Espaço de atividade literária pública e memória cronista

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Felgueiras tem História mas a “cidade” não mostra muito disso…


Como habitual interessado em tudo o que se relacione com memória histórica e extensivamente tentando possuir o que seja possível reportando o que possa fazer história do que me desperta atenção (exprimindo na primeira pessoa), soube há dias da publicação dumas páginas insertas num caderno de jornal lisboeta reportando divulgação de potencialidades felgueirenses. Apesar de ser num jornal que não me seduz, por ser de fraca credibilidade, noutros assuntos sobretudo, procurei dotar meu arquivo com tal edição, mas depois desisti ao ler na Internet o texto respetivo. Sem estar em causa possíveis patrocínios e seus patrocinadores, nem quaisquer outros considerandos, e muito menos a autoria, pois julgo que nunca vi nem conheço pessoalmente quem escreveu aquilo, mas apenas por não gostar de trabalhos feitos de modo estandardizado, sem sumo, afinal, e de modo superficial, para não dizer outra coisa. Passando levemente sobre o que relaciona o concelho, até que, quanto à sede concelhia, diz taxativamente que a cidade tem muita história para mostrar… 

Ora, quando se faz um trabalho desses com frases feitas, é no que dá. 

Pois bem, isso da cidade e história para mostrar, tem que se lhe diga. Sem estar em causa outras vertentes, mesmo porque sou admirador e amigo de longa data do atual presidente da Câmara Municipal e tenho respeito pelo trabalho que sua equipa procura realizar. Mas quando nos mexe com sensibilidades devemos acionar nossa cidadania e não pode ser questionado o bom relacionamento de munícipe.

Felgueiras é terra com muita história efetivamente, com testemunhos do românico rústico em cerca de cinco ou seis freguesias no território do concelho, enquanto na cidade propriamente não existe réstia desse estilo e aliás doutros também ancestrais, acrescendo que ao longo dos tempos tenha perdido muitas referências, como ainda recentemente foi o caso da antiga casa do Conde de Felgueiras. Assim como muito material histórico se poderá perder caso não seja edificado um museu do concelho, cuja localização deverá obviamente ser na sede do concelho, até para haver algo que os visitantes possam ver demoradamente, além do existente numa das freguesias circunvizinhas, mas de características diferentes dum museu concelhio. Pois, quanto à cidade atual, uma coisa é ter história e outra é haver para mostrar.

Em suma não se pode confundir cidade com concelho. Sendo que no concelho de Felgueiras há duas cidades e duas vilas, em território com muitas freguesias.

Armando Pinto
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Nota informativa – Caso sobre exemplar dum livro historiador (para eventuais interessados)…


Como é público, o livro histórico-monográfico "Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras", escrito há muitos anos já pelo autor deste blogue e publicado numa edição de mil exemplares com patrocínio do Semanário de Felgueiras, em 1997 (faz em Novembro próximo 20 anos), está há muito esgotado. Entretanto, depois que deixou de estar disponível ao público, tem o autor sido por vezes contactado por pessoas que só mais tarde tiveram dele conhecimento ou interesse até por qualquer motivo. Acontece que um destes dias houve conhecimento pessoal de um exemplar estar à venda num alfarrabista de acesso informático. Não faço ideia de como esse livro ali chegou, possivelmente por algum familiar de antigo possuidor, penso, mas podendo ser por qualquer outra via e motivo diverso.

Sem qualquer intuito que não seja poder satisfazer o interesse de algum dos eventuais interessados, para não estar a indicar a uns e outros não, dou aqui público conhecimento aos leitores deste blogue, ou seja a todo o mundo, como se diz. Não indicando aqui no texto qualquer nome nem referências para não entrar no campo publicitário, contudo juntando imagem impressa – através do que bastará atender ao que na página respetiva consta, quanto ao que está em espaço da Internet.


Armando Pinto

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quarta-feira, 3 de maio de 2017

Ligação de Felgueiras ao Rally de Portugal


Felgueiras acolhe treinos para a prova portuguesa inserida no Mundial de Ralis, dias 4 e 9 de maio.

Já que desde há anos não tem podido haver em terras de Felgueiras qualquer etapa oficial da maior prova automobilística portuguesa, ao menos este ano vai haver um cheirinho a pó e algum alvoroço do barulho de motores com a realização de algumas corridas de treinos no troço felgueirense do monte de Santa Quitéria.

Com efeito, a região concelhia de Felgueiras acolhe quarta-feira, dia 4 de maio, alguns treinos da equipa automóvel Ford, no troço de Santa Quitéria, com vista à sua participação no Rali de Portugal, prova portuguesa do WRC-Mundial de Ralis, prestigiado evento no calendário mundial da modalidade que se realiza entre os dias 18 e 21 deste mês. Enquanto, na seguinte terça-feira, dia 9, na proximidade do rali mundial disputado em Portugal, o mesmo troço de Santa Quitéria volta a ser palco de testes automóveis, dessa vez por parte da equipa Skoda.

Prevê-se ainda que, nas vésperas da realização da prova em apreço do Mundial de Ralis, mais equipas venham a treinar em Felgueiras, mas então no também felgueirense troço do Seixoso, pelos arredores da Lixa.


Recorde-se que para a realização destes treinos houve melhoramento dos dois troços do concelho, havendo ainda alguma esperança que em anos próximos os referidos locais venham a receber novamente provas oficiais, tal como já aconteceu há mais de duas décadas.


Atendendo a essa antiga ligação, recordamos aqui e agora, através de prospetos da época, algo desses momentos…


Armando Pinto
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sexta-feira, 28 de abril de 2017

Busto escultórico de homenagem ao Dr. Magalhães Lemos


Tal como tanto pode fazer sol como não, na possibilidade meteorológica de estar de sol ou chuva ou até simplesmente nem uma coisa nem outra, também aparecendo semblante pardo de tempo encoberto, nos dias que terão influência ambiental na disposição de qualquer pessoa, igualmente o ambiente de memória eterna do que nos pode dizer qualquer coisa estará dependente de haver ou não melhor ambiência sobre o que perdura no tempo, nomeadamente através do que as pessoas conterrâneas façam pela correspondente preservação memorial.  

Assim sendo, e na linha do que por vezes tem tido lavra escrita do autor destas linhas em livros e até crónicas ou publicação da blogosfera, bem como nos artigos que têm sido publicados no jornal regional Semanário de Felgueiras, inclusive um ou outro à espera de publicação, desta vez retemos os olhos da memória, neste espaço informático mais particular, sobre o busto do eminente cientista de medicina psiquiátrica Dr. António Magalhães Lemos, ilustre felgueirense honrado na toponímia felgueirense com seu nome numa rua e existência dum monumento central na sede do concelho de Felgueiras.

Ora, o busto estatuário do Dr. Magalhães Lemos, da autoria do escultor portuense António Azevedo, foi colocado na praça central de Felgueiras corria o ano de 1937, em pleno verão. Tendo a inauguração tido lugar a 18 de Julho desse ano, com a presença de autoridades civis, religiosas e científicas, na presença do autor da peça escultórica, natural do Porto e ao tempo residente em Guimarães. Sendo o sítio de implantação mais acima que o atual, em virtude de nessa época ainda existir a célebre pérgula do jardim e só depois da destruição dessa estrutura romântica, já a meio da seguinte década de sessenta, houve transferência de local da estátua e pedras do pedestal circular.

Em alusão a essa lembrança memorial, colocamos aqui, acima, uma imagem reportada à respetiva inauguração da estátua, em memória desse insigne felgueirense que foi célebre professor de medicina psiquiátrica, Dr. António de Sousa Magalhães Lemos, por meio de foto coeva de reportagem de Jaime Ferreira, repórter que assinou essa fotografia que faz parte do acervo oficial do município felgueirense.

Armando Pinto
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terça-feira, 25 de abril de 2017

Imagens de primeiros dias pós 25 de Abril em Felgueiras


O 25 de Abril ocorrido em 1974 representa um marco da História da Pátria Portuguesa e um tempo de recordações diversas de índole particular e coletiva, contando também a nível local e regional. Algo acontecido numa época de transição dos românticos tempos da música popular para a yé-yé, de receio da ida para a tropa por causa da guerra colonial, onde a mocidade perdia seus melhores tempos; assim como era de ampliação da vida laboral, quando a metalurgia começava a dar espaços à mecanização do fabrico do calçado pelas terras do concelho de Felgueiras, e mais umas quantas situações que fazem parte da memória das pessoas que viveram essas peripécias ou através de alguém ouvem contar.


Passados agora 43 anos desses tempos bonitos, quando o espírito do 25 de abril se diluiu quase já pelas políticas de anos mais ou menos recentes, sobretudo, apraz recordar algo do que também aconteceu em Felgueiras nessa era, onde quase nada acontecia, mas logo nos primeiros e seguintes dias também na terra do pão de ló houve ocorrências relacionadas com a transformação social operada no país, naqueles idos de meio da década de setenta, no já passado século XX. De cujas recordações aqui deixamos algumas imagens e colunas noticiosas, que apraz registar à posteridade.

Armando Pinto
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domingo, 16 de abril de 2017

Compasso Pascal de Rande / Felgueiras – 2017



Ao final do domingo pascal, mais uma Páscoa faz parte já das imagens que ficam na retina da memória e não só, também em captação de fotografias, para mais tarde recordar. Como foi e é o caso do dia de Páscoa deste ano, de cuja tradição do Compasso se “fizeram” algumas fotos, em ambiente da receção devida e chegada da cruz, a casa do signatário destas linhas. Como “falam” por si algumas imagens clicadas.


Armando Pinto
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sábado, 15 de abril de 2017

Feliz Páscoa !!!



Páscoa é vitória da vida, na renovação da natureza, sobre a morte, como desaparecimento físico. Valendo assim a pena investir no bem comum, ao que deve dizer respeito à comunidade, fazer bem ao que é de todos, vivenciar pelo que nos une.

Tal como a primavera é associada às andorinhas, que por sua vez representam amor fiel, porque normalmente voltam ao mesmo local onde anteriormente fizeram ninho, assim como ao longo da vida costumam ter um único parceiro, simbolizando então valores como a família, o lar, a lealdade e pureza da fidelidade, também a Páscoa é simbolizada em imagem da cruz engalanada, decorada de modo terno e atraente, qual festiva apresentação da mesma cruz redentora.

Neste contexto, como tudo o que se recorda e se procura fazer pela preservação da memória coletiva, no sentido do bem comum, ficam aqui desejos desta vitória que é vivermos a Páscoa.

Feliz Páscoa a todos os amigos leitores, comentadores e visitantes deste espaço informático e companheiros deste lugar de confraternização virtual.

ARMANDO PINTO