O 25 de Abril, entre todas as cambiantes relativas a esse
acontecimento de período tão marcante na vida portuguesa, teve como especial referência
afetiva o fim da Guerra Colonial, que levava os jovens para a guerra do então Ultramar,
na guerrilha nas Províncias Ultramarinas de África. Coisa que a partir dali
deixou de acontecer. Sendo esse o foco principal que logo despertou a atenção
geral, à época. Algo também pessoalmente muito apreciado, mesmo porque eu, após
o recenseamento militar de 1972, já estava apurado para a tropa desde 1973, ao tempo em
espera de ser chamado ainda para esse serviço obrigatório. Mas então, após 2 anos
de longa espera, em que com essa situação indefinida nem conseguia arranjar emprego,
isso felizmente ficou sem efeito… acabando depois por ter passado à "Reserva
Territorial", sem ter sido necessário passar aquele martírio. Tendo no entanto
de pagar ao Estado por isso… conforme ficou registado na Caderneta Militar.
Ora, passados estes anos, além das lembranças do 25 de
Abril, também pelo concelho de Felgueiras, convém não esquecer o que era isso
da guerra, pelo facto da juventude ao atingir a maioridade ter de ir combater para
África e sabe-se lá se por lá morrer, como aconteceu a tantos. Pese o facto de
se dizer nesse tempo que a maioria das mortes eram por acidentes, como se as
balas, granadas e as minas de bombas não fizessem mal algum… na oficial
transmissão noticiosa e na popular passagem oral! Vindo assim agora bem a
propósito vincar toda essa envolvência, como está agora patente na cidade de
Felgueiras, em pleno jardim municipal fronteiro aos Paços do Concelho, a “Exposição
Memórias da Guerra que os levou”. Mostra visual, documental e ilustrativa que estará
patente até dia 31 de maio.
Armando Pinto
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