Em tempo de confinamento social, como agora se vulgarizou
dizer sobre o retiro necessário para evitar alastramento da pandemia do chamado
Covid-19, chega-se ao período oficial de atenuar medidas de
emergência, embora ainda em modo de calamidade. À chegada também do Dia da Mãe,
como é agora no primeiro domingo de maio. E como muita coisa parece não mais ir
ser a mesma, a partir que o Coronavírus invadiu a vida das pessoas, também já
de há anos que esse dia teve alteração, passado de Dezembro para o domingo
inicial do Mês de Maria.
Mas fosse assim apenas a alteração existencial, que bem
ficava tudo. O mal é o que se perdeu mesmo antes e não volta. Como no caso das
mães que já não estão à vista física. Que até quando o Covid passar e todos
finalmente conseguirmos nos abraçar com nossos entes-queridos, não poderemos
fazer o mesmo com nossa mãe. Algo que lembra neste dia, o Dia da Mãe. Restando
recordar tudo o que nos liga a nossa mãe e, fechando os olhos da visão real e
abrindo os dos sentimentos, estreitarmos todo o ardor dessa afeição.
Com o pensamento no infinito e rebobinando imagens da retina
da recordação, a lembrança assim mais nos estreita. E já que mais não é
possível, isso basta assim, agora, sem necessidade de palavras ditas mas afirmações
sentidas. Pois todos gostamos muito de nossa Mãe!
Armando Pinto
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