Espaço de atividade literária pública e memória cronista

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Imagem da capa e contra-capa do livro Ciclistas de Felgueiras


Estamos a um mês da apresentação do livro! Agora, a 7 de fevereiro, falta 1 mês para no dia 7 de março ter lugar na Biblioteca Municipal de Felgueiras o respetivo lançamento público, no dia do livro "Ciclistas de Felgueiras" chegar às mãos e olhos dos interessados.

Assim sendo, é ocasião de ir avivando a proximidade dessa ocorrência, cuja visualização ressalta nas suas capas, conforme a vista conjunta da capa e contra-capa.

Armando Pinto
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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Felgueiras com “marca” na doçaria de tradição original – em livro antigo



É dos livros, como se costuma dizer, ser Felgueiras a terra capital do pão de ló, através do afamado Pão de Ló de Margaride fabricado há séculos em fabricos familiares. Contudo, pelos tempos fora outros géneros de doces foram passando a ser considerados com esse nome, havendo por isso atualmente outras terras com outros assim chamados. Atendendo ao facto, chamamos aqui a atenção para um livro antigo, onde está definido o Pão de Ló de Margaride como sendo o original, e como tal sendo Pão de ló o de Felgueiras – conforme se pode ver nesse livro datado de 1928, sob título “O DOCE nunca amargou” e com subtítulos de “ Doçaria Portuguesa. História. Decoração. Receituário”, da autoria de Emanuel Ribeiro, mais chancela da Universidade de Coimbra.


Acresce ainda ser no mesmo livro também referido o tradicional Pão Podre, indicado ali pela sua proveniência originária do Porto, dando outra luz também sobre esse doce típico que sempre foi muito usual nas romarias da região sousã e muito acotiado em terras de Felgueiras. Doce este que pelas bandas felgueirenses é típico com sabor a canela, enquanto noutras regiões, onde ganhou outro nome, é com limão. Sendo esse bolo de formato retangular e de cor acastanhada, que no referido livro editado em 1928 pela Universidade de Coimbra não é considerado como biscoito ou outra coisa, mas pelo seu nome de Pão pôdre.

("O Doce Nunca Amargou" foi publicado pela primeira vez em 1923 com o subtítulo «Alguns motivos ornamentais da doçaria portuguesa». E, 1928 a Imprensa da Universidade de Coimbra publicou a segunda edição, ampliada, com o seguinte subtítulo: «Doçaria Portuguesa. História. Decoração. Receituário». Em cujo conteúdo ficou impresso a assunto em apreço. Este livro, como obra de referência, da autoria do antropólogo, etnógrafo e historiador português Emanuel Ribeiro, nascido em 1884 e falecido em 1972, foi mais tarde reeditado em 1997 e ainda mais recentemente teve uma nova edição em 2016.)

Armando Pinto
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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Cartaz do Carnaval da Longra / 2020


Já há cartaz do tradicional Carnaval da Vila da Longra, com afixação e distribuição pública do programa desse já histórico Corso Carnavalesco da Longra e restantes números de tal realização local.

Assim, dia 25 de Fevereiro, na própria terça-feira de Entrudo, conforme os horários e avisos do cartaz, volta a andar na Longra esse desfile que faz parte das atrações da região.

A. P.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

domingo, 2 de fevereiro de 2020

Em dia das Candeias… segundo ditado antigo: Está o inverno pra vir” !


Hoje é dia de Nossa Senhora das Candeias. Dia em que, segundo o ditado popular, se estiver de sol (ou seja nossa senhora a rir), está o inverno para vir... E, pelo contrário, se estiver de chuva, a chorar, está a acabar... Ora, como hoje tem estado um domingo ridente, de manhã aberta e tarde soalheira, a ser dada razão ao velho aforisma que na tradição oral já de nossos avós vem, vamos ainda ter muitos dias invernosos.

E esta hem?!

A propósito, recorde-se um dos anteriores artigos de lembranças assim relembradas, noutros anos, avivando o que se anotou num exemplo sobre o Dia das Candeias, também neste dia e aqui neste blogue de partilha memorial.


Candeias do Tempo…! 

Chegado Fevereiro, no mando da tradição com tempo até muito próprio, pois sendo “chuvoso faz o ano formoso”, logo entra a conta das Candeias, a 2 de Fevereiro, na passagem do dia de Nossa Senhora das Candeias. Como tradicionalmente se designa essa data litúrgica da apresentação do Senhor ou da Purificação de Nossa Senhora Mãe de Deus.

Uma época que, devido ao Carnaval ser uma festividade de data móvel, calhando tanto no início, como a meio ou final do mês, se confunde com essa fase, derivada como terá sido de festividades populares de tempos recuados. Sabendo-se disso por se haverem realizado durante a romanização as Lupercais, antes das Calendas de Março, celebradas em honra de Pan, deus dos pastores - relacionando-se a denominação com Lupercus (do latino lobo). Ora esta festa anual estava associada a orgias e outras boémias, pelo que o Papa Gelásio instituiu, em sua substituição, a festa da Purificação ou da Candelária. Não tendo sido, porém, completamente extintos os festejos com os desmandos abusivos do Carnaval, passou depois essa festa religiosa a cingir-se ao dia, como ficou mais conhecido, de Nossa Senhora das Candeias. 

Em dia das Candeias “se (havendo dia chuvoso) Nossa Senhora está a chorar, está o inverno a acabar; se (perante tempo de sol) estiver a rir, está o inverno p’ra vir”, diz a voz popular. Isto segundo o calendário rifoneiro, das fases descritas através de rifões com que a sabedoria popular impregnou os elementos naturais do quotidiano social.

= Nossa Senhora das Candeias ou Rainha da Paz – como em Rande está representada na estatuária paroquial (vendo-se a imagem de Nª Senhora sobre andor, aquando de procissão da festa de S. Tiago de Rande).= 

Eis-nos então neste tempo, de início de Fevereiro e em plena Candelária. As candeias, que, pese tantas transformações operadas na vida normal da sociedade comum e com a religiosidade a ficar algo aquém de antigos hábitos, permanece na memória duma época de afeições, dum tempo romântico aos olhos de nossas recordações. Tal as lembranças que afloram, ao autor destas linhas, sobre tempos da missa das Candeias e, por extensão, do afago de nossa mãe… 

Um destes dias, numa daquelas ocasiões em que nos deixamos levar por pensamentos, nas asas do tempo – em devaneios, até que… zás! – demos connosco a pensar em tempos de infância, quando ia pela mão de minha mãe à igreja e à sua beira ficava, lá no meio, enquanto ela me sussurrava ao ouvido orações, que me entravam com encanto no mais íntimo do ser. Ali, com ela a rodear-me em seus braços, enquanto me ensinava a orar – além de assim, também, me ter à sua beira, para não estar junto aos outros moços, alguns por acaso normal sempre com os sentidos noutros lados e modos. E dei comigo a experimentar como sinto falta, agora, de me achar bem junto à minha mãe, de como tenho saudades dela. Já passaram muitos anos, coisa de um quarto de século, desde que perdemos sua presença física. Mas parece que foi ontem ainda que nos sentíamos abraçados no encosto de seus sussurros carinhosos, ali na igreja, como nos ensinamentos de vida que nos foi dando. E lá veio à mente a missa das candeias, por ser dum tempo marcante, decorrendo o inverno, como agora. Íamos logo pela manhã cedo, com o corpo a tentar espantar o frio, ainda a noite dominava o horizonte de breu, perante o caminho alumiado por lanternas, tal a escuridão (também coisa que volta ao panorama, nos dias que correm com as poupanças atuais em luz pública, enquanto nas altas esfera do poder continua um forrobodó…); e, então naquele tempo, chegados ao templo, resplandecia um ambiente de luz das muitas velas e lâmpadas espalhadas, mais um odor de incenso que se elevava no ar. Ficando-nos, para sempre, na retina memorial, essas manhãs das Candeias, em tais dias, daqueles que tivemos nossa mãe a envolver-nos… ternamente. E, até parecendo, apesar da penumbra do alvorecer da manhã, sem ter rompido ainda o sol, que nossa senhora sorria…! 

Armando Pinto

sábado, 1 de fevereiro de 2020

Notícia no Expresso de Felgueiras sobre o livro CICLISTAS de FELGUEIRAS



quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Data da Sessão de Lançamento do próximo livro CICLISTAS DE FELGUEIRAS


Está marcada a data da sessão de lançamento:
A apresentação pública do Livro CICLISTAS DE FELGUEIRAS será a 7 (sete) de Março, sábado, às 15 Horas, na Biblioteca Municipal de Felgueiras.

( Imagem total da Capa e contra-capa do livro )

A. P.