Espaço de atividade literária pública e memória cronista

sexta-feira, 15 de maio de 2020

Mário Sampaio Castro: desportista felgueirense de dimensão nacional


Mário Castro, como inicialmente era mais conhecido, e depois Engenheiro Mário Sampaio Castro, foi e é um nome com marca registada na História do FC Porto e no desporto português. Um daqueles nomes cuja ligação clubista é do conhecimento do acompanhamento da vida desportiva desde os anos da década de trinta/quarenta, até aos anos setenta, pelo menos. Tendo sido um andebolista saliente, bem como até um desportista multifacetado, além de dirigente, também.

Pois, assim sendo, este é mais um caso a merecer atenção, no avivar necessário da memória felgueirista e desportiva.

= Ao centro, Henrique Fabião e Mário de Castro, dois dos grandes nomes do andebol do FC Porto, ladeados por Carlos Bastos e Teófilo Tuna.

De nome completo Mário Osório Pinto de Sampaio e Castro, era natural do concelho de Felgueiras, mas desde muito jovem residiu na cidade do Porto, para onde foi estudar e se arreigou. Oriundo da família Sampaio e Castro, com raízes nas freguesias de Rande e do Unhão, do concelho de Felgueiras. Sendo filho de António Pinto de Sampaio e Castro, antigo Conservador do Registo Civil e Administrador do Concelho de Felgueiras, além de político Republicano famoso, que viveu em Rande, na Casa da Leira, sobranceira à então povoação e hoje vila da Longra, onde tem uma rua com seu nome. Bem como neto dum personagem célebre localmente como era o famoso “Doutor de Munhos”, médico do povo, conforme ficou descrito o Dr. Castro de Moinhos, da casa de Moinhos, do Unhão, no livro “Memórias do Capitão” de João Sarmento Pimentel. Sendo que os antecedentes familiares eram das casas abastadas de Moinhos e do Raposo, de Unhão e Lordelo respetivamente; e alguns dos seus filhos foram viver para a Longra, enquanto outros  rumaram para diversos lados (como, por exemplo, Porto e Matosinhos, de onde descende o atual político Manuel Pizarro Sampaio Castro, entretanto também deputado nacional na Assembleia da República, Eurodeputado da CEE, vereador municipal da Câmara do Porto e membro do Conselho Superior do FC Porto, familiar do Eng.º Mário Sampaio Castro). 
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O Dr. António Pinto de Sampaio e Castro (do qual se junta aqui sua foto oficial de finalista, como nesse e outros tempos era da praxe estudantil posar à posteridade, com capa e pasta com as correspondentes fitas), foi famoso Administrador do Concelho de Felgueiras nos inícios da Primeira República e mesmo após a derrota da Monarquia do Norte e consequente reimplantação da República. Administrador do Concelho entre 1910 a 1912, depois de 1915 a 1917 e em 1919. Sendo aí personagem da vida concelhia nas primeiras décadas do século XX, que a par de sua ação de administração político-local, foi também Conservador do Registo Civil de Felgueiras  de modo que sua assinatura consta dos registos de nascimentos, casamentos, óbitos e outros documentos e comprovativos civis desses tempos.


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Ora, Mário Castro enquanto estudante na Invicta começou a praticar desporto e cedo passou a ser jogador de Andebol no Nun´Alvares, assim como de Basquetebol do FC Porto. Tendo depois optado pelo Andebol e então se transferiu do Nun´Álvares para o Andebol do FC Porto, onde se tornou figura destacável. De modo que chegou a internacional, sendo selecionado sempre que houve jogos entre seleções de Andebol de Onze em seu tempo. Sabendo-se que nessas eras o Andebol de Onze era a seguir ao futebol a modalidade de maior popularidade, tendo decaído mais tarde com a implantação do Andebol de Sete, acabando extinto mesmo o clássico, que era jogado ao ar livre em campos grandes.

= Enquanto basquetebolista, integrando a equipa do FC Porto de Basquetebol da época de 1939/40. Foto respeitante ao jogo em que, a 28 de maio de 1940, FC Porto e Vasco da Gama foram finalistas da Taça "Sebastião Ferreira Mendes" (Presidente Honorário do FC Porto), terminado com a vitória do FC Porto por 21 - 20 (nesse tempo em que pelas regras e estaturas, à época, muito diferentes da atualidade, os resultados atingiam números pequenos). Pose de conjunto das duas equipas, em que do FC Porto se veem (em cima e da esquerda para a direita) Fernando Costa, Mário Castro, João Lopes Martins, Zeferino, José Maria Leite, Braga, Raúl e Trindade.

Veio Mário Castro como andebolista para o FC Porto com fama de grande rematador, como depois foi registado em reportagem no jornal O Porto, sobre sua carreira (em artigo de M. Dias Saúde):


Foi assim Mário Castro atleta de andebol durante 15 anos, desde 1930 até 1945, tendo no FC Porto conquistado vários Campeonatos Regionais e Nacionais, fazendo parte das equipas portistas que conquistaram os 2º, 3º e 4º Campeonatos Nacionais de Andebol (não tendo estado no 1º por então fazer parte da equipa de basquetebol do FC Porto que em 1939 venceu o Campeonato Regional de Reservas de 1938/39).


Durante sua carreira, Mário Castro foi 8 vezes internacional pela Seleção da Associação de Andebol do Porto, em representação nacional.


Essas foram algumas das situações que ele fixou em sua memória, como relembrou na coluna que n‘ O Porto lhe foi dedicada, em 1951, na rubrica “Figuras do Passado”:


Com várias faixas de Campeão Nacional de andebol de onze, posteriormente Mário Sampaio Castro dedicou-se à Pesca Desportiva também no FC Porto, integrando essa secção ao tempo existente na coletividade, junto com a esposa, tendo ambos sido campões nacionais por ocasiões diversas. Constando portanto nos anais da secção de Pesca do FC Porto entre os valores históricos, esses campeões Mário e Josina Sampaio Castro. Os quais, Mário Castro e esposa, foram galardoados pelo clube com o Trofeu Pinga, ela em 1964 e ele em 1965, por se terem distinguido como campeões de Pesca. Mais tarde, já na transição dos anos 60 / 70, sendo industrial proprietário duma empresa de produtos químicos, de borrachas, plásticos, etc, ofereceu ao FC Porto a primeira estrutura de tartã que existiu no estádio das Antas (na zona dos saltos de atletismo, por trás das balizas). Até que, por fim, a partir de 1972, fez parte das primeiras gerências da presidência do Dr. Américo Sá, como vice-presidente.

= Como elemento da Direção do FCP a assistir à oficialização do contrato do icónico basquetebolista Dale Dover (estando o Eng.º Mário Sampaio e Castro, de mão no queixo e ao lado do presidente da Assembleia Geral, Dr. Ponciano Serrano, muito atento à assinatura).

Era Mário Castro muito ligado a um primo, Adriano Pinto de Sampaio e Castro, que era colaborador do FC Porto, ao género de olheiro de jovens valores e outros casos, tendo sido um angariador de fundos na campanha para a construção do estádio das Antas (inclusive servindo de intermediário a deslocações da equipa de futebol do FC Porto a Felgueiras e outras terras do distrito do Porto, em jogos a reverter para esse fim) e como observador levou para o FC Porto o ciclista Artur Coelho e os futebolistas juniores Silva e Freitas, nos anos 50. Tendo por isso, já em finais de vida, encarregado seu primo Adriano Castro de ser portador da primeira bandeira do concelho de Felgueiras do tempo de seu pai como Administrador do Concelho, que ofereceu à Câmara Municipal de seu concelho e foi entregue em princípios dos anos 90 nos Paços do Concelho em Felgueiras, à sua morte, pelas mãos desse seu primo (acompanhado por outros primos da Casa da Padaria da Longra).

Depois disso, em 1994 Mário Castro foi lembrado em Felgueiras, numa homenagem conjunta com o fundador do Futebol Clube de Felgueiras, Verdial Horácio de Moura, marido duma sua prima da Longra-Felgueiras. Desse ato de tributo conjunto, a tais dois nomes históricos de ligação ao desporto felgueirense, no caso, junta-se recorte noticioso dessa ocasião.  


Decorria ainda a Primavera de 1994, ao princípio de Junho, quando em Felgueiras foi prestada publicamente uma homenagem não muito usual na cabeça de concelho das terras do pão-de-ló e calçado. Tendo então havido lembrança de prestar um justo reconhecimento a dois vultos do meio desportivo: Um, Verdial Moura (Abílio), mais ligado à criação do clube de futebol representativo do concelho, como seu fundador; e outro, Mário Castro, por quanto honrou o concelho como desportista nacional, tendo sido andebolista internacional, além de ainda basquetebolista e campeão de pesca desportiva, no F C do Porto, clube onde mais tarde foi também diretor vice-presidente de algumas gerências da Direção.

A homenagem teve cunho oficial da Junta de Freguesia de Margaride, da União Desportiva de Várzea e do Futebol Clube de Felgueiras. Tendo na ocasião o Presidente do "Felgueiras", José Luís Martins, ofertado à família dos homenageados medalhas comemorativas do então recente título de campeão da 2ª Divisão Nacional B obtido pelo FC Felgueiras. Tendo como principal número de cartaz havido um jogo entre as categorias de Juvenis do FC Felgueiras e da Académica de Coimbra, em cuja equipa era capitão um familiar dos homenageados, neto do felgueirense Adriano Castro (depois também um dos fundadores da Casa do FC Porto de Coimbra).

Relembrando esse preito concelhio, recorda-se o respetivo programa através de notícia coeva publicada no antigo jornal “Gazeta de Felgueiras”.


(Do facto há relato descritivo no livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”, publicado em 1997, da lavra do também autor deste blogue.)

Armando Pinto
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quinta-feira, 14 de maio de 2020

Recordando: Homenagem em 1994 a dois desportistas felgueirenses de prestígio local e nacional


Decorria ainda a Primavera de 1994, ao princípio de Junho, quando em Felgueiras foi prestada publicamente uma homenagem não muito usual na cabeça de concelho das terras do pão-de-ló e calçado. Tendo então havido lembrança de prestar um justo reconhecimento a dois vultos do meio desportivo: Um, Verdial Moura (Abílio), mais ligado à criação do clube de futebol representativo do concelho, como seu fundador; e outro, Mário Castro, por quanto honrou o concelho como desportista nacional, tendo sido andebolista internacional, além de ainda basquetebolista e campeão de pesca desportiva, no F C do Porto, clube onde mais tarde foi também diretor vice-presidente de algumas gerências da Direção.

A homenagem teve cunho oficial da Junta de Freguesia de Margaride, do União Desportiva de Várzea e do Futebol Clube de Felgueiras. Tendo na ocasião o Presidente do Felgueiras, José Luís Martins, ofertado à família dos homenageados medalhas comemorativas do então recente título nacional obtido pelo FC Felgueiras.

Relembrando esse preito concelhio, recorda-se o respetivo programa através de notícia coeva publicada no antigo jornal “Gazeta de Felgueiras”.


(Do facto há relato descritivo no livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”, publicado em 1997)

Armando Pinto
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sexta-feira, 8 de maio de 2020

88 Anos de FC Felgueiras



No Aniversário do FC Felgueiras 1932

Ó meu Felgueiras, do meu coração
Conseguiste entrar na segunda Divisão…
Ó meu felgueiras, jogastes prá frente,
Acabaste com o pio a muita gente!

Foi assim, corria já o princípio de verão de 1965, com música então em voga do popular Conjunto Maria Albertina, nos tons da canção “Avé Maria do coração”, que em Felgueiras foram entoadas estrofes musicadas em honra da primeira subida de Divisão do histórico Futebol Clube de Felgueiras, o Felgueiras que tanto mexeu com o bairrismo felgueirense por esses tempos. Tendo havido à época uns panfletos vendidos na feira semanal de Felgueiras com essa e outras cantigas, quer em composições com versos de Arlindo Pinto (ao tempo o tão conhecido senhor Cabo Pinto, o sorridente chefe da GNR de Felgueiras), como outros do sr. Alfredo Estebainha, que viera anos antes para Felgueiras e ficara como um dos bons felgueirenses.


Pois então, passado tanto tempo desde a fundação do clube em 1932, entremeado com atividade regional de jogos amadores entre clubes da região e de concelhos vizinhos, até que já na década dos anos cinquenta houve entrada em provas oficiais, o clube desportivo mais representativo do concelho de Felgueiras tinha seu primeiro momento saliente com tal histórico salto na consideração geral. Desde aí, como se sabe, tanta coisa aconteceu, e mudou, quer nas “fintas do tempo”, conforme está historiado, como na superação da identidade felgueirense.


Vem isso tudo e mais alguma coisa à ideia quando o clube festeja o aniversário oficial do FC Felgueiras 1932, existente na junção da antigo ao mais recente das versões evolutivas. Tomando por datação a data da criação do clube que ligou o passado ao presente.


Com efeito, criado em 1932 o histórico FC Felgueiras, com percurso histórico, logo desde início marcou época, tendo disputado diversos jogos e torneios com equipas das redondezas e concelhos vizinhos. Inclusive ainda em 1935 esteve representado numa Seleção Regional do Vale do Sousa, através de seu fundador e capitão “Abílio” (Verdial Moura) e por outro jogador, Jacinto, em jogo disputado em Lagoas (Lousada) na inauguração do campo do clube Lagoense, defrontando o FC Porto, que como Campeão Nacional abrilhantou o jogo, por intercessão de Soares dos Reis, guarda-redes internacional do FC Porto que era natural dali próximo, de Penafiel.


Seguindo-se pelos anos adiante todo o trajeto que encheu as medidas às gentes felgueirenses. E após dissolução em 2005/06, foi reativado com a criação do sucessor CAF-Clube Académico de Felgueiras, fundado a 8 de Maio de 2006. Tendo mais tarde, por decisão tomada em Assembleia Geral de 9 de Agosto de 2012, o clube retomado o antigo nome, com acrescento do ano da fundação original, ficando a ser Futebol Clube de Felgueiras 1932. Na mesma época de 2012 o FC Felgueiras 1932 subiu, regressando o clube aos Nacionais.

Buscando então raízes nas origens, houve a feliz ideia de juntar o ano da fundação do antigo clube, ficando F C  Felgueiras, de novo, com aposição do ano, no nome que passou a vigorar, numa junção do histórico com o atual clube continuador. Tal qual está historiado, sabendo-se que foi em Outubro de 1932 que, também em Assembleia Geral, foi dado o nome ao primitivo F C Felgueiras, conforme se anotou devidamente em livro (entretanto publicado em 2007), do qual para aqui se juntam algumas imagens das que constam nas páginas do “Futebol de Felgueiras-Nas Fintas do Tempo: 1932/2007”.


Ficou naturalmente para a história a Assembleia Geral realizada na quinta-feira dia 9 de Agosto de 2012 – data que anotamos e fixamos para constar, de molde a merecer perpetuação em futura atualização da história do futebol felgueirense. Algo que, seguidamente com as novas condições criadas pela Câmara Municipal, perante o arrelvamento reposto, no campo de jogo do Estádio Dr. Machado Matos, na presidência municipal de Inácio Ribeiro, sendo Eduardo Teixeira o Vereador do Pelouro do Desporto; e de seguida em 2014 o clube atingiu novo fulgor ao ter ascendido à 3ª Divisão Nacional, o agora chamado Campeonato de Portugal, merece haver homenagem à vitalidade do clube…!


Nesta data da comemoração dos atuais 88 ANOS DE FC FELGUEIRAS foi a efeméride assinalada com um vídeo de rememoração historiadora, com ideia de festejar, ainda que à distância, devido à pandemia do vírus vigente. Numa iniciativa do Departamento de Comunicação do clube, que apraz registar. Filme que está colocado na página de Facebook oficial do clube, assim como mais alguns vídeos com mensagens alusivas.

Armando Pinto

segunda-feira, 4 de maio de 2020

Aniversário da Bênção do Nicho de Nossa Senhora de Rande


Erigido em 2003, o Nicho de Rande foi inaugurado na Primavera desse mesmo ano, com bênção devida a acorrer a 4 de maio.


Obra essa levada a cabo por iniciativa da Junta de Freguesia de Rande no Exercício de 2002 2005, com a contribuição de toda a população, através de campanha que incluiu contribuições coletivas por meio de peditórios de porta a porta, organização de espetáculos com receitas a reverter para o mesmo fim, etc. Como está historiado num livrinho depois publicado, com receita de venda destinada para obras paroquiais.


Volvido algum tempo, foi depois entregue à Comissão Fabriqueira da Paróquia de Rande a responsabilidade de gerência do mesmo monumento sacro, ficando assim entre os bens patrimoniais de S. Tiago de Rande.

Sobre a bênção oficial, em 2003, juntam-se algumas imagens, como recordação.


Ora, benzido então em 2003, perfaz este ano de 2020 já 17 anos desde esse acontecimento. Efeméride agora a passar em tempo de isolamento social, devido ao confinamento derivado da pandemia do Coronavírus/Covid-19. E como tal, este ano com uma comemoração diferente. Visto em anos anteriores, e desde o 1º aniversário, ter tido celebração com a procissão de velas, em junção às cerimónias do Mês de Maria. Enquanto desta vez apenas foi possível assinalar o facto com colocação de lampadários de cera a arder, formando um belo conjunto fosforescente – conforme as captações fotográficas ficam a registar mais um acontecimento digno de registo.


Armando Pinto
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domingo, 3 de maio de 2020

Mês de Maria em Família


Na linha de outras ações tendentes a minorar a vivência diferente de momentos de devoção comunitária, por este tempo ainda de confinamento social, tendo sido lembrada a possibilidade de se fazer num cantinho de casa de cada família um singelo altarzinho caseiro... Está, pois, numa casa aqui da Longra embelezado um sítio com uma imagem de Nossa Senhora envolta num arranjo de flores. De cuja concretização se partilha, à maneira comunitária.

(Desta vez não é em minha casa, mas na casa onde nasci.)


A P. 

sábado, 2 de maio de 2020

1º Domingo de Maio = Dia da Mãe


Em tempo de confinamento social, como agora se vulgarizou dizer sobre o retiro necessário para evitar alastramento da pandemia do chamado Covid-19, chega-se ao período oficial de atenuar medidas de emergência, embora ainda em modo de calamidade. À chegada também do Dia da Mãe, como é agora no primeiro domingo de maio. E como muita coisa parece não mais ir ser a mesma, a partir que o Coronavírus invadiu a vida das pessoas, também já de há anos que esse dia teve alteração, passado de Dezembro para o domingo inicial do Mês de Maria.

Mas fosse assim apenas a alteração existencial, que bem ficava tudo. O mal é o que se perdeu mesmo antes e não volta. Como no caso das mães que já não estão à vista física. Que até quando o Covid passar e todos finalmente conseguirmos nos abraçar com nossos entes-queridos, não poderemos fazer o mesmo com nossa mãe. Algo que lembra neste dia, o Dia da Mãe. Restando recordar tudo o que nos liga a nossa mãe e, fechando os olhos da visão real e abrindo os dos sentimentos, estreitarmos todo o ardor dessa afeição.

Com o pensamento no infinito e rebobinando imagens da retina da recordação, a lembrança assim mais nos estreita. E já que mais não é possível, isso basta assim, agora, sem necessidade de palavras ditas mas afirmações sentidas. Pois todos gostamos muito de nossa Mãe!

Armando Pinto

segunda-feira, 27 de abril de 2020

“IMO” da Longra: Empresa felgueirense vencedora da pandemia do Covid-19


Estava a tornar-se maçadora, aos olhos e sentimentos felgueirenses, a fatalidade de Felgueiras só aparecer na comunicação nacional e estrangeira por motivos infelizes. Como foi ainda em finais do século XX o caso do trabalho infantil reportado em peças televisivas, mostrando crianças a coserem peças de calçado em casa, através de reportagens chegadas ao resto do velho continente; mais o caso do famoso “saco azul” de antiga administração municipal, que tão mau nome deu a Felgueiras. Até ao início da pandemia do Coronavírus, nos princípios de 2020, cujos primeiros casos chegaram por via dos intercâmbios da indústria de calçado, e os primeiros infetados surgiram a 5 de março na fronteira entre os concelhos de Felgueiras e Lousada, em Barrosas de cima e de baixo. Se bem que entretanto, antes e depois, coisas boas por aqui houve, sem que pela comunicação de fora e nalguns setores também cá de dentro, tivesse sido dado o devido relevo. Até que, finalmente, já em plena primavera também de 2020, apareceu na televisão portuguesa uma reportagem a dizer bem de algo de Felgueiras.


Pois, estava-se ainda nos primeiros dias de abril, quando houve surpresa de aparecer na Longra um carro de reportagem da TVI estacionado em frente à IMO, e nesse dia à noite se ter podido ver na televisão, no noticiário de horário nobre do canal 4, na TVI, uma passagem com imagens da mesma fábrica IMO, da Longra, a dar conta de a mesma empresa ter conseguido superar a crise derivada do Coronavírus e haver passado a não ter mãos a medir para atender às encomendas. Sob título de “FABRICO DE CAMAS HOSPITALARES EM FELGUERAS e referindo que a EMPRESA IMO RECEBE PEDIDOS URGENTES DE HOSPITAIS DE QUASE TODO O MUNDO… foi então difundido que na atualidade passara assim a IMO a ser uma FÁBRICA SEM MÃOS A MEDIR DEVIDO AO COVID-19, pois DUPLICOU A PRODUÇÃO DE CAMAS HOSPITALARES NO MÊS DE MARÇO…


Na linha da mesma constatação, agora já em finais deste mesmo mês de abril foi o jornal Semanário de Felgueiras a referir destacadamente tal realidade, em peça de página inteira, numa entrevista com um dos novos rostos da empresa, como que registando o estado de graça que essa firma trouxe ao ego conterrâneo. Sendo uma honra assim vermos que a carreira industrial iniciada há setenta e tal anos pelo fundador da empresa tem continuidade e de modo particular como está a dar bom nome à terra.


Disso, para memória historiadora, se regista tal interessante novidade, com imagens da referida reportagem televisiva e da página respetiva do Semanário de Felgueiras de 24 de abril, recente.

Armando Pinto
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