Espaço de atividade literária pública e memória cronista

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Desleixo, desinteresse, ignorância ou o quê?!


É sabido que a sociedade passa por um tempo de crise de valores, em que nada é levado muito a sério e paira certo desinteresse, além de desleixo evidente, à falta de valorização do que deve merecer atenção. Será algo ou tudo isso o que se passa num caso que está a olhos vistos na vila da Longra, perto do Largo da Longra e logo no começo da Rua Verdial Horácio de Moura (em direção à Leira, Calçada e Nicho), junto à confluência com a Rua Conselheiro Dr. António Mendonça.


Então não é que ali o piso da via, de alcatrão, como se diz, está sistematicamente esburacado, e apesar de por vezes ser remendado, à toa, como é vulgar dizer-se, depressa volta a ficar igual, de novo com buracos à vista, alastrando mesmo e levando a que se espalhem pedras soltas que fazem os carros derrapar, como até por vezes irem de encontro a veículos e pessoas que circulem nas proximidades?! Com a curiosidade que quando é “tapado”, tal buraco grande do centro dessa estrada municipal, costuma ser reparado (alcatroado localmente) mas sem que sejam arrumadas as pedras que se vão amontoando nas bermas, de modo que cada vez aquilo parece mais uma “valeta” tipo picada de sítios terceiro-mundistas. Sucedendo-se meses e anos sem que ninguém veja nada…


Ora, pode ser que haja ignorância de quem de direito, por falhas de comunicação ou informação da Junta de Freguesia na canalização aos responsáveis maiores. Mas por certo, além dos elementos da Junta, também membros da Câmara Municipal por ali devem passar. Ou será então mesmo desmazelo, quiçá desinteresse por agora parecer que está tudo ao Deus dará com a tal união de freguesias que tem sido pior que a encomenda?!


Armando Pinto
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sábado, 9 de fevereiro de 2019

Memórias fisionómicas da indústria felgueirense: algumas fábricas famosas desaparecidas


Sob imagem cartográfica de tempos idos, como se pode ver num mapa com indicações de indústrias instaladas pelo território felgueirense, além de produtos e outras potencialidades… eis aqui algumas recordações visuais de algumas fábricas que foram famosas, pela sua importância e desenvolvimento em seu tempo, respetivamente, entre firmas industriais já desaparecidas do tecido empresarial felgueirense. Das quais se juntam, apenas para efeitos de lembrança, algumas imagens, também, através de gravuras constantes em postais, calendários e fotos, reportando seus semblantes, conforme foram conhecidas e ficaram na memória popular. Desde a fábrica de laticínios que existiu na Quinta de Rande (popularmente conhecida por Quinta da Vacaria), na Longra, pelos idos das décadas iniciais do século XX; passando pela fábrica de calçado SIC, que fez história na área dos Carvalhinhos, em Felgueiras;  assim como a famosa Metalúrgica da Longra, existente entre 1920 até finais dos anos oitentas; também a conhecida BELCOR, familiar nas vistas da reta direcionada ao histórico campo de futebol do FC Felgueiras; e por fim a também têxtil fábrica da Bouça, que, apesar de encerrada há muito, está a custar sair dos olhos dos felgueirenses...


Armando Pinto
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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Calendários de bolso felgueirenses


Como há sempre qualquer objeto que, podendo parecer de somenos importância, serve sempre para qualquer coisa, como se costuma dizer, recordamos desta vez alguns testemunhos de qualquer coisa felgueirense através dos populares calendários de bolso. Pequenos calendários esses que dão jeito para diversas funções e no caso possibilitam à posteridade algumas recordações, entre o que possibilita existência de testemunhos de algo relacionável à memória coletiva.


Assim sendo, desta feita recorda-se algo contido nalguns exemplares de calendários de bolso com temas e motivos felgueirenses. Sem qualquer tipo de ordenação cronológica nem de outra índole qualquer, mas apenas como amostra do que tem sido possível ficar na coleção arquivista do autor deste blogue de memória felgueirista, também.

Armando Pinto
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segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Um envelope com história… expedido da Longra para o Porto


Aqui há tempos foi o autor deste blogue surpreendido com a descoberta num blogue de apreço com uma imagem que de imediato chamou e clama atenção. Tratando-se dum sobrescrito que faz parte da coleção dum dos maiores colecionadores portugueses de artigos vários relacionados com literatura, filatelia e outras valências. 

Ora, no blogue referido, “Dragaodoporto”, no post correspondente consta em título
«Filatelia - Sobrescrito circulado em correio azul, da Vila da Longra para o Porto no dia 13/12/2005
E, a seguir à imagem do envelope, acrescenta:
«Esta peça selada, foi expedida com dois selos diferentes da temática "Futebol Clube do Porto"


Pois a boa surpresa remete para uma das ocasiões em que houve troca de comunicações escritas, através de correio (como era mais normal até há pouco tempo, ainda) entre aqui o autor deste blogue e um grande senhor da Filatelia, o Dr. Paulo Sá Machado – de quem fiquei a ter algum contacto durante algum tempo desde nossos primeiros contactos, aquando da 1ª (e única) Mostra Filatélica e Exposição Museológico-Postal da Casa do Povo da Longra, que organizei em 1995, durante o período (cerca de 12 anos) em que estive na direção daquela associação local.


Esse envelope agora faz parte da coleção de outro colecionador, portanto. E dos bons!

Aqui há tempos já foi publicado neste blogue Longra Histórico-Literária certas amostras de adereços com o carimbo comemorativo dessa exposição, integrante duma Semana Cultural. Agora regista-se o facto dum dos envelopes da correspondência derivada, tratando assuntos em anos seguintes, constar em tão importante coleção de inteiros postais, havendo já integrado exposições filatélicas e mesmo de outras temáticas.

Armando Pinto
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quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Evocações de raros nevões por terras de Felgueiras


Apesar de faltar um rio a passar pela cidade sede do concelho, em Felgueiras, havendo apenas ribeiros espalhados pelo território concelhio a engrossar descendências das nascentes do rio Sousa, por assim dizer, o concelho de Felgueiras sente efeitos da época invernosa através da geada usual que torna prateadas as manhãs felgueirenses. Na cor de prata com que se depara o ambiente local até boas horas iniciais do dia, sob manto de ténue brancura a atapetar terrenos e a caiar ervas e arvoredos à vista da paisagem. Sem ser muito normal o aparecimento de neve, caída pela popular "folerca", como na região é chamada à folherca que origina as camadas de neve, propriamente. 

Assim sendo, raramente caindo flocos de neve e como tal rareando os chamados nevões, mais comuns em terras altas, torna-se caso falado quando por vezes surge algum nevão. Algo que, como tal, fica na memória e faz parte das recordações.

Vem assim a talhe recordar um desses casos, por meio duma fotografia (abaixo) já de um tempo algo distante, a possibilitar visualização dum desses dias, também especialmente por mostrar uma vista parcial do centro da antiga vila e atual cidade de Felgueiras.


Depois disso, passados anos entretanto, já outros nevões ocorreram pela região, naturalmente. O último dos quais, com amplitude, pelo menos, foi em 2009.

Vem isto tudo a propósito de efetivamente fazer já alguns anos desde o último nevão caído por terras de Felgueiras, e do qual se retém imagem também do jardim central da atual cidade de Felgueiras na imagem cimeira, ao cimo deste artigo. Como, de seguida, também do que nesse dia se viu na vila da Longra, quanto à vivência pessoal do autor destas linhas.


Foi a 9 de Janeiro de 2009, numa manhã fria e surpreendente, quando caiu o mais recente nevão a cobrir de branco a Longra e praticamente toda a região... nesta área de Felgueiras e zona interior nortenha de Sousa e Tâmega. Prolongando-se pelo mesmo dia, uma sexta-feira, tal atração de flocos brancos surgidos do ar, vulgo farrapos, quais folhas esvoaçantes, que desde o alto celeste vieram em catadupa cobrir o solo e toda a natureza, transformando o ambiente assim colorido por um espesso manto de neve, de “folerca” - como por esta zona se costuma dizer popularmente (em corruptela popularucha de folheca).


Tal cenário até nos fez recordar poeticamente o poema "Balada da neve", de Augusto Gil...

«Fui ver. A neve caía
 do azul cinzento do céu,
 branca e leve, branca e fria…
 Há quanto tempo a não via!
 E que saudades, Deus meu!

Olho-a através da vidraça.
 Pôs tudo da cor do linho.
 Passa gente e, quando passa,
 os passos imprime e traça
 na brancura do caminho…»

... Habituados à geada invernosa, nas áreas baixas da área, nesta zona ribeirinha do rio Sousa, todos os sentidos tiveram então, dessa vez, uma camada de neve a compor o panorama ambiental. Num facto pouco habitual, como só acontece com grandes intervalos de tempo, de permeio, mediando de muitos em muitos anos, normalmente. Tanto que desde aí ainda não voltou a ter repetição, por enquanto. 

Recordando esse dia e a visão pouco comum, relembramos aqui o facto através de algumas imagens do álbum pessoal...


© Armando Pinto
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terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Guiões Promocionais Felgueirenses


Quando Portugal passa por tempos de grande atração turística, nomeadamente com um boom de afluência de turistas a Lisboa, Porto e mesmo a outras zonas, além da já habitual época de veraneio pelo Algarve, vem a propósito recordar alguma literatura promocional relacionada com a divulgação e promoção das potencialidades e particularidades de Felgueiras.

Apesar de faltar à cidade-sede do concelho um museu de abrangência felgueirense, de modo a proporcionar algo para os visitantes verem, como ponto de referência a visitar e tomarem conhecimento amplo sobre o carisma felgariano, haverá naturalmente qualquer coisa de relevo, ainda que particular, como a casa-museu do tradicional pão-de-ló e especialmente, da cariz público, o santuário de Santa Quitéria e seu espaço envolvente. Mais as igrejas românicas e alguns pontos atrativos pelo território concelhio. 

Relacionado com toda essa apetência, ao longo de anos tem havido algumas edições de guiões promocionais, através de publicações ao estilo desdobrável ou pagelas (como o nome sugere) de poucas páginas. Quer por edições em que houve inclusão de Felgueiras, quer por iniciativa municipal  felgueirense. De cuja literatura simples e concisa o autor destas linhas teve conhecimento e conseguiu ir juntando alguns exemplares. Dos quais se anexam aqui imagens dos respetivos rostos e algumas gravuras.

Armando Pinto
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domingo, 30 de dezembro de 2018

Sinais natalícios exteriores na igreja de Rande


Passou já o Natal, estando-se contudo ainda dentro da quadra festiva, antes da chegada da passagem de ano. Mas a tempo de referenciar marcas de expressão relevante  do espírito natalício, sendo que fora de época há maior perceção. Tal como se costuma dizer que antes e depois se apreciam mais as rabanadas e os formigos, pois durante o período natalício há mais atrações e fartura de tudo.

É assim de registar alguns dos sinais natalícios que exteriormente marcaram o tempo de Natal no ambiente externo da igreja paroquial de S. Tiago de Rande. Através da colocação de decoração assinalada por uma estrela na testeira da igreja, e seus raios extensíveis até um dos lados, no adro defronte, mais um presépio de feição peculiar, no exterior (além do tradicional dentro da igreja). Com destaque para o referido presépio do adro lateral, entre a igreja e o campanário, no âmbito da campanha dos presépios da Diocese do Porto e da Vigararia de Felgueiras.


Disso, registamos tudo em algumas imagens, que se anexam em legado à posteridade memorial.


Armando Pinto
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