Espaço de atividade literária pública e memória cronista

sábado, 5 de julho de 2025

Memórias doces de infância…!

 

Todos os anos festejamos mais um aniversário, eu e todos, naturalmente, de alguma coisa de nossa vivência e sobretudo de aniversários de vida. Sendo que há quem não goste de fazer anos, como se diz da passagem de aniversários natalícios, mas eu até gosto, porque é sinal que estou vivo e posso ainda estar com quem e onde gosto de estar. Bem como ainda continuo assim a ter quem aprecie o festejo de meu aniversário, sucessivamente. Sem ser por via de quaisquer prendas, porque a melhor prenda é ter a família, pois que de outras prendas sabem bem melhor as que se conquistaram e vão continuando a conquistar pela vida adiante.

Ora, quanto a aniversários, meus, passados já tantos, e todos com boas sensações, o passarinho da memória pousa seu chilrear das lembranças nos pensamentos de tempos mais recuados, quanto ao que na memória perdura. Vindo ao galho de poiso desse voo memorando, onde ainda se sente a melodia dos mais antigos, os aniversários de infância. Dando para ter um vislumbre, de fisionomia pessoal, dessas eras, pela fotografia junta, visto a foto (um pouco desfocada por ser retirada duma fotografia muito pequenina, como era usual nesse tempo) reportar sensivelmente de quando teria cerca duns 4 anos ou 5 incompletos, dum dia com alguma ligação posterior ao primeiro aniversário festejado, quão me lembro. Isto porque nesse dia, que foi da Comunhão Solene dum meu irmão, veio a nossa casa a madrinha dele para o almoço festivo. Nesse dia mais especial à mesa de nossa casa, por estar então presente a madrinha dele, que era duma casa fidalga de grande afeto de nossa família. Tendo, por via disso, a minha mãe encomendado um bolo, para a sobremesa, doce esse que, feito na casa da D. Heralda, penso ter sido confecionado pela mesma “menina” madrinha de meu irmão, mais por suas irmãs e pela Fininha, senhora de nossa simpatia, também. Ora, como na mesa estiveram só as pessoas grandes, e eu era dos mais pequenos, não estive lá, mas sei que no final, aquando do corte do bolo, também me tocou um bocado, depois. Tratando-se de um rolo, com um creme no meio que me soube pela vida, claro da ainda curta até aí vivida. Cujo cibo que me foi entregue eu saboreei bem, mais a mais por achar pequeno para o que eu queria, contudo com tal apreço que isso foi notado por minha mãe. E depois, passados tempos, quando fiz 6 anos, pela primeira vez foi festejado um aniversário em nossa casa. E então, para isso, a minha mãe foi até à Casa da Quinta para as meninas de lá fazerem um bolo, o bolo dos meus anos. Tendo eu ido com ela e assistido a tudo, como com os olhos da recordação lembro de terem feito o bolo em duas partes, esse redondo, e no meio colocado o creme. Depois enfeitado com velas que me deram a escolher, e eu escolhi azuis. Podiam ser brancas, mas eu claro que preferi azuis. Um lindo bolo assim enfeitado que ao cair da noite, depois dessa tarde quente de inícios de Julho, deu para festejar os meus anos em casa e, sobretudo, ficar a ter essa boa memória doce de minha infância.

Tempos em que não havia filmes nem fotografias da praxe em casas normais, pois bem gostaria hoje de ver isso, para rever minha mãe e meu pai, como eram e foram, quão tenho sempre dentro de mim, mais eu e meus irmãos com as nossas caras desse tempo... Assim, revejo e sinto tudo no filme memorando da saudade!

Armando Pinto

quinta-feira, 3 de julho de 2025

Evocação dos dias memorandos da elevação da Longra a Vila – desde o próprio dia aos seguintes – os “days after” românticos desse tempo... de 1 a 4 de julho de 2003!

No âmbito da passagem de mais um aniversário da Vila da Longra, e após algumas recordações que já foram visíveis neste espaço, juntam-se agora mais algumas lembranças de recordações visuais e memorandas ainda do dia, como da festa do dia seguinte e ainda da festiva comemoração no início do fim-de-semana seguinte. Bastando ver as imagens, que dispensam legendas, ainda por certo na memória comum das pessoas intervenientes e protagonistas desse tempo.











Armando Pinto

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terça-feira, 1 de julho de 2025

22.º Aniversário da Elevação da Longra a Vila

Faz agora, em 2025, já 22 anos que a Longra foi oficialmente elevada a Vila. Um dia, esse 1 de JULHO, acontecido em 2003, que foi um dos momentos em que mais vibrei, por ser aspiração de alguns anos e por inclusive eu ter tido participação, como autor do texto da proposta que primeiro entrou na Assembleia da República para o efeito – do partido que tomou a iniciativa, como força política da lista da Junta de Freguesia de Rande que estava em exercício, ao tempo. Com a curiosidade de, tempos depois, outras propostas que entraram na AR, de outros partidos, terem copiado partes desse mesmo texto original.

Para recordar o caso basta rever artigos dos anos anteriores, aqui neste blogue, a memorizar a mesma efeméride. Bem como há diverso material guardado em arquivo pessoal.

Ora em 2003 o dia 1 de julho foi à terça-feira… E no dia imediato, na quarta-feira (porque na própria noite da terça apenas houve festada popular nas estradas e no Largo da Longra, por ter sido tardio o regresso da embaixada que esteve na Assembleia em Lisboa) foi então festejado o acontecimento em noitada no Largo, metendo foguetes de iluminação e música gravada, noite dentro. Depois, dias depois, na sexta-feira seguinte, houve célebre festa na sala de espetáculos da Casa do Povo a assinalar a elevação, junto com a apresentação e disponibilidade de um pequeno livro, que escrevi nas horas seguintes até altas horas e mandei imprimir à pressa, a historiar tudo isso, que logo esgotou antes da realização do espetáculo comemorativo.


Entretanto, durante anos a data da elevação, pela tarde correspondente, mesmo à hora em que houve a aprovação (18 horas e 18 minutos...), foi comemorada com lançamento de bombas-foguetes, tantas como o número dos anos que iam passando, por iniciativa de um bairrista que também tinha ido a Lisboa e durante a viagem havia prometido isso, se a Longra fosse aprovada como vila. E assim foi e ele cumpriu – o amigo senhor António Azevedo, entretanto já falecido. Factos e fastos merecedores sempre de lembrança.

Agora, em 2025, a comemoração, nesta terça-feira 1 de julho, terá o seguinte programa:

«Comemorações da elevação de Longra a Vila 

Longra celebra, no dia 1 de julho, o 22 aniversário da elevação a Vila.

Programa:

01-07-2025 - Terça-feira

9:30 - Hastear da Bandeira com o Hino cantado pela Escola de Música Berço da Cultura (Junta de Freguesia de Rande)

19:30 - Arraial com porco no espeto.

- Grupo de Bombos da Casa do Povo

- Atuação Pedro Mota e Andreia Vieira.»

~~~ ***** ~~~

Passados 22 anos, espera-se que seja desta, como se diz, nos tempos mais próximos, que a Longra tenha de quem de direito tratamento oficial condigno com o seu estatuto de Vila.

Armando Pinto

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segunda-feira, 30 de junho de 2025

Festa do Concelho de Felgueiras e seu forte Cortejo das Flores – no imaginário felgueirense perene !

Desde tempos imemoriais, no conceito de coisas de um século e tal, mais, tem sido quadro enternecedor na mística felgueirense a realização do tradicional e tão belo Cortejo das Flores. Que depois que foi reativado em finais do século XX, passou a ser um dos maiores ícones da imagem de marca felgueirense. E é tradição única no país (embora ultimamente tenham aparecido cópias noutras festividades, contudo a tradição original é o cortejo da urbe de Felgueiras para o Monte da Santa Quitéria)

Ora, atendendo a como esse evento tem estado já enraizado nas tradições atuais, na linha dos ancestrais usos e costumes concelhios, por assim dizer, será de lembrar algo do que se sabe ainda de tudo isso.


Atendendo a como esse evento estava já enraizado nas tradições atuais, na linha dos ancestrais usos e costumes concelhios, será de lembrar algo do que se sabe ainda de tudo isso. Relembrando e partilhando parte do que em anos anteriores foi publicado no jornal Semanário de Felgueiras dentro das crónicas do autor destas linhas e presentemente está guardado para um futuro possível livro sobre o concelho:

Festa do Concelho de Felgueiras (com Costume dos Vasos e Tradicional Cortejo das Flores) na Quadra dos Santos Populares

Todos os anos se fazem sentir evidências da festa que, a partir de 1911, deu origem ao feriado municipal felgueirense, na continuidade aos festejos que vinham de tempos remotos. Sendo que os feriados municipais da atualidade passaram a ser instituídos assim com o surgimento do regime republicano. Pois a festa do São Pedro de Felgueiras é muito antiga e quando se deparou a atualização do dia do concelho foi essa festa que mereceu principal referência. (Vencendo hipóteses mais personalizadas, desde efemérides de factos históricos e datas relacionadas com personalidades memorandas, como antes chegou a acontecer.)

Entre velhas tradições arreigadas à alma popular de Felgueiras, como por outras zonas também, estão os festejos dos santos populares, os três santos que o povo celebra por meio de arraiais festivos em que prevalece algo genuíno do que ao longo dos tempos brotou de realizações do povo, desde épocas remotas com características próprias no rico folclore local.

No concelho de Felgueiras, como terra nortenha, salvo efémeras exceções, nunca houve grande tradição de festejar o Santo António em noitadas, a não ser episódicas festas Antoninas realizadas nos Carvalhinhos alguns anos, em Margaride. Já a festa de S. João (não na feição paroquial, como se celebra nas respetivas paróquias, mas na vertente popular) teve antigamente laivos de primazia em diversas áreas, com realce para o S. João da Longra durante várias décadas (havendo notícias nos jornais desde inícios do séc. XX), até haver acabado essa grande festa nos princípios dos anos sessenta, ou seja muitas décadas depois, ainda no mesmo século XX. Porém, mais que todas foi sempre a do S. Pedro, efetivamente, em importância e continuidade, pois além de assinalada devidamente nalgumas freguesias, distinguiu-se sempre das demais como festa do concelho.

Ora o S. João na verdade fez parte do imaginário tradicional, transportando costumes ancestrais. Vem ao caso que em noite de S. João, nalgumas das terras felgueirenses, até se traçavam destinos de raparigas solteiras, por meio de hábitos anualmente repetidos para verem a sorte que o destino lhes antevia. Coisas próprias dos tempos antigos dessa festa popular, bem como a fogueira na mesma noite, ao escurecer, da qual também três raparigas de nome Maria iam pela fresca ao quintal apanhar cidreira, para armazenar com vista às necessidades de chá durante o ano, para as más disposições de barriga.

= Postal ilustrado - Mulher trajada com cesto alusivo ao cortejo das flores, em frente ao templo do monte de Santa Quitéria.

Tal festa, do santo mais popular das profanas romarias do norte, teve preponderância até décadas atrás, havendo sido durante muitos anos uma das noitadas mais alegres da região, com as estradas e caminhos enfeitados com arcos pendentes e decorados com garridos papeis recortados, nos quais havia lamparinas, enquanto pelas bordas estavam espalhados pucarinhos de barro com cera a arder.

Já a festa do São Pedro, abarcando todo o concelho, tem-se mantido na sua essência, festejada no monte da Santa - no espaço envolvente do santuário de Santa Quitéria, sito no monte do mesmo nome, onde existira em tempos remotos uma ermida dedicada a S. Pedro. Capela essa que era a mais antiga da região, segundo a “Corographia” do Padre Carvalho da Costa; e que, derrubada em 1719, foi substituída por templo dedicado a Santa Quitéria, concluído em 1725.

Antigamente esta festa ali realizada era feita por iniciativa popular, mas com o tempo passou a ficar à responsabilidade das autoridades civis, que tomaram a seu encargo a incumbência de manter o costume, como festa do concelho dedicada ao santo a que Felgueiras pedia proteção, desde os tempos imemoriais da capela da primitiva invocação. Para fazer face aos custos havia uma verba inscrita no orçamento municipal, para ajudar a completar a soma angariada em peditórios, de porta a porta, pelo território concelhio.

Costume que, com variações conforme os tempos e as vontades, se tem mantido sensivelmente na mesma linha tradicional.   

De permeio, o reitor do santuário, nas suas relações com pessoas influentes, ia conseguindo que senhoras fidalgas de diversas freguesias mandassem algumas suas criadas enfeitar os locais de culto, para melhor imagem ambiental do local de ajunto popular. (Como, por exemplo, o autor ouviu a pessoas antigas de famílias, sobre amiudadas visitas do Padre Henrique Machado à antiga Casa de Valdomar de Baixo, em Rande, onde viviam D. Maria e D. Henriqueta Mendonça, irmãs do Conselheiro de Rande,  duas manas fervorosas zeladores da igreja de Rande e do santuário de Santa Quitéria). 

Então, de diversos destinos seguiam ranchos de mulheres do povo monte acima, com cestos à cabeça carregados de flores, para embelezar o local cimeiro da vista abarcada desde a então vila-sede do concelho de Felgueiras, por alturas da Festividade do São Pedro. Indo essas mulheres de diversas zonas do concelho enfeitar as capelas colocadas pelo monte acima, na estrada típica em ziguezague, do martirológio da Santa, mais os altares da igreja do santuário de Santa Quitéria, e ainda o escadario em volta do monumento dedicado à Virgem Imaculada Conceição, ao tempo ainda envolto em ajardinado espaço gradeado, contendo escadas a tornar a coluna monumental).

= Frente do santuário e espaço envolvente da igreja de Santa Quitéria com decorações da Festa concelhia do São Pedro

Com o tempo, essa tradição evoluiu para a realização de sucessivo cortejo etnográfico, que passou a vigorar. 

Entretanto, em tempos passados, pela noite festiva, por altas horas quando os foliões regressavam a penates, provindos da noitada da festa, era costume os rapazes solteiros roubarem vasos de flores das casas de raparigas solteiras, colocando-os em exposição num local central da terra, da respetiva localidade de cada grupo, para no dia seguinte verem as moças irem buscá-los.

E então, por esses tempos costumavam as freguesias fazerem-se representar anualmente no concelhio Cortejo das Flores de S. Pedro, levado a cabo tradicionalmente por ocasião da festa. Desfile em que todas as representações das mesmas figuravam através de rapazes e raparigas, que ao jeito de cortejo iam até ao cimo do monte em festa. Como curiosidade (por associação à castidade de Santa Quitéria, ali venerada), era tradição irem apenas raparigas tidas como virgens, solteiras portanto, para levarem à cabeça os cestos enfeitados com flores que davam colorido e beleza ao evento...


= Uma imagem do Cortejo das Flores, com raparigas solteiras e jovens acompanhantes  pelos idos da década de 40, no século XX...

Para o efeito a Câmara lembrava ao regedor de cada freguesia e este encarregava uma pessoa com disponibilidade para organizar grupo de representação local. Atitude que depois teve sequência com a Confraria de Santa Quitéria, indo um dos mesários a cada freguesia proceder de forma idêntica, a rogar pessoa responsável, no que mais tarde houve continuidade através de comissão de festas, com igual pedido.

= Deposição final das flores, no epílogo do florido cortejo, ficando no meio da esplanada todo aquele amontoado multicolor a adornar o monumento de Nossa Senhora

Foi deveras famosa a participação organizativa do senhor Cunha Felgueiras na realização do Cortejo pelos anos 40, na linha sucessória de outros antecedentes pelos idos de 20 e 30. Havendo o cortejo tido algumas interrupções, como aconteceu desde meio dos anos sessentas até finais dos anos oitenta. Para em 1990 ter havido feliz retoma, em tempo de ressurgimento de diversos Ranchos Folclóricos (sendo de inteira justiça referir nisso o dedo de Agostinho Barbosa, fundador e entusiasta do Rancho de Varziela, bem como depois primeiro ensaiador do Rancho da Casa do Povo da Longra). Tanto que inicialmente, pelas primeiras edições do Cortejo das Flores nos anos 90, apenas participaram elementos de Ranchos Folclóricos, até terem começado a juntar-se algumas escolas com suas professoras, educadoras, auxiliares e alunos, mais associações culturais. Acabando, por fim, por se associar todo o povo folião, em anos mais recentes.

Ultimamente, já pelos anos ainda mais recentes, a partir de inícios da década dos anos 2000, surgiram dentro da novidade, sempre acrescentada no decurso do tempo, as chamadas marchas populares. Quais desfiles, mediante representações de localidades do concelho, que, apesar do nome, serão mais apropriadamente levadas à imagem das Rusgas Sanjoaninas do Porto, vistosas em efeitos coloridos e, nalguns casos pelo menos, com entoação de letras adaptadas de antigas cantigas de ligação local. 

Algumas das diversas particularidades dignas de memória, estas, por entre frases alinhavadas no seguimento de evocação ao fundo tradicional da vida local de outras eras. De que felizmente, ainda vão restando resquícios revivalistas, atendendo à recuperação em boa hora efetuada desde há alguns anos, já que o Cortejo das Flores foi recuperado e mantém-se, por meio de contributo de Ranchos Folclóricos, Associações, Escolas e outros grupos, cujos elementos participantes elaboram enfeites, custeiam as flores e dão seu folguedo. Inebriados no perfume natural da coisa pública comum.

Armando Pinto

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domingo, 29 de junho de 2025

Cortejo das Flores/2025 - mais uma vez ponto alto do cartaz da Festa Concelhia do São Pedro de Felgueiras!

Cortejo das Flores, há muito tradicional destaque de cartaz da festividade do São Pedro de Felgueiras, a festa do concelho, encheu as ruas e o ambiente da cidade de Felgueiras no Dia do Concelho, feriado municipal este ano acontecido em pleno domingo de temperatura estival.

Ora, apesar do calor que fazia escorrerem bagas de suor no semblante dos participantes, voltou a ser em ambiente etnográfico da romaria histórica que, monte acima, foi cumprida mais uma vez a tradição.  

Cumpriu-se assim mais um ano desta linda iniciativa, agora revivalista do que em eras recuadas começou. Originariamente por na altura do festa do S. Pedro irem mulheres lá acima, subindo o monte de Santa Quitéria a levarem flores, para enfeitarem os altares da igreja e o escadario do pé do monumento ali existente dedicado à Imaculada Conceição. Indo então com cestos à cabeça cheios de flores, para o efeito. Costume que foi evoluindo e mais tarde deu lugar a um cortejo popular. Cuja realização teve alguns interregnos, ao longo dos tempos, até que, finalmente, em 1990 foi reativado e desde então sempre tem andado a crescer. De modo que tem sido e é o principal número do programa festivo da festa anual do concelho de Felgueiras. Tradicionalmente realizada no alto do monte, onde em tempos remotos existiu uma capela dedicada a S. Pedro. E agora, desde há alguns séculos já, existe o templo dedicado a Santa Quitéria, e na sua envolvência há o local do panorama da unidade felgueirense.

Como sobre a parte histórica do Cortejo das Flores de Felgueiras já em tempos foi feita natural resenha neste blogue, desta feita memoriza-se a realização deste ano 2025 através de algumas fotos, por imagens captadas pessoalmente no começo da subida, em pleno calor do acontecimento, na vivência misturada com o esforço físico e entusiasmo ambiental.  


















Armando Pinto

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domingo, 22 de junho de 2025

Na efeméride da inauguração da Ponte da Arrábida do Porto: Uma lembrança dum passeio algures por esses tempos…

 

A 22 de junho de 1963 foi inaugurada no Porto a Ponte da Arrábida, de passagem sobre o rio Douro a ligar o Porto a Vila Nova de Gaia, em sítio mais distante das anteriores pontes (D. Maria e a popular de D. Luís, oficialmente chamada Luiz l). Possibilitando então o primeiro troço da pioneira auto-estrada a sair do Porto. Na altura tinha essa ponte o maior arco em betão armado do mundo. E na ocasião aquilo foi algo muito falado entre toda a gente, por ter sido difundido na rádio, meio mais ouvido nesse tempo, e na televisão, também por aqui, como era vista cá por estes lados no bar da Casa do Povo da Longra. Isto no ambiente da Longra desses românticos tempos dos anos sessenta, em que a Longra era ponto de encontro das gentes das redondezas, pelo menos. E então, ainda não havia passado muito tempo, houve uma excursão ao Porto organizada pelo Padre João Ferreira da Silva, Pároco de Rande e Sernande, de modo que as pessoas desta área geográfica logo puderam ir ver a ponte, que algumas pessoas em seu modo popular diziam ser da Arrábia…

Essa excursão ocorreu na linha de outras, também organizadas pelo saudoso Padre João, que meterem idas célebres ao Monte da Virgem e ao Palácio de Cristal, etc. bem como depois no ano de 1964 uma para assistirmos à ordenação do Padre Marílio.

Ora, tendo o caso sido lembrado a propósito da efeméride deste dia, da inauguração de 1963, e como já neste blogue há tempos se publicaram fotografias relacionadas com estas excursões, desta vez recorda-se uma dessas viagens excursionistas por um dos contos do livro “Sorrisos de Pensamento”, publicado em 2001.



Armando Pinto

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