Espaço de atividade literária pública e memória cronista

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Correndo Portugal: Andanças da Volta / 2017 pelo Vale do Sousa, com partida de etapa em Lousada e passagem em Felgueiras, terra de tradições ciclísticas e… de Adriano Quintanilha, “parceiro” honroso do ciclismo do FC Porto


A Volta a Portugal em bicicleta de 2017, na sua 79ª edição em que se perfaz a conta de 90 anos da primeira realizada em 1927, anda pelas estradas do país nestes inícios de agosto quente também no entusiasmo que a caravana do ciclismo português transporta em tão tradicional prova. E, entre as etapas de seu percurso, uma há de passagem por terras de Felgueiras, também, o que apraz aqui registar, como região que é de históricas ligações ao ciclismo, no passado, e boas ligações atuais, sendo Felgueiras o concelho natal do autor destas linhas e... de Adriano Quintanilha, grande entusiasta do ciclismo, como personagem empreendedor de diversos projetos resultantes em equipas que engrossaram o pelotão nacional ao longo de anos, quão importante figura que teve papel decisivo no regresso do ciclismo ao FC Porto e como tal no reavivar do entusiasmo atualmente à vista por esta modalidade  de heróis dos pedais.


Com efeito, a região do Vale do Sousa será uma das zonas que por estes dias (quando se escreve isto, nos inícios de agosto de 2017) terá os ciclistas da Volta a Portugal a correrem entre a verdejante paisagem destas paragens idílicas sob o céu bem azul. O que sucede à 7ª Etapa, no dia 12, após partida em Lousada, com passagem pela vila da Longra, em direção à cidade de Felgueiras e depois à Lixa, também, naturalmente correndo assim aqui em terras de Felgueiras, onde o ciclismo teve tradições efetivas (como está historiado pelo autor destas linhas, em diversas publicações), com saliência para o ciclista Artur Coelho, natural de Felgueiras, que, correndo pelo FC Porto, participou em Voltas a Portugal entre 1955 a 1961, a prova-rainha em que ele por diversas vezes foi camisola amarela e ganhou algumas etapas, além de se ter salientado com vitórias noutras corridas como em Grandes Prémios e ter representado a Seleção Nacional em duas participações na Volta a Espanha, bem como e especialmente por haver vencido a clássica 9 de Julho de São Paulo, no Brasil, em 1957, além de ter corrido em França, etc. e tal.

= Troféu da Vitória de Artur Coelho no Brasil, em exposição no Museu do FC Porto =

Nas afinidades de Felgueiras ao ciclismo também consta nos anais das corridas nacionais o protagonismo felgueirense havido com Joaquim Costa, valoroso ciclista que correu na Volta a Portugal em 1961 e 1962, tal como em 1964 coube vez a Albino Mendes (conforme de ambos também já aludimos em anteriores artigos), assim como merece saliência ter existido, em finais dos anos setentas, a equipa Zala, representativa da fábrica de calçado Zala, na qual se incluiu como treinador e ciclista Fernando Mendes, formação que correu a Volta a Portugal de 1979, e que chegou a ter pelo menos um felgueirense no plantel, de nome Miguel Magalhães;



«««« = Joaquim Luís Costa, ciclista que representou a equipa então existente do Académico do Porto =

...tal como lembra ainda ter havido a equipa W52-Quintanilha-Felgueiras, com sede em Felgueiras e que ostentava camisola com as cores municipais com o símbolo do concelho de Felgueiras. Grupo que em 1993 alinhou nas provas do calendário velocipédico português e teve ação interessante na Volta a Portugal.

= Jornal O Jogo de 31-7-1993, apresentação das equipas para a 55ª Volta a Portugal =


Havendo depois, anos volvidos, uma outra equipa da firma felgueirense W52, também, que até saiu vencedora das Voltas de 2014 e 2015, esta que, embora com sede oficial de Sobrado-Valongo, incluiu nome patrocinador dos vinhos da também empresa felgueirense Quinta da Lixa. Equipa por fim substituída pela entrada do FC Porto nessa parceria, ficando como W52-FCPorto, com Adriano Quintanilha na cabeça, através de acordo firmado com o FC Porto, representado por elementos próprios, como um diretor mais o presidente do clube no topo orgânico e de modo particular pela representatividade que o grande clube azul e branco representa nacional e internacionalmente.

=  Revista Dragões, de Janeiro de 2016 =

Ora, o ciclismo sempre foi um desporto de heróis e, embora a modernidade tecnológica haja alterado certas panorâmicas do interesse público, continua a haver um lugar especial para certos casos que mexem com as sensibilidades, entre exemplos como é ainda o ciclismo de competição de alto nível. O que se revela em todos os que nos interessamos de algum modo por esta modalidade desportiva ao longo dos tempos e temos sempre presentes na ideia os nossos ídolos de infância e juventude, desde tempos em que, quando começamos a seguir as notícias da "Volta", havia “aqueles” ciclistas de que gostavamos (ah Sousa Cardoso, Mário Silva, Joaquim Leão, Ernesto Coelho, Gabriel Azevedo, etc!) e a nossa equipa nos fazia ficarmos presos aos relatos radiofónicos das etapas e pelo tardio da noite à espera das imagens do Diário da Volta na televisão, que era de um só canal e “bibó velho”…


Pois então, à falta de melhor, o ciclismo mais uma vez passará fugazmente na nossa terra, ao menos, depois de em anos passados já ter tido metas de chegada, primeiro em  etapas do Grande Prémio de Minho para profissionais que, em anos diferentes, teve metas finais na cidade de Felgueiras e no monte de Santa Quitéria; e depois a Volta a Portugal em Bicicleta teve chegadas na Volta de 1992, à etapa Mondim de Basto-Felgueiras  da 54ª edição da Grandíssima Portuguesa, ganha então na cidade do pão de ló pelo italiano David Bramatti, da equipa Lampre; bem como na Volta de 2006, ao correr da etapa Gondomar-Felgueiras, passando pela Longra com meta de aproximação à chegada, enquanto a meta final dessa 5ª etapa estava instalada no alto de Santa Quitéria, onde triunfou o galego Gustavo César Veloso, da equipa espanhola Kaiku (o que leva a que Felgueiras esteja associada à primeira vitória em Portugal e primeira camisola amarela deste ciclista que mais tarde venceu a Volta já por duas vezes e atualmente é dos mais destacáveis nos dias decorrentes… em que é chefe de fila da W52-FC Porto); tal como em 2008 o monte de Santa Quitéria acolheu um final de etapa, mais importante ainda por ter sido no encerramento triunfal dessa edição da Volta, em contra-relógio vindo de Penafiel, com passagem pela Longra e chegada ao cimo dessa “rampa” de  8,4 % de inclinação média, em que triunfou o também espanhol Hector Guerra, da equipa portuguesa Liberty Seguros (tendo no pódio oficial, na alameda daquele mesmo alto da Santa, sido festejada a vitória, como vencedor da Volta, de  David Blanco, do Clube de Ciclismo de Tavira-Palmeiras Resort).

= Boletim “O Felgueiras”, nº 2 de Junho de 1987 do órgão oficial do FC Felgueiras, ao tempo que Adriano Sousa fazia parte como um dos diretores =

No meio disto, apareceu de há anos a esta parte o felgueirense Adriano Quintanilha, mais conhecido desde que patrocinou, ao longo dos anos, diversificados projetos desportivos, a partir do apoio a uma dupla de automobilistas de ralis (Nuno Pinheiro e Dr. Miguel Mota, este o autor da proposta textual para a elevação da vila de Felgueiras a cidade, entrada oficialmente e aprovada na Assembleia da República; os quais vieram a falecer num desastre automóvel fora do âmbito de provas), depois com sua participação em diversas funções no clube de futebol representivo de Felgueiras, e por fim entrado no mundo do ciclismo, nomeadamente através duma equipa que correu com o nome de Felgueiras na Volta a Portugal, até uma das recentes em que teve parceria com a marca de vinhos Quinta da Lixa. Isso já depois de entretanto ter sido membro da Direção e inclusive presidente do Futebol Clube de Felgueiras (como se recorda aqui, por recortes jornalísticos). Até que o mesmo empresário, dono da empresa W52, passou a ser parceiro do FC Porto através da respetiva equipa de ciclismo.

=  Suplemento do jornal O Jogo de 22-6-1988 dedicado ao FC Felgueiras, de que Adriano Sousa era o presidente em que o povo de Felgueiras depositava confiança numa ansiada subida  à divisão imediata à que o clube estava (então na antiga II Divisão Nacional-Zona Norte) =

Adriano Quintanilha, entretanto já se tornara famoso por levar para as etapas da Volta a Portugal parte da sua coleção de carros desportivos, com os quais por vezes acompanha a prova. Fê-lo inicialmente ao serviço da equipa Quintanilha-Moda Jovem-Paços de Ferreira, tendo de imediato logo no ano seguinte continuado com a equipa W52-Quintanilha-Felgueiras, que se manteria na modalidade também em 1993. O regresso da W52 ao pelotão deu-se em 1995 com o apoio ao Clube de Ciclismo de Paredes, ao serviço de quem, nesse ano, Cândido Barbosa se estreou como profissional. Depois veio a ligação à formação de Sobrado e a Nuno Ribeiro, um portista que, depois da experiência com a equipa W52-Quinta da Lixa, se arreigou ao FC Porto com a equipa W52-FC Porto-Porto Canal, em 2016, atualmente com nome oficial de W52-FC Porto-Mestre da Cor a correr em 2017.


Recorde-se que, no ano passado, Quintanilha subiu mesmo ao palco da cerimónia dos Dragões de Ouro, recebendo a distinção relativa ao ‘Projeto do Ano’ do distinto galardão oficial do clube, devido à prestação da equipa ‘W52-FC Porto-Porto Canal’.

=  Revista Dragões de Novembro de 2016 =

A ligação com o FC Porto começou assim em 2015, embora sem ser Portista assumido e aliás até de permeio ter diversos contactos públicos com o Benfica, segundo por vezes surge na comunicação social, e em jovem haver tido simpatia pelo Sporting, clube com o qual, até, em 2015 chegou a ter um pré-acordo para patrocinar a equipa de ciclismo dos 'leões', algo que foi quebrado e acabou por ser selado por fim com o FC Porto em finais do mesmo ano de 2015; pois, segundo Adriano Sousa referiu  publicamente «a única pessoa que apareceu e apresentou um projeto viável foi o senhor Pinto da Costa e o acordo tem viabilidade, no mínimo, para cinco anos».


Pois bem, com tudo isso e o resto, é pois a equipa de ciclismo do FC Porto um caso à parte dentro do interesse portista de adeptos seguidores, mesmo que à distância física, sendo nesse aspeto já como que familiares os nomes e caras de Raúl Alarcón, Gustavo Veloso, Rui Vinhas, Ricardo Mestre, António Carvalho, Joaquim Silva, Samuel Caldeira, Amaro Antunes, João Rodrigues, Tiago Ferreira, Jacobo Ucha, Ángel Sanchez Rebollido e Juan Ignacio Pérez, mais Nuno Ribeiro, Maximino Pereira, Helder Alves, Miguel Vinhas, Celestino Pinho, Alexandre Patrício, Nelson Lobo, Fernando Maia, Elias Barros, etc.

Enquanto isto, aí está então o ciclismo de élite com a Volta a Portugal percorrendo parte do país profundo, dentro do que parece ser possível à Corrida Grandíssima Portuguesa, que em tempos percorria mais o país de lés as lés e ultimamente nem tanto, mediante certas condicionantes dependentes de apoios das autarquias, patrocinadores e apreciadores da passagem da "Volta".

                                                                                                                                                                         
Armando Pinto
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Nota: = Artigo partilhado com o Blogue "Memória Portista", também do autor deste.
A.P.

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

FALECEU O PADRE MIGUEL ANTÓNIO PINTO


Faleceu o Reverendo Padre Miguel Pinto, o popular “Padre Miguel Barroquinho”, como era carinhosamente conhecido (derivado a conhecimento familiar do lugar de origem de sua família), que há anos vivia em sua propriedade tradicionalmente conhecida por Ferreiras, na freguesia e paróquia de Rande, concelho de Felgueiras. Partindo assim deste mundo a alma desse sacerdote que, após aposentação de anterior serviço paroquial na ilha da Madeira, se fixou em S. Tiago de Rande na quintazinha das Ferreiras, que preservou de sua família, no antigo lugar e atual Rua de Casal Côvo, em Rande - Felgueiras, Distrito e Diocese do Porto.

O senhor Padre Miguel, simpático habitante de Rande, contando 88 anos de vida, estava na agenda literária do autor destas linhas para um artigo histórico-biográfico, destinado a poder ser publicado na habitual coluna jornalística de assinatura pessoal no Semanário de Felgueiras, tendo ficado a aguardar oportunidade até à chegada dos seus 90 anos, conforme estava combinado com alguém de suas relações, o que afinal já não acontecerá em vida, derivado ao falecimento. 

Diante da ocorrência, registamos como homenagem ao venerando sacerdote, que bem conhecemos, uma descrição alusiva contendo dados biográficos, conforme divulgação da página informática da Diocese do Funchal:

« FALECEU O PADRE MIGUEL ANTÓNIO PINTO

O Padre MIGUEL ANTÓNIO PINTO, sacerdote diocesano da Diocese do Funchal, faleceu ontem, dia 03 de agosto, durante a noite, no hospital, na Diocese do Porto. Tinha 88 anos de idade, e era natural da Freguesia de Aveleda, concelho de Lousada, Distrito do Porto. Nasceu no dia 17 de março de 1929, era filho de Joaquim Pinto e de Maria de Jesus. Foi baptizado no dia 25 de março de 1929 e confirmado a 20 de fevereiro de 1948. Depois do percurso formativo na Congregação da Missão - Sacerdotes Vicentinos, em Felgueiras, foi ordenado diácono a 10 de outubro de 1954 e Sacerdote no dia 20 de março de 1955.

Na Congregação da Missão desempenhou o seu ministério como professor no Seminário Maior, em Felgueiras e fez ainda uma experiência de serviço pastoral junto da emigração portuguesa.

Em 1967 pediu a incardinação na Diocese do Funchal, que ocorreu a 26 de março de 1968, desempenhando o seu ministério nas seguintes comunidades:

- Cura da Paróquia de Fátima: de outubro de 1968 a fevereiro de 1969.
- Pároco de Água de Pena: de fevereiro de 1969 a Outubro de 1970.
- Cura da Paróquia de Machico: de outubro de 1970 a janeiro de 1981.
- Pároco de São Jorge e Ilha: de janeiro de 1981 a outubro de 1982.
- Pároco do Arco de São Jorge: de outubro de 1982 a outubro de 1987.
- Pároco dos Prazeres: de outubro de 1987 a outubro de 1990.
- Pároco da Raposeira: de outubro de 1987 a outubro de 1990.
- Pároco do Estreito da Calheta e Jardim do Mar: de outubro de 1988 a outubro de 1990.

- No ano de 1990 assumiu como pároco as comunidades dos Canhas e Carvalhal onde permaneceu até o ano 2000, de onde, na sequência de um AVC, saiu para Felgueiras para prosseguir tratamento clinico, onde permaneceu até ao dia do seu falecimento.

O seu funeral realizar-se-á amanhã, na Igreja da Paróquia de Rande, Felgueiras, Diocese do Porto, pelas 18h30, presidido por sua Ex.cia Rev.ma D. António Taipa, Bispo Auxiliar do Porto.

Que Jesus Cristo, Bom Pastor e Rosto da Misericórdia, o receba na Sua Paz!

04 de agosto de 2017 »


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AP

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Presidentes da Câmara de Felgueiras com ligações à área da Vila da Longra


Vem da memória dos tempos a ideia de importância do cargo de Presidente da Câmara, numa linhagem seguinte aos antigos misteres de Presidente do Conselho, a nível nacional na presidência do Conselho de Ministros, e Administradores do Concelho, no âmbito concelhio da autoridade municipal, pese as diferenças aos mais variados graus, até aos Presidentes de Câmara institucionais. Para se não recuar a tempos da Monarquia com sua fase liberal e chegando-se à era da República, passando pela Primeira, mais tempos de Estado Novo e atual Republica Constituinte. Em cujo percurso também estiveram na presidência oficial da cabeça do Concelho de Felgueiras, uma das jurisdições da antiga Província de Entre Douro e Minho e atualmente do Douro Litoral, em pleno Distrito do Porto, alguns eminentes políticos com ligações à área da atual Vila da Longra, quer naturais de freguesias da mesma zona geográfica, como personagens da vida local e concelhia de afinidades à Longra.


Nesse enquadramento e seguimento, já no estado monárquico de transição, esteve à frente da gerência dos Paços do Concelho de Felgueiras o Conselheiro Dr. António de Barbosa Mendonça, popularmente conhecido por Conselheiro de Rande – em diminutivo de ser respeitosamente chamado de Conselheiro (antigo deputado do Conselho de Estado da monarquia), proprietário da Casa de Rande, da freguesia do mesmo nome e a cuja denominação deu origem, sendo uma das mais antigas casas solarengas da região e casa-mãe das famílias Barbosa Mendonça e Pinto de Magalhães Alpoim. Assim como depois, à entrada da República, esteve na presidência do Município de Felgueiras o Dr. João Brandão, nome popular que está honrado na toponímia da antiga vila e atual cidade de Felgueiras, em homenagem ao Dr. João Machado Ferreira Brandão, morador da Casa de Cimo de Vila, de Sernande – personagem que ficou ligado ao dinheiro de papel, as históricas cédulas com a sua assinatura que em tempo de forte crise substituíram localmente o dinheiro oficial que escasseava.


Destes dois ilustres antepassados, das já em seu tempo anexas paróquias de Rande e Sernande, estão diversas curiosidades memoriais registadas no livro Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras, com referências também de diversas obras e ações que realizaram e a que ficaram associados.


Depois deles, embora sem serem oriundos da mesma área circunvizinha, estiveram ainda na frente dos destinos do concelho, como Presidentes da Câmara Municipal, duas figuras públicas com certa relação à Longra, como foram o Professor Francisco Freitas e o Dr. José Dias de Sousa Ribeiro: Nos anos cinquentas o senhor Freitas era famoso professor da escola da Longra, do qual são muito lembradas diversas histórias por alunos desses tempos; tal qual, mais tarde, o mesmo foi ainda professor do ensino pós-laboral do pessoal da Metalúrgica da Longra (fábrica grande que assim proporcionou melhoramento de habilitações a muitos operários), antes portanto de nos inícios dos anos setentas ter assumido a presidência municipal. Bem como, entretanto, em meados dos anos sessentas já era presidente o Dr. Dias Ribeiro, marido duma senhora nesse tempo professora na parte masculina da escola antiga da Longra, a D. Fernanda Figueiredo Silva que lecionou da 2ª à 4ª classe primária a geração do autor destas linhas; em cuja gerência do presidente Dr. José Dias de Sousa Ribeiro foi decidida a construção da nova escola primária da Longra, em substituição do velho edifício de pedra onde a esposa sentiu os efeitos da erosão do tempo passado na aragem entrada pelas altas portadas e janelas de guilhotina, tendo a nova escola sido construída depois no tempo em que o Prof. Francisco José de Assis e Freitas era vereador e por fim presidente na Câmara Municipal.


Obviamente outros vultos da história do poder local tiveram alguma relação, a contar com o antigo Administrador do Concelho Dr. António Sampaio Castro, assim como entre presidentes de Câmara, desde o Dr. Machado de Matos que aprovou a edificação do Conjunto Habitacional da Longra, havendo sido em seu tempo de presidência que se tornou realidade o projeto desse vulgarmente chamado Bairro Social da Longra, assim como o seu sucessor, de ligação à região da metalurgia como marido duma senhora natural de Rande, contudo sem ter tido ação positiva no universo da Longra, de onde inclusive então foi para outra localidade a Escola Secundária C+S que esteve projetada para a Longra; por entre diversos nomes que poderiam ter feito pela área sul do concelho algo semelhante ao que deu progresso a outras zonas.


Até que, por fim, está na presidência o Dr. Inácio Ribeiro, embora sem ser natural da área, nascido que foi no Unhão e residido na infância em Aião, antes da vinda para a então povoação da Longra, mas tendo vivido na Longra boa parte da sua adolescência e juventude, na mesma vila da Longra onde vivem seus pais, no antigo lugar da Estação, que é um dos pontos de passagem da Rua Conselheiro Dr. António Mendonça, na vila da Longra. Inácio Ribeiro que anteriormente teve também passagem pela Câmara como Vereador, cuja ocorrência se registou no livro historiador da região, precisamente por ao tempo ser habitante da Longra. O atual Presidente Dr. José Inácio Cardoso Ribeiro, eleito em 2009, reeleito em 2013 e presentemente candidato a terceiro mandato, pois que se recandidata nas próximas eleições de Outubro de 2017. De cujo labor e dedicação à causa rezará a história no futuro.


Dos Presidentes relacionados com a Longra, conforme exposto nesta resenha memorial, tributa-se aqui e agora um vislumbre fisionómico com as respetivas assinaturas pessoais, em apreço às marcas deixadas e a impregnar na memória coletiva.


Armando Pinto

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quinta-feira, 27 de julho de 2017

Sábado 29 de julho é dia oficial da (re)abertura pública da Casa do FC Porto de Felgueiras


É este sábado, dia 29, na véspera da apresentação da equipa principal do FC Porto para a nova época, que vai reabrir a Casa do FC Porto de Felgueiras. Após o atraso entretanto verificado, perante o que anteriormente tinha sido anunciado, está assim definitivamente acertada a data de abertura pública, em hora significativa, como é anunciado em comunicado oficial assinado pelo grande impulsionador e principal mentor da nova realidade.

Na certeza de que será então importante ponto de encontro de amigos e conhecidos unidos pelo mesmo denominador comum, que é a afeição ao principal símbolo nortenho, partilhamos o respetivo aviso em forma de comunicado, dando desde já a nossa anuência, com aplauso de apreço e resposta afirmativa de presença.


Lá nos encontraremos sábado a seguir à hora de almoço, pelas 14 horas e… 27 minutos!

Armando Pinto
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quarta-feira, 26 de julho de 2017

DIA DOS AVÓS


Dia 26 de julho é Dia dos Avós, comemorado nesta data por associação de ser o dia de Santa Ana e São Joaquim, assim dedicado pela Igreja aos pais de Maria, Nossa Senhora, e avós de Jesus Cristo. Sendo, como tal, padroeiros dos avôs e das avós.

= Imagem de Sant'Ana e São Joaquim que estava no nicho da respetiva capelinha do penedo do miradouro de Santana, ao alto de Rande, onde foi captada esta fixação fotográfica. Antes portanto de ter sido retirada abusivamente, aquando do caso da destruição do marco divisório de freguesias por parte da Junta de Freguesia de Idães e levou ao caso judicial em que no tribunal de Felgueiras foi dada razão a Rande (e a cuja sentença a Junta de idães não apresentou depois recurso). Imagem de estatuária sacra, que fora benzida pelo antigo pároco de S. Tiago de Rande Padre Alberto Brito, em inícios dos anos de trinta, do século XX, a qual, já no século XXI, então ficou a cargo do pároco de Idães, na época o Padre Benjamim e atualmente o Padre Manuel Joaquim Ferreira, e desde aí tem estado retida na sacristia da igreja paroquial de Santa Maria de Idães, mas pertence a Rande... =

Sendo também o imaginário dos avós algo enternecedor, que nos transporta nas nuvens dos tempos a idílicos bens de afeto e, na evolução da vida, nos faz sorrir só de ver nossos rebentos, os continuadores de nosso sangue na geração mais nova da linha familiar, que apertamos ao peito no pulsar vivo do coração, lembramos nossos avós a celebrar a vida, quão sensibilizante é valer a pena o que temos vivido.


Nesta energia sentida, recordo alguns registos em que ao correr do pensamento aqui são lembrados meus avós, conforme se pode ver nalguns artigos escritos anteriormente…  

(clicando nos links)





Armando Pinto

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Recordações da Liga Eucarística de Rande


De vez em quando lembra, em memorações instantâneas, que há sempre mais qualquer coisa para lembrar. Como desta feita vem à ideia recordar uma das organizações religiosas que existiram em Rande, entre estruturas paroquiais que deixaram marca na vida comunitária noutras eras. Calhando de evocar uma instituição antiga como foi a chamada Liga Eucarística dos Homens de Rande, que, além de ter tido papel importante na vida religiosa e nas celebrações, se fazia também representar nas procissões da paróquia, quer na procissão solene da festa paroquial, como na Peregrinação do Concelho ao monte de Santa Quitéria. Em cujos trajetos se faziam ouvir as vozes do Grupo Coral da Liga, também, mais desfilava altaneira a sua atraente bandeira que era uma honra ser empunhada à vez pelos seus elementos.


Na pertinência da realização da Festa de Rande e atualidade de mais uma Procissão Paroquial, relembramos essa antiga realidade que deu carisma na vivência paroquial, conforme está registado no livro historiador da região, “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”, publicado em 1997, como é do conhecimento geral.


Fazendo memória da Liga em apreço, na oportunidade, ilustramos sua perene lembrança com imagens respetivas, quer do símbolo braçal, a braçadeira usada em ocasiões de representatividade, como por meio de outros adereços, através duma  fotografia histórica do dia da estreia da bandeira própria e uma captação fotográfica, anos depois, dum trecho da procissão da festa da paróquia com correspondente representação incorporada.


Armando Pinto
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sábado, 22 de julho de 2017

Reflexos da Festa de Rande nas brumas da memória fotográfica


Mudam-se os tempos, transformam-se vontades, mas há sempre algo que fica. Nem que seja simples resquícios de imagens amarelecidas ou desbotadas pela passagem do tempo. Assim se podem rememorar algumas fases visuais de outras eras sobre a Festa de Rande, como sempre foi chamada a festa paroquial de S. Tiago de Rande, a festividade por excelência da freguesia e paróquia desde épocas imemoriais sob a proteção do Cristianizador da Península Ibérica e primeiro Apóstolo mártir, S. Tiago Maior.


Na perspetiva da memória, vislumbra-se deste modo, pelo que se guardou, algo que perdura na penúmbra recordatória.


Assim sendo, recordamos através de fotografias antigas, de arquivo do autor e fotos que estão publicadas entre os diversos livros escritos pelo autor destas linhas, alguns trechos e panorâmicas de antigas edições da Festa de Rande, em honra de S. Tiago, escolhido por nossos antepassados para Orago. Podendo recordar-se, além de fotos ambientais, também ancestrais realizações de tradicionais números dos programas originais de outros tempos, desde cortejos de oferendas, desfiles etnográficos, as populares Marchas com prata da casa, até à procissão paroquial, em aspetos, ângulos e visões de diversos anos, percorrendo trajetos cronológicos.


Armando Pinto


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