Espaço de atividade literária pública e memória cronista

sábado, 20 de junho de 2015

Passagem de importante prova de ciclismo na Longra, por terra de Felgueiras!


Como noutros tempos, em que o ciclismo de alta competição era apreciado à passagem pela nossa terra, voltou agora a passar pela vila da Longra, dentro do concelho de Felgueiras, região de Sousa e Tâmega e província do Douro Litoral, uma prova nacional de ciclismo profissional, no caso o Grande Prémio JN.


Embora sem a atração dos tempos em que as equipas de clubes grandes impunham outra competitividade e interesse nas corridas e sobretudo a presença de ciclistas com as camisolas de duas listas azuis sobre branco do F C Porto nos despertava vibração, voltou a notar-se a curiosidade popular ante estas manifestações desportivas, perante a passagem dos homens do desporto das bicicletas, incluindo pessoas de alguma ligação a Felgueiras (sabendo-se que uma equipa de topo é patrocinada por gente felgueirense).


Da segunda etapa do atual Grande Prémio do Jornal de Notícias, realizada na tarde deste sábado antecessor da tradicional festividade anual do São João portuense, mais precisamente quanto ao troço vindo de Lousada para Felgueiras e  com passagem na Longra, são as imagens que captamos, quando voltamos a ver ciclismo de competição superior a passar à nossa porta.


Armando Pinto

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sexta-feira, 19 de junho de 2015

Honra ao Mérito, em crónica no SF…


Porque uma comunidade e sua identidade também se fazem de simbologia e respeito, foi numa ideia de complemento identificativo que, desta feita, explanamos algumas considerações na habitual crónica de colaboração no Semanário de Felgueiras.

Desse artigo, para constar, aqui reproduzimos a respetiva coluna, saída a público na edição do SF desta semana. E seguidamente deixamos o texto legível, quanto ao que nos apraz transmitir através das linhas que têm visibilidade pública na página 12 do mesmo número do jornal de Felgueiras deste dia.

Galardões de Reconhecimento Municipal

Na roda do ano passa por estes dias a quadra dos Santos Populares, saltando a fogueira do tempo atual. E chega também a época da tradicional Festa do nosso Concelho, com o Dia de Felgueiras, como é o Feriado Municipal ainda com significado, afinal.

Ora, as festas de concelho e feriados municipais, por vezes, são ocasião propícia para um avivar do sentimento coletivo e fazer ressaltar a identidade conterrânea, como acontece em concelhos onde nesses dias são atribuídas distinções e galardões de apreço a quem merecer reconhecimento. Tal o caso de atribuição e colocação de medalhas atribuídas, por exemplo. Algo que em Felgueiras já ocorreu esporadicamente, no dia, embora as mais das vezes tenha decorrido noutras alturas.

Lembra tal caso o facto de em Felgueiras também haver medalhas atribuídas. Em oficial distinção, que confere a um felgueirense de apreço o título de “Cidadão Honorário de Felgueiras”, sendo conferidas por decisão unânime do executivo municipal, baseada no Regulamento das Distinções Honoríficas. Segundo proposta em que assenta tal decisão do executivo, atendendo a que há cidadãos que, pelo seu esforço, dedicação e doação às causas que abraçaram, não podem ser esquecidos pela comunidade que os viu nascer, sob pena dessa mesma comunidade vir a ser considerada insensível e ingrata para quem devotou toda uma vida ao serviço de causas felgueirenses. Além de instituições com relevantes serviços públicos prestados ou com representatividade concelhia evidente.

Extravasando a distinção-mor, que é a Medalha de Ouro, há ainda Medalhas de Mérito Municipal (sem especificar o metal, ou seja a distinção, que assim deve ser na categoria bronze) e a Medalha de Prata de Mérito Municipal.

No rol de medalhas de ouro felgueirenses, alguns casos fizeram história, como quando, a meio dos anos oitenta, do século XX, foi atribuída a medalha superior, com a categoria de mérito municipal, a um Ministro do Equipamento Social que havia feito promessas que não chegou a concretizar, e por isso o próprio não aceitou tal honraria, depois. Como ainda na década seguinte o mesmo aconteceu para com um outro Ministro do Equipamento Social, de cuja ação Felgueiras não sentiu benefícios à posteriori. Assim como outros casos, de que a história um dia se encarregará de fazer análise devida.

Intercalando com esses factos, é digno de registo que também houve medalhas de ouro justas, como as que foram atribuídas ao Dr. José Maria Machado de Matos, ainda quando Presidente da Comissão Administrativa da CMF; à Associação Humanitária dos B. V. da Lixa, pelo seu 100° Aniversário, em 1989; ao Futebol Clube de Felgueiras, pela subida à 2.a Divisão de Honra do Futebol; a D. Armindo Lopes Coelho, Bispo do Porto; à Cooperativa Agrícola de Felgueiras, pelo 50° Aniversário da Fundação, em 2007; à Associação da Banda de Música da Lixa, pelo 200° Aniversário da sua Fundação, também em 2007; ao Externato de S. Vicente de Paulo (Santa Quitéria); à Santa Casa da Misericórdia do Unhão; à Santa Casa da Misericórdia de Felgueiras; à Associação Humanitária dos B.V. de Felgueiras; e Associação da Banda de Música de Felgueiras, por Serviços prestados ao concelho; à Fábrica de Pão‐de‐ló de Margaride, por Promoção do Concelho; D. João Miranda Teixeira, Bispo Emérito e antigo Auxiliar do Porto; Padre Rodrigo da Costa Ferreira, antigo pároco da sede do concelho; à Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Felgueiras do Instituto Politécnico do Porto, pela Promoção da formação, estudo e investigação; bem como à Associação de Municípios do Vale do Sousa, por Promoção do desenvolvimento económico, social e ambiental / Proteção e promoção do património histórico, cultural e turístico da região do Vale do Sousa, entre mais. Contando tudo, por haver uma faculdade chamada memória.

ARMANDO PINTO

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Coleção de Temática Felgueirense


Quase tudo tem sempre algum proveito. E no caso de assuntos e motivos relacionados com Felgueiras, entre outros, também as coleções de objetos com interesse felgariano têm seu atrativo.

Ora, há uns anos, por volta dos anos oitenta e noventa, do ainda recente século XX, houve alguma atração por juntar e colecionar calendários de bolso. Assim, desta vez recordamos essa curiosidade através de algumas bolsas com calendários pequenos, desses, ilustrados com coisas de Felgueiras. Mostrando aqui apenas alguns exemplares, sem estender aos que faziam publicidade, sabendo-se que também as firmas industriais e comerciais do concelho se dedicaram a essa moda, tempos atrás.


Armando Pinto


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terça-feira, 2 de junho de 2015

Curiosidade Aniversariante sobre um personagem típico da Longra


Se há curiosidades que despertam atenções gerais são as ocorrências relacionadas com pessoas conhecidas e sobretudo muito populares, como acontece diante da lembrança de figuras típicas, quanto são apreciados os personagens familiares a uma terra. Tal o caso do conhecido Zé Qui [Cuí], presente todos os dias na zona dos locais de maior afluência do Largo da Longra - a vila prestes a fazer doze anos de elevação oficial, mas não de progresso, ao passar mais duma dúzia sem consideração, esquecida quanto a melhoramentos e dotações por parte de quem de direito. 

Adiante - Pois o Zé, segundo nos informaram, faz hoje anos. Uma curiosidade, esta, das que têm seu interesse, na perspetiva do quotidiano local, por quanto representa tudo o que respeita a pessoas que nos despertam simpatia. Perfazendo o Zé Qui a chamada meia toira, na contagem em vulgo popularizado, a completar cinquenta anos. Estando aí para durar e levar na simpatia coletiva de todos os que frequentam os locais públicos do centro da vila da Longra.

ARMANDO PINTO

Crónica na edição especial comemorativa dos 25 anos do SF


O Semanário de Felgueiras perfaz agora a já bonita conta de 25 anos de publicação. Naturalmente, o autor deste blogue, como colaborador de longa data do aniversariante jornal felgueirense, marcou presença no número especial de aniversário, com um artigo alusivo à comemoração das correspondentes Bodas de Prata.


Eis o que então procuramos transmitir da também já longa vida do mesmo jornal e ficou impresso na edição respetiva, especialmente vinda a público no próprio dia 1 de Junho:


Quarteirão Comemorativo do SF

Ainda há dias se ouviam entoar louvores à Santa de veneração da nossa terra, nas tradicionais novenas de Santa Quitéria lançadas pelo ar monte acima, numa atitude que perdura pelos tempos fora. Tanto como permanece sempre na afeição nutrida por Felgueiras tudo e todos os que beberam e sorvem água da fonte da mesma Santa, conforme se diz. Quão se mantêm outras realidades, tal a duração do Semanário de Felgueiras, presentemente a comemorar um quarteirão de vida.

Numa contagem dum quarto de século, mas englobando tempo de dois séculos, aí está pleno de energia o Semanário de Felgueiras, nascido ao início da última década do século XX, a que soma os anos em que dura o século XXI, contando no total já um quarteirão cronológico, na medida de vinte e cinco anos de existência.

Foi em 1990, no primeiro dia de Junho, que veio a público, para ficar, este periódico depressa tornado referência da essência concelhia. Jornal inicialmente tornado público sob a direção da Profª. Emília Ribeiro, depois com o Dr. Manuel Faria a Administrador e Diretor, estando presentemente como diretora a Drª Susana Faria. Um caso sério, na prática, enquanto elemento de especial importância no registo da história felgueirense dos vinte e cinco anos entretanto decorridos. Desde a primeira hora a pugnar pelo interesse coletivo, transformado com o decurso dos anos na principal tribuna de informação escrita do concelho de Felgueiras.

Logo no início este mesmo jornal teve diversas iniciativas, entre as quais editou um “Suplemento Felmostra-S. Pedro/90”, dedicado à Mostra Concelhia que se realizava e à Festa do Concelho. Como, anos mais tarde, teve uma diligência inédita em substituir o que deveria ser dever da Câmara Municipal (de apoio e incentivo a estudos sobre o concelho, sem olhar a políticas), acontecendo que o Semanário de Felgueiras, através de ação do seu administrador Dr. Manuel Ferreira de Faria, patrocinou a publicação de um livro monográfico da região, o “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”, escrito pelo autor destas linhas também e publicado em Novembro de 1997. Como no ano seguinte, em Dezembro de 1998, o SF editou um suplemento alusivo ao Centenário dos Bombeiros Voluntários de Felgueiras (“100 Anos”). Bem como em 1999 publicou um “Suplemento Especial Felgueiras Cidade”, dedicado às comemorações do 9º aniversário da cidade de Felgueiras e à inauguração da sede da Junta de Freguesia de Margaride. Anos depois, em Junho de 2002 teve um Suplemento (destacável, mas integrante do respetivo número) sobre o 3º Aniversário do Clube de Andebol de Felgueiras. Tal qual, em Junho de 2003, o mesmo jornal editou uma revista (“13 Anos-Semanário de Felgueiras”), a assinalar o respetivo 13º ano de existência, comemorando condignamente esse número mágico com energia positiva. Tanto como no seguinte Julho de 2003 colocou em suas páginas centrais um suplemento sobre a Elevação da Vila da Longra. Em Junho de 2006 teve também um suplemento do 11º Aniversário da Cidade da Lixa. E depois em Março de 2007 fez um destacável caderno especial/SF sobre a subida de Divisão do CAF, na sua primeira participação no campeonato da AFP, intitulado Parabéns Clube Académico de Felgueiras/Académico de Felgueiras: Uma época de honra e glória”. Tal como, depois, teve idênticos destaques nas subidas do continuador F C Felgueiras 1932. Mais lembra ainda tudo o que se seguiu e faz parte da memória coletiva algo recente (que nem enumeramos para não alongar este texto também evocativo).

Numa toada condizente, como que a entoar parabéns devidos, não ficaria mal que uma efeméride destas lembre a existência de medalhas douradas de mérito felgueirense para casos destes. Porque a história de Felgueiras muito deve ao SF, por quanto da memória amarelo-púrpura estas páginas encerram.

ARMANDO PINTO

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sexta-feira, 22 de maio de 2015

In SF: Tributo a um Nome Histórico do F C Felgueiras – o guarda-redes Zé Carlos Silva!


Na linha já habitual, mais uma evocação teve lugar na crónica usual escrita pelo autor para o Semanário de Felgueiras. Tendo então surgido agora vez de lembrar o antigo guardião José Carlos Silva, referência histórica felgueirense  dos tempos de campo de jogo ainda em terra - com a indicação do sobrenome português, aqui, para distinguir de outro mais novo, o guarda-redes brasileiro do mesmo nome que, mais tarde, defendeu também a baliza felgueirense, esse na época da estada do FCF na 1ª Divisão Nacional.

Desta recordação no firmamento felgariano damos nota com o correspondente texto, acompanhando a coluna respetiva publicada na página 12 da edição do jornal Semanário de Felgueiras desta sexta dia 22 de Maio.

Recordando Zé Carlos - o “Mãos de Ferro” Felgueirense

Estamos em tempo de cerejas, numa época primaveril abençoada na alegria dos dias de fulgor da natureza. Período que, como aquele fruto rosáceo que surge aos magotes, também tem motivos que vêm uns atrás dos outros.

Era assim há coisa de cinquenta anos, cinco décadas atrás no tempo, quando o futebol dava um ambiente suculento em terras de Felgueiras, perante a caminhada da equipa do Futebol Clube de Felgueiras rumo à então primeira subida de divisão. A pontos que, nas segundas feiras de manhã, depois de mais um jogo domingueiro da carreira da equipa azul-grená que ia dando maiores esperanças e provocava entusiasmo no ambiente pacato da vila dessas eras, havia alegria popular a saudar alguns jogadores do Felgueiras, dos que podiam passear pela feira semanal, por entre o muito povo entusiasta. Num colorido vivo como o apetite provocado pelas cerejas nesse tempo vendidas já nas tendas dos produtos campestres. Sendo admirados os futebolistas por uma grande franja da população local e graúdos e miúdos conheciam os nomes e fisionomias desses ídolos locais, à dimensão desse tempo. Alguns deles provindos doutras terras, mas depressa arreigados a Felgueiras. Homens que até se fixaram profissionalmente na região, como acontecia com o Pimenta, por exemplo, que viera dos lados de Resende, e o Zé Carlos, oriundo de Fafe, os quais entraram ao serviço da importante fábrica Metalúrgica da Longra e passaram a fazer parte da vida felgueirense.


Ora, o Zé Carlos – nome desta vez a merecer rememoração nestas deambulações memoriais – viera para Felgueiras defender a baliza da equipa felgueirense e era conhecido por “Mãos de Ferro”, devido ao seu valor se assemelhar, na ideia popular, ao antigo guarda-redes Barrigana que enchia a baliza do Futebol Clube do Porto com mãos seguras e, como tal, assim costumava ser referido por toda a gente do mundo da bola nacional. Derivado ao Barrigana ter vindo jogar ao campo do Felgueiras com a equipa do F C Porto, em jogo amigável, e aí ter sido cabeça de cartaz dos que viram o encontro apinhados contra os ferros dos lados do campo ou encarrapitados sobre as árvores ao redor.

O Zé Carlos, de nome oficial e completo José Carlos Rodrigues da Silva, começara a jogar nas camadas jovens do clube da Associação Desportiva de Fafe na década de cinquenta, onde atingiu notoriedade ao subir ao escalão sénior, depressa chamando as atenções de outros lados, acabando por vir para Felgueiras. Ainda o clube com o nome do concelho de Felgueiras não lograra ascender a um estatuto maior, quedando-se pela manutenção costumeira na divisão distrital mais baixa, ao tempo a 3ª Divisão da Associação de Futebol do Porto. De permeio passou a ombrear com Barnabé, guarda-redes famoso da história do futebol felgueirense. Até que na época em que se veio a dar a primeira subida de divisão, em 1964/1965, Zé Carlos teve como colega da baliza o guarda-redes Monteiro, enquanto na temporada seguinte, da segunda e consecutiva subida de divisão, o lugar defensor das redes foi também preenchido por Jorge, um bracarense conterrâneo do avançado Pacheco, o “careca King”. Tudo gente que jogou ao lado do célebre Sabú, primeiro, e Caiçara, depois.


Enquanto isso, Zé Carlos foi fazendo parte da mobília da casa, como figura familiar no Felgueiras e em Felgueiras. Acabando, após pendurar as luvas e as chuteiras, por ter ficado como treinador das camadas de formação do F C Felgueiras. Em cujas funções, entretanto, foi reconhecido oficialmente, sendo-lhe prestada uma festa de homenagem, a 3 de Julho de 1977, numa bela jornada desportiva cujo programa meteu jogos do Felgueiras e do Fafe, em Juniores e Seniores, incluindo a entrega da taça distrital e medalhas pela conquista respetiva da sua equipa de Juniores na época de 1975/76. E, ficou entre referências que perduram na memória coletiva, onde haverá sempre nomes merecedores de apreço, como Zé Carlos, o Mãos de Ferro de Felgueiras, que com brio e afeição defendeu as cores do histórico F C Felgueiras.


ARMAQNDO PINTO 

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