao longo da tarde.












Antigamente era usual nos costumes locais e concelhios a "Peregrinação de Santa Quitéria" ser dia de encontros familiares, algo que ainda vai tendo alguma sequência, com tradicionais almoços ao ar livre, nos recantos do monte da Santa, através dos farnéis levados a propósito desse preceito habitual, dando lugar a animados merendeiros de reunião de famílias, amigos e conhecidos, à sombra das árvores da Santa.

Armando Pinto

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sábado, 9 de agosto de 2025

Passagem da Volta a Portugal em Bicicleta/2025 pela Longra e por Felgueiras – em imagens televisivas !

Na passada sexta-feira, 8 de agosto, a mais tradicional prova nacional de ciclismo, a popular Volta a Portugal andou pela região de Felgueiras, na 2.ª etapa da edição deste ano da chamada Grandíssima Portuguesa. Embora atualmente já sem despertar interesse como em tempos idos, com perda de popularidade que se vai verificando nos últimos anos. Mesmo assim a mesma prova teve ligação a Felgueiras mais uma vez. Inicialmente com a partida mesmo na cidade de Felgueiras, para essa etapa Felgueiras-Fafe; e depois de ter percorrido trajeto por diversos pontos concelhios da região do Vale do Sousa, voltou no respetivo itinerário a ter passagem por Felgueiras, rumando depois para Fafe. Tendo então, vindo de Lousada, também passado na vila da Longra e de seguida na cidade de Felgueiras.

Ora, como a televisão, pelo canal 1 da RTP, transmite diretamente partes de cada etapa, nesta da sexta-feira também foram transmitidas televisivamente essas passagens. De cuja transmissão se captaram algumas imagens, para registar mais este facto. Vendo-se a passagem na Longra (com pouca assistência precisamente pela menor atenção que o ciclismo profissional vai tendo atualmente) e de seguida panorâmicas da cidade Felgueiras e do alto de Santa Quitéria nos correspondentes momentos em que os ciclistas passavam nessas áreas e a reportagem difundia imagens aéreas.




Armando Pinto

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sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Um livro de vez em quando: Separata da obra “Portugal Económico, Monumental e Artístico”/ Fascículo LIII: Concelho e vila de Felgueiras – com umas interessantes curiosidades…

 

Entre a literatura historiadora de Felgueiras, consta um capítulo sobre Felgueiras na obra nacional intitulada “Portugal Económico, Monumental e Artístico”, em seu volume III e neste no fascículo LIII, sob título referente de “Concelho e vila de Felgueiras”. Obra em seu total sem autor identificado, nem indicação de local de publicação (embora na parte de Felgueiras podendo ser de 1942, por haver um artigo no capítulo de Felgueiras datado de 1941). Sendo "Portugal Económico, Monumental e Artístico" uma obra em três volumes, dedicada ao estudo dos distritos do Norte de Portugal: Viana do Castelo, Braga, Vila Real, Bragança e Porto. A obra, publicada pela Editorial Lusitana, apresentava uma análise abrangente do património económico, monumental e artístico de cada região.

Publicada originalmente em fascículos, cada fascículo, respeitante a um concelho, representava uma Separata do mesmo “Portugal Económico, Monumental e Artístico”. 

Ora, o volume III, dedicado ao Distrito do Porto, comportou então o concelho de Felgueiras, com algo de História, Paisagem, Arte e Economia, embora em molde resumido e muito incompleto. Ilustrado com fotografias a negro, em panorâmicas da época de finais dos anos 30, do século XX. Sendo a obra publicada de 1937 a 1942. Não contendo data o volume sobre Felgueiras.  Nem a totalidade dos autores dos textos, com exceção de quatro, um com o nome de Manuel Sampaio, outro de Hernâni Cidade, um outro de Luiz Gonzaga e outro ainda de José de Barros (“Doutor do Sobrado”).

Pois então, folheando a parte sobre Felgueiras (que faz parte da biblioteca pessoal aqui do autor deste blogue), de 31 páginas do Fascículo LIII  contando o rosto do capítulo e seu verso, mais a contra-capa, por assim dizer  entre as diversas imagens, chama a atenção uma curiosa reprodução da “Planta dos novos Paços do Concelho”, ou seja, de como estava projetado ser construído o edifício da Câmara de Felgueiras, ao tempo. Isso quando estava ainda distante a sua concretização. Sendo tal proposta, portanto, na transição das décadas de 30 para 40, enquanto o que estava no desenho era muitíssimo diferente do foi depois construído nos anos 50 e concluído com a respetiva inauguração em 1958.

Repare-se assim na curiosa imagem.


E ainda... Além dessa curiosidade, há na mesma publicação uma outra, da notícia e confirmação que nesse início dos anos 40 o Feriado Municipal de Felgueiras era a 13 de OUTUBRO. 

Armando Pinto

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terça-feira, 5 de agosto de 2025

Falecimento da “Prima Margarida de Janarde”- Maria Margarida de Jesus Pinto, histórica Zeladora da igreja de Rande !

Antes de mais, em preâmbulo, seja entendido que, depois de entre tantas lembranças e homenagens a pessoas conterrâneas, haja também tempo e espaço para referência a pessoas de família. Como no caso pessoal ocorre com esta menção mais que justificada a uma pessoa de família, conforme é o tema presente. Tratando-se de aqui deixar um justo preito conterrâneo também à Margarida de Janarde, minha prima e pessoa muito devotada à terra natal, com realce para seu enlevo pela missão de zeladora de um altar e outros itens da nossa e sua igreja paroquial de S. Tiago de Rande.

A Margarida era a prima mais nova de meu pai, sendo a filha mais nova do meu tio Quim (Joaquim de Jesus Pinto), irmão de minha avozinha Júlia. E era irmã do conhecido Luisinho da Torre, que durante anos pertenceu a diversas comissões da paróquia, incluindo a Comissão Fabriqueira, por exemplo, e também à Assembleia de Freguesia de Rande. Enquanto ela era uma assídua zeladora da igreja e colaboradora em diversas outras facetas, incluindo arranjos de andores e limpezas. Ao passo que, particularmente, era ela também muito ligada à família, tendo grande afeto pelos primos da Longra, pai e filhos. Tendo, por toda essa ligação, já depois de minha avozinha ter falecido, quando anos depois tive meu primeiro filho, fui com muito gosto visitar a Margarida e mais sua mãe, a tia Joaquina Rodrigues, então viúva do tio-avô de Janarde, para lhes mostrar essa minha parte da continuidade da família. De cujo momento há inclusive uma foto alusiva, com a tia-avó a ter nos braços o novo rebento, do qual passava a ser tia-bisavó. E ainda me lembro bem como a Margarida gostou!

Ora a Margarida – que sempre tratamos assim, apesar da diferença de idades, pelo carinho mútuo sempre mantido – era mesmo na freguesia pessoa muito respeitada. Além de ser uma tia de seus sobrinhos muito querida, tendo na sua casa materna de Janarde praticamente criado a geração filial e descendentes de seu irmão. Bem como era especialmente conhecida pela sua dedicação de zeladora dos bens paroquiais, nomeadamente pelo altar de Nossa Senhora de Fátima. Tendo, por isso, sofrido grande desgosto, quando, durante a administração do Padre Joaquim Oliveira, foi destruído esse altar, de tanta tradição e história, e substituído por uma mísula. Que ela continuou a assear.

Dessa sua função comunitária, assim como da missão das zeladoras de Rande, ficou registada menção no livro historiador “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”, narrando a realidade ao tempo da respetiva publicação, em 1997.

A “Prima Margarida de Janarde”, por quanto representou, merece ser assim recordada. E eternamente ser um exemplo aos vindouros.

Descanse em paz, Margarida. E até sempre!

Armando Pinto

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sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Peregrinação Anual ao Monte de Santa Quitéria, em honra de Nossa Senhora do Imaculado Conceição – este ano de 2025 em tempo jubilar de ano santo… como (relembrando) no ano de 2000…

 

Realiza-se este ano, no próximo dia 10 de agosto, a tradicional “Peregrinação”, como popularmente é conhecida a Peregrinação de Felgueiras ao Monte de Santa Quitéria. Procissão comunitária dedicada a honrar o Imaculado Coração de Maria, como já vai na 77.ª Grande Peregrinação do Concelho, desde que a meio do século XX, mais propriamente na década dos anos 40, começou a ser feita essa procissão de ação de graças a partir do fim da Segunda Grande Guerra Mundial e que, com poucos anos de interregno, tem sido cumprida até nossos dias. Antigamente com o andor de Nossa Senhora das Graças e agora com a imagem do Sagrado Coração de Maria. 

Este ano o programa normal ocorre entre 9 e 10 deste mês excelente de verão, incluindo na noite do sábado a procissão de velas, percorrendo a descida desde o Santuário de Santa Quitéria até à igreja matriz de Margaride; e na seguinte manhã de domingo a peregrinação desde a cidade de Felgueiras até ao cimo do monte de Santa Quitéria, culminando na tradicional missa campal. Uma manifestação de fé já muito antiga. E que antigamente era usual nos costumes locais e concelhios ser dia de encontros familiares, com tradicionais almoços ao ar livre, de comes e bebes dos farnéis levados a propósito desse preceito habitual, dando lugar a animados merendeiros de reunião de famílias, amigos e conhecidos, em piqueniques feitos à sombra das árvores do monte da Santa. Tal como era por norma acontecer no penúltimo domingo de Agosto. Continuando agora, já com diversas diferenças, no segundo fim-de-semana de agosto, como aqcontece este ano.

Estando-se em Ano Santo, no Ano Jubilar de 2025, vem a calhar, entre essas variantes, relembrar a Peregrinação do Ano Jubilar de 2000, através do Guia respetivo, com roteiro e indicação estrutural da liturgia alusiva.

Armando Pinto

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