As raridades destes três exemplares falam por si, através das imagens
que se partilham como exemplos. Tratando-se de publicações de Estatutos,
Regulamentos e Relatórios de instituições, como os Estatutos e Regulamento dos
Bombeiros Voluntários de Felgueiras, as Disposições Regulamentares do Colégio
de Rande / Longra-Felgueiras e o Relatório e Contas da Associação Pró-Longra.
Do primeiro caso junta-se a primeira comprovação física, em
formato literário. Sendo que a Associação dos Bombeiros Voluntários de
Felgueiras, cuja fundação remonta a 1898, teve aprovação pelo Governo Civil do Porto
a 24 de Novembro desse ano, como consta da publicação de seus Estatutos,
impressos pela primeira vez em 1904 – a que se reporta imagem do exemplar original
a atestar as primeiras normas desta Associação que existe e resiste em Felgueiras,
ainda e sempre felizmente.
Depois recorda-se o antigo Colégio da Longra, como era mais conhecido e popularmente referido esse que oficialmente era chamado Colégio de Rande, existente desde proximidades de 1918 até finais da década dos anos 1930. Ficando-se com ideia de sua funcionalidade pelo livrinho de apresentação de suas Disposições Regulamentares.
E também, ainda, pelo anual Relatório e Contas da popular Associação
Pró-Longra, relativo ao seu 1º Exercício, findo em novembro de 1932, dessa
Associação criada em 1928 e antecedente da Casa do Povo da Longra, para a qual
contribuiu com cedência do edifício-sede e organização aquando da criação da Casa
do Povo, em Despacho Ministerial de 1939, por disposição do Governo da Nação no
tempo do chamado Estado Novo.
Destas três realidades, quer a ainda existente Corporação
dos Bombeiros Voluntários de Felgueiras, como do desaparecido Colégio da Longra
e, por fim, a outra ainda existente na sucessora Casa do Povo da Longra, fazem testemunho
visível e legível os documentos impressos em formato de pequenas revistas, constantes
da biblioteca particular e pessoal do autor destas lembranças.
Instituições estas e essas das quais constam referências
memorandas no livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”,
publicado em 1997.
Armando Pinto
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